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quarta-feira, 14 de março de 2012


Edição 134-Fevereiro/2012
Preservação da Serra da Moeda pode contar com investimento internacional
Conjunto montanhoso poderá integrar lista mundial de patrimônios em perigo

A preservação da Serra da Moeda poderá contar com recursos internacionais. A área, localizada entre os municípios de Nova Lima e Jeceaba, Região Central de Minas, é cotada para integrar a lista de Monumentos Mundiais em Perigo da World Monumenst Fund (WMF). No Brasil, apenas o Centro Histórico de Salvador foi incluído na lista da entidade, que é organização privada sem fins lucrativos dedicada à preservação da arquitetura histórica e sítios de interesse histórico ao redor do mundo por meio de trabalho de campo, advocacia, doações, educação e treinamento.
Uma organização civil de Minas Gerais indicou a Serra da Moeda para integrar a Lista. Em visita a Belo Horizonte, a diretora de programas do World Monuments Fund (WMF) para América Latina, Espanha e Portugal, Norma Barbacci, informou que o dossiê sobre a Serra da Moeda deixou evidentes a relevância da proteção do conjunto montanhoso e as ameaças que o cercam. Segundo ela, é quase certa a aprovação para ingresso da área na próxima lista de bens mundiais em perigo.
Além de rica fauna e flora, a Serra da Moeda reúne sítios arqueológicos pré--históricos com pinturas rupestres e cerâmicas; dezenas de grutas e cavernas em canga de minério de ferro e ruínas históricas, como o Forte de Brumadinho, a Fábrica de Moedas Falsas de São Caetano e a Fábrica de Ferro Patriótica. O turismo na região conta ainda com o Clube do Voo do Topo do Mundo. O conjunto montanhoso foi descoberto pelos bandeirantes paulistas, no início da constituição de Minas Gerais, que lá encontraram muito ouro.
A exploração mineral na região é a principal ameaça à Serra da Moeda. Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, destaca a tentativa de exploração, pela empresa Vale, de minério de ferro na Serra da Calçada, repleta de cavernas, vestígios arqueológicos e área de mananciais. Outra empresa que ameaça a Serra é a Ferrous, que trava uma luta com militantes ecológicos e comunidades reunidas em torno da ONG “Abrace a Serra”.
"Entendemos a importância da mineração na Serra da Moeda (...) mas não podemos admitir a destruição de locais dotados de excepcional valor, como é o caso da Serra da Calçada e do Pico do Engenho. É preciso encontrar um “ponto de equilíbrio” e iremos atuar forte nesse sentido. O interesse internacional pelo problema é um indicativo de que esse patrimônio pertence a todos os habitantes do planeta e não pode ficar sujeito a meros interesses econômicos e políticos locais.", destaca o promotor de Justiça William Garcia.
As informações são do jornal HOJE EM DIA, de 18 de outubro, em matéria assinada por Daniel Silveira.

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