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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Edição 120-Janeiro/2011
Pais dormem na fila para conseguir vaga no Paulo Neto

Parece coisa do passado, mas não é. Mãe e pais tiveram que passar a noite na entrada da Escola Estadual Paulo Neto Alkmim para tentar conseguir uma vaga para seus filhos. Tendo completado a 8ª série (ou nono ano de escolarização), os alunos tinham duas opções de escolas de Ensino Médio, a Paulina Aluotto Ferreira e a Paulo Neto Alkmim. A segunda vivia o paradoxo de ser a mais procurada e a que tinha menos vagas. Os pais e mães disputavam apenas 19 vagas. Por decisão do “Cadastro”, grupo da Secretaria Municipal de Educação que toma as decisões sobre o fluxo escolar – quais estudantes vão para quais escolas em final de etapas – Educação Infantil – Ensino Fundamental – Ensino Médio – a Paulo Neto receberia alunos da área rural do Município, como Aranha e Tejuco, e as 19 vagas restantes seriam preenchidas por ordem de chegada dos pais à escola no dia 20 de dezembro. 

Transtorno

No dia 19 de dezembro, por volta das 16 horas, uma fila já se formava na porta da escola, no bairro Santa Cruz, no Canto do Rio. Por volta das 20 horas, começou um temporal. A escola poderia ter sido aberta para os pais esperarem lá dentro, na parte coberta do pátio. Além disso, alguém da escola poderia ter ido até lá, distribuído senhas e dispensado os pais para se livrarem da chuva e irem dormir em casa, mas também do não foi feito. E os pais tiveram mesmo que esperar até o dia seguinte, às 6 e 30 da manhã, quando chegou uma pessoa para abrir o estabelecimento de ensino.

Em busca de qualidade

“Gosto do ensino daqui. Estudei aqui e gostaria que meu filho tivesse a mesma formação que tive”, disse Maria Dalva da Silva Ribeiro ao de fato quando questionada pela reportagem sobre as razões pela qual havia passado a noite na fila para conseguir uma vaga naquela escola. “O ensino aqui é melhor do que na Paulina”, disse uma outra mãe, referindo-se à Escola Estadual Paulina Aluotto Ferreira. Mas foi prontamente rebatida por uma terceira mãe que, além de mãe, era professora na Paulina e garantiu que não havia diferença. Segundo ela, “os professores são os mesmos” de uma e outra escola.      

Outras cidades

Em outras cidades, como em Belo Horizonte, a ida do Ensino Fundamental para o Médio se dá de forma diferente. A própria Secretaria de Estado de Educação entra em contato com as escolas estaduais, envia um formulário que é preenchido pelos alunos, apontando três escolas de sua preferência. E a própria Secretaria de Estado faz os encaminhamentos, de acordo com a preferência e disponibilidade de vagas. Depois, por volta de 22 de dezembro, informa aos alunos para onde foram encaminhados. 

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