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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Edição 186 – Maio 2016
Queda de Jucá: interesse em barrar a Lava Jato
"O primeiro a ser comido vai ser o Aécio”

Nas conversas ocorridas em março e divulgadas apenas no dia 23 de maio, o ministro do Planejamento, o senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais articuladores do impeachment de Dilma Rousseff (PT), cita o ministro Serra e os senadores Aécio Neves, Aloysio Nunes e Tasso Jereissati, todos do PSDB. "O primeiro a ser comido vai ser o Aécio", disse Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, em referência à Operação Lava Jato.
Jucá afirma ainda que Aécio não ganharia eleições:  "O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB..." Os diálogos de uma hora e 15 minutos sugerem um pacto, inclusive com "o Supremo, com tudo", para barrar a Lava Jato.

Além das possíveis investidas numa espécie de força-tarefa para barrar a Operação Lava Jato, as conversas entre o ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), e Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, e ex-senador pelo PSDB, fala nos possíveis danos a políticos. Eles foram grampeados e, na conversa, “entregam” que a verdadeira razão para tirar Dilma Rousseff (PT) era impedir que a Operação Lava Jato continue e chegue até eles.  Entre eles, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente do PSDB, Aécio Neves. "Todo mundo na bandeja para ser comido", diz Jucá. Num país mais sério, Juca (PMDB) já estaria preso e a Presidenta devolvida ao cargo, já que as gravações são de antes do dia da votação do chamado impeachment (Golpe de Estado) na Câmara. A divulgação foi feita pela Folha de São Paulo no dia 23 de maio, que até hoje ainda não explicou porque não divulgou antes da votação na Câmara a conversa gravada, que certamente mudaria o rumo das coisas.

O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra.”

Na conversa com Romero Jucá (PMDB), Machado se mostra preocupado com a união entre Sérgio Moro e Rodrigo Janot, que, segundo ele, "querem pegar todo mundo". Jucá responde, então: "Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura".
Sérgio Machado fala que o primeiro a "cair" será o senador tucano. "O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB. O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele [Aécio] ser presidente da Câmara?". O senador tucano Aécio Neves (PSDB) presidiu a Câmara dos Deputados entre 2001 e 2002, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Renan 'não entendeu'

O ex-ministro do Planejamento de Temer ainda fala sobre como a "a solução Michel" enfrentou dificuldades com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Só Renan que está contra essa porra. 'Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha'. Gente, esquece o Eduardo Cunha. O Eduardo Cunha está morto, porra", afirma Jucá.

"O Renan reage à solução do Michel. Porra, o Michel, é uma solução que a gente pode, antes de resolver, negociar como é que vai ser. 'Michel, vem cá, é isso e isso, isso, vai ser assim, as reformas são essas", disse Jucá ao ex-presidente da Transpetro e ex-PSDB.

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