Edição 185 – Abril 2016
Servidores se mobilizam em
campanha salarial
Brumadinho
é a 42ª cidade mais rica entre os 853 municípios de Minas Gerais. Tem uma das
maiores rendas per capta do Estado,
em torno de 1500 reais mensais. Entre os anos de 2000 a 2010, passou de 80º
município de maior renda per capta
para o 7ª lugar, avançando nada menos do que 73 posições. O Município
apresentou uma das maiores taxas de crescimento anual entre os 10 primeiros
colocados no ranking mineiro, que
define as maiores rendas per capta.
Apresentou uma taxa de crescimento anual de sua renda per capta, ao final do décimo ano, de 85%, maior do que a taxa de
crescimento de BH e menor apenas do que a mais cresceu em MG, Nova Lima. Os
dados demonstram que o problema em Brumadinho não é exatamente falta de
dinheiro.
Apesar
da posição confortável do Município, os servidores públicos municipais, em campanha
salarial, estão encontrando dificuldades em negociar com a prefeitura.
Reajustes
Os
trabalhadores em Educação e demais servidores de Brumadinho cobram reajustes de
11,36% em seus salários. Como os salários são baixos precisam, no mínimo, de
ter essa correção para não perderem seu já baixo poder aquisitivo, para não
ficarem mais pobres.
Prêmios
Os
servidores cobram também da administração que ela pague a Gratificação por
assiduidade, de 30%, relativa a 2015 (art. 130 da Lei 1777/2010, Plano de
Cargos, Carreiras e Salários). Os servidores da educação cobram a regularização
do pagamento do Prêmio de 10% por assiduidade, pagando o prêmio de 2015, que
ainda não foi pago, e o do primeiro trimestre de 2016, que também não foi pago,
respeitando, assim o art. 131 da lei 1777.
Outra
reivindicação dos servidores é que a administração faça a conversão em espécie
das Férias Prêmio e o pagamento da Progressão Vertical. A Prefeitura avançou em
alguns pontos, prometendo fazer os pagamentos de forma escalonada ainda neste
ano, mas não avançou no reajuste dos salários e do tíquete alimentação. Novas
reuniões estão marcadas para os dias 12 e 25 de maio, quando será discutido o
reajuste do tíquete e dos salários, respectivamente. A Prefeitura tratará do tíquete alimentação,
que não é computado no limite de gastos da Lei 101 (Responsabilidade Fiscal).
Mobilização
dos servidores
Os
servidores da Educação já fizeram três paralisações nas últimas semanas e
manifestações com alguns servidores também da Saúde. A última manifestação
aconteceu em frente à Prefeitura, enquanto uma comissão dos trabalhadores
participava de uma reunião com a Administração. Por volta das 16 horas,
impacientes com a demora, os manifestantes solicitaram dos vereadores Reinaldo
e Hideraldo, também presente no ato, que fossem obter informações sobre as
“negociações”. Quando voltaram, os servidores ficaram revoltados com a
informação de que a Prefeitura continuava oferecendo zero de reajuste salarial
e de tíquete alimentação.
Presença
de vereadores
Mais
tarde, os Trabalhadores da Educação realizaram assembleia, quando participaram
em torno de trinta pessoas. Os Vereadores Reinaldo Fernandes (PT), Hideraldo
Santana (PSC) e Renata Marilian (PPS) também estiveram presentes. O Vereador
Reinaldo Fernandes (PT) falou sobre as informações contraditórias que a
Prefeitura dá de seus gastos sobre a folha de pagamento. “Apesar de falar que a
arrecadação caiu, a Administração nunca mostrou esses dados”, disse aos
professores o vereador do PT. Reinaldo do PT fez algumas sugestões aos
professores sobre redução de gastos que eles poderiam discutir com a
Prefeitura, como diminuição dos 300 cargos de confiança, redução dos salários
dos cargos comissionados, fim do tíquete alimentação que é pago ilegalmente aos
secretários, redução de gastos com festas etc.
O Ver. Reinaldo Fernandes (PT) conversa com servidores sobre suas reivindicações |
Nenhum comentário:
Postar um comentário