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sábado, 10 de outubro de 2009








Edição 106 – Setembro/2009
Inhotim inaugura novas obras

No dia 29 de setembro, o Inhotim – Centro de Arte Contemporânea – recebeu a imprensa para apresentar, em primeira mão, as nove novas obras do Museu, inauguradas neste fim de mês e início de outubro. Algumas delas, muito grandes, o que faz com que o Museu amplia sua área de obras em aproximadamente um terço. Se antes, já não era possível visitar todas as obras em uma única visita, agora ficou realmente impossível. A visita fez parte da programação do evento “Nove Novos Destinos”. No dia, Inhotim recebeu a visita de autoridades dos setores público, privado e do “Terceiro Setor”.

Obras: nacionais, das Américas e da Ásia

As obras são: Beam Drop Inhotim (2008), do artista Chris Burden; Sonic Pavilion (2009), de Doug Aitken; De Lama Lâmina (2004-2009), de Mathew Barney, todos os três norteamericanos; The murder of crows (2008), dos canadenses Janet Cardiff e George Bures Miller; Narcisus Garden Inhotim (2009), da japonesa Yayoi Kusama; Piscina (2009), do argentino Jorge Macchi; Sem Título Esculturas, de Edgar de Souza; Continente/Nuvem (2007), de Rivane Neuenschwander; e Folly (2005-2009), de Valeska Soares, esses três brasileiros, o primeiro de São Paulo e as outras duas de Belo Horizonte.

O que são as novas obras

Leia abaixo sobre as obras, com algumas informações do Boletim Informa de Inhotim, nº 8.

Beam Drop Inhotim (2008), do norteamericano Chris Burden “é uma escultura em grande formato, localizada numa parte alta do Museu, feita de 71 vigas de construção jogadas por um guindaste e uma altura de 46 metros, dentro de uma vala cheia de cimento fresco, durante um período de 12 horas. O padrão aleatório das vigas caídas formou a obra, numa interpretação da gestualidade do expressionismo abstrato, ao mesmo tempo propondo uma desconstrução da escultura moderna”.

Sonic Pavilion (2009), de Doug Aitken, “é uma construção dentro da qual o espectador ouve uma transmissão contínua de sons emitidos a centenas de metros no interior da Terra e captados por microfones geológicos. Para construí-la, Aitken, conta a Folha de São Paulo, “cavou um buraco de 200 metros no alto de uma montanha e instalou oito microfones ao longo do trajeto. O som, do gotejar de lençóis freáticos ao estrepitar de rochas desconhecidas, reverbera numa construção de vidro, em volta do rasgo.” Fica situada no alto de um morro, no meio da floresta.

Sem Título Esculturas, de Edgar de Souza são estátuas de bronze que representam uma figura masculina “baseada no corpo do próprio artista, em poses abstratas, impossíveis e fragmentadas, evocando a história da arte e dos jardins e um paraíso perdido”.

The murder of crows (2008), de Janet Cardiff e George Bures Miller é uma obra instalada em um amplo espaço, “um ambiente sonoro composto de gravações de marchas, canções de ninar, texto falado e composições musicais, assim como uma trilha de feitos incidentais. Soam 98 autofalantes montados em cadeiras, em pedestais e nas paredes, evocando uma revoada de aves”.

Piscina (2009), do argentino Jorge Macchi, “é a realização escultórica de um desenho que o artista fez de uma caderneta de endereço com índice alfabético”, transformada numa obra que é também uma piscina em funcionamento.

De Lama Lâmina (2004-2009), de Mathew Barney, é um “trabalho que existe simultaneamente em Inhotim como um filme projetado numa galeria e uma escultura dentro de enormes domos geodésicos em meio a uma floresta de eucaliptos”. Domos geodésicos são estruturas que se realizam a partir de triângulos que combinam leveza e resistência.

Continente/Nuvem (2007), da belorizontina Rivane Neuenschwander está instalada na construção mais antiga de Inhotim, de 1874, que foi mantida da fazenda que originou o Museu. É uma obra cinética. A Arte Cinética é o conjunto de pesquisas na arte sobre luz e movimento, focadas nas investigações sobre a participação do espectador. Em Continente/Nuvem, Neuenschwander ocupou todo o teto da casa. São pequenas bolas de isopor que se movem aleatoriamente sobre um forro transparente, ativadas por circuladores de ar. “Esse estímulo cria formas abstratas monocromáticas que aludem ao mesmo tempo a mapas e ao movimento das nuvens no céu.”

Folly (2005-2009), de Valeska Soares, “é um pavilhão de forma octogonal, à beira de um lago isolado, com imagens fantasmagóricas que são refletidas nas paredes de espelho de seu interior.”

Narcisus Garden Inhotim (2009), da artista octogenária Yayoi Kusama, traz 500 esferas brilhantes de aço inoxidável flutuando nos espelhos d’água da cobertura do prédio que abriga o Centro Educativo Burle Marx, recentemente inaugurado no Museu. “Obra matricial da arte feminista, é uma escultura em grande formato que, no entanto, se desmaterializa, movendo-se organizadamente em reação ao vento e refletindo a natureza ao seu redor.

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