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quinta-feira, 10 de maio de 2012


Edição 136-Abril/2012
COPASA: taxa de esgoto, enrolação e muitos buracos nas ruas de Brumadinho

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais, COPASA, opera em praticamente 100% das cidades mineiras e é, sem dúvida, um patrimônio dos mineiros. Fornece água tratada de qualidade, agora trata nosso esgoto. Mas não deixa de dar suas “pisadas na bola”.
Há quatro anos a população de Brumadinho paga, mensal e religiosamente, uma taxa de esgoto equivalente a 40% do consumo em água. Apesar desse pagamento, a nosso esgoto continua sendo lançado nos cursos do rio e, o pior, ninguém diz quando serão colocadas em operação as ETE’s - Estações de Tratamento de Esgoto. O atual prefeito, Nenen da ASA (ironicamente, do PV) prometeu em sua campanha que ia acabar com a taxa de esgoto, mas essa foi mais uma das inúmeras promessas que ele não cumpriu. E nem informa à população sobre a situação do contrato do Município com a COPASA, que deveria tratar o esgoto. 

Buracos e buracos

Uma grande reclamação dos moradores é quanto aos buracos feitos pela empresa. Moradores reclamam que a empresa vai a uma rua realizar algum serviço, sempre deixa o acabamento malfeito. É o que conta um morador da rua Presidente Costa e Silva, no bairro Presidente. “A COPASA abre os buracos mas nunca  consegue fechar e deixar a rua como era antes”, reclama o morador. “Um exemplo bem claro disto é em frente minha casa. Quando vieram fazer a ligação de água aqui eles nem sabiam onde estava a rede, onde ela passava. Eles abriram a rua toda e não acharam. Aí foi que eles trouxeram a máquina e rasgaram a rua toda e acharam a rede no canto, perto da minha casa”, continua o morador. Segundo ele, a COPASA abriu a rua sem saber onde estava a rede. “Engraçado a COPASA não saber onde fica a rede”, diz, admirado. 
O morador continua explicando para a reportagem do de fato que se não bastasse isso, tamparam de um jeito que virou um quebra-molas ao contrário.

Rua Gaivota

Uma moradora da rua Gaivota, no bairro Regina Coeli, também entrou em contato telefônico com a redação do jornal de fato para reclamar da COPASA. Segundo ela, a empresa esburacou a rua Gaivota e a deixou toda irregular. A reportagem do de fato esteve ao local e confirmou o que dizia a moradora. Segundo a oradora, a COPASA “vive fazendo isso”.  Na rua transversal, a Rua Araras, problema parecido. 

Bairro Salgado e Filhos

Já os moradores do bairro Salgado e Filhos enfrenta o problema da falta de água. A reportagem do de fato esteve no local e conversou com vários moradores. Na rua “5”, um casal disse que antes faltava muita água e agora acontece nos finais de semana, de vezem quando. Na mesma rua, na parte mais alta, outros moradores disseram que falta água par quem mora mais ao alto, e avaliam que o problema é da caixa d’água que serve ao bairro, que serve também à localidade de Pires, e não comporta muita água. Disseram que às vezes a caixa d’água fica derramando água à toa, o que foi confirmado por outra moradora. “Parece que a boia está com algum problema”, arriscou um morador, falando que vê a água sendo desperdiçada quando sai para o trabalho.

Bairro do Jota

No Bairro do Jota, a reclamação é outra. Um córrego desce desde o bairro Planalto, passando paralelo à rua Presidente Vargas, atravessando-a e passando sem seguida ao lado do CEMMA para desaguar na galeria da Av. do Bananal . Moradores reclamam da altura do mato às margens do córrego. Na altura do nº 700, esquina com rua Aníbal Coelho, o mato passava de metro. Foi roçado no dia 29 de março pela Prefeitura, perto deste local. No entanto, no resto do córrego, até a rua Rio Doce, no final do bairro do Jota, ficou do mesmo jeito.

Empresa não resolve

O morador do Presidente conta que fez  a abertura de um pedido para que a empresa fosse ao local consertar pois, quando passava carro na rua, sua casa tremia toda. Segundo ele, a COPASA foi, “mexeram mais ou menos e ficou igual ou pior do que estava”. O morador relata que abriu novo chamado, disseram que consertaram e ficou do mesmo jeito. Então foi pessoalmente até a sede da empresa em Brumadinho, disseram que iam voltar, e não voltaram. O morador voltou e a COPASA fez nova promessa. Demoraram, foram, viram a casa tremer e disseram que não podiam fazer.
A moradora da rua Gaivota também diz que já foram feitos vários pedidos à COPASA mas nada foi resolvido.

O jogo do empurra-empurra

Não é a primeira vez. Há um jogo de empurra-empurra entre COPASA e Prefeitura. Quando um consumidor procura uma, ela diz que é a outra; quando procura a outra, diz que é a uma.  Mais uma vez, a COPASA disse que o problema é da Prefeitura. E o morador questiona: “Por que da prefeitura se foram eles que recebem para isto? E porque não fazem o serviço certo de primeira para não ter que voltar ao local?” “Onde a COPASA põe a mão, nunca mais volta a ficar certo”, completa. Ele conta que “tem gente que até apela e põe cimento por sua conta, cansado de esperar”.

Outro lado

A reportagem do jornal de fato procurou a COPASA para ouvir suas explicações. Protocolou na sede da empresa documento solicitando sua posição sobre os fatos. Como a empresa não deu retorno, não publicamos a matéria em nossa última edição. No entanto, passado mais de um mês, a empresa preferiu manter o total silêncio e não se pronunciar sobre os fatos. O que é lamentável uma vez que uma empresa pública, deveria ter mais atenção com o público e com a imprensa.    

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