Edição 110-Fevereiro/2010
8 de março: centenário do Dia Internacional da Mulher
Há 100 anos, durante a 2.ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, Dinamarca, foi criado o dia 8 de março como o dia internacional da mulher. Os registros históricos indicam duas referências para a data: homenagem à iniciativa de operárias russas que nessa data realizaram uma greve contra a fome, a guerra e o czarismo. E a morte, em 1857, de 100 tecelãs norte-americanas em greve pela redução da jornada de trabalho, vítimas de um incêndio criminoso.
O dia 8 de março tornou-se uma data pelo esforço mundial de eliminar o preconceito e a desvalorização da mulher. No Brasil, o movimento de mulheres, governos, partidos e entidades sindicais e sociais organizam diversas atividades para comemorar os avanços e combater as desigualdades ainda existentes no trabalho, a violência masculina, a participação política, em busca da garantia da qualidade de vida em todas as fases da vida da mulher. A ONU indica que 70% das mulheres experimentam alguma forma de violência física ou sexual durante as suas vidas, cometida por maridos, parceiros ou alguém que conhecem.
De fato dá a dica
Em mais um Dia Internacional da Mulher, o jornal de fato deixa nesta edição algumas dicas de ações políticas que podem melhorar a vida de milhares de mulheres brumadinenses. As sugestões servem para a Administração Municipal, para os vereadores, sindicatos e para grupos de mulheres ou outras entidades que lutam pela igualdade de gênero e por implementação de medidas de proteção às mulheres. São elas:
Criação de creche noturna e centro integrado de atendimento à Mulher em situação de violência (que pode reunir Vara de Justiça Especializada, Promotoria de Justiça da Mulher, Núcleo de Atendimento a Mulher, Delegacia de Mulher, Centro de Referência da Mulher, Defensoria Especializada de Atendimento a Mulher e serviço multidisciplinar).
Disque 180
Central de Atendimento à Mulher. O Disque 180 é um serviço da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, órgão da Presidência da República. O Disque 180 funciona 24 horas por dia, todos os dias, inclusive domingos e feriados, com ligação gratuita. O serviço recebe denúncias de violência contra a mulher, orienta e fornece alternativas.
8 de março: Dia Internacional da Mulher
Opinião
Para Você!!!
Margarida Mello*
Há uma pessoa boa. Há um ser humano, Humano. Há uma razão e coração. Há um coração transbordando de amor. Há um coração sofredor. Corajoso. Esperançoso. Aflito. Bondoso.
Há uma ouvinte atenta. Há um ombro amigo. Há um ser ardente. Há um ser calmo.
Há uma mão sempre estendida. Há mãos a afagar. Mãos a corrigir. Mãos a ensinar a andar. Mãos a buscar. Mãos a trabalhar. Mãos a alimentar. Mãos a não achar outras mãos. Mãos solitárias a esperar. Há mãos de mãe, juntas a pedir graças, a rezar por vida, saúde, sucesso, fé e proteção para a família a Mãe Maior de todos nós. Há Nossa Senhora! Há desrespeitada, violentada, ultrajada, injustiçada, priorizada. Há as que recebem flores. Há as que recebem bofetadas. Há humilhada. Há abraçada. Há culta. Há não culta. Há empregada e desempregada.
Há cientista, engenheira, professora, cozinheira, lavadeira, juíza, funcionária, promotora, passadeira, cabeleireira, administradora, política, manicura, artesã, mendiga, poeta, médica, artista, enfermeira, jornalista, escritora, religiosa, aviadora, modelo, trabalhadora rural, empresária, aposentada, casada, solteira, viúva, amada, odiada, desprezada, apreciada, avó, tia, divorciada, invejada, dinâmica, parada; cheirosa e suada. Bonita e feia. Artificial ou natural, porem em todas:
Há uma mulher maravilhosa que sabe preencher todos os espaços quando há carência e necessidades. Que sabe chorar e cantar. Que sabe viver e amar. Que sabe sonhar e se encantar tentando conquistar, lutar e alcançar. Doar. Compartilhar. Dirigir. Coordenar, administrar, observar e viver.
Para você mulher os agradecimentos por tudo e pela amizade paciente. Oito de março é o Dia Internacional da Mulher e somos nós, MULHER, 365 dias no ano! Deus nos abençoe sempre. Seja você é tudo que é necessário, procure sempre seu espaço sem medo, sem rancores, sem deixar de sonhar! Para você todas as maravilhas do universo! Todo brilho das estrelas! Muita paz no coração! Parabéns!!!
Adm-Margarida de Mello Silva CRA 32988 - Administradora de Empresas. MBA-FGV Gestão de Pessoas com Ênfase em Estratégias. Mediadora e Árbitra pela CBMAE. Especialização em Administração Pública-INFOCO. Analista Político/Social. Palestrante- Consultora-Escritora- Poeta - Voluntária e Aprendiz de Todo Dia.
Parlamentares femininas criticam mudanças na Lei Maria da Penha
Deputadas da bancada do PT na Câmara manifestaram indignação com a decisão tomada em finais de fevereiro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que altera a Lei Maria da Penha. Pela decisão, o Ministério Público só pode propor ação penal nos casos de lesões corporais de natureza leve decorrentes de violência doméstica se a vítima fizer uma representação.
A deputada Cida Diogo (PT-RJ) classificou como “um absurdo” a decisão do STJ. “Com isso, acaba a possibilidade de ação penal pública incondicionada, e somente a mulher pode representar à Justiça contra seu agressor. É um absurdo, porque sabemos que milhares de mulheres que enfrentam a violência doméstica em nosso País são intimidadas, ameaçadas e acabam não tendo condição de representar contra o seu agressor à Justiça. Espero que essa decisão do STJ seja revista”, disse Cida Diogo.
Para a deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), a decisão do STJ poderá acelerar a tramitação do PL 5297/09, de sua autoria, que propõe alteração no artigo 16 da Lei Maria da Penha. O texto estabelece que a ação penal nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher seja pública incondicionada. “Essa proposta vai contribuir para favorecer as mulheres vítimas de violência”, disse Dalva Figueiredo.
“Exigir-se que a mulher vítima de violência doméstica média ou grave, para ver seu agressor punido, tenha que ir a juízo manifestar expressamente esse desejo somente contribui para atrasar ou mesmo inviabilizar a prestação jurisdicional, fragilizando as vítimas e desencorajando-as a processar o agressor”, destaca a deputada Dalva Figueiredo no projeto.
As informações são do Boletim Informes, dos Parlamentares do Partido dos Trabalhadores na Câmara Federal.
Aumenta a participação das mulheres no mercado de trabalho
Hoje elas já são22% dos cargos mais elevados, segundo pesquisa da Catho Online
Espaço e reconhecimento no mercado de trabalho. Historicamente, estas são algumas das reivindicações mais marcantes nas comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Carregada de significados importantes relacionados à luta pela igualdade, este ano a data marca também a consolidação de uma grande conquista: de acordo com levantamento realizado pela Catho Online em fevereiro deste ano, as mulheres já representam 21,88% dos cargos mais elevados (presidentes e afins). Ou seja, avaliando os números e considerando o patamar alcançado há 13 anos, quando a participação feminina era de apenas 10,39%, o espaço ocupado pelas mulheres desde então deu um salto significativo.
Em empresas de pequeno porte, mulheres ocupam cargos mais altos, enquanto nas empresas de grande porte, elas representam a maioria em cargos como os de coordenadores e encarregados.
Já em relação à área de atuação, a preferência por Recursos Humanos continua em alta. São 72,90% de mulheres trabalhando no setor. Já na área de Tecnologia encontramos a menor participação feminina: 16,15%.
O levantamento realizado pela Catho Online, contou com dados do Cadastro Catho, serviço com 101.369 empresas listadas.
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