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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Edição 164 – Julho/2014
Estamos de volta com mais poesias do VI Concurso de Poesias do Jornal de Fato, realizado no último ano, com participação de 36 poetas e quase setenta poesias. Nesta edição trazemos os três últimos poemas da categoria “Adultos”. O primeiro é “Vem conhecer Brumadinho”, de Elisabete Aparecida Resende. O segundo e terceiro são “Ventre” e “Versos verdes”, ambos de Amélia da Luz.
Elisabete nasceu em São Paulo mas adotou Brumadinho há 20 anos. E se apaixonou! Mãe de 3 filhos e avó de um neto. Estuda informática, seus hobbies são escrever poesia, paródias, desenhar pessoas e quadros. É muito alegre, de bem com a vida, gosta de cantar. .A poesia entrou em sua vida de uma forma maravilhosa: pela voz do pai, que sempre recitava poemas e escrevia para ela e seus irmãos.
Amélia Marcionila Raposo da Luz é uma colecionadora de troféus e medalhas com seus trabalhos. Participou do Concurso pela segunda vez. Como da vez anterior, desta vez também foi vencedora. Desta vez emplacou o poema “A terceira mão”. Concorreu também com os dois “Ventre” e “Versos Verdes”, que publicamos nesta edição. Moradora da cidade de Pirapetinga, no interior de Minas Gerais, Amélia usou o pseudônimo “Nhorinhá”.
Vamos aos poemas.

Vem conhecer Brumadinho
Autora: Elisabete Aparecida Resende
Pseudônimo: Lisa


Lá bem no alto da serra
A bruma desse macia
No vale do Paraopeba
Tanta beleza irradia...

Entre montanhas espreita
Basta sentir o friozinho...
Sabe do que estou falando?
Vem conhecer Brumadinho!

Terra de gente bonita
Cujo trabalho é tão sério
Gente que ama e acredita,
Sua riqueza é o minério.

Vai lá no alto sentir
Bate forte o coração
Toma cuidado ao subir
No Pico dos Três Irmãos.

Se visitar a fazenda
Traga a viola, e um manto
Coma um peixe na brasa
Pescado no rio manso

A natureza que encanta
Na serra do Rola-Moça
O vento lá até canta...
Se não me crê, então ouça...

Venha pro acampamento
Perto do jequitibá...
Mico e tucanos na mata,
cedros e jacarandás.

Vem conhecer o Inhotim
Sei que você vai gostar
Tem galerias, jardins
O paraíso é pra lá...

E se gostar de obra prima
Aqui você vai achar...
Olhe pro céu a noitinha
Obra mais bela não há!

Linda cidade que a noite
Veste-se de manto branco
Mas quando o dia amanhece
Despe-se com tanto encanto!

Entre colinas e vales
Vou te ensinar o caminho
Vem respirar esses ares
Vem conhecer Brumadinho...

Ventre
Autora: Amélia da Luz
Pseudônimo: Nhorinhá

Entre ramagens
de carne e amor
um ninho seguro
esconde uma flor.
Toda a raça terrestre
é tecida em silêncio
brotando das ramas do ventre
que audacioso desventra o amanhã.
No exílio do corpo materno,
abismo úmido e terno,
um anjo de cachos desperta
e canta sem medo
a canção da vida!

Que a cureta assassina
não ouse alcançar o direito de nascer...


Versos verdes
Autora: Amélia da Luz
Pseudônimo: Nhorinhá

Linguassoltando o verbo
Aventuro palavrando...
Palavirando versos verdejantes
Vou seguindo, vou criando...
Remexo a natureza, confesso,
Vasculho Minas!
Embebedo-me de minérios,
E de mistérios!
Subomontanhando escarpas,
Vôo endemoninhada
Nas asas do beija-flor.
Quixoteando guerreio pelo verde das matas,
Contra a inconsciência do devastador...
Empunho a espada de justiceiro
Pagando as penas do meu tempo:
Motosserraram as florestas de Minas!
Soletro devagar a palavra MORTE!
Cadê o verde das florestas?
Tudo vai verdessumindo,
Morre a fauna e as águas choram...
Ouço os ruídos do progresso!
Fumaças chaminezadas vão
Subindo criminosas, intoxicando.
Tenho medo... Tenho medo...
O fogo, o jogo, o lucro fácil,
Colhemos os frutos da destruição.
Famigerados motosseraram a vida!!!
Somente o livro na mão da criança
Poderá salvar a terra, conscientização!
Há um grito no coração do menino,
Que poeta, não perdeu o tino!
Pálida a última borboleta passa arfando,

Buscando flores e verdes folhas...

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