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terça-feira, 20 de julho de 2010

Espaço Poético

Espaço Poético

Mais cinco poemas do IV Concurso de Poesias do Jornal de fato são apresentados aos leitores nesta edição. O primeiro deles é da premiada poeta Nídia Maria de Jesus, intitulado de “O rio”. Luci Firmino, que disputou o concurso com o pseudônimo de “Poetolo”, nos presenteia com o belo poema “Noite”. Marquinhos vem com dois poemas, “O brilho da estrela” e “O caminho”, em que o jornal de fato serviu-lhe de inspiração. “Odoríficos” é o poema do Professor Alysson Lopes,um amante da língua portuguesa. Vamos a eles:
   
“O rio”

Você é como o rio que passou
Arrastando tudo, impiedoso!
E eu, sou aquele pouco que restou
À margem desse rio vitorioso.

Atenta a olhar as águas que se vão,
Sem rumo, sem destino; mas felizes...
E eu retida aqui nesse rincão,
Sem forças pra soltar minhas raízes.

Só elas ganham forças a cada dia,
Apesar dessa tristeza que me invade
Ao ver tanta água em rebolia,
Que só faz aumentar minha saudade.

E as águas me convidam a ir com elas,
Mas já não sou alguém que vai a luta...
Curvo-me como um arco em passarelas
E o rio a ignorar minha conduta.

Aos poucos vou secando com o vento
Que sopra aos meus ouvidos sem temor.
Entrego-me a ele em desalento,
Sem forças pra lutar por nosso amor.

Só sei que nesse chão não vou ficar!
O vento arrancar-me-á pelas raízes.
Sem forças vou deixá-lo me levar
E a paz vai se ajeitar em seus matizes...

Autora: Nídia Maria de Jesus


Noite

Pseudônimo: Poetolo

A noite é de poucos
São poucos que ficam
Na minha cidade
A noite acordada
São muitos os que cansados
Descansam o corpo cansado
A noite
São tantos que a noite
Imploram mudanças das coisas
São milhares que choram a noite
Que choram antes do sono
São crianças que choram 
Antes do sono
E lavam da noite
O Rubor do crepúsculo
Vergonha de Deus
 São bem mais do que imaginamos
Os que fazem da noite
A beleza que é
Mostrando no escuro
Todas as estrelas
Todas as galáxias
Toda a maravilha do Criador
E nessa noite
Eu sinto falta
Se não do meu,
De amor.


O brilho da estrela
Pseudônimo ( kita )

Todos nos quando
Olhamos para o céu
Em noites lindas estreladas
Com o dedo apontamos
Dizemos ou pensamos
Esta estrela brilha em minha vida
Quantas estrelas brilham em nossas vidas
São muitas para aqueles
Que em seu coração
O amor faz moradia
A sua estrela está te chamando
Para tua vida brilhar
A minha encontrei
E foi em uma noite de luar
Em que a vi a brilhar
E como citei
Um dedo apontei
E quando despertei
Tudo novo em minha vida se fez
Sorrisos sem saber o porque
Em minha vida transformou
Esta estrela brilha para mim
E sempre irá brilhar
E o brilho dela e lindo
Como a noite de luar.

Autor: Marcos

O caminho
Pseudônimo: kita

Queria tanto escrever
Um poema para
O de fato participar
Mas palavras não as encontrei
E agora o que devo fazer
Para o de fato participar
Mas com humildade usarei
Este espaço
Que só o de fato nos dá
E um recado
Para você irei escrever
Chega de loucuras
E pare de sofrer
Sei que não é fácil
Mas você
Irá me entender
Pense e reflita
No que irei te dizer
A porta do caminho da
Verdade e da vida
É estreita
Mas quando você entrar
Abundância na vida terá...

Autor: Marcos


Odoríficos
Nafnazirra

A cada golpe do facão
Caem os capins;
Rasgando-me o braço:
Em riscas feridas.

E cada linguarada
À procura de tua Vênus,
Em teus pentelhos:
É como o facão
Em meio à mata verde,
Opulenta, cortante e maior.

Pentelhos grotescos,
Capins selvagens e odoríficos:
A virgindade na mata
É a qualidade de selvagem.

Logo o cansaço inicia.
Surge um olho d’água
Em meio às cobras e pedras,
Em meio à mata virgem;
Em meio à sua mata:
Olho d’água fresca orgasmo ardente.

Autor: Alysson Lopes

Na página 7 trazemos mais cinco poemas do IV Concurso de Poesias do Jornal de fato. Aqui trazemos dois, “Pra que serve viver”, do garoto Emanuel Rezende Bhering, filho do Dr. Jurgen e da Angelita, estudante da 6ª série do CEMMA. E outro, “Tela Invisível”, do psicólogo Cássio Vilela Prado, um cara com cara de poeta, zen, desses que vale a pena sentar para prosear. Boa leitura:

Para que serve viver?

Pseudônimo: LIVRE PENSADOR

Às vezes me pergunto
Viver é importante para mim?
Eu não sei...
Afinal alguém sabe?
Em que eu errei?
Fazia tudo certo para mim!
Tudo certo mesmo.
Mas acabei num abismo sem fim!

Para que serve viver?
Penso que para aprender.
E entender o que é viver!
Viver é se divertir!
Viver é aprender!

O que é viver?
Para uns viver é simples!
Para outros é complicado
Eu já penso diferente,
Penso que viver é sonhar
É imaginar.
Para que serve viver?

Por que eu vivo?
Vivo para vencer.
Vencer o medo de viver por nada.
Vencer o medo de morrer.
Morrer na solidão!
Como se tudo existente,
Fosse apenas uma ilusão.
Ilusão de viver!
Ilusão de aprender!
Ilusão de crescer!
Crescer e viver!
Viver e sonhar
Sonhar e aprender!
Aprender a viver!

Viver é importante para mim?
Sim, agora tenho certeza!
Porque se não morrerei sem uma resposta.
Resposta da pergunta:
O que é viver?
Autor: Emanuel Rezende Bhering

Tela Invisível
Pseudnônimo: Campos Reis

Pessoa pinta uma tela.
Na tela, uma pessoa em pintura, sem tela.
A pessoa que pessoa pinta numa tela,
Não é uma pessoa. É Pessoa, sem sê-las.

Na tela da pessoa que pinta uma tela,
Tem Pessoa. Tem uma pessoa numa tela.
Pessoa e tela, a tela da pessoa.

Tem uma tela com uma pessoa em pintura.
Sempre a pessoa e a tela pintando.
Tela, o pintor sem tintas pinta.
Pinta, tela, Pessoa, pessoa,
Pessoa na tela, pinta uma pessoa.

A tela da pessoa pintou,
Pessoa pintada na tela.
A pintura termina. A pessoa pintada é Caeiro.
A pessoa Pessoa, sem cor, fica com a dor.
Sem tê-la, sem tela.

Autor: Cássio Vilela Prado

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