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sábado, 11 de abril de 2009

Edição nº 98 – Março/2009
Perfil:
ARMANDO SÉRGIO E SOUZA, Serginho

Ele nasceu em Itaúna, filho de maestro, de quem herdou a queda pela música. Vive em Brumadinho há quatro anos, é professor de português mas prefere ser visto como um pesquisador da língua. Compôs mais de 200 músicas, fez filmes, teatro, escreveu romance, contos e poesias. É vegetariano, trabalha na rede municipal de ensino nas escolas de Tejuco, Aranha, Suzana e Conceição de Itaguá. Armando Sérgio e Souza, o Serginho, nos recebeu em sua casa e nos revelou um pouco do que pensa da vida, como a irritação com a indiscrição as pessoas. Ele que é simples, vive de maneira simples, no meio da entrevista, recebeu a visita de três amigos de Itaúna, que, ora ou outra, recordavam as “loucuras” do Armando na cidade natal. Com vocês, Armando Sérgio e Souza, o Serginho, o compositor, o músico, o ator, o roteirista

de fato: Sabemos que você é compositor. Você tem quantas composições?
Serginho: Cerca de 200.
de fato: Como são suas músicas e de que elas tratam?
Serginho: São variadas: sátira, realismo, mas às vezes romantismo. Pra tocar, me identifiquei mais com MPB. Depois procurei outras formas. Já compus samba, bossa nova, rock, alguma balada, blues, algum frevo. Já compus uma que o pessoal ficou discutindo o que era, se era blues. Outros achavam que era balada. Essa música, chamada “O bicho nojento”, era sobre defeitos que a moçada colocava em mim e em um colega, defeitos que eu tinha e que não tinha. Então falei com meu colega que aquilo dava música. Aí fiz a música, que virou CD. Dizia assim: “Sou um bicho nojento, feroz, peçonhento; mas vocês precisam de mim.” Virou até apelido.
de fato: Você também gosta de escrever. Como é isso?
Serginho: Lancei em certa época o romance “Amor na quarta lua de Netuno”, com mil exemplares. Lancei um de crônicas e contos, “Cachorro viralata e outras histórias”. Escrevi crônicas para jornais de Itaúna, durante seis anos. Escrevi poesias também. Estou escrevendo agora um livro sobre Carlos Drummond de Andrade..
de fato: Você já foi ator, autor, roteirista e diretor de teatro. Como foi isso?
Serginho: Concluí alguns cursos, incluindo um de cinema e televisão na Rede Minas, de três meses de duração. Participei de uma companhia de teatro. Depois fundei grupos de teatro, escrevi peças, pequenos filmes (que fique claro que não estou falando de qualidade, diz Serginho sorrindo). Fui dono também de uma escolinha de teatro em Pará de Minas. Fiz teatro de rua em Outro Preto e BH. Fiz mais de uns 20 personagens no teatro.

de fato: Você se chama de pesquisador de Português e Literatura. Por quê?
Serginho: Eu acho que o magistério é um caminho que a gente percorre e nunca chega ao fim. Então tenho que ser pesquisador, nunca estarei pronto.
de fato: Três coisas que te deixam triste.
Serginho: Nada me deixa triste. Mas eu acho que a vida como um todo eu não entendi até hoje, pra que viemos ao mundo. Deve ter um sentido, mas eu não entendi.
de fato: Três coisas que te deixam feliz.
Serginho: Um humor espontâneo, que pode ser de uma criança ou de quem for. A vitória de um aluno meu, quando sei que ele foi lá adiante. O meu constante sucesso.
de fato: Qual o seu maior sonho?
Serginho: Ter 30 milhões na mão para construir uma escola ideal, diferente dos padrões que existem.
de fato: A coisa que mais te irrita.
Serginho: Indiscrição. Indiscrição me irrita.
de fato: As pessoas, de modo geral, não aceitam o diferente, qualquer que seja a diferença. Qual sua opinião sobre isso?
Serginho: Acho que tais pessoas julgam serem exemplares, o padrão social.
de fato: Uma mensagem para os leitores do de fato.
Serginho: Quero que a minha vida seja um hino aos rebeldes e aos icnoclastas.
Leia a íntegra na pág. 7

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