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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Edição 173 – Abril 2015
PL 4330: volta ao século XIX e prejuízos ao trabalhador de Brumadinho e do Brasil

Criticado por centrais sindicais, mas apoiado por grande parte do empresariado nacional, o projeto de lei que regulamenta a terceirização dos contratos de trabalho foi votado e aprovado pela Câmara dos Deputados cercado de pontos polêmicos.
O principal deles é a permissão de que empresas terceirizem não só atividades-meio (funções de apoio ao negócio central da empresa, como limpeza e vigilância), mas também as atividades-fim (por exemplo, a fabricação de carros, no caso de uma montadora).
Para os críticos, o projeto de lei é prejudicial aos trabalhadores pois coloca em risco a conquista dos direitos trabalhistas e pode levar a uma substituição em larga escala da mão de obra contratada diretamente pela terceirizada.
Já os defensores da proposta acreditam que ela acaba com a insegurança jurídica, aumenta a produtividade e gera mais empregos.
Até agora, por causa da ausência de parâmetros definidos para a terceirização, o tema vem sendo regulado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), por meio da chamada Súmula 331, que proíbe a contratação de trabalhadores por meio de empresas interpostas, exceto os trabalhadores temporários (como aqueles que trabalham em época de Natal e Páscoa). De acordo com o dispositivo, a terceirização somente é legal quando se refere à atividade-meio da empresa, e não à atividade-fim.
No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu entrar na polêmica, ao declarar o tema de repercussão geral, em meio à multiplicação de ações civis públicas ajuizadas pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) envolvendo indenizações milionárias. O julgamento não ocorreu e está previsto para acontecer em 2015.
Centrais, sindicatos e movimentos sociais prometem realizar manifestações em todo o Brasil contra o projeto de lei. "Vamos fazer uma campanha massiva contra todos os deputados que votarem a favor dessa proposta", afirmou à BBC Brasil Graça Costa, secretária das Relações de Trabalho da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
 
Manifestação dos trabalhadores contra o PL 4.300
Pontos polêmicos do projeto de lei

1. Terceirização de toda e qualquer atividade
A possibilidade de que as empresas passem a terceirizar não só a atividade-meio (aquelas que não são inerentes ao objetivo principal da empresa, ou seja, serviços necessários, mas não essenciais), mas também a atividade-fim (aquela que caracteriza o objetivo principal da empresa) é um dos itens mais controversos do projeto de lei que regulamenta a prestação de serviços por terceiros.
No caso de um banco, por exemplo, a mudança permitiria que bancários – de operadores de caixa a gerentes, ou seja, aqueles que desempenham atividade-fim nessas instituições - passem a ser terceirizados. Atualmente, nessas empresas, apenas trabalhadores como seguranças ou faxineiros podem ter esse tipo de contrato, pois exercem atividade-meio, já que a atividade principal de um banco não é fazer segurança tampouco faxina.
No entanto a flexibilização dos contratos precariza as relações de trabalho. Ao serem empregados como terceirizados, os trabalhadores perdem os benefícios conquistados pela categoria, como, por exemplo, piso salarial maior, plano de saúde, vale-alimentação, participação nos lucros, entre outros.
"Esse projeto de lei precariza as condições de trabalho no país. Dizem que mais empregos serão gerados, mas com que padrão? Padrão chinês?", critica o juiz Germano Silveira, vice-presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), em referência às más condições de trabalho em fábricas na China.
"Os terceirizados ganham salários mais baixos, até metade do que ganha um contratado direto, e sofrem acidentes de trabalho com mais frequência, pois as empresas que prestam o serviço terceirizado economizam nos itens de segurança para cortar custos", acrescenta. "Os deputados (a favor do projeto de lei) querem transformar essa diferença de salário em lucro para os empresários".
Graça Costa, secretária das Relações de Trabalho da CUT (Central Única dos Trabalhadores) concorda. Segundo ela, o projeto, se aprovado, vai provocar uma substituição em massa de trabalhadores contratados por terceirizados.
"Há hoje no Brasil quase 13 milhões de trabalhadores terceirizados, contra 35 milhões de trabalhadores contratados. Essa situação vai se inverter com a aprovação desse projeto de lei. O objetivo das empresas é unicamente reduzir custos. A relação de trabalho, que hoje é bilateral, ou seja, entre trabalhador e empregador, vai deixar de sê-lo, abrindo espaço para subcontratações a torto e direito. Será quebrada a coluna vertebral do direito do trabalho no Brasil", avalia.
Segundo Costa, estimativas apontam que, além de terem salários menores, os terceirizados trabalham mais e correm mais riscos de sofrer acidentes, inclusive fatais. Ela acrescenta ainda que, dos dez maiores grupos de trabalhadores em condições análogas à escravidão resgatados entre 2010 e 2014, 90% eram de mão de obra terceirizada.

2. Responsabilidade das empresas contratantes sobre obrigações trabalhistas
Pela atual versão do PL 4.330/2004, a empresa contratante (tomadora de serviços) deve fiscalizar se a empresa terceirizadora (fornecedora de serviços) está fazendo os pagamentos trabalhistas e previdenciários e garantindo os benefícios legais, como férias remuneradas. Apenas se não comprovar ter feito a fiscalização, ela poderá ser punida no caso de haver alguma irregularidade. O projeto de lei determina que a empresa contratada comprove por meio de documentação mensal que está cumprindo com suas obrigações.
As centrais sindicais, no entanto, defendem que a responsabilidade do tomador de serviço não seja "subsidiária", mas "solidária". No linguajar jurídico, a chamada "responsabilidade subsidiária" significa que a empresa contratante (tomadora de serviços) somente pagará se o devedor principal deixar de pagar. Isso leva o trabalhador a demorar mais tempo para receber seu dinheiro, no caso de uma demissão sem justa causa, por exemplo – porque ele precisa esgotar primeiro todas as possibilidades para receber do devedor solidário, ou seja, da empresa contratada.
Como muitas vezes essas terceirizadoras têm capital social muito baixo, com poucos bens no nome da empresa ou dos sócios, o trabalhador acaba enfrentando um longo périplo na Justiça para reaver seus direitos, quase sempre sem conseguir.
"Essa foi uma solução intermediária (para o impasse), mas é apenas uma fiscalização formal", critica Silveira. Para Costa, da CUT, a proposta prejudica o trabalhador porque tira do Estado o poder de fiscalização.
"Se a empresa terceirizada não cumprir com os direitos dos trabalhadores e a empresa contratante provar que se responsabilizou, o prejudicado será o trabalhador. Não faz sentido deixar na mão do empresário, que tem interesses financeiros nesse sistema, a tarefa de fiscalização, que deveria caber ao Estado", argumenta.
Costa lembra que o escândalo de desvio de verbas na Petrobras criou, recentemente, um impasse sobre obrigações trabalhistas. "Mais de 20 mil trabalhadores terceirizados foram demitidos recentemente de empresas que prestavam serviços à Petrobras e não sabem a quem recorrer".

3. Garantias dos direitos trabalhistas aos terceirizados
A garantia dos direitos trabalhistas aos terceirizados, especialmente como deve ficar a representação sindical, é outro ponto de atrito entre críticos e apoiadores do projeto de lei que regulamenta a terceirização da mão de obra.
O texto não assegura a filiação dos terceirizados no sindicato de atividade preponderante da empresa, o que, segundo as lideranças sindicais, fragiliza a organização dos trabalhadores terceirizados.
De acordo com os sindicatos, é comum que terceirizados que trabalhem em um mesmo local tenham diferentes patrões e sejam representados por setores distintos. Negociações com o patronato acabam, assim, prejudicadas, apontam.
"Flexibilizar as relações trabalhistas é um erro, sobretudo no momento de crise. Precisamos de um mercado de trabalho forte, uma massa de trabalhadores com bons salários e com boas condições para que eles possam ser consumidores. O governo vai deixar de arrecadar", conclui Costa.

Outro lado

Na visão dos que apoiam o projeto de lei, a regulamentação dos contratos de prestação de serviços de terceiros beneficia os trabalhadores.
O empresário Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), afirmou que "com a regulamentação do trabalho terceirizado, o Brasil irá se alinhar às mais modernas práticas trabalhistas do mundo".
Para a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), a regulamentação da terceirização é "condição imprescindível para que as empresas possam colocar seus produtos no mercado a preço competitivo e, com isso, ajudar o Brasil a sair desta crise inédita e de tamanho imprevisível". È o que a China faz, mas explorando ao máximo os trabalhadores chineses, com salários muito baixos, o que é facilitado com a quantidade enorme de sua população.
Aprovada no dia 23 de abril na Câmara dos Deputados, a votação da proposta foi concluída e segue para análise do Senado Federal. A presidenta Dilma Rousseff (PT), prometeu, no dia 29, vetar os pontos que prejudicam os trabalhadores.

Com informações de Mariana Schreiber, da BBC Brasil em Brasília

Bancada do PT repudia aprovação da terceirização

A bancada do PT na Câmara dos Deputados protestou contra o retrocesso para os trabalhadores que representou a aprovação da emenda do Projeto de Lei 4330/04, que possibilita a terceirização da atividade-fim em todos os setores de uma empresa.
Para o líder do partido na Câmara, Sibá Machado (PT-AC), a aprovação da matéria significa um atraso que pode provocar o desmonte da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). “Com essa emenda haverá instabilidade e insegurança para os trabalhadores porque as empresas vão se vangloriar dessa possibilidade de terceirizar a atividade-fim e isso coloca os trabalhadores numa situação de perda de direitos”, explicou.
Com a aprovação desse projeto poderá haver um desmonte da legislação e isso trará muitos prejuízos ao trabalhador.
O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) afirmou que a Câmara praticou o maior ataque, agressão e covardia contra os trabalhadores brasileiros ao aprovar a emenda. “A aprovação de um texto piorado do PL 4330, que generaliza as terceirizações, coloca em risco milhões de empregos diretos e direitos conquistados com muita luta como o 13º salário e férias remuneradas”, explicou. “A emenda aprovada não preserva minimamente a questão dos trabalhadores. Pelo contrário, ela retira direitos, quebra normas estabelecidas pela CLT, amplia a terceirização sem prever normas que evitem a precarização”, disse.
Já a deputada Maria do Rosário (PT-RS) explica que “milhões de pessoas terão seus salários rebaixados mesmo que continuem cumprindo as mesmas tarefas que exercem na atualidade. Passarão à condição de terceirizados e enfrentarão grandes dificuldades para assegurarem os mais básicos direitos trabalhistas e previdenciários”.
O projeto autoriza a terceirização e autoriza as empresas terceirizadas contratadas a “quarterizarem” sem limites e irem subcontratando. “Aos terceirizados atuais não se acresce uma nova garantia. Serão também atingidos os trabalhadores com deficiência, que recentemente foram incluídos no mercado de trabalho”, comentou.

PL da terceirização: o fim dos direitos trabalhistas em detrimento dos direitos empresariais

Aprovado na Câmara dos Deputados, em Brasília, por 230 votos a favor e 203 contra, o PL 4.330/2004, que legisla sobre a terceirização do trabalho e tem pontos polêmicos, será encaminhado para o Senado e, se também aprovado, segue para a Presidência que optará por sancioná-lo ou não. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que não o PL não será colocado às pressas na pauta. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a Presidenta vai vetar a versão do projeto que possibilita a terceirização de todas as atividades, o que foi confirmado por Dilma Rousseff. Interlocutores diretos da Presidenta classificaram o texto aprovado na Câmara como "um desastre para os direitos trabalhistas". No entanto, pela composição bastante conservadora da Câmara Federal, tudo indica que apenas a pressão popular garantirá a reprovação do PL.
Para economistas que estudam o mercado de trabalho, o PL 4330 seria prejudicial aos trabalhadores que não são terceirizados, e traria poucos benefícios aos que já são terceirizados. Marcelo Weishaupt Proni, professor do Instituto de Economia da Unicamp, já é bem claro os efeitos que poderia gerar para os que já são terceirizados, os que ainda não são e para empregadores. A maioria das centrais sindicais critica o projeto por ele representar a degradação de tudo que foi conquistado ao longo de décadas. Para eles, faria o país retroceder ao início do século passado. O Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, que inclui organizações como a CUT, OAB e Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), também divulgou uma nota em repúdio ao projeto de terceirização antes da conclusão dos votos na Câmara. Centrais, sindicatos e movimentos sociais prometem realizar manifestações em todo o Brasil contra o projeto de lei.
O governo se esforçou para evitar o resultado. Enviou à Câmara os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, das Comunicações, Ricardo Berzoini, e da Aviação Civil, Eliseu Padilha. As negociações foram intensas durante todo o dia 23 de abril. Partidos de esquerda como o PDT e o PSB, que haviam votado a favor do texto base do PL 4330/04, reviram suas posições e se colocaram contrários à liberação total da terceirização. Mas a virada de voto do PSDB, que até a semana anterior garantia que era contrário à terceirização da atividade-fim, acabou por garantir a vitória da oposição. Segundo tucanos, a mudança ocorreu pela defesa do projeto pelo Senador Aécio Neves (PSDB) e da campanha publicitária lançada por entidades empresariais na mídia. Aécio Neves, candidato a presidente no ano passado, obteve 9.799 votos em Brumadinho no primeiro turno e 11.601 no segundo.

Entenda a polêmica

O PL 4.330/04 permite que as empresas terceirizem até suas atividades-fim, o que hoje é proibido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Isso, segundo a CUT, seria o sonho dos empregadores: a possibilidade de uma empresa sem empregados. No caso de a terceirizada não pagar suas obrigações trabalhistas, o projeto determina a responsabilidade subsidiária da contratante. Isso significa que ela só poderá ser acionada na Justiça após encerradas todas as possibilidades de cobrança da terceirizada. A CUT defende a responsabilidade solidária, de acordo com a qual, as duas empresas respondem pelas dívidas. O PL 4330 defende isonomia apenas no direito de terceirizados usarem os mesmos banheiros, refeitórios, ambulatórios e creches da empresa contratante. Mas a CUT quer isonomia de salários e direitos entre terceirizados e funcionários diretos.
O projeto também permite que a prestadora de serviços contrate outra empresa para tal. Isso se chama quarteirização e apresenta ainda mais riscos aos direitos dos trabalhadores. Determina que as prestadoras de serviço tenham um objeto social único, mas essa regra não se aplica ao setor financeiro, pois o projeto permite o funcionamento dos correspondentes bancários. Por exemplo, o objeto social de lojas de roupa é vender roupas, mas muitas lojas podem, além disso, realizar operações bancárias. Com salários baixos, alta rotatividade, jornada extensa e pouco treinamento entre os empregados, os serviços prestados pelas terceirizadas em geral são de baixa qualidade. Com isso perdem também os consumidores. De cada dez acidentes de trabalho, oito envolvem funcionários de terceiras. As condições precárias de trabalho vitimam os trabalhadores e resultam em gastos previdenciários e com saúde, ou seja, toda a sociedade paga o preço.
O PL foi aprovado por 230 votos a favor e 203 contra. Setenta deputados não votaram. Se Dilma vetar, a Câmara precisará de 335 votos para derrubar o veto.

Outras ameaças

O PL 4330 não é a única ameaça aos direitos dos trabalhadores. Tramita no Senado Federal um projeto similar, que assim como o 4330, libera a terceirização nas atividades-fim. Trata-se do PLS 87/2010, de autoria do ex-senador tucano Eduardo Azeredo (PSDB). Além dos perigos no Congresso, os trabalhadores ainda enfrentam ameaças no Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam três ações que querem a liberação da terceirização nas atividades-fim: a da Celulose Nipo Brasileira (Cenibra), da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e de empresas de call center. Todas querem que o STF julgue inconstitucional a Súmula 331 (a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho- TST- considera ilegal a terceirização na atividade-fim do empregador, permitindo-a apenas nas atividades consideradas meio, ou seja, aquelas que, apesar de necessárias, não são inerentes ao objetivo principal da empresa). Hoje os trabalhadores ainda conseguem vitórias na Justiça graças à Súmula 331, que entende a terceirização da atividade-fim como uma maneira de o empregador intermediar mão de obra de forma fraudulenta, visando barateá-la. Muitos terceirizados conseguem, assim, provar que exerciam funções similares aos contratados diretos e os juízes reconhecem seu vínculo com a empresa, determinando o pagamento de direitos, como, no caso dos bancários, os que estão na CCT. Isso não mais ocorrerá se os parlamentares aprovarem o PL 4330.

Deputados Federais de MG a favor do PL 4.330
 
Toninho Pinheiro, que recebeu
2.828 votos em 
Brumadinho e traiu os trabalhadores  
Nárcio Caio, que recebeu 1.628 votos em Bruma-
dinho e 
traiu os trabalhadores 
Laudívio Carvalho, que recebeu 641 votos
em 
Brumadinho  e traiu os trabalhadores 
Marcelo Álvaro Antônio, que recebeu 624
 votos em Brumadinho  e traiu os trabalhadores




A maioria esmagadora dos Deputados Federais de Minas Gerais votaram a favor do PL 4.330/04. Deputados de partidos como PSDB, PP, PV, PSD, PDT, Solidariedade e PMDB, entre outros, votaram pela aprovação do projeto.
O Deputado Federal Toninho Pinheiro (PP) – apoiado pelo prefeito Antônio Brandão (PSDB) – traiu seus 2828 eleitores de Brumadinho que lhe depositaram a confiança no ano passado e votou a favor do PL contra os trabalhadores de nosso Município. Outro que traiu os trabalhadores brumadinenses foi Caio Nárcio (PSDB) – apoiado pelo ex-prefeito Neném da Asa – que obteve 1628 votos no Município.
Marcelo Álvaro Antônio (PRP), outro deputado muito bem votado por aqui, também foi favorável ao Projeto de Lei.
Laudívio Carvalho (PMDB), que esteve em Brumadinho recentemente fazendo discurso contra o auxílio para as crianças filhas de prisioneiros, também votou contra os trabalhadores de Brumadinho. Traiu as 641 pessoas que acreditaram que ele as representaria bem na Câmara Federal.
Outro que traiu os trabalhadores de Brumadinho foi o Senador Aécio Neves (PSDB). Aécio foi um dos principais responsáveis pelos votos dados pelo PSDB a favor do PL 4330. A virada de voto do PSDB, que até a semana anterior garantia que era contrário à terceirização da atividade-fim, acabou por garantir a vitória da oposição aos trabalhadores brasileiros. Segundo tucanos, a mudança ocorreu pela defesa do projeto pelo Senador Aécio Neves (PSDB) e da campanha publicitária lançada por entidades empresariais na mídia. Aécio Neves, candidato a presidente no ano passado, obteve 9.799 votos em Brumadinho no primeiro turno e 11.601 no segundo.

O Senador Aécio Neves, ex-candidato a presidente, que recebeu 11.621 votos em Brumadinho e traiu os 
trabalhadores, patrocinado a aprovação do PL 4.330

Deputados a favor dos trabalhadores de Brumadinho

Entre os deputados que receberam votos em Brumadinho, poucos foram os que votaram contra o PL 4.330, a favor dos trabalhadores de Brumadinho. A maioria foi do PT: Adelmo Carneiro Leão, Margarida Salomão, Padre João, Leonardo Monteiro e Welinton Prado. Eros Biondini (PTB), Jô Moraes (PCdoB) e Lincoln Portela (PR), deputados eleitos com grande número de votos em Brumadinho também optaram pela não aprovação do projeto. Alguns deputados não marcaram presença no dia da votação, como Renzo Braz-PP (5 votos), Reginaldo Lopes-PT (21 votos) e Gabriel Guimarães-PT (136 votos).

PL 4.330 – PL DA TERCEIRIZAÇÃO
Votaram A FAVOR do PL CONTRA os trabalhadores


NOME                                            PARTIDO                    VOTOS EM BRUMADINHO
Aelton Freitas                    (PR)                                       72
Bilac Pinto                                          (PR)                                       5
Caio Narcio                                       (PSDB)                                 1.628
Carlos Melles                                    (DEM)                                  2
Dâmina Pereira                                (PMN)                                  4
Delegado Edson Moreira               (PTN)                                   59
Diego Andrade                 (PSD)                                    68
Dimas Fabiano                 (PP)                                       31
Domingos Sávio                               (PSDB)                                 129
Eduardo Barbosa                             (PSDB)                                 130
Fábio Ramalho                 (PV)                                       13
Jaime Martins                    (PSD)                                    16
Júlio Delgado                                    (PSB)                                     15
Laudivio Carvalho                          (PMDB)                                   641
Leonardo Quintão                           (PMDB)                                    95
Luis Tibé                                             (PTdoB)                               47
Luiz Fernando Faria                       (PP)                                       48
Marcelo Álvaro Antônio                (PRP)                                    624
Marcelo Aro                                       (PHS)                                    254
Marcos Montes                 (PSD)                                    8
Marcus Pestana                                (PSDB)                                 49
Mário Heringer                                 (PDT)                                    82
Mauro Lopes                                     (PMDB)                                     60
Misael Varella                   (DEM)                                  7
Newton Cardoso Jr.                         (PMDB)                                               31
Odelmo Leão                                     (PP)                                       3
Pastor Franklin                                 (PTdoB)                               131
Paulo Abi-Ackel                               (PSDB)                                 37
Raquel Muniz                                   (PSC)                                    19
Rodrigo de Castro                            (PSDB)                                 85
Rodrigo Pacheco                              (PMDB)                                               41
Saraiva Felipe                    (PMDB)                                               50
Silas Brasileiro                  (PMDB)                                               14
Stefano Aguiar                  (PSB)                                     205
Tenente Lúcio                    (PSB)                                     300
Toninho Pinheiro                            (PP)                                       2.828
Zé Silva                                               (SDD)                                   27





Votaram CONTRA o PL, A FAVOR dos trabalhadores

NOME                                          PARTIDO            VOTOS EM BRUMADINHO

Adelmo Carneiro Leão   (PT)                                       20 
Ademir Camilo                                (PROS)                                 63
Brunny                                                (PTC)                                    3
Eros Biondini                                    (PTB)                                    426
Jô Moraes                                            (PCdoB)                               229

Leonardo Monteiro                         (PT)                                       6 
Lincoln Portela                               (PR)                                        207 
Margarida Salomão                        (PT)                                       9 
Padre João                                          (PT)                                       57 
Subtenente Gonzaga                       (PDT)                                    107 
Wadson Ribeiro                               (PCdoB)                               13 
Weliton Prado                                 (PT)                                         164 

Faltaram à votação Renzo Braz-PP (5 votos), Reginaldo Lopes-PT (21 votos) e Gabriel Guimarães-PT (136 votos).


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