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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Edição 119- Nov-dez/2010



Ferrous recupera passivos ambientais


A mineradora Ferrous Resources do Brasil defende que “assumiu o compromisso de exercer a atividade de mineração de forma inovadora, pautada pela busca de tecnologias que resultem em um modelo de excelência e vanguardismo, equilibrando os pilares ambiental, econômico e social”. A partir deste discurso, a empresa investiu na recuperação de grande passivo ambiental em Brumadinho, na antiga Mineração Empresa de Mineração Esperança (Emesa), considerado um dos maiores do estado.
Segundo sua assessoria de imprensa, “na Mina Esperança, a Ferrous optou por primeiro recuperar as áreas degradadas para, posteriormente, dar início ao processo de licenciamento ambiental. A empresa realizou uma série de medidas corretivas, como o desassoreamento do córrego Esperança e as recomposições da calha do curso d’água e da mata ciliar. Hoje, a mina é exemplo de um projeto bem sucedido de recuperação ambiental no Estado”.


Mina Serrinha


Na Mina Serrinha ocorreu trabalho semelhante. As atividades no empreendimento estavam paralisadas desde a década de 1990, gerando um considerável passivo ambiental. Em 2008, a Ferrous assinou Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Minas Gerais para regularização ambiental. A Ferrous cumpriu todas as exigências, como a compensação ambiental de uma área equivalente ao tamanho da cava, de 31 hectares. Para isso, a empresa averbou uma ampliação da área de reserva legal de 31,0729 hectares na Serra da Moeda. Por deliberação da própria Ferrous, outra reserva foi averbada na área da nascente da Mãe d’Água.
Para a Mina Viga (Congonhas), a Ferrous firmou Termo de Compromisso (TC) com o Ministério Público estadual para acompanhamento do processo de licenciamento ambiental. A iniciativa da empresa garantirá transparência e controle em todo o processo para obtenção das licenças ambientais. A Ferrous também se comprometeu, a título de medida compensatória ambiental, em elaborar estudos de Análise de Impactos Cumulativos dos Empreendimentos Minero-Metalúrgicos e projeto de rede otimizada de monitoramento da qualidade do ar e meteorologia. Ambos os estudos são extensivos à região de Congonhas, e não apenas às áreas de atuação da Ferrous. O TC prevê, ainda, que a empresa faça o georreferenciamento do Parque Estadual Serra do Rola-Moça, Unidade de Conservação de Proteção Integral localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte.


Engajamento das comunidades


A Ferrous tem tirado o sono de milhares de moradores de Brumadinho da região rural de Colégio, Ribeirão e proximidades. Os moradores lutam para barrar projeto da empresa que expulsaria da terra todos eles. Gilmar Matozinhos Martins, um dos líderes do Movimento afirma que o projeto da empresa “é uma bomba-relógio na cabeça de Brumadinho”. No entanto, a mineradora garante que não é assim. “A Ferrous faz do licenciamento ambiental uma oportunidade para engajar as comunidades na tomada de decisão sobre os projetos e, consequentemente, promover mudanças econômicas e socioambientais de ganho mútuo nos locais onde está inserida.“ Segundo a empresa, “mais do que cumprir uma formalidade prevista em lei, a Ferrous aposta no diálogo com todas as partes interessadas para a decisão dos caminhos a serem seguidos. A empresa consulta e incentiva a participação dos moradores e demais envolvidos no desenvolvimento de seus projetos, por meio de programas de diálogo e relacionamento permanentes. Todas as colaborações são analisadas e consideradas na proposição dos empreendimentos”, garante.



Exposição fotográfica encerra Programa de Educação Ambiental da mineradora


A Ferrous promoveu, no sábado, 11, no Museu Inhotim, a exposição fotográfica Construindo um novo olhar sobre a relação entre Brumadinho e a mineração. O evento encerra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Ferrous, desenvolvido junto às comunidades do entorno da Mina Esperança, indicadas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) como áreas de influência direta.
Segundo a empresa, vinte moradores locais participaram de aulas quinzenais, entre outubro e dezembro, na Associação Comunitária do bairro Progresso. Além de mostrar a teoria relacionada à mineração, os encontros ensinaram aos participantes técnicas de fotografia, de forma que utilizassem o registro fotográfico como meio de conhecer a realidade do município, que tem na mineração uma de suas principais atividades econômicas. A carga horária total foi de 18 horas.
O resultado do trabalho pode ser visto em mais de 50 fotografias. Durante todo o curso, o ciclo de encontros buscou a construção de conhecimento sobre a mineração e sua relação com Brumadinho. As imagens também foram transformadas em cartões postais com mensagens criadas pelos moradores sobre o tema da exposição. Os textos foram redigidos em reuniões posteriores à visita à Mina Esperança, como resultado de um movimento reflexivo de tratamento das percepções dos participantes sobre a mineração. Os postais ficaram à disposição dos visitantes no dia do evento.
“Eu pensava que fotografia servia para recordar e descobri que serve também para a gente ver a realidade”, disse à reportagem do de fato Isabel Rodart, uma das participantes do curso. Para Rodart, a experiência foi muito interessante, serviu para ela conhecer um pouco mais sobre s história de Brumadinho, intimamente ligado á mineração. “Descobri até que aqui em Brumadinho já houve autofornos”, disse, referindo-se à SIBRUSA, siderúrgica que localizava-se na região onde é hoje o campo do Brumadinho F. C. e a escola Paulina Aluotto. A moradora disse que aprendeu sobre a importância da mineração, que, segundo ela, “traz não apenas depredação mas traz também progresso”.

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