Edição nº 96 – Jan/2009
de fato dá a dica
Luís Fernando Veríssimo, por Reinaldo Fernandes
Estava eu na ilha de Morro de São Paulo, na Bahia, 7da manhã, Quarta Praia, deitado numa rede do “redário” da pousada Tatiba, lendo Veríssimo, o filho Luís Fernando, de frente de uma piscina natural de águas cristalinas maravilhoso e sem nada para fazer naquele dia – e na semana toda. Mas isto, o nada para fazer a não ser curtir aquele paraíso, não era o melhor. “Bom mesmo”, como diria o próprio, era Luís Fernando Veríssimo. Melhor que ele, só leitura de romance policial e ficção científica, e olhe lá! O cara é o que a gente pode chamar de “o cara!”
Inteligente, culto, sacana, trabalha com a língua profundamente como é profundo conhecedor da alma humana – em especial da alma verde-amarela (embora o verde esteja se acabando). Às vezes engraçado, às vezes irônico. Quase sempre as duas coisas juntas.
Em A mulher do Silva (15ª Ed., Porto Alegre: L&PM, 1997) é hilário especialmente em “Mauro”, o chato; “Beijos”, “A procura”, “Nova carta de intenções”, “Retroativo”, “Fofinhos”; em O marido do dr. Pompeu (Porto Alegre: L&PM, 1997) o é em “A comadre”, “A redecoração”, “Excursão”, “Literárias”,”Atuações”, “O assalto”, “A situação” e “Mentira”.
É crítico sagaz em “Elefantes”, “Lenin e Mc Cartney”; trágico em “Isabel” e galanteador em “A serenata”. Enigmático em “O homem que desapareceu no Prado”, “A vingança”, “Caixinhas” e “A espada”. E fantástico em “O caso Ló”. Agora, se seu companheiro ou companheira é ciumenta pra caramba, “Mentira” é um belo tratado: peça para ele ler.
Sabe você ali, livro na mão, na fila, no lotação, todo mundo sério e você gargalhando, pára, lê mais um pouco, dispara a gargalhar de novo, o povo te olhando como se você fosse louco? É isso! Luís Fernando Veríssimo é isso!
de fato dá a dica
Luís Fernando Veríssimo, por Reinaldo Fernandes
Estava eu na ilha de Morro de São Paulo, na Bahia, 7da manhã, Quarta Praia, deitado numa rede do “redário” da pousada Tatiba, lendo Veríssimo, o filho Luís Fernando, de frente de uma piscina natural de águas cristalinas maravilhoso e sem nada para fazer naquele dia – e na semana toda. Mas isto, o nada para fazer a não ser curtir aquele paraíso, não era o melhor. “Bom mesmo”, como diria o próprio, era Luís Fernando Veríssimo. Melhor que ele, só leitura de romance policial e ficção científica, e olhe lá! O cara é o que a gente pode chamar de “o cara!”
Inteligente, culto, sacana, trabalha com a língua profundamente como é profundo conhecedor da alma humana – em especial da alma verde-amarela (embora o verde esteja se acabando). Às vezes engraçado, às vezes irônico. Quase sempre as duas coisas juntas.
Em A mulher do Silva (15ª Ed., Porto Alegre: L&PM, 1997) é hilário especialmente em “Mauro”, o chato; “Beijos”, “A procura”, “Nova carta de intenções”, “Retroativo”, “Fofinhos”; em O marido do dr. Pompeu (Porto Alegre: L&PM, 1997) o é em “A comadre”, “A redecoração”, “Excursão”, “Literárias”,”Atuações”, “O assalto”, “A situação” e “Mentira”.
É crítico sagaz em “Elefantes”, “Lenin e Mc Cartney”; trágico em “Isabel” e galanteador em “A serenata”. Enigmático em “O homem que desapareceu no Prado”, “A vingança”, “Caixinhas” e “A espada”. E fantástico em “O caso Ló”. Agora, se seu companheiro ou companheira é ciumenta pra caramba, “Mentira” é um belo tratado: peça para ele ler.
Sabe você ali, livro na mão, na fila, no lotação, todo mundo sério e você gargalhando, pára, lê mais um pouco, dispara a gargalhar de novo, o povo te olhando como se você fosse louco? É isso! Luís Fernando Veríssimo é isso!
Leia a íntegra na ed. 96
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