Edição
179 – Outubro 2015
Editorial:
Participação
popular: A saída para nossos
problemas
Em democracias
representativas, como a nossa, em que elegemos legislativos e executivos, a
maioria de nossa população acaba acreditando que basta votar “bem” e estaremos
com nossa vida resolvida. Eleitos nossos representantes, eles farão o melhor
para nós. É uma doce ilusão! É verdade que temos ótimos representantes – são
minoria, mas os temos. Acontece que as
grandes questões de uma cidade e do País são resolvidas pela maioria. E é aí
que nossa ilusão se desfaz. E, então, o que fazer? Aquilo que nos ensina Ivan Lins: “Não deu
certo uma mudança, você muda de esperança.”
Não existe solução
para ser feliz senão a da participação ativa. Não são os políticos que mudam nossa
vida e de toda a sociedade para melhor, são as pessoas organizadas, cobrando
dos políticos, criticando, propondo, exigindo um outro mundo possível.
Alguns exemplos
recentes mostram a importância dessa participação popular para mudar os rumos
das coisas e das políticas públicas. Olhando a história de Brumadinho,
comecemos por 2012.
Nas eleições de
2012, a população de Brumadinho resolveu mudar a Câmara Municipal, que não
vinha agradando. Dos nove vereadores, trocou nada menos do que oito. Trocou
também o prefeito, e por consequência, o vice e o secretariado. Não foi o
queríamos, é verdade, mas foi o que devia ter sido feito à época. Em 2016,
podemos mudar novamente, agora de forma mais acertada.
Outro exemplo foi
a recente experiência do Orçamento Participativo. Bastou um grupo de cinco pessoas
cobrando dos políticos, criticando, propondo, exigindo um outro encaminhamento
para que o OP tomasse outro rumo, muito mais interessante.
O asfaltamento da
estrada que liga Casa Branca a Brumadinho e a construção de uma Nova Ponte
sobre o rio Paraopeba são outro exemplo de como a participação popular é
importante. Uma dezena de brumadinenses, da Sede e de Casa Branca, sustentada
por centenas de assinaturas de apoio, com disposição para participar de
reuniões na Cidade Administrativa, em BH, em Contagem, na ALMG tem mostrado que
é possível conquistar sonhos que, por vezes, parecem tão distantes.
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Reinaldo Fernandes
Editor
|
Artistas locais,
um grupo pequeno mas organizado, também deram mostras do que é possível fazer
quando saímos de nossa zona de conforto e nos dispomos a participar da vida
política de nossa cidade – e aqui, entendamos: “política” no melhor sentido, a
do pensamento do bem comum, aquela proposta que nos atende mas atende também
aos nossos irmãos. A participação dos artistas locais fez com que a Câmara de
Vereadores aprovasse uma proposta de lei revolucionária; a mobilização mantida
obrigou o Prefeito a sancioná-la e transformá-la em lei.
Mais recentemente,
foi o caso do abono de R$ 100 pago aos servidores municipais. Se até o início
da tarde de quinta-feira, 29/10, a prefeitura mantinha sua posição pela “não
concessão do abono” – conforme respondeu ao SindUTE -, mudou de ideia, não por
acaso, quando foi marcada uma reunião de professores com vereadores: no momento
em que duas dezenas de professoras, saídas de sua zona de conforto, discutiam a
questão com alguns vereadores, chegou a notícia de que a Administração mudara
de ideia.
E então, a participação popular faz ou não faz
diferença?
Com certeza Reinaldo, a participação popular faz toda a diferença, já decidi, mudo meu titulo para Brumadinho ainda este ano.
ResponderExcluirVamos que vamos!
Abraços
Alexandre Meireles
Condomínio Residencial Recanto da Serra
Córrego Ferreira
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