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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Edição 168 – Outubro
Editorial

Abaixo o amigo-oculto! Viva a Solidariedade!

Vem aí mais um Natal. Gosto do Natal, esse clima mais ameno, esses dias de chuva. Acho que as pessoas ficam mais leves, há um quê de coisa boa no ar. “Love is in the air”. E o fim de ano chegando, feriados, recessos e até férias escolares e para os pais professores. Os amigos que moram fora e vêm passar o Natal com a família e a gente pode rever, abraçar, beijar, matar um pouco de saudades.
O que me incomoda é o tal do “amigo-oculto”. Ora, se é amigo “oculto” já não deve ser grandes coisas. Fosse bom, seria claro, transparente, eu até já saberia que é meu amigo, não ficaria escondido, oculto! Alguns são tão ocultos que a gente nem sabe o que comprar, são só colegas de trabalho, isso quando não são só o amigo do colega de trabalho que foi convidado para entrar no tal amigo–oculto. E os tais são infindáveis! Tem o do pessoal da empresa, tem o da escola, o da outra escola, o da igreja, o da turma do 3º andar, o do pessoal da pelada. Ah, e ainda tem o da família! Esse nunca falha!!     
Acho o fim da picada, não apenas os amigos-ocultos, mas essa onda de transformar o Natal – nascimento de Jesus Cristo – em puro consumismo, em presentes, presentes, presentes, comilança, comilança, comilança.
Algumas vezes tentei mudá-los: “Vamos fazer assim, gente: a gente dá o que tiver, sem ter que enfrentar as lojas cheias, algo mais simbólico, pode ser alguma coisa que a gente crie, uma poesia, por exemplo, uma flor.” Não convenci ninguém!
Eu, da minha parte, tento resistir às pressões – que são muitas – e não entrar nos amigos-ocultos. Mas confesso que tenho perdido as batalhas: me chamam de chato, me acusam de estar atrapalhando a festa da família. No fim, acabam eles mesmos tirando pra mim o tal do “papelzinho” – bom, agora tem a versão internet também, a gente nem precisa se reunir para sortear os papeizinhos. Depois, eles mesmos compram o presente que tenho a obrigação de dar, e tudo acaba bem na Ceia de Natal, regada com muita cerveja (engraçado é que me ensinaram, quando eu era criança, que Jesus Cristinho nem casa tinha, que nasceu no meio de animais, num negócio chamado “manjedoura”...).
Mas esse negócio de amigo-oculto é só desculpa para eu fazer um convite a vocês: que tal fazer um Natal diferente, sem presentes? Ou melhor, mudando o endereço dos presentes? Funciona assim: ao invés de a gente entrar na onda do consumismo, do presente, presente, presente, a gente faz diferente: pega a grana que ia gastar com os amigos e familiares e doa para alguém que realmente precisa!  Sabiam que tem gente que realmente precisa de receber “presentes” neste Natal? Pois é, essas pessoas existem.  
Existem várias campanhas legais de solidariedade feitas em Brumadinho. Algumas muito interessantes. Uma delas é desenvolvida por um grupo de pessoas muito amorosas: o sociólogo Guilherme Rodrigues, João Paulo Rodrigues, Felippe de Deus, Breno Gonçalves, Antônio Maia,  Luiz Henrique Orione, Felipe Nunes, Fernando Vinícius, Camila Montevechi e mais um bando de gente boa. Eles preparam um Kit com guloseimas, brinquedos, material de higiene bucal, material escolar e livros para entregar a crianças carentes, especialmente no interior de nosso Município. Sim, eles doam livros! É o que mais me empolga!
Ao doar livros, a turma de Guilherme doa esperança, doa sabedoria, doa perspectiva de vida, doa censo crítico.  Doa Educação. Doa revolução. Sim, os livros são revolucionários! “A leitura é uma herança maior do que qualquer diploma”, “os livros têm o poder de iluminar uma vida.” Livros libertam! Inclusive da pobreza! Assim, se não hoje, se não neste Natal, mas nos próximos natais, essas crianças podem ter uma condição sócio-econômica muito melhor. “Palavras e ideias podem mudar o mundo.”
Reinaldo Fernandes
Editor
O nome da campanha é “Natal feliz para mais crianças”, no facebook; e a conta corrente para depósito é 21156-7, Ag 3610-2, do Banco do Brasil, em nome de Guilherme Alberto Rodrigues Araújo CPF 058.493.336-30. Ou podem colaborar com qualquer outra boa campanha. A intenção é dar um bom exemplo para nossos amigos, nossos filhos, especialmente. E a gente rompe com nosso mundinho, olhamos em volta, e vemos que existem os outros, os que não terão a mesa tão farta quanto a nossa, os que não terão uma árvore na sala, cheia de embrulhos, os que, muitas vezes, além de não ter árvore, não têm nem mesmo a sala.
E ainda podemos terminar esse nosso Natal Diferente de uma forma bem legal: a gente pega as fotos da campanha com a qual colaboramos, fazemos umas cópias, e, no ano que vem, faz árvore de Natal bem bonita, com essas fotos penduradas e nos lembrando: cara, você fez a coisa certa!

Feliz Natal para todos!  

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