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terça-feira, 21 de julho de 2015
Edição 175 – Junho 2015
Editorial
A
ordem é inaugurar!
Dispõe o art. 77 da lei Eleitoral, 9504/97, que “é proibido a qualquer
candidato comparecer, nos 3 (três) meses que precedem o pleito, a inaugurações
de obras públicas.” Isso quer dizer que o candidato chapa-branca (o da
continuidade do governo), só pode comparecer a essas inaugurações até o dia 2
de julho. De 2016.
No caso de
Brumadinho, alguém na Administração Municipal deve estar confundindo os anos de
2015 e 2016. Há, por aqui, uma contradição. Inaugurar obras feitas na correria
é sempre uma tentativa de angariar votos para o candidato chapa-branca. Aqui,
ocorre algo em contrário: a Prefeitura inaugura obras feitas há mito tempo
atrás. Um exemplo é o asfaltamento da Estrada da Conquistinha. A obra, paga com
recurso da MMX, foi feita no ano passado. Acaba de ser inaugurada (mesmo que
não tenha uma placa sequer de sinalização).
No Córrego
de Feijão, a Prefeitura inaugurou a pavimentação de uma rua. Paga com recursos
de outra mineradora, a MIB.
O PSF de
Marinhos ainda não foi inaugurado, mas já está na mira da Prefeitura. E a placa
do PSF de Sapé desapareceu! Lá, sem inauguração! E sem explicação.
No Aranha, a
Prefeitura inaugurou uma das 10 bibliotecas públicas, mas não foi capaz de
construir o prédio, e usou o da Associação de Moradores (agora só faltam as
outras 9 bibliotecas constantes do programa de Governo).
Outro
asfaltamento, o da estrada José Henriques a Eixo quebrado (se lembra desse,
caro leitor?), obra terminada no início de 2014 também acaba de ser inaugurado.
Já a alça na
entrada do bairro São Conrado... essa era para ser terminada em 16 de abril. E
não foi. O prefeito prorrogou para 16 de maio. Também não foi. Passou junho,
estamos na metade de julho. E nada! Nada mesmo: o prefeito se recusa até mesmo
a dar informações aos vereadores sobre a causa do atraso, se por falta de licenciamento ambiental, se por
erros nos cálculos, ou se por incompetência mesmo. Enquanto isso, outro
contrato de mais de quase R$ 700 mil foi feito para “Obras
Complementares à Alça de Acesso para o Bairro São Conrado”, no Lavrado, supõe-se. Valor total da obra (por enquanto): R$ 1.282.037,46. Será que sai neste não?

Pelo ritmo – ou
falta dele – da atual Administração, vai acabar se concretizando o que já se
ouve por todos os cantos da cidade: esta Administração vai entrar para a
história de Brumadinho como aquela que acabou dois anos antes de seu fim.
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Obra atrasada vários meses e sem informações à população |
Edição 175 – Junho 2015
Denúncia de que
PSDB mineiro recebeu doações ilegais continua engavetada
PSDB de Brumadinho teria recebido 400
mil, mas declarou apenas 125 ao TSE. Informações estão em carta supostamente
enviada por secretário do governo de Minas Gerais a Aécio Neves informando
sobre arrecadação. Dados não batem com registro do TSE. Aécio
Neves e Eduardo Campos estariam unidos desde a eleição de 2012.
A Procuradoria
Geral da República (PGR) analisa há mais dois anos, ainda sem nenhum resultado,
denúncia de que o diretório estadual do PSDB em Minas Gerais tenha arrecadado
ilegalmente cerca de R$ 166 milhões para financiar campanhas de candidatos a
prefeito e vereadores em vários estados do país nas eleições municipais de
2012. Partidos e lideranças políticas regionais – como o ex-governador de
Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), morto em 13 de agosto de 2014 – também teriam
sido beneficiados pelos repasses.
O ponto de
partida para as investigações é um documento apresentado ao Ministério Público Federal
– MPF - de Minas Gerais em 19 de novembro de 2012 – e que foi revelado pelo
blogue Conversa Afiada, do jornalista e apresentador de TV Paulo Henrique Amorim.
Trata-se de uma carta escrita por Danilo de Castro, que ocupava então a
Secretaria de Governo da gestão do governador de Minas Gerais, Antônio
Anastasia (PSDB), eleito senador em 2014. A missiva teria sido redigida a
pedido do presidente do PSDB mineiro, o deputado federal Marcus Pestana, também
reeleito, e do tesoureiro-adjunto do diretório estadual do partido, Paulo
Bregunci. O texto está endereçado ao “senhor senador Aécio Neves da Cunha”.
De acordo a
assessoria de imprensa da PGR, o inquérito encontra-se no gabinete do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, onde chegou em 29 de novembro de
2012, quando o cargo ainda era ocupado por Roberto Gurgel. Por estar protegido
por sigilo de justiça, não há quaisquer outras informações disponíveis sobre o
caso. A cópia da documentação colocada à disposição pelo blogue é idêntica à
que tramita pelo MPF. Está assinada por Danilo de Castro e sua firma está
reconhecida pelo 7º Ofício de Notas de Belo Horizonte. Teria sido enviada aos
procuradores pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas
Gerais (Sindifisco-MG), mas a diretoria da entidade nega participação no
evento.
A Carta de Danilo
“Venho através
desta apresentar-lhe o presente relatório dos recursos arrecadados por
intermédio das empresas participantes deste consórcio”, escreve Danilo de
Castro, coordenador político da campanha de Pimenta da Veiga (PSDB) ao governo
de Minas Gerais nas eleições de 2014. “E informo que as verbas já foram
disponibilizadas para as campanhas dos candidatos concorrentes ao pleito do
corrente ano de 2012, conforme demonstro abaixo.”
Danilo de Castro
faz, então, uma lista dos supostos doadores e beneficiados pela coleta de
dinheiro. Segundo a carta, as verbas foram arrecadadas com 182 empresas e
pessoas físicas. São companhias de vários ramos de atividade, da telefonia à
saúde, passando por transporte e alimentação, com destaque para mineradoras,
como Vale; siderúrgicas, como Usiminas; e sobretudo empreiteiras investigadas
na Operação Lava Jato (corrupção envolvendo a PETROBRÁS), algumas de grande
porte, como Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Delta, CCR, Mendes
Júnior e Andrade Gutierrez, além dos bancos Itaú, Mercantil, Santander,
Bradesco, Safra, BMG e Rural. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e outras
entidades sindicais também teriam aportado para a vaquinha do PSDB mineiro.

Dinheiro para Brandão e Juninho de Mário
Campos
Mas não foram apenas siglas que se
beneficiaram dos aportes. Candidatos à prefeitura de cidades mineiras pelo PSDB
e partidos aliados – como Márcio Lacerda (PSB) em Belo Horizonte, beneficiado
com R$ 7,5 milhões – também teriam recebido dinheiro. O candidato a prefeito de
Brumadinho pelo PSDB, Antônio Brandão (PSDB), teria recebido R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais). No entanto, na Prestação de Contas feitas ao
Tribunal, Brandão declarou apenas R$ 125 mil (100 mil + 25), recebidos da Direção
Estadual.
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Brandão teria recebido R$ 400 mil; mas declarou apenas 125, o que caracterizaria Caixa 2. |
Já o prefeito de Mário Campos, Elson da
Silva Santos Junior, o Juninho, do PSB, teria recebido R$ 100.000,00 (cem mil
reais). Em sua prestação de contas, Juninho declarou ter arrecadado apenas
R$ 112.393,80.
Os 100 mil recebidos do PSDB não aparecem. (verificar em http://www.tre-mg.jus.br/eleicoes/eleicoes-2012/contas-de-campanha/primeira-prestacao-de-contas-parcial)
As verbas também teriam ido para 24
candidatos à Câmara Municipal da capital mineira – e para candidatos à
prefeitura pelo DEM, PSDB e PSB em 18 capitais. Finalmente, sob a rubrica
“outras despesas”, Danilo Castro aponta doações de R$ 2,35 milhões ao senador
José Agripino Maia (DEM-RN), que coordenou a campanha de Aécio Neves para a
Presidência da República; e para Eduardo Campos (PSB-PE), morto em acidente
aéreo durante a campanha presidencial, e que teria recebido R$ 2,5 milhões
“conforme determinação” pessoal de Aécio.
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As doações para Brandão (PSDB) e Juninho (PSB) de Mário Campos |
Doações e Caixa
Dois
A RBA comparou
algumas doações discriminadas na carta com a prestação de contas enviada por
empresas e partidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – o que garante a
legalidade dos aportes financeiros para as campanhas do país. Cruzando dados, é
possível saber que o Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de
Minas Gerais (Sicepot-MG), entidade patronal que encabeça a lista, teria doado
R$ 8,89 milhões ao PSDB mineiro, mas não declarou oficialmente nenhuma doação à
autoridade eleitoral em 2012.
O Consórcio Minas
Arena, que teria aportado R$ 4,5 milhões, tampouco aparece no sistema do TSE, o
que caracteriza o chamado “Caixa 2”, doação não contabilizada. O mesmo acontece
com muitas das empresas citadas pela carta. Há casos, porém, que aparecem no
registro oficial de doações aos comitês partidários, mas com valores diferentes.
A Cadar Engenharia e Construções, por exemplo, é apontada por Danilo de Castro
como doadora de R$ 700 mil ao diretório estadual tucano, mas surge como fonte
de apenas R$ 100 mil no sistema do TSE – e não ao PSDB mineiro, mas ao
diretório nacional do PSB.
O diretório
estadual do PSDB em Minas Gerais declarou arrecadação de R$ 13,994 milhões para
as eleições de 2012. Entre os doadores que aparecem na lista encaminhada a
Aécio Neves, alguns também figuram nos registros da autoridade eleitoral. Por
exemplo, o Banco BMG, que fez dois aportes no valor total de R$ 370 mil. Na
carta, porém, a instituição financeira teria contribuído com R$ 500 mil. O
Banco Mercantil, que disse ao TSE ter destinado R$ 225 mil aos tucanos
mineiros, é apontado por Danilo de Castro como fonte de R$ 350 mil. A CCR
Construções Civis e Rodoviárias legalizou de R$ 150 mil ao diretório estadual
do PSDB. Na carta, aparece como provedora de R$ 100 mil.
O presidente do
PSDB de Minas Gerais, Marcus Pestana, e a assessoria de imprensa do diretório
mineiro foram procurados pela RBA por dois dias para comentar o conteúdo da
carta e a investigação da Procuradoria Geral da República. Porém, não foram
encontrados nem responderam mensagens.
Denúncias
no “Conversa Afiada”
Em outubro do ano passado, o Procurador
Federal de Minas Gerais, Eduardo Morato Fonseca, recebeu do Sindicato dos
Auditores Fiscais de Minas Gerais (SINDIFISCO-MG), um documento que mostra uma
lista de políticos, partidos e empresas numa operação para, supostamente,
financiar as campanhas eleitorais de 2012 para prefeitos e vereadores.
Segundo o blogue “Conversa Afiada”, o
promotor Morato Fonseca encaminhou a documentação à Procuradoria Geral da
República, já que entre os suspeitos estão políticos com direito a foro
privilegiado.
No documento, onde se lê “consórcio” é
possível entender que dele façam parte operações ilegais, à margem da
legislação eleitoral.
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Danilo de Castro: Filiado ao PSDB-MG, foi Secretário de Estado do Governo de Minas Gerais e Deputado Federal, eleito por três vezes consecutivas. |
O arquivo teria sido enviado ao candidato a
Presidente Aécio Neves (PSDB), em 4 de setembro de 2012, por Danilo de Castro,
à época Secretário de Estado de Governo de Minas e possível operador do
esquema. Nas eleições de 2014, Castro coordenou a campanha de Pimenta da Veiga
(PSDB) ao Governo de Minas.
A movimentação financeira teria beneficiado
partidos e políticos – principalmente prefeitos e vereadores – nas eleições de
2012. Entre eles, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que
faleceu este ano em acidente de avião. Teriam sido destinados R$ 2 milhões e
500 mil a Campos, conforme teria determinado Aécio Neves, como mostra o
documento, o que mostra uma suposta ligação entre ambos há, pelos menos, dois anos
antes das eleições de 14.
Dezenove partidos beneficiados
Ao todo, 19 siglas teriam o caixa
abastecido com o esquema, como PSDB, PSB, DEM, PPS, PSD, PV, PP, PRB. Entre os
políticos citados, estão José Serra (PSDB), então candidato a prefeito em São
Paulo, que teria recebido R$ 3 milhões e 600 mil, o prefeito de Belo Horizonte
(MG), Marcio Lacerda (PSB), R$ 7 milhões, Arthur Virgilio (PSDB), prefeito de
Manaus (AM), R$ 600 mil, Geraldo Júlio (PSB), prefeito de Recife (PE) R$ 550
mil e o senador José Agripino Maia (DEM), R$ 2 milhões e 300 mil “por
intermédio” do deputado Gustavo Correia (DEM-MG), de acordo com o documento.
Os recursos podem ter saído de mais de 150
empresas dos mais diversos setores, como alimentação, construção civil, bancos,
associações e sindicatos. Algumas foram citadas pelo ex-diretor da Petrobras,
Paulo Roberto Costa, em seu depoimento à Justiça Federal: Andrade Gutierrez,
OAS, Queiroz Galvão e Camargo Correa.
Doações de quem é contra o Mais Médicos do
Governo Federal e até da FUNDEP
Chamam a atenção supostas doações de grupos
como Conselho Federal de Medicina, que se envolveu na polêmica do programa Mais
Médicos, que teria cedido R$ 40 mil, Federação Mineira dos Hospitais R$ 45 mil,
Federação das Santas Casas de MG com R$ 100 mil, Associação Espírita o
Consolador com R$ 160 mil, Associação dos cuidadores de idosos de MG, com R$
200 mil, UGT (União Geral dos Trabalhadores) R$ 50 mil e Sindicato dos
ferroviários R$ 55 mil. Além de bancos como o BMG, BGT Pactual, Santander, Itaú
e Mercantil do Brasil.
Outras que aparecem são empresas ligadas a
governos, como a CEMIG, companhia de energia de Minas, que teria doado R$ 6
milhões, a CODEMIG (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) R$
3 milhões e a FUNDEP (Fundação de desenvolvimento da Pesquisa) instituição que
realiza a gestão de projetos de ensino, pesquisa e extensão da UFMG
(Universidade Federal de Minas Gerais). A FUNDEP tem também contrato com a
Prefeitura de Brumadinho.
Zezé Perrela, Cowan
Alguns dos doadores já são denunciados por
participar de esquemas polêmicos. Um deles é o dono da Stillus Alimentação
Ldta, Alvimar Perrela, ex-presidente do Cruzeiro e irmão do deputado Zezé
Perrela (PDT). Segundo matéria de O Globo, “ele é acusado de liderar um esquema
de fraudes que o fez vencedor em 32 licitações com o governo de Minas para o
fornecimento de quentinhas para presídios do estado. No período de janeiro de
2009 a agosto de 2011, o grupo de empresas ligadas a Stillus Alimentação
recebeu cerca R$ 80 milhões em contratos firmados com a Secretaria de Estado de
Defesa Social de Minas”. O mesmo Perrela
teve seu nome envolvido no caso do helicóptero de uma empresa da família
apreendido pela Polícia com 443 quilos de cocaína.
A Construtora Cowan, uma das responsáveis
pela construção do viaduto que caiu em Belo Horizonte, de acordo com os
documentos, teria cedido ao esquema R$ 650 mil.
Consta ainda a quantia de R$ 36 milhões e
800 mil que teria vindo de “outras fontes”, não esclarecidas.
O dinheiro arrecadado teria irrigado,
principalmente, as campanhas de PSDB, DEM e PSB.
Votos em Brumadinho
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Aécio Neves: 11.601 votos de brumadinenses |
O então candidato a Presidente do Brasil nas
últimas eleições, Aécio Neves, foi muito bem votado em Brumadinho nas eleições
de 2014. Nove mil, setecentos e noventa e nove brumadinenses votaram no Senador
no primeiro turno e 11.601 no segundo. Hoje, Aécio
Neves é apontado como o principal articulador do Golpe de Estado contra a
Presidenta Dilma Rousseff, bem à moda da Ditadura Militar que foi implantada no
Brasil em 1964 e que matou, assassinou, e sumiu com os corpos de milhares de
brasileiros, inclusive gente de Brumadinho.
Por outro lado,
nas redes sociais, há uma brincadeira em forma de “campanha”, que, segundo os
criadores, seria a única forma de fazer o MPF investigar Aécio Neves. Como,
atualmente no Brasil, há uma estranha seleção na hora de investigar e prender políticos,
investigando e prendendo apenas os que são ligados ao PT de Dilma Rousseff e
Lula, mas não investigando e nem prendendo ninguém ligado ao PSDB de Aécio e
FHC, foi lançada a campanha: “Evento para filiar Aécio Neves ao PT para que ele
seja investigado“.
Edição 175 – Junho 2015
Ex-prefeito “indignado”
Em matéria publicada pelo jornal
“Circuito Notícias” em sua última edição, julho 2015, o ex-prefeito Neném da
ASA (PV) acusa o jornal de fato de “má fé”. A “indignação” do ex-prefeito seria
por causa da publicação feita pelo de fato na edição de maio/2015, informando à
população sobre os mais de R$ 5 milhões que ele terá que devolver aos cofres
públicos por causa das obras feitas na entrada do bairro São Conrado, depois de
uma enchente em Brumadinho. (veja documento do Ministério da Integração
Nacional, esta página)
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Documento do Prefeito comunica aos vereadores o que chamou de “ILEGALIDADES nas licitações” |
Os cinco milhões são cobrados pelo
Ministério da Integração Nacional: segundo a Controladoria Geral da União – CGU
– “as obras não possuíam o caráter emergencial, não se enquadrando, portanto,
na Funcional Programática escolhida pelo Proponente (Ex-Prefeito), ao publicar
Decretos que declaravam a Situação de Emergência no Município, redundando em
indício de fraude”.
O que o jornal de fato publicou foram
as informações da documentação enviada ao Município pelo Ministério da
Integração Nacional, não foi opinião do jornal. O jornal fez apenas uma
constatação na última frase da matéria: “Em momentos de crise, será um grande
prejuízo para a população de Brumadinho.”, referindo-se à possibilidade de o
ex-prefeito não devolver os 5 milhões de reais. Se o ex-prefeito não devolver
os R$ 5 milhões gastos irregularmente – segundo a Controladoria Geral da União
– CGU e não segundo o jornal – o Município poderá ficar impedido de receber
recursos federais, como se pode verificar no documento abaixo:
R$ 20 milhões em obras sem licitação:
Polícia Federal (PF) pede investigação
Outra preocupação do Município deve ser
com a outra parte do dinheiro público que teria sido gasto com outras obras. O
Ministério da Integração Nacional diz em seu documento que o ex-prefeito
“informou que a execução do Contrato Emergencial, apesar de ser bem mais amplo
(20 milhões), restringiu-se apenas à execução das obras do Termo de
Compromisso”. Segundo o Ministério, o ex-prefeito assinou contrato sem
licitação no valor de 20 milhões de reais, no qual foi inserida a obra em
questão, no valor de 3 milhões. Nesse caso, ficam as perguntas que
necessitariam de explicação à população pelo ex-prefeito: Quais foram as outras
obras contratadas? Elas foram executadas? Qual a empresa ou empresas contratadas?
Foram empenhados os 20 milhões?
Nota Oficial da Administração Antônio
Brandão (PSDB) garantiu que a documentação do governo Federal foi enviada ao
Ministério Público para investigação. Como não houve ainda processo na Justiça,
ninguém ainda pode acusar o ex-prefeito de nada. Até que se prove o contrário,
ele é inocente, como deve ser tratado num país civilizado e estando em vigor o
“Estado de Direito”. No entanto, como aponta o órgão federal, houve
“Contratação irregular, com a utilização indevida da dispensa de licitação”, e
há “indício de fraude”. Nesse caso, cabe investigação por parte do Ministério
Público Federal. Cabe também o aprofundamento das investigações pela Polícia
Federal – que já solicitou a primeira investigação -, uma vez que são recursos
federais.
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Pedido de investigação da Polícia Federal |
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Obras “não possuíam caráter emergencial” e indicam “indício de fraude”, de acordo com o órgão federal |
Improbidade administrativa
Segundo
a Lei Federal 8.429, de junho de 1992, em seu art. 10, “Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão
ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades” públicas, “notadamente”, “VIII - frustrar a licitude de
processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente”,”XI - liberar verba pública
sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma
para a sua aplicação irregular”, “XIV – celebrar contrato ou outro instrumento
que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão
associada sem observar as formalidades previstas na lei”.
A
mesma Lei, em seu art. 12, sobre as penalidades aplicadas a quem proceder de
forma ímproba, inciso II, dispõe o seguinte:
“Art.
12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de
acordo com a gravidade do fato:
II -
na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância,
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos,
pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.”
A
investigação seria importante até mesmo para o ex-prefeito. Se não tiver
praticado nenhum ato ilegal, o que o Ministério da Integração Nacional escreveu
em seu documento terá ficado mesmo apenas nos “indícios”.
Documentação pública
Toda a documentação sobre os R$ 5,356
milhões gastos irregularmente estão na Prefeitura e podem ser analisados por
qualquer cidadão para que o próprio leitor tire suas dúvidas quanto ao
episódio. Todos os 13 vereadores de Brumadinho também receberam a documentação
e ela pode ser consultada na Câmara Municipal. E para que o leitor não tenha
nenhuma dúvida sobre o que o jornal de fato publicou, repetimos abaixo a
matéria publicada na edição anterior. Assim, o próprio leitor poderá tirar suas
conclusões e entender se o jornal está agindo de “má-fé”.
“Ex-Prefeito terá que devolver R$ 5.356.943,48 ao Ministério
da Integração Nacional
O ex-prefeito Neném da ASA (PV) terá
que devolver
R$ 5.356.943,48 (cinco milhões,
trezentos e cinquenta e seis mil, novecentos e cinquenta e três reais e
quarenta e oito centavos) ao Ministério da Integração Nacional. Se ele não
devolver, o dinheiro terá de ser devolvido pela população através da
Prefeitura. O ex-prefeito foi condenado a devolver o dinheiro por ter feito
obras na entrada do bairro São Conrado, de contenção de enchentes, entre outras
razões, sem licitação, no valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais),
“entre as quais foram incluídas as obras emergenciais”.
Segundo Nota Técnica 2015_004_NT_DRR_ACN,
item 16, as principais ocorrências encontradas foram: “1) Contratação
irregular, com a utilização indevida da dispensa de licitação; 2) Ausência de
previsão de recursos orçamentários suficientes para a contratação de empresa
por dispensa de licitação, 3) Incompatibilidade do repasse de recursos com os
objetivos do programa; e 4) Realização de despesas após o término da vigência
do Termo de Compromisso nº 0076/2009, e apresentação da apresentação de contas
final fora do prazo estabelecido”.
Após a fiscalização de campo foi
constatado também que “a contratação efetivou-se 240 dias após a ocorrência do
desastre (enchente), tempo muito longo; As obras não eram indispensáveis para
aliviar ou atenuar riscos potenciais de danos iminentes às pessoas; As obras não
guardavam consonância com as situações de emergência;” e o ex-prefeito
“informou que a execução do Contrato Emergencial, apesar de ser bem mais amplo
(20 milhões), restringiu-se apenas à execução das obras do Termo de
Compromisso”.
CGU vê indício de Fraude
Segundo a Controladoria Geral da União
– CGU – “as obras não possuíam o caráter emergencial, não se enquadrando,
portanto, na Funcional Programática escolhida pelo Proponente (Ex-Prefeito), ao
publicar Decretos que declaravam a Situação de Emergência no Município,
redundando em indício de fraude”.
Entre os problemas indicados pela CGU,
ela acrescentou que “ademais, existem denúncias da realização de um
Procedimento Licitatório Irregular”.
Município pode
perder recursos
Caso o
ex-prefeito não arque com o valor total da devolução, e a Prefeitura não pague,
o Município será listado no cadastro de inadimplentes do SIAFI - Sistema
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – e ficará impedido de
receber recursos federais. Em momentos de crise, será um grande prejuízo para a
população de Brumadinho.”
Edição 175 – Junho 2015
‘Votação de doações deve ser anulada’, diz
jurista
A revelação, em 29/5, de que a PEC sobre
financiamento privado de campanha só foi aprovada através de um atalho
constitucional, criou uma situação nova. Ouvido pelo 247, o jurista Luiz
Moreira, que até abril de 2015 foi integrante, em dois mandatos, do Conselho
Nacional do Ministério Público, diz que “a mesa diretora da Câmara deve anular
a votação, comprometida por um vício incontornável. Caso contrário, o próprio
STF deve declarar sua inconstitucionalidade.”
Só para recordar. O debate não envolve o
mérito da discussão. O problema está no procedimento. Derrotado numa primeira
votação, o financiamento privado foi reapresentado por Eduardo Cunha para uma
segunda decisão dos parlamentares, quando o placar se inverteu: 66 deputados
mudaram de lado e o projeto foi aprovado por 330 a 141. Mas ficou um problema
fundamental e intransponível: a Constituição Federal define, no artigo 60, que
“a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada
não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.” Colocar
novamente em pauta um projeto depois que perde no Plenário tem sido uma prática
do presidente da Câmara, apoiado pela maioria dos deputados: ele fez o mesmo
quando perdeu a votação da redução da maioridade penal .
Assim, se a Constituição tivesse sido respeitada,
o assunto só poderia ser levado à discussão no ano que vem. Não é difícil
imaginar as consequências disso. Para começar, a nova legislação de
financiamento não poderia valer para as eleições de 2016, quando o país irá
enfrentar aquilo que muitos analistas definem como um ensaio geral para 2018.
Em segundo lugar, ninguém sabe qual será a conjuntura do país no ano que vem:
será que Eduardo Cunha teria a mesma facilidade para arrebatar os 330 votos
reunidos nessa votação? Ele é um dos investigados da Operação Lava Jato e pode,
inclusive, ser preso a qualquer momento.
Considerando que ocorreu, no Congresso, um
caso de delito flagrante, na opinião de diversos juristas, o melhor a ser
feito, do ponto de vista de Eduardo Cunha, é mudar de assunto. Isso explica a
tentativa de colocar em pauta, de qualquer maneira, a discussão sobre redução
da maioridade penal. Do ponto de vista da agenda política, a maioridade
representou uma tentativa de mudar a agenda, escondendo que a Constituição foi
alterada por um método nulo.
Acompanhe abaixo a entrevista de Luiz
Moreira:
247 — O que se deve fazer com a PEC de
financiamento de campanha, agora?
LUIZ MOREIRA: Cabe à Mesa Diretora da
Câmara reconhecer que há um vício incontornável no processo constitucional, que
deve ser sanado, e anular a votação. Se há consenso da maioria dos deputados
federais sobre a necessidade de financiamento privado aos partidos políticos,
eles devem aguardar a próxima sessão legislativa,2016, para aprovar essa
matéria. Caso contrário, o Supremo Tribunal Federal deve suspender a proposição
aprovada, a Emenda Aglutinativa 28/2015, declarando sua inconstitucionalidade,
pois a espécie financiamento de empresa restou prejudicada com a reprovação do
gênero financiamento privado aos partidos e aos candidatos.
247 — Há uma disputa jurídica em torno das
votações ocorridas na Câmara dos Deputados, sobre financiamento de campanha.
Qual a perspectiva constitucional da questão?
LUIZ MOREIRA — Surgiram dois problemas
importantes próprios ao Processo Constitucional. Na terça, a Câmara dos
Deputados rejeitou o financiamento privado, contido na emenda aglutinativa
22/2015. Na quarta, a Câmara votou proposta trazida à colação como emenda
aglutinativa 28/2015. Alega-se que, para tramitar sem vícios, a emenda
aglutinativa deve ser subscrita por 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados,
conforme prevê o art. 60, parágrafo primeiro da CF 1988. Outra objeção diz que
a Câmara não podia apreciar matéria que restou prejudicada com a rejeição do
gênero financiamento privado tanto aos partidos quanto aos candidatos, violando
assim a segunda parte do parágrafo quinto do art. 60, da Constituição. Frise-se
que a emenda aglutinativa 22, rejeitada no dia 26 de maio continha proposta de
financiamento privado por cidadãos e empresas tanto aos partidos políticos
quanto aos candidatos. Em suma, a Câmara dos Deputados rejeitou a proposta de
financiamento privado como gênero do qual o financiamento de empresas é
espécie.
247 — Diz-se que há menos assinaturas que
as necessárias para que seja válida a emenda aglutinativa. Esse argumento
procede?
LUIZ MOREIRA — A questão envolve técnica
legislativa. A emenda aglutinativa diz respeito ao modo pelo qual se chega a
uma decisão legislativa. É um procedimento, portanto. A emenda aglutinativa
resulta de uma fusão de propostas tidas por válidas. Se há em discussão
matérias que cumpriram os requisitos constitucionais (o número de deputados que
a subscrevem é um deles), então não há vicio na emenda aglutinativa.
No entanto, há uma peculiaridade nas
emendas aglutinativas: por serem dependentes de uma matéria anterior que lhes
vincula (daí a significação de aglutinar: fundir-se, juntar-se) a emenda se
liga a outras matérias ou a um texto da matéria principal sob análise. Ocorre
que a matéria principal (financiamento privado) foi derrotada com a rejeição da
emenda aglutinativa 22/2015, prejudicando, nessa sessão legislativa, a
apreciação de PEC sobre financiamento privado de campanha a partidos e a candidatos.
247 — Líderes podem assinar PEC em nome dos
deputados por ele liderados, como ocorreu na quarta-feira?
LUIZ MOREIRA: Líderes representam as
bancadas de seus partidos na respectiva casa legislativa. Podem apresentar
emendas aglutinativas, mas suas assinaturas não suprem a exigência de quórum
quando a votação é nominal, nos casos em que o quórum é qualificado (Leis
Complementares, Proposta de Emenda à Constituição, apreciação de autoridade).
Fonte: Brasil 247
Edição 175 – Junho 2015
Social
Nivers
Veja as datas de aniversários da moçada abaixo:
21: Daniele
Alves;
22: Cássio
Vilela Prado; Cristhiano Paraguai
23: Renata Parreiras e Itchie Maciel
23: Renata Parreiras e Itchie Maciel
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Renata Parreiras |
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Wilson "Itchie" Maciel, cruzeirense doente aniversaria no dia 23 |
25: Maria
Lúcia
AGOSTO
6: Denio
Lobo; Ana Moreira Biano; Lucimar da CEF
Pe.
Vicente Menezes comemora no dia 10
Edição 175 – Junho 2015
Prefeitura reúne-se com COPASA para discutir sistema
de esgoto
Empresa garante que retomará obras da rede
coletora, interceptores e estações elevatórias, além de estudos da ETE
Reunião realizada no dia 3 de junho, entre
os Secretários Municipais de Governo, Carlos Mendes, e de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, Hernane Abdon, com a diretoria da COPASA pautou as
obras de saneamento básico no município de Brumadinho.
Segundo informou a Prefeitura, seus representantes
teriam reafirmado a necessidade das obras para o município, além da implantação
da ETE - Estação de Tratamento de Esgoto. Já a Copasa teria garantido que serão
retomadas as obras de implantação da rede de coleta, interceptação e elevação
do esgoto bruto no trecho onde não haverá alteração decorrente da nova
localização. Os serviços já se encontram licitados pela companhia, movendo
recursos da ordem de 10,4 milhões de reais.
A equipe de engenharia da COPASA realizou
uma inspeção das áreas onde serão instalados os interceptores e as elevatórias
para avaliar se há pendências de regularização ou obstáculos para a execução
dos serviços. Cumpridas todas as etapas, serão retomadas as obras.
Estação de Tratamento de Esgoto
A empresa teria garantido que estão sendo
feitos os estudos básicos e complementares para a adequação da ETE no Município. Um novo encontro entre a Prefeitura e a
Copasa seria realizado no início do mês de julho para avaliar o andamento dos
trabalhos e as providências.
Ação na Justiça
A Ação Civil
Pública nº 0014518-28/2013.8.13.0090, proposta pelo MP depois de representação
feita pelo vereador Reinaldo Fernandes (PT), para interrupção do pagamento da
Taxa de Esgoto continua sem solução. A Ação está na mesa da Juíza desde agosto
de 2014. Só falta a Justiça fazer o julgamento.
A Ação pede,
ainda, a devolução de todo o dinheiro cobrado ilegalmente de cada usuário,
devolvendo a cada família o dinheiro desde o primeiro mês de cobrança (em 2008)
até hoje, acrescido de juros e correção monetária.
Vereador entra
com nova Ação
No último mês de maio, o vereador Reinaldo
Fernandes (PT) entrou com outra
ação contra a COPASA, solicitando a devolução de todo o
dinheiro cobrado desde o primeiro mês de cobrança (em 2008) até hoje, acrescido
de juros e correção monetária, referente à Taxa de Esgoto. A Ação foi extinta antes mesmo da primeira audiência
de conciliação. A juíza alegou que era necessário fazer “perícia técnica” para
se comprovar que a COPASA não trata o esgoto de Brumadinho. “Apresentei Recurso
no dia 26 de junho e estou aguardando a decisão da Doutora”, explicou o
Vereador do PT.
Edição 175 – Junho 2015
Curtas
Aécio Neves
ironiza ação que cobra dinheiro da saúde: “bobagem”
O ex-governador de Minas Gerais e atual
senador pelo PSDB, Aécio Neves, ironizou, durante evento em Manaus, a ação do
Ministério Público Federal para cobrar, do governo de mineiro, o repasse de R$
9,5 bilhões para a área de saúde. Para o tucano, a iniciativa do Dinheiro da
Saúde não passa de uma “bobagem”.
O valor atualizado corresponde a R$ 14,2
bilhões. De acordo com a ação, este valor deixou de ser investido pelos tucanos
Aécio Neves e Antônio Anastasia, entre 2003 e 2012, no Estado.
A Procuradoria da República de Minas
sustenta que os ex-governadores, hoje senadores pelo PSDB, descumpriram emenda
que obriga aplicação mínima de 12% do orçamento na saúde. A ação informa que os
governos tucanos deixaram de aplicar R$ 9,5 bilhões no Sistema Único de Saúde
em Minas Gerais.
Além disso, a ação afirma que, durante 10
anos, Aécio e Anastasia fizeram manobras contábeis para tentar ocultar o não
cumprimento da emenda. Para o MPF, a atitude aconteceu “em total e absurda
indiferença ao Estado de Direito”.
Estrada
da Conquistinha ganha nome de caminhoneiro
Asfaltada há mais de um
ano e meio, através de uma compensação ambiental firmada entre a Prefeitura
Municipal de Brumadinho e a empresa MMX Mineração, a Estrada da Conquistinha, ainda
não recebeu sequer uma placa de limite de velocidade. A estrada inicia-se no
final do bairro COHAB e vai até o alto da Serra da Conquistinha/BR-381.
Caminhões, carretas e
ônibus são os principais veículos que trafegam naquela via e, milagrosamente,
ainda não houve nenhum acidente. Apesar disso, a estrada, ano depois de construída,
foi inaugurada pela Prefeitura. A Indicação de nº 83 de 2015, da Câmara de
Vereadores (autoria do Vereador
Reinaldo Fernandes – PT) solicita a colocação de placas de sinalização,
bem como marcação de faixas e outros tipos de regulamentação de velocidade e
indicações da via que se fizerem necessárias.
A estrada recebeu nome do
caminhoneiro Ademir Ribeiro Neves. Ademir era motorista de caminhão, casado com
Juraci Teixeira da Silva Neves e pai de Josias Caleb Silva Neves e Gabriel
Ermano Silva Neves. Ademir nasceu em 2
de setembro de 1962 e faleceu no dia e 22 de julho de 2013. Por inúmeras vezes
desceu e subiu pela Estrada da Conquistinha.
Câmara
discute projetos importantes
Os vereadores discutiram
recentemente alguns projetos importantes para o cidadão brumadinense. O PL
85/2015 visava regularizar os estacionamentos em frente às farmácias; o de nº
86/2015, estabelecia que os Correios fizessem entregas domiciliares na região
de Casa Branca, que não tem esse serviço essencial há anos; o PL 87/2015 obrigava
as agências bancárias a disponibilizarem durante todo o expediente no mínimo
dois caixas convencionais para atendimento ao público, com a finalidade
diminuir as longas filas e tempo de espera. Já o PL 88/2015, tinha por objetivo
controlar as denominações de logradouros públicos em Brumadinho e estabelecer
algumas normas básicas para organizar melhor os endereços da população.
O PL 85/2015 foi rejeitado
na Câmara, com a alegação de que apenas o Prefeito poderia propô-lo. “Diante
disso, fomos, e u e um dos proprietários de farmácia, até a Prefeitura
conversar e estamos aguardando o Prefeito enviar a proposta para a Câmara”,
explicou o Vereador Reinaldo Fernandes, autor da iniciativa.
O PL nº 86/2015 também foi
rejeitado, sob o argumento de que a Câmara não poderia legislar para que uma
empresa do Governo Federal cumprisse dispositivos legais. Os demais projetos
forma aprovados pelos vereadores.
Centro
de Artes e Esportes Unificados na Cohab sem solução
O
Centro de Artes e Esportes Unificados - C.E.U – Raquel
Ferreira Nascimento, na COHAB continua sem suas obras iniciadas. Ofícios, indicações e Requerimentos dos vereadores
foram feitos diversas vezes, mas a Prefeitura não se mexe. O Prefeito Antônio
Brandão (PSDB) licitou a obra e assinou contrato com a Construtora Mestra, em
16 de março deste ano. Mas até agora não há indícios de que a obra começou - o
local encontra-se exatamente da mesma forma há mais de dois anos. Em outubro completam-se
3 anos de atrasos na obra, que é paga pelo Governo Federal.
A
Prefeitura somente entra com o terreno e a administração, o custo da obra é do
Governo Federal, que faz repasses de acordo com as etapas do processo de
construção.
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