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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013



Edição 145 - Dezembro/2012 - 2ª edição
Editorial
Acabou a lua de mel! Agora é trabalho!

A noite de 7 de outubro é um momento de glória para os eleitos, vereadores, prefeito e vice. Passado o primeiro momento de euforia, de surpresa, de intensa comemoração, a partir do dia 8, o eleito passa a viver uma espécie de lua de mel com o eleitor e a cidade. Tudo é alegria, festa, elogios, “parabéns” pra lá, “parabéns” pra cá. E este amor sem problemas, essa doce relação, esse “êxtase eleitoral” dura até o dia da posse, com mais cumprimentos, mais abraços e beijos, mais parabéns.
E no dia 2 de janeiro, os vereadores e, especialmente, o prefeito, descobrem que, agora, é trabalho pra valer. É como se o domingo acabasse e a segunda nos batesse à porta, dura, cheia de “pepinos” para serem resolvidos. O “Agora é Brandão” passou; agora é trabalhar.  O que sobrou, ou deve sobrar, é o lema da campanha: “Honestidade e Transparência”.
Agora é fazer as novas contratações e ter que dizer a centenas de pessoas que não terão seus contratos renovados; agora é atender às súplicas dos aliados, todos – ou melhor, 99% deles – ávidos “por um lugar ao sol”... ou um cargo na Administração, mesmo que seja assim mais inferior, se não puder ser secretário ou secretária municipal. Agora é encontrar a Prefeitura com seus documentos roubados, não encontrar um veículo que custou vários milhares de reais aos cofres públicos e descobri-lo numa oficina, todo batido; agora é descobrir que faltam fiscais na prefeitura para coibirem a parcela da população e dos construtores desconhecedores das leis ou metidos a espertos que invadem área verde, passeios e ruas e metem suas construções onde quer que queiram; agora é entender que a UPA está longe demais da população mais carente, que, diferentemente da classe média ou alta, não possui carros à sua disposição a qualquer hora do dia, da noite e madrugada para irem, doentes, a tão longe. Agora é perceber que o trânsito está cada dia pior, e que é preciso intervenções rápidas e sérias. Agora é conviver com as críticas feitas no facebook, nos jornais, nas ruas, e entender que, fora da lua de mel, os cidadãos têm direito a questionamentos.
Agora é lutar para que as pessoas não morram de câncer enquanto esperam o tratamento que nunca chega; é cuidar dos bueiros, da limpeza da cidade, das estradas do interior diante das chuvas que podem cair a qualquer momento. Agora é colocar na ordem do dia o Programa Minha Casa, Minha Vida porque nossos irmãos mais carentes não aguentam mais viver de bairro em bairro, pagando alugueis tão caros. Agora é fazer licitações sem cartas marcadas, respeitar o Poder Legislativo, investir em agricultura familiar, resolver o absurdo que é ter irmãos, em pleno século XXI, numa cidade que exporta água, tendo que brigar por falta de água em suas torneiras. Agora é ter coragem de realizar concurso público e não usar o sagrado trabalho como moeda de troca política. Agora é mostrar para as mineradoras, para a CEMIG, COPASA, SARITUR e outras quem é que manda.
Agora é trabalhar!   

Reinaldo Fernandes
Editor      

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