Busque em todo o blog do Jornal de fato

ENTRE EM CONTATO CONOSCO: defatojornal@gmail.com / 99209-9899
ACOMPANHE-NOS NO facebook.com/jornaldefato

domingo, 24 de fevereiro de 2019


Edição 216 – Janeiro 2019
Genocídio da VALE


Noites infindáveis
pesadelo
terror

pedaço
de corpo

a vida
em desmantelo

a cada dia
mais um morto



a dor
a conta-gotas

4.2.2019 – 11º dia dos assassinatos da VALE

Edição 216 – Janeiro 2019





Sexta feira, 25 de janeiro de 2019, 12h28min25s. A parte inferior do reservatório da barragem B6 da mina Feijão da VALE começa a ceder e libera uma avalanche devastadora de rejeitos de mineração: em torno de 14 milhões de metros cúbicos de lama!
Em três minutos, tudo que estava abaixo da barragem está completamente engolido pela lama, ao longo de uma distância de quilômetros. Em poucos segundos, o "tsunami" destrói o centro administrativo e o refeitório da VALE, máquinas de mineração, trem, uma ponte, casas, pousadas e VIDAS... muitas vidas! Centenas de vidas! A cada dia, mais mortos, mais enterros, a dor a conta-gotas, numa repetição que não acaba nunca.

A VALE inicia um genocídio, um assassinato em massa de nossos irmãos brumadinenses e de várias outras cidades. Pelo menos 325 vidas engolidas pela lama de uma empresa assassina, numa cidade de pouco mais de 30 mil habitantes. Mais de uma centena de filhos sem pais e mães. Mães que nunca mais abraçarão seus filhos; esposas e esposos que nunca mais se abraçarão; vizinhos, conhecidos, colegas de trabalho, irmãos, cunhados, amigos; meu parceiro de pelada de sábado à tarde, Walaci Junhior Candido da Silva, o Banana, o jovem Banana, que nunca mais me dará um passe para que eu faça meu gol e comemore com ele.
As comunidades de Córrego do Feijão (logo abaixo da mina) e do Parque das Cachoeiras contam seus mortos, casas, hortas e vidas destruídas.
A vida em Brumadinho nunca mais será a mesma! Às vezes parece que estamos apenas vendo um filme, que é tudo mentira e que, no final, tudo acabará bem, estaremos novamente com nossos entes queridos. Mas a realidade é dura! Quando acordamos de manhã, desejosos de que tudo não passasse de pesadelo, constatamos que é real! Um município marcado para sempre! Marcado pela morte, pela dor, pelo sofrimento causado por uma assassina, a segunda maior mineradora do mundo, uma empresa que, à busca de mais e mais lucro, despreza a vida, qualquer vida, todas as vidas! 
O dia 25 de janeiro marcou a data em que Brumadinho entrou, tragicamente, para a história mundial. Começou a chegar gente de todo o mundo, imprensa estrangeira, até da Ásia; voluntários do Brasil todo; governador, presidente, ministra, deputadas e deputados; movimentos populares os mais diversos; bispos, pastores: o Município virou cenário de filme, mostrado nas TVs e jornais de todo o Planeta: tristíssima forma de virar celebridade!    
Só nos últimos 17 anos, ocorreram tragédias na Mineração Rio Verde, em Nova Lima (2001), na Mineração Rio Pomba Cataguases, em Miraí (2007), na Mineração Herculano, em Itabirito (2014) e em Mariana, na VALE -Samarco (2015). Bombas relógio prontas para estourarem para matar mais milhares de pessoas estão em Conceição do Mato Dentro, Congonhas, Itatiaiuçu e Minas Gerais afora.
A lama da VALE que invadiu o Rio Paraopeba pode chegar a 19 municípios, comprometendo o abastecimento de água de cerca de 1 milhão de pessoas. O Rio está morto! A vida está morta!
Vamos guardar a memória e a saudade, os momentos alegres da vida de nossos mortos. Estamos tristes, é verdade! Estamos marcados pela dor, é verdade! Somos Todos Atingidos! Porém, somos fortes! E vamos reconstruir a vida! Vamos sacudir a lama da VALE e dar a volta por cima! A VALE não vale nada! Nós valemos! Enterrados nossos mortos, choradas as últimas lágrimas, seguiremos em frente! Marcados, mas vivos! VIVA BRUMADINHO!

O Editor   


Curtíssimas
Sirene toca... depois de mais de 300 mortos pela VALE -_Às 5h30 H do domingo, 27/1, 3° dia após o criminoso rompimento da barragem da VALE, uma sirene foi acionada e moradores saíram de suas casas por risco de rompimento de outra barragem. O Corpo de Bombeiros evacuou moradores do centro do Brumadinho e das áreas ribeirinhas.
O mar de lama assassina da VALE

Corresponsáveis pelos assassinatos - De acordo a Agência Nacional de Mineração, responsável direta pela fiscalização das barragens, os fiscais não apareciam in loco na Barragem de Brumadinho desde 2016.



A pergunta que não quer calar
O que a Secretaria de Meio Ambiente de Brumadinho fez para evitar o rompimento?


POPULAÇÃO SE MANIFESTA
União e Compaixão

Moradores de Brumadinho realizam caminhada “Todos por Brumadinho”, e chegam ao trevo do município. Famílias de vítimas do Massacre da VALE fazem oração em vigília no local. Somos um só coração!

 
foto: reinaldo fernandes / jornal de fato - Brumadinho
VALE abandona a população
“Aqui no IML não vi ninguém da VALE auxiliando hora nenhuma as famílias... só tem médicos, psicólogos e assistentes sociais da FEMIG... e estão deixando claro que são da FEMIG... pq a VALE adora encher a boca pra falar q esta dando toda assistência .. lixo, bando de assassinos”. Depoimento de uma atingida pelo crime da VALE
 
foto: reinaldo fernandes / de fato
Defesa da VALE
Não faltou, infelizmente, quem defendesse a assassina empresa VALE, mesmo depois de tantos assassinatos. Um deles foi o ex-secretário de meio ambiente Ernane Parreiras. No Grupo “Eu Luto – Brumadinho Vive”, ele postou mensagem que dizia, dentre outras coisas, o seguinte: 
"Fernando sem querer defender e sendo realista a VALE ainda está entre as melhores empresas de mineração "" se comparada com outras, infelizmente,  o problema é na legislação e fiscalização,  o licenciamento é falho e duvidoso"


O fiasco de Israel
O escândalo de Brumadinho e a exploração do nióbio por Israel -- O grupo israelense que veio ao Brasil nunca atuou em nada de resgate. Foi criado em novembro de 2018, e é a primeira vez que sai de Israel. E são todos militares, que seguem a cartilha do primeiro-ministro Netanyahou. Mas incrivelmente o governo brasileiro preferiu Israel ao nosso EB, que tem infinita experiência em catástrofes, inclusive internacionalmente, vide Haiti. Qualquer um que entenda minimamente de logística de resgate e logística militar sabe que isso é um embuste. Nosso ambiente é totalmente diferente de Israel.
Israel, que por coincidência já estava com o avião preparado. Que por coincidência quer explorar o minério no Brasil (nióbio). Que, por coincidência, o presidente da VALE é judeu. Que, por coincidência, foi presidente do grupo Ultra, dono da rede de postos Ipiranga, financiador da campanha do Bolsonaro. Esse grupo Ultra, por coincidência, apoiou a ditadura militar brasileira, financiando treinamento de torturadores e grupos paramilitares. Que, por coincidência, os instrutores vieram de USA e Israel.
27/1/19: 3º dia do Genocídio da VALE: Os bombeiros, os de
Minas Gerais, fazendo seu belo trabalhos, se lavam
depois do mergulho na lama em busca de corpos
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)













DEPOIMENTOS
foto: reinaldo fernandes / jornal de fato - brumadinho

“Eu só queria estar com minha família...

Esta última sexta foi mais um dia comum na minha rotina (pelo menos eu pensei assim...). Acordei com o despertador tocando, enrolei na cama como de costume e depois corri pra dar tempo de tudo e chegar pontualmente ao trabalho.
No ônibus aproveitei pra tirar aquele cochilo que sempre me renova as energias.  A manhã foi conturbada.... É meu dever garantir que tudo que me foi designado siga seu curso com excelência.  Assim tenho feito.
O serviço é pesado, mas era sexta, o dia mais esperado da semana. Logo, logo o dia passa e estarei em casa descansando com minha família e aproveitando o fim de semana.
Várias planilhas pra elaborar, trabalho no campo pra executar, procedimentos pra atualizar. Meu supervisor ainda não sabe, mas pretendo tentar uma recolocação na empresa. Trabalho aqui já faz um tempo e venho me qualificando.
Uffaaa.... Meio dia já foi...
De repente meu chão caiu, não deu tempo de fugir, pedir por socorro não adiantava, foi desesperador, parecia aqueles brinquedos de parque que ficam rodando, rodando sem fim. Onde aperta pra parar? Me ajudem por favoooor?
Mas quem iria me ajudar? Meus amigos de trabalho também me acompanhavam nessa aventura... O MAIOR PESADELO DE NOSSAS VIDAS.
Eu só queria estar com minha família...
E entre portas, cadeiras, paredes e janelas que me atingiam em meio ao mar de lama que nos carregava eu só pensava em reunir forças para me equilibrar e sair com vida daquela situação. Eu sempre fui forte e com determinação conquistei muitas coisas. Não é da minha natureza desistir.
Mas me falta o ar, não consigo me movimentar e pra onde eu vá só vejo lama.
Eu só queria estar em casa com minha família...
Fechei meus olhos na expectativa de acordar desse sonho tenebroso. Sentia dor no corpo inteiro. O coração apertadinho e em choque. Não consigo descrever.
Passou...
Em meio a todo desespero, uma luz de paz me atingia. A inquietude deu lugar à tranquilidade e onde eu estou agora só existe amor. Meu PAI veio correndo ao meu encontro com seu abraço acolhedor e dizendo: “Descanse em mim. Está tudo bem agora”.
Eu sofri muito, não queria morrer. Tinha tantos planos. Muita gente que me ama e precisa de mim e que agora sente a dor do vazio.
Eu só queria estar com minha família...

Mas mãe, não sofra mais... sinta meu amor nas coisas que eu gostava de fazer, naquela comida gostosa que só a Senhora sabia preparar, naquele conselho que eu insistia em não dar atenção. Pai, continue cuidando da nossa família como você sempre fez com tanto zelo. Aos meus irmãos, amigos e familiares, obrigada por tanto apoio nesse momento difícil. Lembrem sempre de mim com amor e sintam minha presença em cada detalhe. A saudade aqui está enorme, mas sintam meu abraço apertado.
Sei que muitas dúvidas ficam sobre tudo que aconteceu... Quem cometeu esse crime? Por que não pensaram na vida e colocaram o dinheiro na frente de tudo e todos? Não há explicação.

Eu poderia pensar... Por que eu não peguei no sono quando enrolei na cama? Por que o ônibus não deu defeito e não passou no ponto? Por que eu não pedi uma folga pra resolver coisas triviais? Por que eu não estava de férias? Por quê? Por quê? Por quê?
Mas do lado de cá não tem espaço pra lamentações. Aqui só o amor impera.
Estou aqui em paz e sei que um dia nos encontraremos novamente.
Com amor.”

Texto escrito pela garota Giovana Diniz, de 14 anos, cuja mãe, Lenilda Martins Cardoso Diniz, foi assassinada pela VALE

27/1/19: 3º dia do Genocídio da VALE: Bombeiro mineiro,
cansado de encontrar pedaços de corpos
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho

Nota de deputados, do arcebispo e do PT
Ainda houve notas de solidariedade das Deputadas Estaduais Marília Campos e Beatriz Cerqueira, e do Federal Rogério Correia (todos do PT); do Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo; e do Partido dos Trabalhadores de Brumadinho, assinado por sua Comissão Executiva.
“O PT de Brumadinho se solidariza com toda a população do município, com todas as famílias atingidas por essa onda assassina, exige a punição de todos os culpados e se coloca à disposição da população para ajudar no que for possível”, diz\i a nota do PT, acrescentando: “Nesta hora, cabe-nos perguntar: Por que essa barragem não estava sendo monitorada pelo Governo de Minas e pela prefeitura de Brumadinho, já que centenas e centenas de brumadinenses passavam ali suas vidas, engordando os lucros da VALE e os cofres públicos? Por que a VALE construiu um refeitório, que abrigava dezenas e dezenas de pessoas ao mesmo tempo, debaixo de uma barragem tão perigosa? Por que a VALE S. A. mantinha ali sua área administrativa e não em lugar seguro? Muitas pessoas não aparecem em nenhuma lista mas seus familiares sabem que estão desaparecidas: que segurança é essa da VALE que não tem controle nem mesmo sobre quem está nas dependências de uma de suas minas? Ou a VALE continua mentido para a população e os familiares que tiveram seus entes assassinados?”

27/1/19: 3º dia do Genocídio da VALE: A lama em Córrego do Feijão -
 foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - brumadinho

APOIOS
“Somos Todos Atingidos”

Logo nos primeiros dias do genocídio da VALE, muitos grupos de apoio aos atingidos começaram a ser instituídos. Um deles foi o “Somos Todos Atingidos”.  Todos nós somos atingidos, porque moramos aqui. Nós vamos lutar para não esquecer essa história, mas também para manter nossos laços e nossa comunidade”. Com essas palavras Reinaldo Fernandes, do Partido dos Trabalhadores (PT) deu início à reunião da Frente Brasil Popular em Brumadinho (MG), na quarta (30).” Assim registrou o jornal BRASIL DE FATO no dia seguinte.
A FRENTE BRASIL POPULAR de BRUMADINHO realizou reunião para tratar do genocídio praticado pela empresa VALE e discutir formas de apoio aos atingidos, especialmente aos que tiveram seus parentes e amigos assassinados. A reunião contou com a participação de em torno de 40 pessoas militantes de diversas entidades de defesa dos direitos dos cidadãos, como MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens -; MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração -; Sind-UTE – Sindicato dos Trabalhadores em Educação – de Brumadinho; Frente Brasil Popular Minas Gerais; CPT – Comissão Pastoral da Terra; MPP – Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais; MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; CUT-MG – Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais; Conselho do Parque do Rola Moça; FRENTE BRASIL POPULAR do Médio Vale do Paraopeba; Sind-Saúde de Betim; e lutadores de diversas frentes de batalhas contra as práticas de morte das mineradoras.
Durante a reunião foram relatadas as práticas da VALE – comum às outras mineradoras -, em sua relação com os movimentos sociais que historicamente a enfrentam, como a perseguição às lideranças, a enrolação para tratar com os atingidos, criando empresas profissionais nessa prática como a Renova; troca de porta vozes da empresa para sempre recomeçar a discussão das reparações; chantagem com a questão do emprego e impostos; negociação um a um para enfraquecer o coletivo enquanto diz que a população não tem organização; cooptação do governo local e estadual e de lideranças com benefícios de toda sorte, como patrocínio de pesquisas; fazer-se de vítima de quem ela chama de aproveitadores; disputa da narrativa para isentar sua culpa, com quem a grande imprensa faz coro.
A reunião chegou ao consenso sobre os seguintes princípios: não há atingidos direto e indiretamente, somos TODOS atingidos!; NÃO é “tragédia de Brumadinho”, são assassinatos, genocídio da VALE; as pessoas não desapareceram, foram desaparecidas pela lama da VALE; e Brumadinho não vai acabar por causa dos assassinatos, porque Brumadinho é maior do que a VALE, as pessoas são maiores e o Município vai sacudir a lama e dar a volta por cima.
Foram dados os informes do trabalho feito pelas entidades no Município e discutidas propostas e encaminhamentos. Ao final, ficou decidido que seria feita uma Nota para a população.
Reunião que criou o coletivo "Somos Todos Atingidos" reuniu
entidades que "não têm medo do cheiro do povo".

Grupo solta Nota

Usando o subtítulo, “ESTAMOS AQUI PARA AJUDAR!”, o grupo de apoio “Somos Todos Atingidos” publicou uma nota no dia 2 de fevereiro, 9º dia dos crimes da VALE. Na Nota, além de criticar a VALE, nomeando-a como “assassina”, o Grupo coloca-se à disposição “de todos os atingidos, não apenas de Brumadinho mas das outras cidades também, para ajudar no que for possível, seja agindo diretamente, seja encaminhando as demandas dos atingidos a quem possa recebê-las e resolvê-las”, e divulgou os contatos para que as pessoas pudessem procurar o grupo para pedir ajuda: MAM – Luiz (31) 99809-8033; MST – Cristiano Meireles (34) 99924-6457; Cáritas / CPP / CPT – Rodrigo (31) 98424-1724; SindUTE / Brumadinho – Lilian Paraguai (31) 99765-4273; e Frente Brasil Popular / Brumadinho – Reinaldo Fernandes (31) 99209-9899

Eu Luto – Brumadinho Vive

Outro grupo que se constituiu foi o “Eu Luto – Brumadinho Vive”. A iniciativa foi do Programa Polos Cidadania da UFMG, programa de extensão, ensino e pesquisa social aplicada, voltado à efetivação dos direitos humanos, em parceria com a ONG Abrace a Serra da Moeda e o Programa de Pós-Graduação em Administração da PUC Minas (NUPEGS / PPGA / PUC Minas). Dezenas de pessoas se reuniram no Centro de Treinamento de Líderes, fizeram a discussão e se constituíram num grupo de apoio. Foram formados vários subgrupos para discutir várias questões.   
Ironicamente, no grupo, além de pessoas maravilhosas, dedicadas, com o coração aberto, fazendo um belíssimo trabalho e ajudando a quem precisava e precisa, além de outros “grupos de bem”, estavam também pessoas da Secretária Municipal de Meio Ambiente de Brumadinho.
A Secretária de Meio Ambiente de Brumadinho também deveria ser responsabilizada pelos crimes da VALE, conforme as leis federais nº 12.608/2012 e a de nº 12.983/2014. Ambas as leis obrigam o município a ter um “Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil”. Sob a desculpa de que a obrigação era do governo federal, a Secretária não fazia fiscalização da barragem, mesmo sabendo que ali, naquela empresa que matou em Mariana, há três anos atrás, trabalhavam centenas de brumadinenses e, sob o perigo iminente, moravam outras centenas. Além disso, a legislação garante ao prefeito a possibilidade de impedir atividade perigosa, não concedendo anuência para o empreendimento, conforme a CPT - Comissão Pastoral da Terra - tentava ensinar ao Prefeito em uma entrevista recente que circula nas redes sociais.

27/1/19: 3º dia do Genocídio da VALE: casa atingida pela VALE
em Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)

Poucas & Boas

“Os soldados israelenses ganharam notoriedade e reconhecimento internacional pelas ações covardes fuzilando bebês, crianças, mulheres e idosos palestinos em Gaza, onde construíram a maior prisão a céu aberto do mundo.
Este reconhecimento está registrado nas resoluções da ONU de número 181, 194, 293, 303, 242, 2443, 338, 3379, 446, 471, 726, 799, 904, 51/233, 10/6, 1397, 1402, 14/35, 10/12, 10/13, 15/44, 10/15 entre outra dezena delas, que condenam Israel por crimes de guerra e massacres de civis desarmados, bombardeio de missões humanitárias, hospitais e escolas.
A "expertise" dos soldados israelenses famosa no mundo não é de "salvar vidas". É de matar inocentes desarmados.
Cínicos, agora sobem nos cadáveres de Brumadinho produzidos pelos crimes ambientais, para fazerem dos corpos das vítimas o "palanque" e a vitrine de uma imagem artificial de "bons sujeitos" que a realidade e a história desmentem.

Texto intitulado “BRUMADINHO: BOLSONARO / ISRAEL: CÊNICOS E CÍNICOS.
 de Abduh Haikal Professor de Relações Internacionais.

“Inacreditável: os tais equipamentos "de ponta" que os israelenses trouxeram sao inadequados e ineficientes para localizar corpos. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. utiliza com muito sucesso os famosos, e estes sim eficientes, caes farejadores por todos nós conhecidos e festejados. A precipitaçao subserviente do Capitao miliciano e temporariamente Presidente da República ao aceitar com euforia a tal da ajuda humanitária do exército sionista, além de expor as nossas Forças Armadas ao ridículo por suposta ineficiência, acabou também por desmoralizar mesmo a tal da ajuda humanitária do Netaniahu, e todos afinal ficamos ainda mais ridicularizados perante a Comunidade Internacional.                    
Fora Bolsonaro!”
De um grupo do Whatsapp

“Nós, artistas participantes da mostra retrospectiva que está sendo realizada no museu Memorial de Minas VALE, em repúdio à empresa patrocinadora responsável pelo crime ambiental em Brumadinho e em solidariedade a todas as vítimas dessa atrocidade, comunicamos a retirada coletiva das obras em exposição no Memorial Minas Gerais VALE
Grupo de Artistas, no dia 29 de janeiro de 2019
 
“Ao se recusar a receber e a ouvir os sindicatos, entre eles, o Siticop-MG; a VALE deixa claro que impõe relações internas autoritárias e despreza seus funcionários e a vida humana.”
Nota do Siticop-MG (Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construção Pesada de Minas Gerais)

“A VALE, hoje em Brumadinho, é um mal necessário. É o maior mal necessário. É uma doença...”
Prefeito Nenen da ASA (PV), em reunião na escola Pe. Vicente, no dia 8/2/19

“Vidas perdidas significam pouco perto do trabalho da VALE.”
Onix Lorenzoni, Ministro do Governo Bolsonaro. Bolsonaro recebeu 12.215 votos em Brumadinho (contra 7.164 em Haddad)

“A VALE é uma empresa responsável. Muito responsável!”
GISLENE PARREIRAS ZUZA, Coordenadora da Defesa Civil da Prefeitura Municipal de Brumadinho, em meio a tantos assassinatos cometidos pela VALE, que podem chegar a 500 pessoas, defendendo a empresa assassina
Depois disso, população ficou revolta e fez uma petição on line, que levou à sua demissão do cargo
 
"As pessoas chegam para nós desoladas! É uma ferida no coração que é difícil até de falar...".
Pe. Renê Lopes, Pároco da Igreja São Sebastião de Brumadinho

“Há pelo menos duas conexões diretas entre Fundão e Brumadinho: o aceleramento da produtividade e a impunidade,que solaparam a barragem da Mina do Córrego do Feijão.
(...) Apesar da opressão do império econômico, não é o fim do mundo. A mesma energia, que produz tanta generosidade diante de tanto sofrimento, hoje, em Brumadinho, há de contribuir para que essa indignação infinita seja, no tempo oportuno, canalizada para a organização popular.
A gula insana da VALE não vai matar o bom apetite mineiro. E o potencial de luta do povo brasileiro.”
Padre Antônio Claret Fernandes – Arquidiocese de Mariana

“Segundo a ANA, há 24.000 barragens no Brasil. 720 grandes barragens de rejeitos minerários, sendo 450 grandes barragens de rejeitos minerários só em MG. Há um déficit de 1860 fiscais no IBAMA. Com os poucos fiscais existentes gastariam 33 anos para fiscalizar todas as barragens. Por isso é crime previsto e anunciado. O projeto de aumentar as exigências para a construção de novas barragens foi reprovado na Assembleia Legislativa de MG. Bolsonaro e Zema fizeram campanha prometendo acabar com o Ibama, impedir a fiscalização e entregou o Meio Ambiente para os empresários do Agronegócio. Isso é projeto capitalista satânico e diabólico em curso. Que dia e hora romperão outras barragens? Quantos serão mortos ainda para acordar quem votou em quem se elegeu falando que "é preciso flexibilizar os licenciamentos ambientais"? É necessário asfixiar esse dragão do apocalipse, que é o capitalismo, que está devorando vidas humanas e ecológicas.”
Frei Gilvander - CPT

“Omissão, cumplicidade com as empresas criminosas e impunidade não geram acidentes, geram crimes. O que está acontecendo em Brumadinho (MG) é consequência direta de um modelo minero-energético ao serviço do capital transnacional, que explora o nosso povo e a nossa natureza para garantir o lucro de inversionistas. Chega! Precisamos construir um Projeto Energético Popular, que sirva o povo e esteja ao seu serviço. Com soberania nacional, distribuição justa da riqueza e controle popular. Água e energia não são mercadorias!
#brumadinho #valeassassina”
MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens -, que está atuando no Município, apoiando e organizando os atingidos, desde o dia 25/1, dia dos crimes



CuRTAS
Movimento dos Atingidos por Barragens denuncia VALE
No terceiro dia dos crimes da VALE, Letícia Oliveira, da Coordenação Estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB -, relatava como estava a situação. “Neste domingo (27), houve manifestação da população que aguarda ansiosa por notícias de familiares e amigos. Eles reivindicaram que o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e a VALE deem informações oficiais”, relatava. “Após pressão da população, o Tenente Coronel da Defesa Civil, Eduardo Ângelo, informou aos atingidos que todos os dias ao fim da tarde irá fazer um repasse aos moradores de quantos corpos foram resgatados e para onde foram encaminhados. No local, os atingidos não tiveram nenhum representante da VALE até o momento.”
A dirigente do MAB questionava também as listas de mortos e desaparecidos. Familiares de vítimas que não eram trabalhadores da VALE estavam sendo ameaçados pela polícia ao procurarem pelos corpos. A VALE não dava resposta à população, que sofria angustiada.
“Desde o início das buscas por sobreviventes e corpos arrastados pela lama da barragem da Mina do Córrego de Feijão, que rompeu nesta sexta-feira (25), a mineradora VALE não divulgou até o momento nenhuma lista com informações sobre as pessoas desaparecidas que não eram trabalhadoras da VALE e estavam no local. Familiares dos desaparecidos ficam horas nas filas em busca de alguma resposta. Os relatos apontam que a VALE faz um cadastro com os nomes e não divulga para a sociedade”, denunciava Oliveira, completando que a VALE desrespeitava os moradores e familiares dos desaparecidos que não faziam parte do quadro de funcionários.
Rio Paraopeba destruído pela assassina VALE
26/1/19: 2º dia do Genocídio da VALE: 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 

Parque das Cachoeiras se manifesta: “O que a vale deixa para nós”
“Boa noite para todos! Estamos todos afetados, apavorados e incertos do que poder ocorrer futuramente, a questão é,  que todos fomos atingidos principalmente psicologicamente, não temos condições emocionais de ficarmos residindo num local onde o medo toma conta,  qualquer barulho é motivo de pânico, meus filhos tbm não conseguem mais viver aqui, sem contar que ninguém tem ânimo para se alimentar,  ninguém dorme mais ?? Onde isso vai parar???”
Moradora da localidade, num grupo de whatsapp, criado para discutir os inúmeros problemas causados pela VALE
A empresa assassina, 2ª maior mineradora DO MUNDO e mais rica do que inúmeros PAÍSES, mostrou sua ganância: ofereceu R$ 15 mil para quem perdeu horta e seu meio de sustento e R$ 50 para pagar casas totalmente destruídas com tudo dentro.


VALE mente para encobrir seus crimes
A primeira informação da criminosa empresa foi de que havia 427 pessoas no local, e 279 teriam sido resgatadas vivas. Os dados do dia 15 de fevereiro davam conta de 166 assassinatos (todos já identificados) e 144 pessoas desaparecidas pela VALE, somando 310 vidas tiradas pelo crime da VALE. Somadas às 279 resgatadas, já chegamos a quase 600. Quais os interesses da VALE em esconder a quantidade de assassinados? 
Empresa sempre enganou seus trabalhadores



 
Outros assassinatos podem acontecer a qualquer momento

No dia 7/2, dois municípios teve bairros e comunidades evacuadas em Minas Gerais por conta de risco de rompimento de duas barragens de rejeitos.
A primeira, em Itatiaiuçu, da barragem da Acelor Mittal, pode estourar; a segunda em Barão de Cocais, da mesma assassina VALE, ambas foram classificadas pela Agência Nacional de Mineração com nível 2 de risco. O resultado foram 492 desabrigados, sendo 284 em hotéis e 208 em casa de familiares, em Barão de Cocais; mais 166 desabrigados em Itatiaiuçu, sendo 113 em hotéis e 53 em casa de familiares.
Na ocasião, o MAB denunciou a falta de participação dos atingidos tanto na Política Nacional de Segurança de Barragens, quanto na construção dos planos de segurança dessas barragens em todo o Brasil.



Acampados abandonados
Em torno de 800 famílias de atingidos pelos crimes da VALE estão abandonados, sem receber apoio necessário. Os PAs – Pontos de Apoio -, que detém os donativos vindos do Brasil inteiro têm dificultado o acesso dessas pessoas, muitas delas idosos e crianças, aos alimentos e água. Até o fechamento desta edição, o Pátria Livre tinha recebido menos de 200 cestas, boa parte delas incompleta, sem café, por exemplo. São 600 famílias do acampamento Pátria Livre, do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra -, 120 famílias do Acampamento Zequinha e 60 famílias da aldeia de índios Pataxó Hãhãhãe.
Todos os acampados dependiam do Rio Paraopeba para viver: para pescar, para aguar as plantas para se alimentarem e obterem renda; para lavar roupas e até para tomar banho; para transportar as professoras da escola que continua fechada. Além disso tudo, o acesso por terra (eles atravessavam por bote, pelo pontilhão e pela mata; ou por estrada de terra) está comprometido, colocando em risco a vida de quem tenta chegar ao Acampamento de carro.
25/1/19: 1º dia do Genocídio da VALE: Peixes mortos no Rio Paraopeba,
quando a lama começava a descer o leito do rio, por volta das 18 horas
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)





Números do genocídio da VALE
Lama destruiu parte do Parque das Cachoeiras, interditou a
estrada para Alberto Flores e interior do Município e chegou
ao Paraopeba

O boletim do 22º dia do Massacre da VALE, divulgado pelo MAB, traziam os seguintes dados:
166 assassinados já identificados;
144 pessoas desaparecidas, entre trabalhadores e moradores de Brumadinho;
138 pessoas desalojadas / desabrigadas;
268 bombeiros envolvidos em resgates;
7 aeronaves (chegaram a ser 14) e 6 cães farejadores;
46 máquinas (retroescavadeiras e outras) em operação
Nota da redação: 1000 promessas feitas pela empresa assassina; 00 pessoa indenizada


Centenas de atingidos na Câmara de Vereadores em Brumadinho

Centenas de atingidos do centro de Brumadinho e comunidades acompanham visita da Comissão Externa na Câmara Federal. A Comissão foi criada para acompanhar e fiscalizar as ações sobre o crime da VALE na Mina do Córrego do Feijão. Os deputados e deputadas que compõe a Comissão ouviram a população atingida logo no início de sessão. Entre ele estavam o deputado federal Rogério Correia (PT) e a estadual Beatriz Cerqueira, também do PT.

Crime da VALE pode provocar muitas doenças na população, diz especialista

“Bom, é incalculável e difícil prever os prejuízos causados pelo rompimento da barragem. Contudo, com base em estudos epidemiológicos feitos anteriormente em situações semelhantes (como a de Mariana), sabe-se que agrava e aumenta os riscos de transmissão de doenças infecciosas como a Febre Amarela, Dengue, leishmaniose (entre outras doenças infecto-contagiosa como a esquistossomose que e contraída por consumo de água  contaminada) nas proximidades dos locais afetados de alguma forma, desde a contaminação da água a mudanças de fauna local...o  que ocorreu e irá ocorrer no decorrer do rio Paraopeba. Então estima-se que ha um risco elevadíssimo de aumento de casos dessas doenças não somente em Brumadinho, mas sim em toda sua bacia, que compreende mais de 35 municípios. Além disso, Minas gerais já é endêmica para ocorrência dessas doenças , dessa forma, é ainda mais importante agora que todos procure meios de prevenção tal como vacina e uso de repelentes.”
A opinião é de uma especialista, ao ser consultada sobre as doenças.


Moradores de Brumadinho expostos à lama começam a apresentar sintomas de contaminação

As pessoas que tiveram contato com a lama que invadiu a cidade de Brumadinho (MG) após o rompimento da barragem da mineradora VALE, na tarde de 25 de janeiro, começam a apresentar sintomas de intoxicação. A tragédia, que já deixou ao menos 165 mortos e 160 desaparecidos, espalhou cerca de 14 milhões de metros cúbicos de lama com rejeitos pela cidade.
O marido de Valéria Brumas, agricultora no Assentamento Pastorinhas, teve contato com a lama no dia que a barragem rompeu, ao auxiliar como voluntário no resgate de vítimas e pessoas desaparecidas. Na segunda-feira (28), ele amanheceu com erupções pelo corpo e procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.
O hemograma indicou que os níveis de plaquetas e leucócitos em seu sangue estavam baixos. Dois dias depois, na quarta-feira (30), ele retornou ao atendimento e estes níveis estavam ainda mais baixos, conta Valéria.


Edição 216 – Janeiro 2019
A VALE sabia que a barragem podia estourar. E não fez nada

Inúmeros depoimentos de trabalhadores que escaparam das mortes da VALE; outros que tinham comentado com seus familiares; documentos de auditoria; depoimentos de engenheiros provam que a VALE sabia que a barragem poderia se romper e matar centenas de pessoas. Mesmo assim, a empresa não tomou nenhum providência.
Um dos depoimentos foi da mãe de Robert Oliveira, 19 anos, 7 meses na VALE. Segundo ela, o filho lhe dissera, 20 dias antes, “sentado ali na cozinha”, que estava com medo da barragem estourar porque estava saindo água.
O Ministério Público de Minas Gerais também avalia que a VALE sabia do risco de rompimento na barragem de Brumadinho e em outros oito depósitos de rejeitos desde outubro do ano passado. A informação consta em uma ação que corria em segredo de Justiça no Tribunal de Justiça mineiro.


Edição 216 – Janeiro 2019
OBTUÁRIO:

José Xaviér de Almeida Filho, 88 Anos

Falecimento sábado, 29 de dezembro de 2018
 
A Família: Esposa Dona Valdevina, Os Filhos e Filha, Noras e Genro e os 8 Netos , Agradecem a todos que de uma forma direta ou indireta participaram deste momento difícil...

Aos Amigos, Parentes e Vizinhos , e em geral a Equipe da UPA e ao serviço de Ambulância.  
Agradecimento extensivo ao PSF do Bairro São Conrado, em especial ao Dr.Silveira Gomes – ao atendimento do pessoal da Policlínica. A gentil atenção de sempre do Dr. Antônio Olavo, Dr. Bruno, Dr. Edmar Carvalho.

Por fim, a inesquecível presença espiritual dos Ministros da Eucaristia - Sag.Cor. de Jesus do Bairro São Conrado...

Nossa Gratidão a todos.


Veja abaixo galeria de fotos do Genocídio da VALE
1º  dia do crime da VALE
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 


(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
2º Dia dos Crimes da VALE 26/1/2019
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 

(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: a lama em frete ao Escritório
e o Restaurante 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)

3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: bombeiros
em 7 aeronaves buscam por corpos 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)

(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
1º dia do massacre da VALE 25/1/2019 - 18 h, quando a lama ainda descia
do Parque das Cachoeiras 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
1º Dia dos Crimes da VALE 25/1/2019: comércio fechado com medo da lama
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)

(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)


3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: casa atingida pela lama da VALE
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)

3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: home leva alimento para alimentar
vaca atolada na lama em Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
2º Dia dos Crimes da VALE 26/1/2019: bombeiros voluntários
chegando de Ouro Preto

(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)

2º Dia dos Crimes da VALE 26/1/2019: bombeiros voluntários
chegando de Ouro Preto
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
1º Dia dos Crimes da VALE 25/1/2019: moradores de Pires recolhem peixes
mortos e morrendo na lama, por volta das 18 horas
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
1º Dia dos Crimes da VALE 25/1/2019: moradores de Alberto Flores 
(Vicente e Marlene) tiveram sua casa invadida pela lama - 
foto feita por volta das 18 horas, quando a lama ainda descia
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: bombeiros e moradores 
voluntários tentam retirar uma vaca da lama 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)

3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
Voluntários resgatando animais em Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)


(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 

Banco público BB logo montou uma agencia itinerante para ajudar;
os privados nada fizeram
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 

3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 

(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
1º dia do massacre da VALE 25/1/2019 - 18 h, quando a lama ainda descia
do Parque das Cachoeiras
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 

3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
Peixes morrendo no Paraopeba às 18:30 do 1º dia do crime da VALE
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: bombeiros se
lavando depois de mais uma volta da lama
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: bombeiros se
lavando depois de mais uma volta da lama
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 

2º Dia dos Crimes da VALE 26/1/2019: Estação do Conhecimento
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
2º Dia dos Crimes da VALE 26/1/2019: Estação do Conhecimento
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: bombeiros trazem
mais pedações de corpos da lama
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: bombeiros se
lavando depois de mais uma volta da lama
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)

(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: casa
atingida pela lama assassina da mineradora

(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão:
lama assassina da mineradora
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: casa
atingida pela lama assassina da mineradora
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: casa
atingida pela lama assassina da mineradora
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão:
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão:
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
Trabalhador observa ponte rompida pela lama
3º Dia dos Crimes da VALE 27/1/2019: Córrego do Feijão: bombeiros se
lavando depois de mais uma volta da lama
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho) 

Peixes morrendo no Rio Paraopeba no primeiro dia dos crimes da VALE
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)
O Rio Paraopeba, por volta das 15 horas de 25/1/2019, primeiro dia do crime,
quando a lama  ficara estancada em Alberto Flores e as águas pararam de descer:
o rio tinha baixado seu volume
(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)

(foto: reinaldo fernandes / Jornal de fato - Brumadinho)