Busque em todo o blog do Jornal de fato

ENTRE EM CONTATO CONOSCO: defatojornal@gmail.com / 99209-9899
ACOMPANHE-NOS NO facebook.com/jornaldefato

segunda-feira, 14 de novembro de 2011


.Edição 129-Outubro/2011
Poetas do V Concurso de Poesias do jornal de fato são premiados

Vinte e seis trabalhos concorreram no V Concurso de Poesias do jornal de fato. Os poemas foram enviados por nove poetas, sendo 5 de Brumadinho e 4 de outras cidades e estados do Brasil (1 de São Paulo e 1 do Paraná, das cidades de Guaratinguetá e Campo Largo, respectivamente), 1 do interior de Minas Gerais (da cidade de Pirapetinga) e 1 de Belo Horizonte. 
Após o recebimento dos trabalhos, um a “Comissão Julgadora” fez a escolha dos 10 “melhores” trabalhos.

Entrega dos certificados

Os poetas que se inscreveram recebem Certificado de Participação. Veja abaixo a relação dos poetas e suas poesias. 
Vencedores do prêmio “As 10 Melhores”

O Jornal de fato agradece e parabeniza a todos os poetas participantes do seu V Concurso de Poesias, lembrando que, sem eles, não aconteceria o concurso. Estão de parabéns mesmo! Não foi fácil para nossos jurados fazer a escolha. Das 26 poesias, 24, ou seja, 92%, ficaram entre as 10 melhores de acordo com este ou aquele jurado. Para se ter uma ideia da dificuldade de se fazer a escolha, basta lembrar que 4 das poesias que ficaram fora das “10 melhores” receberam nota 10 de 2 dos 5 jurados. Tivemos, inclusive, que procura rum sexto jurado para fazer um desempate! É nesta questão que reside a beleza da poesia: se determinada poesia não agrada a um, agrada a outro e assim vai.
Da mesma forma, houve 5 poesias que não receberam notas de todos os jurados, ou seja, que não ficariam entre as 10 melhores na opinião de alguns jurados, mas que foram bem pontuadas pelos outros jurados e, na contagem geral, ficaram entre “as 10 melhores”. As 10 melhores, portanto, são melhores do ponto de vista dos 5 jurados e todos estão de parabéns.
Cinco poetas “faturaram” o prêmio “As 10 Melhores”: Amélia Marcionila Raposo da Luz, Maria Gertrudes Horta Greco, Sinval Guedes da Silva, Nídia Maria de Jesus e Isael Pereira da Silva.

Amélia Marcionila Raposo da Luz

Amélia Marcionila Raposo da Luz concorreu com três poesias, e emplacou todas as três entre as “10 Melhores”: “Celeiro do tempo”, “O fotógrafo” e “Mulheres camponesas”.  Amélia Luz, 66, é moradora de Pirapetinga. O município localiza-se na Zona da Mata mineira, junto à divisa com o Estado do Rio de Janeiro. A poeta escreve também crônicas, contos, e já recebeu várias premiações. Participa de periódicos e antologias diversas, no Brasil e no exterior. É membro da várias entidades culturais, faz oficinas de versos e é autora do livro “Pousos e Decolagens”.

Maria Gertrudes Horta Greco

A poeta de Guaratinguetá, localizada na região do Vale do Paraíba, em SP, já publicou 3 livros de poesias e sonetos, intitulados “Vida... Paraíso...”, “Como água...” e “Buscando Eternamente”, além de ter publicações em várias coletâneas literárias. Escreve também trovas e contos. Técnica em enfermagem, Gertrudes é, além de tudo, pianista. Concorreu com “Constantemente”, “Vida” e “Paciente” e emplacou as duas primeiras entre as “10 melhores”. 

Sinval Guedes da Silva

O belorizontino Sinval Guedes, formado em Educação física, é da comunidade Cabana de Pai Tomás, e trabalha em um centro de internação de adolescentes em conflito com a lei, privados de liberdade, onde desenvolve atividades lúdicas, esportivas, culturais e outros. Atua também como professor, e está preparando um livro de poesias para lançamento em breve. Se inscreveu no concurso com três poemas: “Primeiro Olhar”, “Parte de mim”, “Saudades do que sou!". As duas últimas foram escolhidas como “As 10 melhores”. 

Nídia Maria de Jesus

A poeta Nídia Maria de Jesus é a pessoa que mais participou de concursos do jornal de fato: de todos! Grande poeta, fatura agora o 7º prêmio, com o poema “Interrogação”. Enviou ainda os poemas “Quem sabe um dia” e “A pedra”. Aposentada pela Secretaria de Estado da fazenda, 71 anos, 3 filhas e 5 netos, participante da 3ª edição do Belô Poético e no livro “Poertas em cena”, com os poemas “Brumadinho”, “Anelo” (vencedor de concurso do de fato) e “Intuição”. Participante do livro de Paulio Viotti, “Ser poeta mineiro, uai!”, com o poema “Meu querer”, o soneto “Rogativa” e trova com o tema “Deus”. A poeta Nídia gosta da vida em sua plenitude em qualquer idade, vivendo, amando e aprendendo com suas alegrias e tristezas, retratando o amor e a dor em seus trabalhos poéticos.

Isael Pereira da Silva

Isael participou do concurso do jornal de fato pela segunda vez. Na primeira, faturou dois prêmios com três poemas inscritos. Isael é um poeta de muita qualidade. Desta vez, repetiu a dose: três poesias inscritas, duas delas classificadas entre “As 10 melhores”: “Fogão à lenha” e “Canção das águas”. O terceiro era “Acorde da Esperança”.
Isael mora em Inhotim, na rua José Moreira, nº 40, trabalha como vigilante, adora escrever e tem paixão pela Bíblia Sagrada. 

Jurados

A escolha das 10 melhores poesias foi feita por um grupo de jurados formado por 5 pessoas: Armando Sérgio de Souza, o Serginho; Valdir de Castro de Oliveira, Elaine de Castro, Cássio Vilela Prado e Reinaldo Fernandes. Armando Sérgio de Souza, o Professor Serginho, leciona Língua Portuguesa em escolas municipais de Brumadinho, é poeta, compositor, já escreveu dezenas e dezenas de trabalhos literários e já foi vencedor de concurso de poesias do jornal de fato
Valdir de Castro de Oliveira, jornalista, editor do Tribuna – Jornal da ASMAP, professor Universitário, palestrante, é poeta de mão cheia, autor do livro “Réquiem para Inhotim”, co-autor de outros, prepara mais um para lançamento breve.  
A dentista e empresária Elaine de Castro é leitora apaixonada, amante da língua portuguesa e da leitura. Em outra oportunidade já colaborou com  nosso concurso, ajudando-nos a julgar os trabalhos, como desta vez. 
Reinaldo Fernandes foi o quinto jurado. Editor do jornal de fato, ele é professor universitário e da Rede Municipal de Belo Horizonte, graduado em Letras pela PUC Minas, especialista em Lingüística pela mesma Universidade, Mestre em Lingüística pela FALE – Faculdade de Letras – da UFMG e autor do livro de poesias Trilhas (Editora Por Ora, 1996), além de vencedor do Concurso de Poesias da E. M. Antônio Salles Barbosa (1995) e de vários festivais de música, além de concurso de contos.
Na escolha de duas poesias que completariam “As 10 melhores”, aconteceu um empate na pontuação. Para decidir, o Jornal contou com a ajuda do agitador cultural Paulo Viotti. Viotti, que também já venceu vários concursos, inclusive do de fato, é um mecenas das artes em Brumadinho. Criou o Encine – Instituto de Cultura Internacional Esperanto; é Presidente Emérito da UBT, pintor de “mão cheia”, escreveu histórias infantis, contos, é membro da academia Mineira de Trovas, teve trovas premiadas em MG, RJ e RN. Autor, dentre outros, do livro “Mineirices e Mineiridades”.
Cada um dos jurados, ao serem procurados pelo Jornal, mostrou imensa boa vontade em ajudar na escolha, de forma gratuita, abrindo mão de parte de seu precioso tempo. A eles e a ela o agradecimento sincero do jornal de fato pelo carinho, pela dedicação e pela boa vontade com que analisaram os poemas. Muito obrigado a todos eles!

Conjunto dos poemas

O V Concurso DE POESIAS do JORNAL de fato quis “contribuir no aquecimento, na divulgação e na ampliação das manifestações culturais de Brumadinho, dando oportunidade aos nossos leitores e artistas de mostrarem sua arte, e oferecendo aos cidadãos oportunidade de alimentar de emoção e beleza a alma e espírito.” O Jornal de fato quer que as pessoas escrevam, as que sempre escrevem e as que querem começar a escrever. Que elas possam publicar seus versos, que possam encantar as outras pessoas, que possam se orgulhar dos versos que escrevem. Porque, acredita o Jornal, a vida precisa de arroz com feijão mas precisa também de música da boa, de muita arte e de poesia. A gente precisa alimentar o corpo, mas precisa também alimentar o espírito: são as duas coisas que mantém a gente vivo, de pé.
Agradecemos mais uma vez a todos que participaram. Todos terão seus poemas publicados nas edições do de fato a partir desta edição. Assim, para além dos jurados, todos nossos leitores terão acesso aos textos e poderão beber desses maravilhosos poemas. Afinal, a “a gente não quer só comida!” A gente quer comida, diversão, poesia e arte!  
No ano que vem, se Deus quiser, tem mais!

Entrega dos certificados e premiação

A Coordenação do V Concurso DE POESIAS do JORNAL de fato optou pela não-realização da Cerimônia de Premiação e entrega dos Certificados. Isso se deu pelo fato de que metade dos participantes deste Concurso serem pessoas de outras cidades, 3 delas vencedoras do concurso e que, provavelmente, não viriam a Brumadinho participar da cerimônia. Por isso, a Coordenação optou por fazer a entrega dos prêmios na residência dos poetas ou pelos Correios, o que acontecerá nas próximas semanas. 
Veja abaixo os 3 primeiros dos 10 poemas vencedores.

Espaço poético

Abaixo, e na página ao lado, três das 10 poesias que faturaram o prêmio de “As 10 Melhores”, pela ordem alfabética dos poemas. Na próxima edição, publicaremos outras, até que possamos publicar todas. É um belo conjunto que merece ser lido por todos os leitores.

V Concurso de Poesias do Jornal de fato – 2011

Canção das águas
Pseudônimo: Pássaro livre

Poeta: Isael Pereira da Silva

Vencedora do prêmio “As 10 Melhores”

Ouço bramidos de chuvas
Na terra
Regando os cachos de uvas
Na serra

Ouço gemidos de amores
Na alva
É a chuva aplacando as dores
Da alma

Ouço a tempestade
É verão
Chuva de felicidade
No sertão

Ouço ruídos das aguas
É a redenção
Chuva lava as mágoas
Purifica o coração

Ouço o rio em melodia
Recebendo as aguas
Uma imensa alegria
No mar deságua

Em perfeita harmonia
O verde começa brotar
Eu busco companhia
Pra um novo amor gerar

Celeiro do tempo
Pseudônimo: Amapola
Poeta: Amélia Luz

Vencedora do prêmio “As 10 Melhores”

No celeiro do tempo
Guardei a chama da vida
Esculpida em barro fresco...
Cunhei em papel meus versos coloridos
Em letras estrelas que faiscavam...
No celeiro do tempo
Guardei minhas emoções sentidas
O brilho do último diamante
Do teu beijo amante!
Reservei o rugido da solidão,
Verruma e punhal ferino
Rasgando-me as vísceras inocentes...
Guardei no celeiro do tempo a areia do relógio
A luz, o olho e a mão que criava...
Ocultei a hóstia sagrada da redenção
Que alcançarei um dia!
Sim, ali repousa o silêncio dos sábios
Fincado com profundas raízes...
Libertarei o guerreiro anônimo
Ali aprisionado para defender
A crença da bondade e da pureza espiritual...
Com o arpeu de Posseidon
Dizimará os males da humanidade
Golpeando com seus braços fortes...
Impossível ignorar que a missão do celeiro,
Qual a da caixa de Pandora,
É guardar, sobretudo,
A esperança para recriar a vida!

Constantemente
Pseudônimo: Ge

Poeta: Maria Gertrudes Horta Greco

Vencedora do prêmio “As 10 Melhores”

Publicamos também nesta edição o inteligente poema O Mundo está mais “ácido”..., de Gabriela Rios. Gabi é filha da professora Rosilene e de Gerson Rios, participante e vencedor de concurso de poesias do de fato. É com imenso prazer que publicamos o poema de Gabi e esperamos que ela participe da próxima edição do nosso Concurso, nos oferecendo mais de suas belas palavras.
O Mundo está mais “ácido”...

O Mundo de hoje está como a distribuição
eletrônica por subníveis.
Elétrons, injustiças, violências repartidas por aí.
Cada vez mais impossíveis de impedir.

As pessoas estão como os prótons.
Nunca mudam, ficam sempre na mesma situação,
E nem se quer mudam de opinião.
Talvez seja a alienação.

É claro, que ainda temos pessoas como as ligações covalentes.
Que ao invés de compartilharem elétrons,
Compartilham amor, solidariedade,
E até dinheiro para os mais carentes.

Na política, temos pessoas que se identificam com a Alotropia.
Com algumas mudanças na teoria,
Temos uma pessoa formando duas ou mais “caras”.
Talvez seja a falsidade, ou até mesmo a falta de personalidade.

Oh tremenda Nostalgia...
De quando o pH do nosso Mundo não estava tão mal.
Quando todo povo agia, sem interesses e egoísmo.
Será que todos acham que está tudo normal?

Drogas, bebidas, internet, enfim, coisas do “mundo sensível”.
Estão iguais às ligações de hidrogênio.
Cada vez mais difíceis de se quebrar, tirar,
Do nosso jovem ingênuo.

Talvez tenhamos que fazer uma neutralização.
Afinal, ninguém quer que continuemos assim...
Mas o que realmente falta, é a colaboração.

Gabriela Rios

Constantemente


Nenhum comentário:

Postar um comentário