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quarta-feira, 13 de março de 2013


Edição 147 - Fevereiro/2013
Editorial

Pode ser?

Melhorou a situação da mulher brasileira e brumadinense nos últimos anos? Melhorou. Tá bom? Tá não! A discriminação, o preconceito, o machismo e a sacanagem contra ela ainda reinam, soberanos. 
Que tal dividir as tarefas da casa de igual pra igual? Um dia ele faz o almoço; noutro dia, ela. Um dia ela banha as crianças; noutro dia, ele. Hoje o café da manhã é seu, amanhã é dela. Que tal dividir a cesta de roupa: você lava numa semana, ela lava na outra. Sabe lavar não?  Aprendeu com sua mãe não? Tudo bem: vamos combinar assim: ela lava e você passa. Pode ser? Ou então, enquanto ela faz a janta, você lava os banheiros. Na quarta é jogo, mas na terça é novela. E se você quiser ver a novela, tudo bem: aproveita pra namorar um pouco. E se ela quiser ver o jogo, tudo bem também.
A responsabilidade da educação dos filhos é dos dois, pode ser? Ela leva ao médico no dia em que você não pode. Mas você vai à reunião na escola noutro dia. Você põe as crianças pra dormir e conta estórias. No sábado, os dois no Luna: enquanto um escolhe arroz, feijão, sabão em pó, o outro escolhe verduras e a carne. Leve cerveja. Mas também leve vinho: é mais romântico e elas, modo geral, gostam.  
Admita: de sexo frágil, ela não tem nada! Dizer que ela é “roda dura” é sacanagem pura! E se ela se demora um pouco pra se arrumar, é porque quer ficar mais bela: é direito dela! Não é defeito, é capricho!
E, se você pode trocar de namorada a toda hora, ela também pode! Se tiver a infelicidade de referir-se a ela como “galinha”, seja homem, bata no peito e admita: “Eu também sou um galinha!” Ou todos somos, ou ninguém é, pode ser?
Nunca olhe de cima para baixo, olhe de frente.
E nunca, jamais, levante a mão para bater em uma mulher! Se algum dia você tiver essa vontade, está na hora de deixá-la e de seguir sua vida.
E, lembre-se, você não é dono de ninguém, muito menos das mulheres de sua vida, seja ela sua namorada, companheira, filha, irmã ou mãe!   
Faça um esforço e abandone a discriminação, o preconceito, o machismo e a sacanagem: eu sei que você consegue! Para além do discurso, na prática. Pode ser? 

Reinaldo Fernandes
Editor

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