VII Concurso de
Poesias, Contos ou Crônicas do jornal de fato
O Jornal de fato está promovendo seu
VII Concurso Internacional de Poesias, Contos ou Crônicas. O Concurso homenageia a
poeta de Brumadinho Nídia Maria de Jesus.
As inscrições encontram abertas até o dia até 27/8/23 e podem ser feitas no link
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSep9tEjV05XWVSsCkUogJR5nwQqSjGgorT8z9nUaEkC1g3xZw/viewform?vc=0&c=0&w=1&flr=0&pli=1
O tema do concurso é livre, com
texto inédito, nas modalidades prosa
(contos ou crônicas) e verso (poesia). Quaisquer pessoas, de qualquer lugar do
mundo, pode participar, desde que o texto seja escrito em língua portuguesa. As
categorias são: Local (escritores de Brumadinho
acima de 18 anos e escritores de
brumadinho com até 18 anos) e Nacional / internacional (escritores acima de 18
anos e escritores com até 18 anos).
Premiação:
Serão oferecidos
50 prêmios com publicação no blog do jornal, certificados e brindes.
O Regulamento
completo e a Ficha de Inscrição podem ser acessados no blog do Jornal, no link jornaldefato.blogspot.com
Abaixo, o
Regulamento completo.
VII Concurso Internacional de Poesias, Contos ou Crônicas “Nídia Maria de Jesus”, do jornal de fato – Brumadinho -
MG
DA HOMENAGEADA
A brumadinense Nídia Maria de Jesus nasceu na localidade de Caetano José (Bonfim
– MG), em 23 de maio de 1939. Sempre gostou de ler e escrever, desde novinha,
escrevendo diários, contos e poesias. O avô, cheio de orgulho, se gabava com os
amigos pela neta escritora.
Dada uma desilusão na vida, nossa escritora rasgou tudo. Mas quem nasceu
para escrever não para nunca!
Agora, morando em Cataguases, MG, temos de novo nossa escritora. Daí sua
primeira poesia. Hoje, passam de uma centena de poemas e muitos outros escritos que nos leva a várias reflexões. Sua
segunda poesia, “Carência”, foi vencedora do 5º lugar do Concurso de Poesias do
Jornal de fato – Brumadinho – MG, incentivo que a levou a participar de todos
os outros concursos do Jornal, figurando entre os melhores trabalhos.
Na década de
2000 publicou algumas de suas poesias em antologia. Uma delas, o poema
“Brumadinho” a levou a uma entrevista na TV Sete, da cidade.
Nídia defende
que suas poesias - que ela ainda quer publicar - são sua vida “em forma de
desabafos rimados”, diz. “Sou muito emotiva e minha inspiração, na maioria das
vezes, vem através dessas emoções que, mesmo não sendo as melhores, podemos sempre
agradecer pelo aprendizado que nos proporcionam”, confessa nossa escritora.
Quem convive com
Nídia Maria de Jesus sabe de seu valor. E são representados pela opinião de uma
de suas filhas: “Agradeço a Deus todos os dias e tenho muito orgulho e admiração
por poder conviver e chamar de mãe essa pessoa generosa, caridosa, especial e,
ainda por cima, uma grande poeta.”
É essa a
homenageada do nosso VII Concurso!
DOS OBJETIVOS
O VII
Concurso Internacional de Poesias, Contos ou Crônicas “Nídia Maria de Jesus”, do jornal de fato – Brumadinho
– MG tem por objetivos divulgar e, especialmente, incentivar, valorizar e reconhecer talentos novos e
antigos na arte da produção literária em língua portuguesa, bem como mapear essa
produção em Brumadinho, Brasil e no mundo.
DA ORGANIZAÇÃO
O VII
Concurso Internacional de Poesias, Contos ou Crônicas “Nídia Maria de Jesus” é realizado pelo Jornal
de fato – Brumadinho – MG, cabendo a este solucionar quaisquer controvérsias,
casos omissos ou pendências advindas do Concurso, bem como realizar de modo
exclusivo quaisquer comunicados aos participantes e interessados que deverão
sanar suas dúvidas enviando mensagem para o e-mail defatojornal@gmail.com, colocando no “assunto”,
EM CAIXA ALTA, a expressão “DÚVIDA QUANTO AO VII CONCURSO”.
DO PRAZO DE
INSCRIÇÃO
As inscrições encontram-se
abertas desde já, encerrando-se às 23H59 no dia 27/8/23 (vinte e sete de agosto
de dois mil e vinte e três), salvo prorrogação expressamente anunciada pela organização
do Concurso.
A inscrição
online deverá ser feita preenchendo o formulário eletrônico disponível no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSep9tEjV05XWVSsCkUogJR5nwQqSjGgorT8z9nUaEkC1g3xZw/viewform?vc=0&c=0&w=1&flr=0&pli=1 até a data limite estipulada neste Regulamento,
no qual deverá escolher a categoria que pretende concorrer, informar seus dados
pessoais e subir (fazer upload) no campo indicado o poema e/ou crônica ou conto
a ser(em) inscrito(s). Não serão aceitas inscrições fora do formulário.
Não há cobrança
de taxa de inscrição.
DO TEMA
O tema é livre. No entanto, não serão aceitos trabalhos que possuam
conteúdo nazifascista, racista, machista, homofóbico, violento e/ou preconceituoso.
DAS MODALIDADES
O VI Concurso
Internacional de Poesias, Contos ou Crônicas “Nídia Maria de Jesus”, do jornal de fato –
Brumadinho – MG terá as modalidades prosa (contos ou crônicas) e verso (poesia).
Entende-se como “conto”
e “crônica”, para participação neste Concurso, a narrativa curta (até 10 páginas),
com tema único, espaço e tempo limitados e com número reduzido de personagens.
DOS PARTICIPANTES
Poderão concorrer
ao VII
Concurso Internacional de Poesias, Contos ou Crônicas “Nídia Maria de Jesus”, do jornal de fato –
Brumadinho – MG quaisquer pessoas, brasileiras e não-brasileiras, desde que
o texto seja escrito em língua portuguesa, sob pseudônimo, que deverá ser o mesmo
tanto para trabalho de uma modalidade quanto de outra, se o participante se inscrever
nas duas.
Participantes menores
de idade de 18 anos até a data final de inscrição deverão encaminhar, junto com
o(s) trabalho(s), “Autorização de Participação e Publicação” assinado por responsável
legal.
Fica vetada a
participação de membros das Comissões Organizadora e Julgadora do Concurso.
DAS CATEGORIAS
Categoria Local:
Escritores de Brumadinho acima de 18 anos
Escritores de Brumadinho com até 18 anos
Categoria Nacional / Internacional:
Escritores acima de 18 anos
Escritores com até 18 anos
DO INEDITISMO
As obras deverão ser, obrigatoriamente, inéditas. Entende-se por inédito o
trabalho que não foi publicado em blogs pessoais; ou blogs de poesia ou de contos
ou crônicas; redes sociais, livros e revistas, jornais e/ou antologias quaisquer,
tanto em formato impresso como virtual.
Serão desclassificados
os trabalhos que apresentem plágio, no todo ou em parte.
DA QUANTIDADE DE TRABALHOS A SEREM
ENVIADOS
Cada escritor poderá inscrever até 2
(dois) trabalhos, mas com apenas 1 (um) trabalho em cada uma das modalidades (poesia;
e conto ou crônica).
Em caso de ser enviada mais de uma inscrição
para cada modalidade, uma delas será desconsiderada.
DO FORMATO:
O texto enviado deverá
estar salvo em formato .doc ou .docx
(Word ou similar), fonte Arial, Times New Roman, Calibri ou Book
Antiqua, tamanho 12, em espaço entre linhas de 1,5; no tamanho A4.
O trabalho,
obrigatoriamente, deverá ter um título. Sob o título, deverá constar obrigatoriamente
pseudônimo, modalidade e categoria, na seguinte ordem, conforme exemplo no modelo
abaixo:
“Paulo Flores -
Prosa – Categoria Local - Até 18 anos”;
“Manacá do Campo
– Poesia – Categoria Nacional / Internacional – Acima de 18 anos;
“Dom Vicente –
Prosa – Categoria Local – Acima de 18 anos”;
“Ipê Amarelo –
Poesia – Categoria Nacional / Internacional – Acima de 18 anos.
O descumprimento
das normas acima acarretará a desclassificação do trabalho.
DO ENVIO:
O arquivo de texto
enviado deve, OBRIGATORIAMENTE, ser nomeado com Modalidade, Categoria
e Nome do trabalho, conforme modelos abaixo:
“Poesia – Nacional / Internacional - Até 18 anos - No meio
do caminho”
“Poesia – Nacional / Internacional - Mais de 18 anos - Com
licença poética”
“Poesia - Local - Até 18 anos - Brejo das almas”
“Poesia – Local - Mais de 18 anos - Claro Enigma”
"Prosa – Nacional / Internacional - Até 18 anos - Comendo camarão
grelhado”
“Prosa – Nacional / Internacional - Acima de 18 anos - Missa
do Galo”
"Prosa – Local - Até 18 anos - Adão e Eva “
“Prosa – Local - Acima de 18 anos - O espelho”
O descumprimento
da norma acima acarretará a desclassificação do trabalho.
DO JULGAMENTO E COMISSÃO
Os trabalhos serão
apreciados por uma Comissão Julgadora composta de 3 (três) a 5 (cinco) pessoas
capacitadas em literatura e Língua Portuguesa, a ser instituída pela Organização
do Concurso, e terá plena autonomia de julgamento, não cabendo recurso às suas
decisões.
DA PREMIAÇÃO:
Serão selecionados:
“Os 10 Melhores”
trabalhos da modalidade poesia, categoria nacional / internacional acima
de 18 anos;
“Os 10 Melhores”
trabalhos da modalidade prosa, categoria nacional / internacional acima
de 18 anos;
“Os 5 Melhores”
trabalhos da modalidade poesia, categoria Local acima de 18 anos;
“Os 5 Melhores”
trabalhos da modalidade prosa, categoria Local acima de 18 anos;
“Os 5 Melhores”
trabalhos da modalidade poesia, categoria nacional / internacional até 18
anos;
“Os 5 Melhores”
trabalhos da modalidade prosa, categoria nacional / internacional até 18
anos;
“Os 5 Melhores”
trabalhos da modalidade poesia, categoria Local até 18 anos;
“Os 5 Melhores”
trabalhos da modalidade prosa, categoria Local até 18 anos;
conforme tabela
abaixo,
10
|
poesias
|
+18, Categoria
Nacional / Internacional
|
10
|
Contos ou crônicas
|
5
|
poesias
|
até 18, Categoria
Nacional / Internacional
|
5
|
Contos ou
crônicas
|
5
|
poesias
|
até 18, Categoria
Local
|
5
|
Contos ou
crônicas
|
5
|
poesias
|
+ 18, Categoria
Local
|
5
|
Contos ou
crônicas
|
totalizando 50 (cinquenta)
prêmios, que receberão os Certificados “Os 10 Melhores” e “Os 5 Melhores”.
Menção honrosa –
A critério da Comissão Julgadora, poderão ser concedidas Menções Honrosas a
textos para além de “Os 5 Melhores” ou “Os 10 Melhores”.
“Os 10 Melhores”
e “Os 5 Melhores” da modalidade poesia serão publicados pelo Jornal de
fato – nas edições impressa (se ela se mantiver no ano seguinte ao concurso)
e eletrônica (https://jornaldefato.blogspot.com)-, a partir da edição do mês de
janeiro/2024. A modalidade conto ou crônica será publicada apenas na versão
eletrônica.
Um número menor
de trabalhos poderá ser selecionado caso a Comissão Julgadora considere inalcançada
a qualidade necessária para a seleção, da mesma forma que alguma categoria pode
não ter nenhuma premiação pela mesma razão.
“Os 10 Melhores”
e “Os 5 Melhores” em cada modalidade e categoria ainda poderão ser premiados com
troféus e/ou medalhas e/ou livros literários caso a Organização do Concurso
consiga patrocinadores para custear tais prêmios.
DO CERTIFICADO
DE PARTICIPAÇÃO
Todos os participantes
que desejarem poderão solicitar via e-mail (defatojornal2@gmail.com) seu certificado
digital de participação no Concurso, até 2 (dois) meses após a divulgação dos resultados.
A solicitação deve ser enviada contendo nome completo, pseudônimo, nome do trabalho
inscrito, qual modalidade e qual categoria. Essa determinação poderá ser restrita a 100 (cem) inscritos, caso o número
de participantes ultrapasse esse número, sendo enviados os certificados para os
100 primeiros escritores que o solicitarem.
As escolas que
tiverem algum aluno entre os selecionados também receberão certificado de
participação se o solicitarem.
DOS RESULTADOS:
A relação dos trabalhos
premiados será divulgada até o dia 30/11/23 (trinta de novembro de dois mil e
vinte e três) nos endereços eletrônicos do Jornal (https://jornaldefato.blogspot.com
e www.facebook.com/jornaldefato) para a Categoria Nacional / Internacional e na “Cerimônia de Entrega
da Premiação” para a Categoria Local.
“Os 10 Melhores”
e “Os 5 Melhores” em cada modalidade e categoria Nacional / Internacional serão
comunicados também via e-mail até o dia 3/12/23.
DA CERIMÔNIA DE
ENTREGA DA PREMIAÇÃO
Os inscritos na Categoria
Local, se em número maior do que 20 em cada modalidade ou a critério da
Comissão Organizadora, serão informados do RESULTADO do Concurso em “Cerimônia
de Entrega da Premiação” com data, local e horário a serem definidos posteriormente
pela Comissão Organizadora. Por resolução da Comissão Organizadora, essa cerimônia
poderá ser estendida também aos demais participantes do Concurso (Categoria Nacional / Internacional). Caso o número
de participantes de Brumadinho seja pequeno, não haverá cerimônia e os vencedores
serão comunicados pelas redes sociais e espaços eletrônicos do Jornal de fato
e/ou por telefone ou e-mail.
DAS DISPOSIÇÕES
GERAIS
A inscrição
implica automaticamente na aceitação das condições desse Regulamento, bem como
a autorização para a publicação das obras inscritas em quaisquer mídias que a Comissão
Organizadora julgar conveniente sem que haja pagamento de direitos autorais para
isso. O autor assume total responsabilidade pela autoria, podendo responder por
plágio, cópia indevida e demais crimes previstos em lei.
O não cumprimento
de qualquer item do Regulamento implicará na desclassificação da obra inscrita.
Pede-se total atenção às orientações deste Regulamento. Vale ressaltar que, na
edição anterior deste Concurso, FORAM, lamentavelmente, DESCLASSIFICADOS MAIS
DE 100 OBRAS por não respeitarem o Regulamento.
Os casos omissos
serão resolvidos pela Comissão Organizadora.
Brumadinho, 20
de abril de 2023
DADOS PARA
INSCRIÇÃO A SEREM USADOS NO PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO:
1- DADOS PARA INSCRIÇÃO
E-mail:
Nome do autor:
Data de nascimento:
Profissão:
Telefone com código do país (para concorrentes fora do Brasil) e DDD:
Cidade / Estado
/ País:
Categoria:
Modalidade:
Título da obra:
Pseudônimo do Autor:
Trabalho:
Breve Biografia
Literária de até 6 linhas, escrita na 3ª pessoa do verbo:
Declaração (se for
menor de idade):
Declaração de
concordância com o Regulamento do Concurso
2- AUTORIZAÇÃO
DE PARTICIPAÇÃO E PUBLICAÇÃO
(Copiar, colar, preencher,
ASSINAR, fotografar ou transformar em imagem e subir (fazer upload) no formulário
de inscrição.
AUTORIZAÇÃO DE
PARTICIPAÇÃO E PUBLICAÇÃO
Eu, (nome do responsável legal), CPF
________________________________, AUTORIZO a PARTICIPAÇÃO de (nome do (a) escritor
(s)) no VII Concurso Internacional de Poesias, Contos ou Crônicas “Nídia Maria de Jesus”, do jornal de fato –
Brumadinho – MG, bem como a PUBLICAÇÃO do trabalho caso seja contemplado
entre “Os 5 Melhores” da (s) modalidade (s).
(Local e data)
Assinatura do responsável
legal
Editorial
Trocar seis por meia dúzia
Há um ditado popular
que diz que não adianta “trocar seis por meia dúzia”. O ditado quer dizer: não
adianta mudar algo na aparência, mantendo a mesma essência; deixar tudo na mesma. Digo isso
porque estou vendo que a campanha eleitoral de 2024 já começou, e tem gente
defendendo a troca de seis por meia dúzia.
Quem
acompanha a política de Brumadinho sabe que o atual prefeito é uma vergonha
para nosso município, uma cidade que nada em dinheiro. Se você, caro leitor,
sair por aí perguntando sobre o prefeito e sua família, é muito provável que
vai ouvir milhares de pessoas falando no abandono da área rural; na falta de medicamentos
básicos na UPA, hospital e postos do PSF; na “mania” que o prefeito tem de botar
asfalto em cima de asfalto enquanto milhares continuam no barro e na poeira. No
entanto, mais provável é que que você, cara leitora, ouça a população falar em
corrupção do prefeito e sua família, em obras superfaturadas, em roubo no setor
de cultura e por aí afora.
E não
faltarão lideranças políticas fazendo o mesmo discurso contra o prefeito e sua
família! Muitos deles estavam lá com o prefeito há bem pouco tempo, eram grandes
amigos, parceiros de primeira hora!
|
Reinaldo Fernandes Editor |
Em
nossa humilde opinião, muitos que hoje são contra o prefeito gostariam de fazer
exatamente o mesmo que o prefeito e sua família fazem. Ou algo bem próximo
disso! No fundo, não são contra o prefeito: são conta não estarem no lugar do prefeito
e lutam para isso: ocupar o lugar do prefeito e sua família e, na essência,
fazer o mesmo. Colocá-los na prefeitura e na Câmara nada mais é do que “trocar
seis por meia dúzia”.
É
isso que queremos para nossa cidade? Ou podemos sonhar com políticos realmente diferentes?
Artista e fazedores de cultura: Lei Paulo Gustavo
Brumadinho vai receber quase 400 mil para
investimento em Cultura
O município de Brumadinho vai receber quase 400 mil par projetos de
artistas e entidades culturais
Atenção artistas e fazedores de cultura de Brumadinho! O município vai
receber quase 400 mil reais para projetos de artistas e entidades culturais.
Trata-se de recursos da LPG – Lei Paulo Gustavo.
O valor deverá ser pago ainda no mês de julho, o montante previsto é de
R$380.904,30 centavos. Esse dinheiro deverá obrigatoriamente ser destinado a
projetos de artistas e entidades. Três quartos desses quase 400 mil devem ser
destinados a produções audiovisuais e um quarto para demais ações culturais.
Assim que o dinheiro for depositado nas cofres do Município, a Prefeitura
deve enviar Projeto de Lei de abertura de crédito especial à Câmara de
Vereadores para acrescentar o valor ao
orçamento anual.
Segundo Webert Fernandes, da Secretaria de Cultura, assim que a câmara
aprovar o PL, a Prefeitura convocará reunião do Conselho Municipal de Políticas
Culturais “para em conjunto com a população, decidirmos quais ações deverão ser
tomadas”. “Além disso, vamos oferecer oficinas culturais para que mais pessoas
sejam beneficiadas”, disse Webert.
Inauguração da UTI: grande ganho para Brumadinho
Custeio é por conta
do dinheiro da reparação dos crimes da VALE
No último dia 29/06, a Prefeitura Municipal inaugurou dez novos leitos
de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no Complexo Hospitalar Municipal. É uma
grande vitória para a cidade, que poderá atender casos graves de forma rápida e
mais adequada, sem a necessidade de transferência dos pacientes. A UTI aumenta consideravelmente
as chances de salvar vidas em casos de urgência.
Esta é mais uma ação do programa de reparação dos crimes da Vale em
Brumadinho. É resultado do sangue de 272 pessoas assassinadas pela mineradora
VALE.
A Secretaria de Saúde realizou a aquisição de todos os equipamentos para
a instalação dos leitos de terapia intensiva com o dinheiro transferido pelo Comitê
Gestor da reparação.
Os leitos de terapia intensiva custeados pela reparação atenderão
não só o município mas toda a microrregião de Brumadinho, conforme a
disponibilidade.
Desta vez o prefeito não colocou o nome de sua família no prédio. A UTI recebeu
o nome da Dra. Marina Romano, uma homenagem à suave medica que nos deixou
durante a pandemia .
450 mil para Leonardo
E
o dinheiro continua correndo solto em Brumadinho! Para o dia 1º de maio, o
trabalhador que lucrou mesmo foi o cantor Leonardo. O sertanejo levou nada
amenos do que R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais) do nosso dinheiro.
Pra
ter ideia, com 450 mil a Prefeitura poderia construir em trono de 5 casas
populares e tirar da penúria do aluguel dezenas de pessoas. Quatrocentos e
cinquenta mil significam, também, que um trabalhador que recebe salário mínimo mensal
deveria trabalhar durante 341 meses, ou seja, mais de 28 anos! E não apenas 23
horas, mas 8 horas por dia!
|
Cantor Leonardo rindo à toa com os 450 mil de Brumadinho |
PT promove campanha de filiação
Reinaldo Fernandes, pré-candidato a
prefeito, avalia a campanha
O PT – Partido dos Trabalhadores – está promovendo
uma Campanha de Filiação” ao Partido. O Partido está de olho nas eleições do
ano que vem, para prefeito e vereadores. Segundo Reinaldo Fernandes, Presidente
da legenda em Brumadinho e pré-candidato a prefeito, a campanha já deu bons
resultados. “Já recebemos filiações de várias partes do Município, mas queremos
reforçar ainda mais o Partido”, diz Fernandes. “Eleger vereadores e um prefeito
alinhado ao Governo do Presidente Lula será importante para o município, poderemos
trazer para Brumadinho muitos projetos federais, com o Programa “Minha Casa, Minha Vida”, que em 16 anos de governo
petista nenhum prefeito de Brumadinho trouxe ”, avalia Reinaldo Fernandes.
“Quem tiver interesse em se juntar ao
Partido que mudou o Brasil, criou programas importantes como o Luz Para todos, PRONAF,
Bolsa Família, cotas para negros e pobres nas universidades, Ciências Sem Fronteiras,
aumento real do salário mínimo, é só entrar em contato conosco”, completa o
petista. “Precisamos recuperar o papel da Câmara Municipal, que no momento só envergonha
a todos nós”, finaliza ele.
Deputados votados em Brumadinho são contra os indígenas
A maioria
dos deputados federais representam fazendeiros, mineradoras, ruralistas, garimpeiros,
madeireiros e invasores de terras indígenas. Prova disso é o golpe que estão
tentando dar nos povos originários, uma tentava de roubar suas terras e as riquezas
que há nelas.
Infelizmente,
muitos brumadinenses estão, indiretamente, colaborando com esse ataque aos
irmãos indígenas. Boa parcela de nossa população ajudou a eleger os deputados que
aprovaram o Projeto de Lei 490. A Proposta inviabiliza a demarcação de terras
Indígenas e libera a exploração dos territórios. Em outras palavras, esse PL
quer tomar todas as terras que estão ocupadas por indígenas depois de 1988. É o
chamado “Marco Temporal”: deixar aos indígenas apenas terras que eles provarem que estavam ocupadas
até 1988. É como se quisesse ignorar que os povos indígenas estão aqui há
milhares de anos antes dos portugueses invadirem nossa terra.
|
Deputados desumanos votam contra crianças desprotegidas |
Lista dos deputados mineiros no Congresso que SÃO CONTRA OS POVOS INDÍGENAS
e votaram A FAVOR da urgência do MARCO TEMPORAL (PL 490)
Entre os
que querem destruir os povos indígenas estão o velho conhecido Aécio Neves, Fred
Costa, Marcelo Álvaro Antônio (aquele da corrupção do Ministério do Turismo de
bolsonaro), o jovem fascista Nikolas Ferreira (que obteve 3.500 votos em
Brumadinho); Pinheirinho e Greyce Elias (apoiada
pelo ex-vereador Guilherme Morais) . E Gilberto Abramo (Igreja Universal do Reino de Deus).
Veja baixo a lista
completa dos inimigos dos indígenas:
Aécio
Neves (PSDB-MG)
Ana
Paula Leão (PP-MG)
Bruno
Farias (Avante-MG)
Delegada
Ione (Avante-MG)
Delegado
Marcelo (União-MG)
Diego
Andrade (PSD-MG)
Dimas
Fabiano (PP-MG)
Domingos
Sávio (PL-MG)
Dr.
Frederico (Patriota-MG)
Euclydes
Pettersen (Republicanos-MG)
Fred
Costa (Patriota-MG)
Gilberto
Abramo (Republicanos-MG)
Greyce
Elias (Avante-MG)
Hercílio
Diniz (MDB-MG)
Igor
Timo (Podemos-MG)
Júnio
Amaral (PL-MG)
Lafayette
Andrada (Republicanos-MG)
Luiz
Fernando (PSD-MG)
Marcelo
Álvaro (PL-MG)
Mauricio
do Vôlei (PL-MG)
Nely
Aquino (Podemos-MG)
Newton
Cardoso Jr (MDB-MG)
Nikolas
Ferreira (PL-MG)
Paulo Abi-Ackel
(PSDB-MG)
Pinheirinho
(PP-MG)
Rafael Simões
(União-MG)
Rodrigo
de Castro (União-MG)
Rosângela
Reis (PL-MG)
Samuel
Viana (PL-MG)
Zé Silva
(Solidariedade-MG)
Zé Vitor
(PL-MG)
O
que o Marco Temporal?
O direito dos indígenas
à terra está garantido na Constituição Federal de 1988, porém, sempre foi alvo
de contestação, e é aí que entra a tese do Marco Temporal.
Marco Temporal é como ficou conhecida a
ação do Supremo Tribunal Federal que pretende discorrer sobre a
reivindicação de posse de terras dos povos indígenas. Tal ação estabelece, por
sua vez, que apenas teriam direitos sobre as terras aqueles que já as ocupassem
no marco do dia 5 de outubro de 1988 – dia da promulgação da nossa mais recente
Constituição Federal..
As
denominadas “Terras Indígenas”,
as quais se refere o artigo 231 da Constituição, dizem respeito àquelas que são
ocupadas por esses povos desde antes mesmo da configuração do estado
brasileiro. Assim, são igualmente reconhecidos sua cultura e seus e seus
valores.
Dessa maneira, o
território reivindicado é de propriedade permanente dos indígenas, garantindo
que usufruam, de maneira exclusiva, de seus bens.
Se aprovado, o Marco Temporal irá dificultar os processos de demarcação
de terras ao exigir a comprovação de ocupação da etnia àquele
território em período anterior à promulgação da Constituição Federal. Nos casos
em que não seja possível a solicitada comprovação, a terra não será, portanto,
considerada de direito dos povos indígenas.
A tese do Marco Temporal é
inconstitucional. A afirmação é de juristas e especialistas. De
acordo com o art. 231 da Constituição, os direitos indígenas são direitos originários, ou seja, eles
antecedem à formação do Estado brasileiro.
Fazer com que os indígenas
comprovem que estavam no dia 5 de outubro de 1988 nas terras que eles reivindicam
é apagar toda a história indígena no Brasil. É como se o País esquecesse que
eles estavam aqui quando Cabral fez a invasão. Além disso, é desconsiderar toda
a violência que esses povos sofreram e sofrem até hoje.
Supremo Tribunal Federal aceita 1.246 denúncias por atos golpistas de 8 de janeiro
A
maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pelo recebimento
de 1.246 denúncias contra pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro
de 2023, quando apoiadores do ex-presidente jair bolsonaro invadiram e
depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Até
agora foram apresentadas 1.390 denúncias pela Procuradoria-Geral da República
(PGR), todas relacionados a dois grupos de infratores: pessoas que participaram
diretamente dos atos de vandalismo e aquelas que incitaram o movimento. De
Brumadinho havia pelo menos 3 pessoas participando do ato em Brasília no dia: Amilton Fernandes, Elci
Gomes e Joaquim Inocêncio Dutra, o Joaquim Pirueta.
No
último grupo de denunciados, seis denúncias são relativas a investigados
acusados de participação direta nos atos. Neste caso, os crimes imputados são
mais graves, entre os quais associação criminosa armada, tentativa de golpe de
Estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado ao patrimônio da
União.
Crimes
As
outras 64 denúncias em julgamento são relativas a incitadores dos atos
golpistas, sobretudos aqueles que acamparam por semanas em frente ao
Quartel-General do Exército, em Brasília, local em que se pedia abertamente a
intervenção militar sobre o resultado da eleição. Os crimes imputados são de
associação criminosa e incitação à animosidade das Forças Armadas contra os
poderes constitucionais.
A
maioria considerou haver indícios suficientes para a abertura de ação penal
contra todos os acusados, que dessa maneira passam à condição de réus. Com
isso, abre-se uma nova fase de instrução processual, com oitiva de testemunhas
e eventual produção de mais provas.
Após
essa nova instrução, abre-se prazo para manifestação final de acusação e
defesa. Somente após essa última etapa que deve ser julgada, no caso a caso,
eventual condenação dos envolvidos. Não há prazo definido para que isso ocorra.
Poucas & Boas
"Recebo este prêmio
menos como uma honraria pessoal, e mais como um desagravo a tantos autores e
artistas brasileiros humilhados e ofendidos nesses últimos anos de estupidez e
obscurantismo."
Chico Buarque de Holanda ao receber o Prêmio Camões, em
Portugal
“Eu atesto que é
verdade. No dia que fui ao hospital, tive que secar minhas mãos na minha
roupa Digo mais, fui fazer uma endovaginal
nesse dia e a técnica não usou o
protetor no equipamento. Resumindo, tem que usar uma "camisinha" na
ponteira do ultrassom, e ela não fez isso. Por que eu não reagi? Por que eu
fiquei tão incrédula que fiquei anestesiada. A gente vai em busca de saúde e pode sair contaminada. Eu
tentei denunciar, mas desisti.... Apenas entendi que a saúde em Brumadinho,
embora muitos digam que é de primeiro mundo, é somente uma falácia.
Revolta. Revolta. Antes
eu não tivesse feito o exame. Mesmo porque era apenas a título de controle. Que
sacanagem fizeram comigo. E isso deve ser uma rotina. Eles nos tratam como porcos no chiqueiro. Só não botei a bola a no
trombone porque muitos iam dizer que sou e uma chata. Evitando stress.”
Moradora do interior de
Brumadinho, em 28.4.23, ao ler
relato sobre a falta de medicação básica na UPA do Município
“... se o governo não sinalizar até julho [de 2022], nós iremos
fazer [casas populares] com recursos próprios. Então nós vamos doar todas as casas
para a população que tem necessidade.”
Prefeito Nenen da Asa, em vídeo gravado
à população em janeiro de 2022
Governo autoriza início de obras em Brumadinho
Construção
de ponte sobre o rio Paraopeba e pavimentação de estrada local integram projeto
de mobilidade urbana
Projeto
de mobilidade urbana para Brumadinho recebeu autorização para início da execução.
Tratam-se da construção da Ponte Melo Franco, sobre o rio Paraopeba, e
pavimentação de um trecho de aproximadamente 7,7 quilômetros de estrada para
acesso à ponte.
A
obra será custeada com recursos do Termo de Reparação referente aos crimes
cometidos pela mineradora VALE em Brumadinho, cometidos em janeiro de 2019. O
valor estimado é de R$ 75 milhões, e o prazo para conclusão dos trabalhos é de dois
anos e dez meses. Toda a execução do projeto será de responsabilidade da
mineradora.
A
nova ponte sobre o rio Paraopeba vai ligar a comunidade Ponte dos Almorreimas à
localidade de Maricota, sendo o trecho pavimentado até a estrada chamada de acesso
à sede do município.
Atualmente,
na região só existe uma passarela de pedestres. A nova estrutura vai possibilitar
o tráfego de veículos e de pedestres. A previsão é a de que a passarela
existente seja mantida no local.
O
projeto não é iniciativa da Prefeitura. A construção da ponte foi definida após
Consulta Popular, realizada na região atingida pelo rompimento.
Conforme
cronograma apresentado pela Vale, a primeira etapa de execução contempla a
contratação de estudos preliminares, licenciamento ambiental, regularização
fundiária, elaboração dos projetos de engenharia e arquitetura. A segunda fase
consiste na realização da obra.
Reparação socioeconômica
O Programa de Reparação Socioeconômica do Termo de Reparação tem reservado R$ 1,5 bilhão (um bilhão e
quinhentos milhões de reais) para execução de projetos de fortalecimento dos
serviços públicos em Brumadinho (Anexo I.4). Até o momento, foram definidos 37
projetos para o município, 13 deles já em execução, incluindo a
construção da ponte.
Destes
37 projetos, 28 foram definidos após Consulta Popular, inclusive a construção
da nova ponte. O processo participativo foi realizado nos 26 municípios
atingidos pelo rompimento, em novembro de 2021, como uma das ações de
reparação. Mais de 10 mil pessoas apontaram áreas prioritárias para receberem
investimentos de reparação.
O andamento destes projetos é acompanhado pela auditoria socioeconômica da
Fundação Getúlio Vargas (FGV) e, segundo o Governo de Minas, sob fiscalização
dos compromitentes Governo de Minas, Ministério
Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria
Pública de Minas Gerais (DPMG).
Violações de direitos humanos no Tejuco preocupam deputados
Moradores
do Tejuco estiveram presentes em Audiência Pública na ALMG, onde relataram problemas com a quantidade e
qualidade da água que consomem. A Audiência foi comandada pela deputada Andréia
de Jesus (PT), presidenta da Comissão de
Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e aconteceu no
dia 19 de abril.
O rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho,
após mais de quatro anos, além dos danos ambientais, sociais e econômicos
diretos, gerou uma série de violações de direitos humanos, especialmente
na comunidade de Tejuco.
Moradores da localidade que compareceram à
audiência denunciaram os graves problemas que enfrentam.
Munido
de várias fotos do Tejuco, antes e depois da entrada da mineração no local,
Evandro de Paula, presidente da Associação de Defesa Ecológica da Serra dos
Três Irmãos, resumiu o quadro que se apresenta na comunidade. O descaso das
autoridades, que não têm dado solução aos problemas enfrentados lá, tem provocado
suicídios frequentes em Brumadinho.
Sobre
o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre VALE, Prefeitura de
Brumadinho, Ministério e Defensoria Públicos e a Copasa, Evandro ironizou
afirmando que se trata de um TAC-V, ou seja, comandado pela VALE.
Pelo
acordo, a mineradora firmou o compromisso de perfurar poços artesianos no Monte
Cristo, para posterior entrega à Copasa, que ficaria responsável pela gestão e
abastecimento do Tejuco.
Contaminação
Na
avaliação dele, a definição da execução do acordo, o qual não teve a participação
da comunidade local, foi feita pela empresa, que cometeu o crime. O TAC foi
firmado porque os cursos d’água locais estão todos contaminados com minérios e a
Copasa passou a fornecer água, pela qual cobra tarifa dos moradores.
Uma das fotos apresentadas mostra o Tejuco antes da
mineração, com a serra intocada, sem qualquer intervenção. Já as fotos depois
da instalação das mineradoras revela buracos e terra solta na montanha,
além de lama e poeira nas ruas do local.
Afora a contaminação dos córregos e nascentes,
Evandro denunciou que foi jogado minério nos reservatórios do Tejuco,
conforme mostrou outra foto, com manancial de água vermelha e barrenta.
Também o advogado Marco Antônio Cardoso, morador do
Tejuco e ativista ambiental, lembrou que a comunidade teve início há 300 anos.
O início da exploração do minério de ferro começou na década de 1940, mas o
grande salto ocorreu entre 1990 e 2000, com a entrada da VALE e consequente
fragilização das nascentes.
Após os crimes em 2019, a comunidade passou a conviver
com a situação absurda, de ter água em quantidade menor e com qualidade
ruim.
Gestores presentes, mas sem grande poder de resolução,
ouviram as queixas e se propuseram a relatar a instâncias superiores as
demandas trazidas.
Alexandre Gonçalves, da Comissão Pastoral da Terra,
refletiu que “a reparação do crime da VALE está resultando em aumento do poder
das mineradoras no território”. Prova disso é que várias estradas foram
abertas sem licenciamento ambiental e poços artesianos furados pela VALE sem
outorga.
Ele também denunciou que há um projeto para fazer
uma pilha de rejeito com tamanho de 12 hectares no Tejuco. Por tudo isso, pediu
que sejam suspensas todas as licenças ambientais para a região.
Wanderlene Nacif, diretora de Operações do
Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), confirmou que as águas do
Tejuco não estão em boas condições para uso da população.
Ela reforçou que o Igam fez o monitoramento da água
em quatro pontos do Rio Tejuco e verificou a presença de metais pesados, como
ferro, manganês e cromo. Além disso, foi comprovada a contaminação pela
bactéria Escherichia Colim, atestando que a água precisa de tratamento.
A presidenta da
comissão, deputada Andréia de Jesus (PT), acrescentou que, após o crime da VALE, as comunidades
tradicionais de Brumadinho estão sendo as últimas a serem atendidas.
Que
tal sair da tela do celular e começar a ter uma rotina mais saudável. Psicóloga
dá dicas para se conseguir viver mais o presente e fazer mais atividades físicas
Substituir o celular por atividades
físicas e mudar a rotina
Psicóloga
apresenta dicas, mostrando que o equilíbrio na relação com os gadgets contribui para melhora da
qualidade de vida
Hoje
o celular está presente em quase todos os momentos do nosso dia, desde quando
acordamos até a hora em que vamos dormir. Às vezes, ele é um grande aliado nos
trazendo informações que enriquecem a nossa vida tanto no pessoal quanto no
profissional, porém, em alguns momentos, ele nos rouba algo muito importante e
que não nos damos conta, que é o tempo e a saúde.
Segundo
Flávia Barbato, psicóloga comportamental, o tempo é algo difícil de se precificar
e repor, pois o que passou não pode ser mais vivido. “Vivemos em uma realidade
em que as pessoas se concentram tanto em não perder o que acontece no mundo,
que elas criam uma dependência da tela que acaba sendo prejudicial à saúde.
Aconselhamos sempre a importância de dosar o tempo de consumo de informações
com outras atividades, como exercícios, para evitar a dependência do aparelho”,
reforça a especialista.
Para
vivermos melhor nosso presente e termos uma boa qualidade de vida, é necessário
equilibrar melhor nossa relação com o celular e criar o hábito de realizar atividades
sem sua presença, para evitar distrações e ansiedades.
Para
isso, a profissional recomenda seis dicas que vão ajudar a trocar a tela por
atividades mais saudáveis:
Desmame do seu celular: para quem é viciado,
comece a realizar caminhadas curtas ou qualquer atividade que não leve muito
tempo, mas sem levar consigo seu celular. Este pode ser um começo para os mais
dependentes do seu smartphone.
Estabeleça horários: seja para realizar
alguma leitura, alongamento ou meditação, estipule um período em que irá
realizar essas atividades sem o celular. Isso pode fazer você se concentrar melhor
em você mesmo e em seus pensamentos, purificando um pouco sua mente em relação
ao ambiente virtual.
Faça atividades em grupo: procure
por esportes ou práticas em que ocorra interação entre mais indivíduos. Essas
atividades favorecem as habilidades naturais de comunicação e interação social,
que são importantes para quem não gosta de atividades físicas solitárias, além
de afastar a pessoa temporariamente do seu smartphone.
Técnica “só vai”: muitas vezes
condicionamos nossa decisão de fazer atividade física ao tempo, amigos, roupa,
sono, séries etc., quando o que precisamos é apenas começar. Dessa forma, a
vontade e disposição aparecem no caminho. Então “só vai”, que o gosto pela
atividade vai se desenvolvendo com a prática.
Não faça do celular um inimigo: aprenda a usar
ele como um amigo de treino. Consuma com moderação conteúdos ligados a atividades
físicas e dança, por exemplo. Hoje temos aplicativos que auxiliam em diversas
atividades físicas, mas lembre-se: hora de treino é hora treino, nada de redes
sociais e distrações.
Foco no seu tempo: lembre-se
de gastar seu tempo com você. Seu celular e o que você consome nele, não deve
ser o fator principal da sua vida. Em sua vida, você precisa de momentos de
equilíbrio, principalmente para manter a saúde em dia, sem que a tecnologia
vire o vilão deste momento.
Você sabia?
Que além do alto salário, os vereadores de
Brumadinho ainda resolveram pagar a eles mesmos 13º salário, férias, 1/3 de férias, vale-alimentação e assistência
médica? E que tudo isso é ilegal, conforme o art. 39 da Constituição Federal?
A pergunta que não quer calar
Por
que Guilherme Moraes (expulso do PV) e Nenen da ASA (PV), aliados de primeiríssima
hora, brigaram?
Nosso Editor na LiteraLivre
Reinaldo Fernandes emplacou mais uma edição da
revista digital LiteraLivre. O texto selecionado foi o conto “Sem que seus
corpos se encontrassem, se cansassem e se descansassem depois do amor”. Segundo
a Revista, foram “512 trabalhos inscritos e 114 selecionados”. É a vigésima vez que a
LiteraLivre publica trabalhos de Fernandes. A revista será lançada no final de
maio.
Reinaldo
obteve outra vitória literária recentemente. Fernandes foi um dos classificados
para a antologia da 1ª Intervenção Poética Nacional do projeto Transvê Poesias. A antologia
deve sair ainda neste ano de 2023.
“A
Transvê Poesias é uma organização que acredita na transformação do mundo
através do acesso a arte, educação de qualidade, literatura e sustentabilidade.”
Só Rindo
Conversa
de profissionais
Um advogado e um engenheiro estão
pescando no Caribe. O advogado comenta:
___ Estou aqui porque minha casa foi
destruída em um incêndio com tudo que estava dentro. O seguro pagou tudo.
___ Que coincidência! Diz o engenheiro.
Minha casa foi destruída por um terremoto e perdi tudo. E o seguro também pagou
tudo.
O advogado olha intrigado para o
engenheiro e pergunta:
___ Como você faz para provocar um terremoto?
Amigos ou
inimigos?
No
forte um soldado desesperado fala ao superior.
-
Capitão, os norte-americanos estão se aproximando!
-
São amigos ou inimigos?
-
Devem ser amigos capitão, pois estão vindo todos juntos.
Amor
no paraíso
Adão e Eva passeavam pelo paraíso. E a
Eva perguntou:
- Adão, tu me amas?
Adão, resmungando:
- E eu lá tenho outra escolha?
De
português
O português ganhou um pijama de presente.
Gostou tanto que só tira na hora de dormir.
Enjoo
Você quando fala me lembra o mar.
- Nossa! Você gosta tanto assim?
- Não! Me enjoa.
Trabalhos vencedores VI Concurso Internacional
de Poesias, Contos ou Crônicas “Valdir
de Castro Oliveira
O
Jornal de fato dá prosseguimento à publicação dos trabalhos vencedores
do VI Concurso Internacional de Poesias, Contos ou Crônicas “Valdir de Castro Oliveira”, do Jornal de fato
– Brumadinho – MG. Foram duas categorias: até 18 anos e acima de 18 anos. E duas
modalidades: poesias e contos e crônicas.
Trazemos nesta edição novos poetas
vencedores da Categoria nacional / internacional – acima de 18 anos, Modalidade
Poesia. Começamos com a poeta Leila Alves, do Rio de Janeiro. Leila nos brindou
como poema “Avalanche de lama”, sobre os crimes da CALE em Brumadinho. Leila
Alves Schiele é professora licenciada em Letras pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro – UFRJ. Nasceu no Rio de
Janeiro, Brasil. Autora do livro Poemas Libertos - Poesia - Haikai - Tanka (2022)
e coautora de três antologias.
Nosso
segundo poema, “Belizária”, é da autoria
de Raquel do Prado Xavier, de Uberlândia,
MG. Raquel é “psicóloga, psicanalista, mulher, filha, esposa e apaixonada pela
estranha destreza das palavras e da vida.”
“Folclórico” é de autoria de Marlon Vital
Campos da Silva, também de Belo Horizonte. Marlon, 32 anos, e artista
brasileiro, “caboclo da periferia”, como ele mesmo diz. Tem se inspirado nas
expressões artísticas locais, como a música, dança, grafite e estética
presentes no Funk e Hip-Hop. Transita por Pinturas, Poesias, Cânticos,
Esculturas e outros meios artísticos.
Nilza
Menezes dos Santos é mais uma de BH. “Gráfico” é
seu poema. Outro poema sobre os crimes da VALE em Brumadinho. Graduada em
Letras, começou a escrever depois dos cinquenta mas já teve textos premiados ou
selecionados para antologias.
“Gratidão”
vem de Guarapari, E. S., da autoria de André Luis Soares, que venceu duas vezes
no nosso Concurso. Brasiliense. Lançou três livros. Em 2017, foi um dos palestrantes da Feira
Literária Internacional de Paraty (FLIP) e em 2018 na III Bienal do Livro de
Contagem (MG). Membro efetivo das academias de letras de Marataízes e de
Guarapari.
A 6ª poesia é, novamente, de Belo Horizonte e tem um título lindo: “Lerei poemas de Neruda”, O autor
é Flávio
César de Freitas. Flávio de Freitas possui diversos prêmios literários, como o Prêmio
Vivaldi Moreira, da Academia Mineira de Letras e prêmios da Academia
Municipalista de Letras de Minas Gerais, da União Brasileira de Escritores e do
SESC MG.
Vamos
aos poemas:
Avalanche
de lama
Leila Alves Schiele
Às vidas de Brumadinho
Tantas raízes arrancadas da terra
Tantas histórias perdidas
Nos telejornais do mundo,
No silêncio da tela,
O gado grita,
Mal consegue ficar em pé.
Onde vai guardar a sua fé?
Espera pelo socorro.
Qual esperança o sustenta?
Não tocaram a sirene,
Apenas o gongo da ganância,
Esse gongo que não salva,
Só nos enche de vergonha.
O descaso é perene
A cova é o limite.
O rio recolhe lágrimas
De cada sobrevivente.
As águas levam o peso
Da
verdade que não mente.
Nada mais pode nadar
No
lodo da humilhação.
Um filho procura o pai
E um gato de estimação.
Tem alguém aí? Tem alguém? Tem
A resposta que é o nada,
Às margens da solidão.
Nosso Senhor, tem piedade
Desse lugar desolado,
Do olhar indignado,
Custa-lhe
acreditar.
Suplica a mulher de joelhos
Acende uma vela na noite
Espera a ressurreição
No vale de tanta dor
No vale de tantos vales
A vida humana não vale
A natureza não vale
Um terço da mineração
Que gera tanta fortuna
No Córrego do Feijão.
Por que tanto abandono?
Tanta falta de empatia?
A culpa é de todos nós?
O descaso pela vida
Não vai desatar os nós.
O infortúnio não tem freios
E eles dizem que os fins
Sempre justificam os meios.
Esses meios que corrompem.
E as máscaras se rompem.
Para os donos do poder
“Estava tudo perfeito”,
“A lama caiu do céu”
Para a terra devastada,
No lugar do refeitório
Projetaram um mausoléu.
Queima a pele
O sol a pino
O suor molha o cansaço
Molha as chagas abertas
De quem teve seus sonhos ressecados.
A sede de água
A sede de vingança
A falta de justiça
A réstia de esperança
Não o deixa desistir de procurar seu
amigo
Seu parente, seu vizinho
Seu cadáver arrastado, desfigurado
No leito do lixo sepultado,
Homens de barro
Na
imundície de mais um crime anunciado.
Nas terras de Brumadinho
Heróis que resgatam vidas
Sua luta e sua lida
Nunca serão em vão.
Vítimas da negligência
E da desmedida ambição.
Quem vai ficar na cadeia
E pagar por esse mal?
Tudo será esquecido
Ao chegar o Carnaval?
Belizária
Raquel Prado
Gosto de
pensar nela
como uma
espécie de vírus
para o qual
ainda não
se sabe a
vacina.
Assim,
fatalista,
certa da
catástrofe,
tenho a esperança
de saber
por onde
começar a me
espantar.
Belizária faz
de mim filha da espera,
pois se
não houvesse o
que esperar,
haveria
de não
a terem
inventado.
Fora tamanha onipotência,
um viva a Belizária
e seu toque ínfimo
de humildade.
Após muitos nãos,
bem no meio da curva, é onde a vida ensina a esperar.
"Dê
tempo ao tempo”, dizia mamãe.
Estranho isso
de dar mais
da coisa
à mesma
coisa,
mas dei e
dou até hoje,
o que tenho e
o que não tenho.
Aprendi com
minha mãe a ignorar Belizária.
Beli, a
grande,
atravessa tudo,
deixa
rastros,
sabe de mim.
Sempre é
esperta como Olivia.
Olivia foi
minha gata que morreu aos 18 anos de idade com plena saúde.
Morreu por
excesso de vida,
Belizarizou-se.
Beli, a
absurda,
ecoa nos pássaros
diariamente.
E em seus
momentos de intimidade
ferrenha com deus,
à tarde,
bem
no
finalzinho
dela, toda nua,
espanta-me
com a crueza das dezoito horas,
e no quintal
do vizinho
a revoada dos
pássaros açoita,
mas ela persiste,
mesmo vermelha
de raiva.
A cegueira, o
osso quebrado, a batida do carro, escancaram sua falta de pressa em acabar. Se
cada coisa tem seu fim, o tempo é o fim em si mesmo? Ela se dilacera e pensa
que com esse negócio de lhe terem feito assim, trágica, deveria ter sido
artista de teatro.
As dezoito e
quinze os pássaros não estão mais lá:
"Venho para
levar passarinho embora”, percebe.
E assim
vamos
nos
(des) entendendo.
Ela, uma
caçadora
de almas
generosas
como um pai,
um tio,
uma gata,
os
passarinhos.
E porque não
há lei que a proíba,
belizariza tudo
à revelia
de
todo
amor
que
há nessa vida.
Uma poeta
lhe faz rimas,
a criança
lhe desenha
de olhos
arregalados
adultos lhe
ornam com ouro,
res
pei
tosa
mente.
E
avessa ao respeito,
caçoa da inocência
e dos versos
quando o som
do apito do trem desce
montanha
a
bai
xo........
Na verdade,
desdenha da geografia,
chegando
rápida
onde trem nenhum
ousaria chegar.
Espantada com
tamanha astucia,
tento lhe acalmar
os ânimos
com palavras.
Outros acusam-lhe
cruel,
injusta,
covarde.
Ela nem se dá
ao luxo de ouvir.
Só
caminha
rumo
ao som
do apito
do último
trem
montanha
abaixo.
Eu não a temo,
É que mesmo
espantada,
implacável
também sei ser.
Aprendi com
ela.
Antanho,
desaprendi com meu pai.
Açoitado nos
braços dela, meu pai lhe dava tanta confiança
que mal
vivia.
E a enganava
com sabedoria, a arma dos inteligentes.
Meu pai
acreditava
que
felicidade
era
coisa do
diabo ou de minha mãe por ter lhe roubado a alma.
E quando Belizária
lhe lembrou do apito do trem,
custou apenas
oito meses
para ouvir
e a abraçou.
Já, minha mãe
–
que materna a
tudo ainda hoje –
desconfio
tê-la
gerado.
Suspeito Beli
ser sua filha e minha irmã,
e viver
perdida
no meio
de suas
linhas
e caminhos de
mesa brancos como algodão.
Beli, uma
bastarda de respeito por provocar minha vontade de viver.
Coitada,
diante da
teimosia de minha mãe
quase desaparece,
mas segue.
afinal, seguir
é a fatalidade que lhe convém.
Impressiona a
altura do apito do trem na descida da montanha.
e como ela
consegue
fazer
um pai e uma
mãe
na cadência exata
de cada vez que o apito toca.
Beli, a
maestrina.
perder-se nela
não é preciso.
Belizária, um
pai e uma mãe são o encontro mais fatal dessa vida,
e com eles,
os deuses tecem
a montanha.
Folclórico
Marlon Vital
Nasci virado
Na terra dos Curupiras
Admiro coisas sem pé e nem cabeça
Como Sacis e Mulas
Ando com gente que toca fogo por aí
Renomados Boitatás
E nas noites de luar
Enfeito-me para bailar
Saio para cortejar
Junto ao Boi-Bumbá
E nos dias de sol
Mergulho nas águas claras
Vou de encontro com Iara
Eu me declaro
Honrado filho dessa terra
Banho-me em Aroeira
Peço benção a Benzedeira
Rezo para a Santa Preta
Nossa Padroeira
Firmo o ponto
Vivo em encantos
Na mandinga e no terreiro
Eu sou poeta brasileiro
Gráfico
Nilza Menezes dos
Santos
No caminho do Gráfico havia um corpo —
Um corpo d´água. Nossos corpos, minúsculos corpos
celestes.
“Apenas manchas; saem facilmente
Com um pouco de lama. Boas oferendas para o deus
Bull.”.
Um sapatinho de anjo foi encontrado —
Primeiros passos de um futuro — afundado na lama.
Já era hora da fome,
Mas o leite ficou amargo de lama.
Olhos e pés que procuram
Um anjo de cachos de sol.
Gritos e mãos que vasculham,
Pela noite amarga, a lama.
Pai, foi inútil o ferrolho na porta.
Onde te sepultaste, mãe, com tuas roseiras?
Braços de tia que imploram
Aos altos céus uma esperança.
Esperança à Terra que chora
Lágrimas amargas de lama.
Lágrimas de tia que lavam
Uns cachos de anjo que dorme
Em um fundo berço de lama...
No caminho do Gráfico havia um corpo, um corpo
d´água.
Tantos corpos valem mais
na vala comum do silêncio;
Nosso sangue tratará o
ferro, alma-portfólio do minério.
A máquina cavando túneis;
A morte cavando túmulos.
E uma cava, onde caiba, da riqueza, a cobiça.
Uma cova, onde caibam, da cobiça, os rejeitos.
Liberdade? Só com pedra graúda, escravo!
A cova, o rejeito — a parte
Que nos cabe neste império
De ouro, de morte, de minério.
“Mas vale (alheias)
penas”— diz o Gráfico.
“Almas são pequenas, mas
o lucro é gigante;
Maior que a Terra, maior
que o mar,
Maior que o ar”...
Gratidão
André Luis Soares
Pelas
cigarras que ecoam em setembro
e
os carnavais que ainda pairam na memória;
a
brisa matinal que assola as estradas
e
a canora vivacidade dos pardais;
pelos
espelhos em que não me vejo mais
e
a doce paz das guerras de travesseiros...
Pelo
destino que enche o tempo de mistérios
e
a felicidade instantânea dos domingos;
os
sonhos que se tornam verdadeiros
e
as sombras que incessantes nos perseguem;
pelo
amor que alimenta de esperança
um
coração tão cigano e tão brejeiro...
Pelos
cheiros que retornam da infância,
por
tantos livros que habitam minha alma,
e
os sabores, agora todos mais intensos;
o
manso embalo das cadeiras de balanço
e
as tonalidades nesses olhos refletidas;
o
momento especial em minha vida
e
essa voz que sempre é clamor e canto...
(...)
E
agradeço as horas,
as
auroras,
a
áurea cor
que
doura o sol
no
rol de entrada;
agradeço
a casa
que
é o mundo
–
eu que não
reclamo
nada –
porque
após
todos
os nós
do
laço atroz
no
varal do tempo
–
retilíneo e certeiro –
sinto-me
assim
tão
dócil e feliz
que
sou, por inteiro...
agradecimentos!
Lerei
poemas de Neruda
Flávio
César de Freitas
Mesmo
que esta noite nos seja estranha
E
o vazio rumine nossas palavras,
Lerei
poemas de Neruda
Onde
tristes as canções nos sobrevivam,
E
os tremores das mais lentas esperanças consiga sentir.
Neste
instante,
Onde
o caos se infinita
Direi
ouvir o que nas lápides de meu corpo,
Nem
sei se palavras tortas,
Desenhos
ou cicatrizes, certo dia, escrevi.
Olhos
de lobo,
Animal
de asfalto,
Corpo
abstrato no veio concreto desta avenida,
Homem-palha,
O
primitivo medo
Na
curva abstrata de cada gruta.
E
neste infinito,
Triste
é todo horizonte,
Poente
cor que brilha ao encontro da noite,
Derradeira
imagem na breve ilusão do planeta Vênus.
A
noite se vai, flutuante,
Dobradas
asas dentro deste caminho,
Livro
fechado que meu peito guarda.
Não
há pássaros,
Apenas
vozes rompidas pelos estalos da água seca.
O
canto que doía de bonito me atravessa
Os
olhos feito pedra de ferro,
Açoite
de aço forjado na pele azulada da parede antiga,
Que
hoje se ruína.
Na
imensidão fria de tão distantes caminhos
Sentirei
pedra por pedra
Sentinelas
de luz
Que
dentro do corpo correm
Feito
nós desatados de tão passadas águas.
Na
beirada cinzenta do exílio de tantas palavras,
Ao
entardecer, lerei poemas de Neruda,
Na
saudade das cadeiras enfileiradas
Nas
calçadas das lembranças