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sábado, 11 de abril de 2009

Edição nº 98 – Março/2009
Editorial
É tempo de Páscoa! Que tal transformarmos o discurso em prática?

Enquanto a Semana Santa nos anuncia a chegada da Páscoa, Tempo de Mudança e Transformação, o jornal de fato traz nesta edição, com exclusividade, a notícia da construção, aqui, do Chelsea Hotel. Trata-se de empreendimento na ordem de 4 milhões de reais, quatro estrelas, com inauguração prevista para 2011. O hotel será aberto não apenas a hóspedes mas também ao público em geral.
A construção deste hotel poderá, quem sabe, ser a “gota d’água”, a fonte de inspiração para que tanto o Poder Público quanto a iniciativa privada de Brumadinho passem a pensar, e a agir, efetivamente, a favor do turismo na cidade. Pelo menos, é esse o nosso desejo. O turismo, nunca é demais lembrar, é a atividade econômica que mais cresce no mundo nos últimos anos e que gera milhões de empregos.
O que temos assistido em Brumadinho nos últimos dez anos é apenas – ou quase só – discursos. Quem ouviu o governo municipal anterior falando de turismo, e não conhecia Brumadinho, deve ter saído daqui com a imagem, falsa, de que aqui a política de turismo ia a mil maravilhas. Mas o que tem aqui? Tem Inhotim. E quando vem o turista, fala como recentemente me confessou uma aluna de Belo Horizonte: “Professor Reinaldo, fui em sua cidade domingo e adorei Inhotim. Só que depois a gente queria ir numa padaria fazer um lanche e não encontramos nenhuma aberta”. Ou então como me relatou meu amigo Márcio Coquinho, estudante de Turismo no 8º período, sobre seus amigos que queriam passar o carnaval em Brumadinho e lhe perguntaram sobre as pousadas da cidade. Conclusão: os amigos foram para outra cidade.
Dizer que “minério só dá uma safra” é frase feita, chavão que já me cansei de ouvir. Dizer que vamos investir em turismo, e ficar apenas no discurso ou nas propostas de campanha eleitoral, também é coisa que já cansou. A mim e a muitos por aí.
A construção do Chelsea pode gerar, para começo de conversa, 50 empregos diretos e outros tantos indiretos para os moradores do município. O empreendimento gerará também arrecadação financeira para os cofres públicos, através de impostos. Imaginemos, então, uma política séria de turismo, envolvendo outros empreendimentos, aproveitando nossas cachoeiras, nossas fazendas, nossas serras, nosso parque florestal, nosso barroco de 300 anos, nossas festas culturais e toda a potencialidade turística do município. Quantos empregos e quanta renda serão gerados? Se Inhotim recebe tantos milhares de pessoas mensalmente, por que não oferecer a elas mais do que arte contemporânea e os jardins do Museu?
Enfim, está na hora de transformar o discurso em prática. E, aproveitando o período da Semana Santa, e a Páscoa que se aproxima, tempo de mudança, de transformação, que tal fazermos isso? Afinal, Paulo tem razão: “a fé sem obras é morta”. O discurso também!


Reinaldo Fernandes, Editor

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