Edição 156 – Novembro/2013
Jornal de fato premia vencedores do VI
Concurso de Poesias “Paulo Viotti”
Cerimônia
aconteceu dia 30, entregou certificados para poetas e premiou As 10 melhores
Poetas presentes à Cerimônia: Nídia de Jesus, Paola Vitti, Aparecida Prado, Ilisabete Rezende, Isabella Rayane e Isael Pereira |
No
último dia 30 de novembro, o jornal de fato premiou os vencedores do seu VI
Concurso de Poesias.
"Foi uma noite de
sábado diferente, num evento gracioso, respeitável e repleto de emoções
causadas pela beleza dos poemas apresentados. Feliz, muito feliz de estar
presente neste momento", disse Valéria das Dôres Moreira, uma das
vencedoras do Concurso.
Já o Editor do de fato, Reinaldo Fernandes, que
apresentou o evento, declarou que “foi muito bonito estar ali na frente,
declamando os poemas e vendo os olhos dos poetas brilharem. Era bonito vê-los
felizes ao ouvirem sua poesia, fruto de seu suor, de sua inteligência, de seu
trabalho. Só de ver um poeta, uma poeta com seus olhos brilhando, já valeu a
pena ter realizado mais um concurso.” “Fica também a certeza de
que o jornal cumpriu mais um capítulo de uma de suas missões: a de ser canal de
fomentação da cultura local. Afinal, nem só de pão vive o homem. A gente quer
comida, diversão... e arte!”, completou Fernandes.
A
cerimônia de premiação aconteceu na
Câmara Municipal, à noite e contou com participação de poetas, familiares e
amigos, além de outras pessoas interessadas em poesias. Estiveram prestigiando
também os vereadores Aurélio do Pio e Carlos Mendes, ambos do PDT.
As
poesias enviadas ao jornal somaram 68 trabalhos. A participação foi recorde em
relação aos cinco concursos anteriores, com 39 poetas, sendo 19 da capital, 7
de Betim, 1 de Pirapetinga, e o restante de Brumadinho. O VI Concurso de Poesias “Paulo Viotti” do
Jornal de fato foi dividido em duas categorias: a de poetas adultos (acima de
15 anos), com 16 participantes com 36 trabalhos; e de poetas infantis (de 7 a
13 anos), com 32 trabalhos.
Logo
no início da cerimônia, apresentada pelo Editor do jornal de fato, Reinaldo
Fernandes parabenizou a todos os poetas participantes, lembrando que, sem eles,
não aconteceria o concurso. “Estão de parabéns mesmo! Não foi fácil para nossos
jurados fazer a escolha: todos acharam os trabalhos muito bons”, frisou o
Editor. Fernandes explicou que, das 36 poesias de adultos, 23, ou seja, quase
64%, ficaram entre as 10 melhores de acordo com este ou aquele jurado. No caso
das poesias das crianças, 24 poemas ficaram entre as 10, 75% do total. E
lembrou que é nesta questão que reside a beleza da poesia: “se determinada
poesia não agrada a um, agrada a outro e assim vai”, disse. “Aconteceu, por
exemplo, de 2 poesias receberem nota máxima, 10, de dois jurados, e, no entanto,
não ficarem entre “as 10 melhores” na contagem geral. Da mesma forma, das 20
poesias premiadas, houve 19 poesias que não receberam notas de todos os
jurados, ou seja, que não ficariam entre as 10 melhores na opinião de um dos
jurados, mas que foram bem pontuadas pelos outros jurados e, na contagem geral,
ficaram entre ‘as 10 melhores’”, completou Reinaldo Fernandes. Segundo ele,
“apenas 1 das 68 poesias, ou 19 das que ficaram entre as 20 melhores, recebeu
nota de todos os jurados, o quer dizer que as poesias são muito bonitas, de
qualidade, e se há 10 melhores em cada categoria, isso é apenas do ponto de
vista dos jurados e todos estão de parabéns”, fez questão de dizer o Editor do
jornal de fato.
Entrega
dos certificados
Todas
as pessoas que se inscreveram receberam Certificado de Participação. Antes de
cada poeta ser convidado a receber, o apresentador lia um trecho de sua poesia,
falava seu pseudônimo, quem era o poeta, pela ordem alfabética do nome
artístico usado no concurso. Como os poetas infantis eram todos de Betim e BH e
não puderam vir participar, foi apenas lido o nome dos vencedores e seus
trabalhos e foi entregue à professora que desenvolveu o trabalho com eles, a
brumadinense Arlete Balbino, os certificados e brindes para que repassasse aos
alunos.
Veja
abaixo a relação dos poetas, com sua poesia, pseudônimo e nome:
Categoria
“Poetas Adultos”
VI CONCURSO DE
POESIAS “PAULO VIOTTI” DO JORNAL de fato - 2013
|
|
|
|
|
POESIA
|
Poeta
|
Pseudônimo
|
1
|
Acordo de partes
|
Gilberto
Mendes Gomes
|
Fiorella
|
2
|
Amor
|
Maria
Aparecida Prado
|
Cidinha
|
3
|
Amor épico
|
Isael
Pereira da Silva
|
O
sonhador
|
4
|
A terceira mão
|
Amélia
Marcionila Raposo da Luz
|
Nhorinhá
|
5
|
Brumadinho e Brumadinhenses
|
Isabella
Rayane Aparecida Silva
|
|
6
|
Cantinela
|
Lilian
Jacqueline da silva
|
Lian
|
7
|
Criança
|
Maria
Aparecida Prado
|
Cidinha
|
8
|
Descubra
|
Maria
Aparecida Prado
|
Cidinha
|
9
|
Divagações
|
Vera
Regina Melo Biziak
|
Vanessa
Rios
|
10
|
Escrever
|
Isabella
Rayane Aparecida Silva
|
|
11
|
Estações
|
Valéria das Dôres
Moreira
|
Gaia
|
12
|
Estrela
|
Paola
Viotti
|
Zieni
|
13
|
É vida também
|
Marília
de Lourdes Carvalho
|
Meg
lilá
|
14
|
Fale comigo
|
Marília
de Lourdes Carvalho
|
Meg
lilá
|
15
|
Inércia
|
Valéria das Dôres
Moreira
|
Gaia
|
16
|
Indústria faturadora
|
Jéssica Rezende
Silva
|
Brisa
|
17
|
Itinerário
|
Valéria das Dôres
Moreira
|
Gaia
|
18
|
Lágrima
|
Gilberto
Mendes Gomes
|
Fiorella
|
19
|
Lua bonita
|
Lilian
Jacqueline da silva
|
Lian
|
20
|
Me leve contigo
|
Isael
Pereira da Silva
|
O
sonhador
|
21
|
Meu bem-te-vi
|
Nídia
Maria de Jesus
|
Amor
Perfeito
|
22
|
Meu filho
|
Isael
Pereira da Silva
|
O
sonhador
|
23
|
Minha força
|
Lilian
Jacqueline da silva
|
Lian
|
24
|
Mundo maravilhoso? Depende!
|
Marcos
Henrique Andrade Inácio
|
Três
Pontinhos
|
25
|
Não tem jeito
|
Marcos
Henrique Andrade Inácio
|
Três
Pontinhos
|
26
|
O mundo pede um novo movimento artístico
|
Jéssica Rezende
Silva
|
Brisa
|
27
|
O último poema
|
Cássio
Vilela Prado
|
Aturdido
|
28
|
Partidas à parte
|
Ary de Magalhães
Viotti Neto
|
Matheus
Marinho
|
29
|
Prece à lua
|
Nídia
Maria de Jesus
|
Amor
Perfeito
|
30
|
Presente passado
|
Marcos
Henrique Andrade Inácio
|
Três
Pontinhos
|
31
|
Puro amor
|
Nídia
Maria de Jesus
|
Amor
Perfeito
|
32
|
Século 21
|
Jéssica Rezende
Silva
|
Brisa
|
33
|
“Vem conhecer Brumadinho”
|
Elisabete
Aparecida Resende
|
Lisa
|
34
|
Ventre
|
Amélia
Marcionila Raposo da Luz
|
Nhorinhá
|
35
|
Versos verdes
|
Amélia
Marcionila Raposo da Luz
|
Nhorinhá
|
36
|
Vida
|
Marília
de Lourdes Carvalho
|
Meg
lilá
|
Categoria “Poetas infantis”
VI CONCURSO DE
POESIAS “PAULO VIOTTI” DO JORNAL de fato
|
|
|
|
|
POESIA
|
POETA
|
PSEUDÔNIMO
|
1
|
A coroa da princesa
|
Isabela Aguiar de Paula
|
Bellinha
|
2
|
A escola –
|
Mayck Gabriel Soares Pereira
|
Cadu
|
3
|
A escola –
|
Débora de Lima Lopes
|
Florzinha
|
4
|
A flor rosa
|
Anne Victória de Oliveira Ferreira
|
Flor Feliz
|
5
|
A piada
|
Débora de Lima Lopes
|
Florzinha
|
6
|
As cores
|
Victória Maria José dos Santos
|
Helena
|
7
|
A tromba do elefante
|
Alice Rafaela Rocha Rodrigues
|
Princesinha
|
8
|
A vida é assim
|
Ketlen Carolina da Silva
|
Carol
|
9
|
Azul
|
Filipe de Jesus
|
Menino de Ouro
|
10
|
Boneca
|
Filipe de Jesus
|
Menino de Ouro
|
11
|
Brilhante
|
Gabriele Vitório Pereira de Almeida
|
Luz
|
12
|
Brinquedos legais
|
Alice Rafaela Rocha Rodrigues
|
Princesinha
|
13
|
Contrário
|
Matheus Felipe de Jesus Eleutério
|
Deusmar
|
14
|
Coração
|
Heloísa Pinheiro Araújo
|
Princesa da Ilusão
|
15
|
Declaração
|
Carla Vitória dos Santos Silva
|
Menina Cheirosa
|
16
|
Encantamento
|
Heloísa Pinheiro Araújo
|
Princesa da Ilusão
|
17
|
Estrada da vida
|
Ketlen Carolina da Silva
|
Carol
|
18
|
Ladrão de coração
|
Milena Ribeiro de Melo
|
Princesa da Manhã
|
19
|
Manjericão miudinho
|
Gabriel M. Nascimento
|
Rock
|
20
|
Mudanças
|
Davi Augusto Araújo
|
MC Pedro
|
21
|
O caubói
|
Gabriel Henrique Casteluber dos Santos
|
Victor
|
22
|
O circo
|
Nayanne Mayume de Carmo
|
Raio de Tempestade
|
23
|
O cisne
|
Alice Rafaela Rocha Rodrigues
|
Princesinha
|
24
|
O que seria do mundo
|
Ellen Rodrigues Quaresma
|
Bella Feliz
|
25
|
Passagem
|
Lorran Felipe Lopes Oliveira
|
Logan Hollywood
|
26
|
Poema de Natal
|
Brenda Stéfanyy Souza Santos
|
Stéfannyy
|
27
|
Poesia
|
Ketlen Rafaelly Cardoso Basílio
|
Morena
|
28
|
Procurando você
|
Milena Ribeiro de Melo
|
Princesa da Manhã
|
29
|
Relógio
|
Leandro Rubens da Piedade Bispo
|
Meninoblack
|
30
|
Saudade
|
Brenda Stéfanyy Souza Santos
|
Stéfannyy
|
31
|
Sentir alegria
|
Ellen Rodrigues Quaresma
|
Bella Feliz
|
32
|
Sorvete
|
Geovanna Eduarda de Araújo Melo
|
Rainha
|
Vencedores
do prêmio “As 10 Melhores”
Feita a entrega
dos Certificados, foram premiados os autores dos “As 10 Melhores” trabalhos.
Nove poetas “faturaram” o prêmio: Gilberto Mendes Gomes, Amélia Marcionila
Raposo da Luz, Lilian Jacqueline da Silva, Vera Regina Melo Biziak, Valéria das
Dôres Moreira, Marcos Henrique Andrade Inácio, Ary de Magalhães Viotti Neto,
Nídia Maria de Jesus e Marília de Lourdes Carvalho. O poeta Gilberto
Mendes Gomes emplacou as duas poesias com as quais concorreu.
Os
poetas receberam uma espécie de troféu, com o certificado e um livro de poesia
de presente.
Os vencedores
Gilberto Mendes Gomes
Gilberto Mendes Gomes venceu com os poemas “Acordo de partes”, que, entre
outras, recebeu nota 10 de um dos jurados. Emplacou ainda a poesia “Lágrima“. Gilberto é um incentivador da leitura. Criou no supermercado da
família um espaço de leitura, emprestando e doando livros. Mora em Aranha,
adora ler, bater papo. É comunista (filiado ao PC do B de Brumadinho), poeta e
sonhador.
Lilian Jacqueline da Silva
Outra vencedora foi Lilian Jacqueline da Silva, que se inscreveu com o pseudônimo de “Lian”. Lilian gosto muito de
escrever textos, e durante algum tempo escreveu poesias. Gosta de política e
está sempre envolvida no mundo da comunicação. Fez o curso de Contabilidade e
após um tempo, iniciou o curso superior em Biblioteconomia. Mãe de “duas filhas
maravilhosas, que me fazem continuar lutando para melhorar o mundo”, diz a
poeta. Concorreu com três trabalhos: a vencedora “Cantilena” e, ainda, “Minha
força” e “Lua bonita”.
Valéria das Dôres Moreira
Valéria das Dôres
Moreira foi mais uma vencedora. Com o pseudônimo “Gaia”,
ela concorreu com os poemas “Inércia”, “Estações” e “Itinerário”, esta,
vencedora do prêmio. Valéria é filha de Brumadinho, cidade que ama tanto! Bacharel
em Direito, atualmente é a Secretária Municipal de Administração da Prefeitura
Municipal de Brumadinho. Ama literatura, especialmente poesia e mais ainda o
poeta Manoel de Barros. Gosta de culinária, vinho, música e bons diálogos.
Marília de Lourdes
Carvalho
A
dançarina Marília de Lourdes Carvalho, que participou de Concurso de Poesias do Jornal
de fato pela primeira vez, concorreu com três poemas: “Vida”,
“É vida também” e “Fale Comigo”. Venceu
com o poema “Vida”. Marília nasceu em Conselheiro Lafaiete e veio para
Brumadinho ainda pequena. Mora no bairro São Sebastião, ama a natureza, gosta
de dançar, nadar, cantar. Durante muitos anos foi professora de pré-escola e de
dança. Gosta de escrever poesias, crônicas e até letras de música. Usou o pseudônimo
“Meg Lilá”.
Amélia Marcionila Raposo
da luz
Amélia Marcionila Raposo
da luz participou do Concurso pela segunda vez. Como da
vez anterior, desta vez também foi vencedora. Desta vez emplacou o poema “A
terceira mão”. Concorreu também com mais
dois, “Ventre” e “Versos Verdes”. Moradora da cidade de Pirapetinga, no
interior de Minas Gerais, Amélia usou o pseudônimo “Nhorinhá”.
Nídia
Maria de Jesus
Outra grande poeta brumadinense também ficou entre “As 10 melhores”, com
o poema “Prece
à lua” (disputou também com “Meu bem te vi” e “Puro
amor”. Nídia é a mais assídua participante de Concurso de Poesias do Jornal de
fato, tendo participado pela sexta vez. Usou o pseudônimo “Amor perfeito”.
Nídia foi professora, é viúva, gosta de exercícios físicos, de escrever, ler,
fazer palavras cruzadas, e de estar de bem com a vida. Acredita que o amor e o
perdão devem estar sempre de mãos dadas. Venceu nosso Concurso pela 6ª vez
consecutiva.
Ary de Magalhães Viotti
Neto
Natural
de Araxá, formado em Ciências Contábeis, morador de BH, Ary
de Magalhães Viotti Neto é coautor do
livro “Prosa e Versos escolhidos – Momentos de Sabedoria e Alegrias”, trabalha
na Controladoria Geral do Estado de MG, gosta de ouvir músicas clássicas e MPB,
e quer escrever outro livro e uma peça de teatro. Os finais de semana passa em
seu sítio em Caetano José, Bonfim. Concorreu com o poema “Partidas à parte” e
usou o pseudônimo “Matheus Marinho”.
Vera Regina Melo Biziak
Vera Regina Melo
Biziak usou o pseudônimo “Vanessa Rios” e concorreu com a poesia “Divagações”.
Vera mora em BH, é casada, trabalha nos Correios – inclusive já trabalhou bom
tempo em Brumadinho -, é graduada em Letras e Língua Inglesa pela UFMG. Seus
hobbies são ler, assistir filmes e escrever poesias.
Marcos Henrique Andrade Inácio
O garoto Marcos Henrique Andrade Inácio, 16 anos, foi mais um vencedor.
Marcos Henrique, aluno do 9º ano da Escola Municipal Antônio Salles Barbosa, no
bairro Tirol, em Belo Horizonte, é o tipo “bom garoto”, orgulho da família.
Religioso, gosta de tocar violão, cantar, ler, e no momento tira onda de
desenhista. Gosta de estudar, ler a Bíblia e adora sua família. Concorreu com
três trabalhos: “Não tem jeito”, “Presente passado” e “Mundo maravilhoso?
Depende.” Venceu o VI Concurso de Poesias “Paulo Viotti” do Jornal de fato com
o poema “Mundo maravilhoso? Depende.” Três Pontinhos. Era seu pseudônimo.
Vencedores mirins
Entre os poetas infantis, os vencedores foram Filipe de Jesus, com o poema “Boneca”; Gabriele Vitória
Pereira de Almeida, com o poema “Brilhante”; Carla Vitória dos Santos Silva,
com o poema “Declaração”; Milena Ribeiro de Melo, com o poema “Procurando você”
e Heloísa Pinheiro Araújo. Heloísa venceu com dois trabalhos
“Encantamento" e “Coração”. Todos esses alunos são de Betim, da Escola
Edir Terezinha de Almeida Fagundes, localizada no bairro Guanabara e do mesmo
ano na escola.
Filipe de
Jesus, pseudônimo “Menino de Ouro”, tem 12 anos, estuda no 4º ano, gosta muito
de poesia e concorreu com os poemas “Azul” e “Boneca”.
Gabriele
Vitória Pereira de Almeida, pseudônimo “Luz”, tem 10 anos.
Carla
Vitória dos Santos Silva, pseudônimo “Menina Cheirosa”, tem 10 anos.
Milena
Ribeiro de Melo, pseudônimo “Princesa da Manhã”, também tem 10 anos.
Heloísa
Pinheiro Araújo, de 12 anos, concorreu com duas poesias, “Coração” e
“Encantamento” e usou o pseudônimo “Princesa da Ilusão”.
Os outros
4 vencedores foram de Belo Horizonte, da Escola Eloy Heraldo Lima,
do Bairro Jatobá IV. São eles: Ellen Rodrigues Quaresma, pseudônimo “Bella
feliz”, venceu com o poema “O que seria do mundo” mas concorreu também com a
poesia “Sentir alegria”. Ellen nasceu em 13 de novembro de 2000, gosta de
escrever e de estudar matemática. Tem muito amor por sua família, ama sua minha
avó e é muito feliz!
Gabriel
M. Nascimento, pseudônimo “Rock”, concorreu com o poema “Manjericão Miudinho”.
Ele é do 2º ano, tem 8 anos. Gosta de estudar, ler e jogar futebol. Gosta
também das aulas de arte e de educação física, além de gostar muito de
conversar.
Isabela Aguiar de Paula usou o pseudônimo
“Bellinha”. Nasceu em 15 de novembro de 2001, está no 6º ano, gosta de escrever
e de estudar Matemática e Ciências. É muito falante. Disse eu adorou participar
do Concurso. Venceu com o poema “A coroa da princesa”.
Matheus Felipe de Jesus Eleutério, vencedor
com a poesia “Contrário”, tem 10 anos, está no 5º ano, gosta muito de estudar.
“Deusmar” era seu pseudônimo.
Jurados
A escolha das 10 melhores poesias foi feita por um
grupo de jurados formado por 5 pessoas, no caso das poesias de adultos e 6
jurados, no caso das poesias das crianças: Valdir de Castro de Oliveira, Armando
Sérgio de Souza,
Marcelo Correa “Jabah”, Bia Costa, Reinaldo Fernandes e Gabriel Fernandes Alves
(poesias infantis apenas). O jornalista Valdir de Castro de Oliveira é
poeta de mão cheia, autor do livro “Réquiem para Inhotim”, de poesias; coautor
de “Os alicerces da Utopia – Saúde e cidadania no SUS de Brumadinho” e autor de
um dos textos do livro “A rádio entre as montanhas” (org. Nair Prata). Valdir
foi Editor do jornal Circuito Notícias por
muitos anos e do Tribuna do Paraopeba também por vários anos, jornal que
fundou; editor e apresentador do programa radiofônico “De Olho na Notícia” da
ex-Inter FM (atual Regional), professor da Fundação Oswaldo Cruz depois de ter
se aposentado pela UFMG.
Armando Sérgio de Souza, o Professor
Serginho, leciona Língua Portuguesa em escolas municipais de Brumadinho, é
poeta, compositor de mais de 200 canções, já escreveu dezenas e dezenas de
trabalhos literários e já foi vencedor de concurso de poesias do jornal de fato, além de ter produzido um filme sobre
Guimarães Rosa.
O
músico Marcelo Correa Jabah era, até pouco tempo, Diretor do Departamento de
Cultura da Prefeitura de Brumadinho. Cantor, compositor e letrista, é produtor
cultural, já teve um CD autoral gravado, venceu festivais de músicas de
Brumadinho e Belo Horizonte, e participa de bandas de famosos como Saulo
Laranjeiras.
A jovem Bia costa lançou
recentemente seu primeiro livro, “O Caminho Para as Borboletas”, editado pela
Editora Tereart, Teresópolis, RJ, 2013, 64 páginas (www.tereart.com.br).
Reinaldo Fernandes é
Editor do jornal de fato. Professor
universitário e da Rede Municipal de Belo Horizonte, graduado pela PUC Minas,
especialista em Linguística pela mesma Universidade, Mestre em Linguística pela
FALE – Faculdade de Letras – da UFMG e autor do livro de poesias Trilhas (Editora Por Ora, 1996), além de
vencedor do Concurso de Poesias da E. M. Antônio Salles Barbosa (1995) e de
vários festivais de música, além de concurso de contos.
Gabriel
Fernandes Alves tem 8 anos, cursa o 2º ano, gosta muito de ler e já escreveu
suas primeiras poesias.
Cada um dos jurados, ao
serem procurados pelo Jornal, mostrou imensa boa vontade em ajudar na escolha,
de forma gratuita, abrindo mão de parte de seu precioso tempo. A eles e a ela o
agradecimento do jornal de fato pelo carinho, pela dedicação e pela boa vontade
com que analisaram os poemas.
O Jornal agradece também
à Presidente da Câmara Municipal, Renata Marilian Parreiras e Soares, que
prontamente cedeu o espaço da Câmara para a realização da cerimônia de premiação.
Conjunto dos poemas
O VI Concurso DE POESIAS
“PAULO VIOTTI” do JORNAL de fato quis “contribuir
no aquecimento, na divulgação e na ampliação das manifestações culturais de
Brumadinho, dando oportunidade aos nossos leitores e artistas de mostrarem sua
arte, e oferecendo aos cidadãos oportunidade de alimentar de emoção e beleza a
alma e espírito.” O Jornal de fato quer que as pessoas escrevam, as que sempre
escrevem e as que querem começar a escrever. Que elas possam publicar seus
versos, que possam encantar as outras pessoas, que possam se orgulhar dos
versos que escrevem. Porque, acredita o Jornal, a vida precisa de arroz com
feijão mas precisa também de música da boa, de muita arte e de poesia. A gente
precisa alimentar o corpo, mas precisa também alimentar o espírito: são as duas
coisas que mantém a gente vivo, de pé.
Antes
de ter início a cerimônia propriamente dita, foram distribuídos os poemas aos
presentes para que pudessem conhecer “o conjunto da obra”.
Poesias
Vencedoras do prêmio “As 10
Melhores”
Abaixo,
e na página ao lado, cinco as 10 poesias que faturaram o prêmio de “As 10
Melhores”, pela ordem alfabética dos poemas. Na próxima edição, publicaremos
outras, até que possamos publicar todas. É um belo conjunto que merece ser lido
por todos os leitores. Na próxima edição, publicaremos os poemas dos poetas
infantis.
VI Concurso de Poesias “Paulo
Viotti” do Jornal de fato - 2013
Poemas
da categoria “Adultos”
Acordo de partes
Autor:
Gilberto Mendes Gomes
Pseudônimo: Fiorella
Acordei com você
você descumpre.
Mas não estou só, comigo cada instinto.
Acordamos nós, como nós numa só.
Agora acordo só... bamba, santa, benta
mas viro pro lado que a outra arrebenta.
Ressinto e refaço cada passo
procuro por pegadas recentes,
as pegadas que ainda sinto
ainda por cima descentes.
Passo por este recinto seu
procuro, apalpo, lembro e laço.
Guio em minhas pernas nuas
minhas mãos como suas.
Quero-me tanto agora..tanto..tanto..
tanto quanto quis que me quisesse.
Não estou só, consigo agora,
consigo desatar
eu consigo e sem você.
Eu por nós,
Anseio, cio, suo, sacio.
Sou sua...
Sua por mim mesma.
A Terceira Mão
Autora:
Amélia Luz
Pseudônimo:
Nhorinhá
A terceira mão é a da inclusão,
É a mão da vida! Aquela que agarra
A oportunidade na hora preferida!
É a que dá as cartas, bate o curinga
Enfrenta o desafio, supera o fracasso
Arranca o espinho, cumpre o dever
Ao ter a impressão digital
Que identifica o ser ou não ser...
A terceira mão é a mão do perdão,
É a que consola, a que afaga,
A que apaga a dor do amor perdido
Na hora amarga da solidão!
É a que dá de beber, a que estende a
esmola,
A que vai embora e a que dá o último
adeus...
É aquela que firme, segura as rédeas,
Do cavalo a galope do destino, na noite
escura!
É a mão que, sensível, procura o corpo
frágil,
Da mulher-amante, e sai de braços dados,
No dia dos namorados
Na passarela dos invisíveis.
É a que fecha as cortinas,
A que despetala em silêncio a rosa do amor
Na hora plena do encontro dos
apaixonados...
É a mão benta do menino que escreve o poema
Na luz rara da manhã ensolarada...
É a mão da liberdade que abre a mala dos
segredos
E deixa sair o último pássaro prisioneiro,
Em vôo livre, passageiro!
Cantilena
Autora:
Lilian Jacqueline da Silva
Pseudônimo:
Lian
Curtir-me.
Falar
em nós.
Abraçar
o mundo
Envolver
o céu.
Apertar
o passo
Andar
caminho errado
Correr
trilhas ziguezagueantes.
Parar
para te ver,
Parar
para me ver,
Neste
espelho quebrado.
Oscular-te
assim, amuado.
Maliciosamente.
Envolvente...
Pensar
na vida.
Divagar
sobre trajetos,
Objetos,
Desconexos.
Dividida.
Telepatizar
sua aura.
Ver-te
ao avesso.
Olhar-te
travesso.
Notar
sua mão.
Sentir
emoção.
Desejo
seu chão,
Morar
em seu coração.
Paz!
Jaz
Submersa,
Imersa,
Ausente,
Doente,
Entranha,
Estranha,
Calada,
Amuada,
Dormente,
Inconsciente.
De
repente tudo.
Agora
nada.
Reles.
Vil.
Ignóbil.
Doa-te!
Peça!
Procure!
Ama-te.
E
venha
Ali
naquela rua...
Onda
sonora,
Cérebro
angelical.
Divagações
Autora: Vera Regina Melo Biziak
Pseudônimo: Vanessa Rios
Eras como uma gota a
Escorrer entre meus dedos
Tão gelado e tão claro
A esconder os seus segredos
Se vinhas ou se ia
Não se podia precisar
A areia branca da praia
Cegava meus olhos ao luar
Ah! De repente a brisa!
Tão cálida! Tão lancinante!
Perdi-me do tempo!
Já não vivo uma vida errante!
Não me dei conta das horas que estive aqui
Absorta em pensamentos, divagações
abstratas
Tão perto, tão longe...
Quem sabe a pensar em nada!
Nesse instante as ondas meus pés vieram
beijar
Com uma espuma branca, gelada como meu
coração
Dou-me conta de que o mar agora é um tapete
negro
Mostrando que as cortinas do firmamento
cobrem o chão
Tudo agora é imensidão, profundezas e
vazio...
Meu pranto se confunde com as ondas que vão
e que vem
Os pensamentos emaranhados
Na beleza de se querer bem
Vejo uma fresta de luz pálida
Um raio de sol cobrindo o oceano
Tenho a certeza que hoje é um novo dia
E talvez fique pra trás todos os meus
enganos...
Itinerário
Autora:
Valéria das Dôres Moreira
Pseudônimo:
Gaia
Inda
tento acreditar nessas coisas
que só
conhecem gente criada
com os
pés no chão
e
estrelas no teto.
Vez ou
outra
vem
na minha janela
no quinto
andar
dessa
cidade grande deserta
um
beija-flor comedido,
perdido.
Água doce
ele bebe
é na
janela do vizinho,
mas como
sou eu quem vê
a sorte é
minha.
Tenho
saudade de coisas velhas
como
tenho de coisas novas
Buscar
água na fonte era obrigação
respingada
de prazer.
Jogar
finca na terra molhada,
romper a
linha, entrar na casa.
Maçã era
coisa rara
que a mãe
trazia da Capital
quando ia
ver a vó.
Chuva não
olhava.
Molhava.
Tirava os
sapatos,
subia o
morro
na
enxurrada.
Sombras
não eram monstros ocultos,
eram de
roupa branca
voando no
varal
e
pescaria só de piabas,
com meus
irmãos.
Apanhava
ramos no mato,
varria o
quintal
que
ficava com cheiro de erva.
Na jovem
guarda
cantava,
mas inda não entendia
essa
história
de mandar
tudo pro inferno.
Mas
lembro bem do sabugueiro,
da coruja
que lhe fez de moradia.
Do
espinheiro e da casa,
entre a
linha de trem e o rio.
Sempre
morei nalgum lugar
donde se
ouvia o trem de madrugada.
Até hoje
não posso dormir
se o
escuto passar.
Parece
que deixei de ir.
Aula era
de manhã.
Casaco de
flanela xadrez e
cachecol feito em casa
pra
enfrentar a bruma e a matemática.
Bonecas
eram de louça
e viviam
surdas-mudas
na porta
do armário
que tinha
vidro
e cortina
de voil.
Um dia
cheguei em casa
e elas
estavam crucificadas
Pregos,
pedaços de louça
e os
restos imortais no chão.
A lua
aqui, ainda é amarela.
Vive
atrás das montanhas
atravessa
o céu
em cima
da gente,
dentro da
gente,
em todo
lugar
e escorre
pelos rios,
pelas
ruas
nos
amores,
nas
saudades.
Mudamos
de casa
mais de
uma vez
e também
no jardim de agora
tem alecrins, rosas e jasmins.
Não posso
viver sem isso.
Lágrima
Autor:
Gilberto Mendes Gomes
Pseudônimo: Fiorella
Acho-me
incerta,
E
com toda razão
Abandono
seus olhos
Incontida
vazão
Entre
cantos espremidos
Prantos
gemidos
Vazo,
esvazio um vaso
No
fundo no fundo dois rasos
Cego,
seco por acaso
De
cada nina uma mina
O
sono e a noite, atravesso
A
fronha o travesseiro
Feita
do riso o oposto
Feito
rio percorro seu rosto
E
mostro como mar
Todo
meu gosto.
Partidas à parte
Autor:
Ary de Magalhães Viotti Neto
Pseudônimo:
Matheus Marinho
Prece
à lua
Autora:
Nídia Maria de Jesus
Pseudônimo:
Amor Perfeito
Lua,
Clareia
aquela alma,
Põe
luz e vê se acalma
Quem
não sente paixão
E
amor no coração.
Desperta
algum desejo,
Mesmo
sendo lampejo
Que
se troca por beijo,
Abraço
e até por queijo...
Lua,
Invada
o seu recanto,
Resplenda
todo encanto,
Reflete
com sua luz,
Nos
versos que compus
Pra
“ele”, e estão guardados
Num
canto, sufocados
Com
a dor da solidão,
Pedindo
compaixão...
Lua,
Desfolha
as margaridas
Que
estão já constrangidas
Com
tanto desamor
Regado
pela dor
Por
não serem colhidas,
Não
serem oferecidas
Num
belo ramalhete
E
ornar o meu banquete...
Oh
lua!
Desperta
o grande amor
Naquele
“Meu senhor”
E o
faz amar a vida,
Que
é bela e colorida.
Faz
ele esquecer
Da
dor, do mau querer,
Buscando-me
depressa
Pra
amarmos sem a pressa.
Mundo maravilhoso? Depende!
Autor:
Marcos Henrique Andrade Inácio
Pseudônimo: Três Pontinhos
Vida
Autora:
Marília de Lourdes Carvalho
Pseudônimo:
Megh Liláh
Vida que um dia foi vida,
vida que trazia alegria.
Menina que fingia,
que nada percebia
e mesmo em completa nostalgia,
sorria, corria, pulava,
brincava, amava...
Enquanto pensava.
Menina que vivia aquela vida
subia no pé de goiaba,
subia no pé de manga e lá do alto,
achava que o céu ficava mais perto
mais perto do que era belo
mais perto do azul
e de tudo que para ela
era
muito mais singelo.
Vida que foi mudando aos poucos
crescia e nem percebia,
a mudança em seu corpo
pequeno e frágil,
e que não entendia
nada do que estava acontecendo.
E foi aí que começou...
foi ai que tropeçou primeiro,
que levantou sozinha,
derramou lágrimas sem que vissem
e por testemunha alguém invisível,
que cuidava dela e a protegia
até mesmo quando o coração doía.
Caminhou por ruas sentindo sob os pés,
pedras pontiagudas de uma cidade antiga;
Procurava as mais afiadas
que lhe faziam doer,
aqueles mesmos pés que um dia,
pulavam amarelinha,
corriam
na pracinha
e achava que na vida tudo seria fácil,
tudo seria bom
e que a morte nunca viria.
Vida que a levou para outra cidade,
onde achou que não existia a maldade
que teria muitos amigos verdadeiros
que nunca se decepcionaria,
e ali se apaixonaria
e nunca abandonaria
aquele amor, aquele amigo
aquele abraço
que jamais terminaria.
Menina que logo que desabrochou
murchou,
se decepcionou, se enganou e perdoou
aqueles que amara,
que lhes foram caros.
Que buscou e nada encontrou,
que correu e nada conseguiu
que suou, mas foi em vão,
subiu mas não alcançou o topo,
não achou saída
não achou entrada
nem mesmo um caminho
que desse para qualquer estrada.
Menina que cresceu
e não mereceu
o destino que recebeu.
A água que lhe fugia das mãos,
a flor que não colheu,
o abrigo que não recebeu,
e o coração novamente lhe doeu
como em doença.
Mulher que tenta levar a vida
Compreendendo e amando
Mas que ainda lhe falta maldade
Para perceber muita coisa
Pois o que mais tem no mundo
Neste mundo que precisa mudar
E não dá para esperar
E tem que ser urgente
Pois o que falta a tanta gente
É amar seu semelhante...
É amar seu semelhante...
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