Edição 240 – Março
2021
Corrupção na Praça da Rodoviária
No ano passado,
antes das eleições, o prefeito Nenen da ASA (PV), gastou 15 milhões de reais
para reformar praças novas, entre elas a da Praça da Rodoviária. O
prefeito derrubou um ipê roxo e o coreto, um dos símbolos e beleza de Brumadinho.
Mas isso não é tudo! Há possibilidade de desvio de dinheiro público na obra, conforme
denúncia feita ao de fato. Apenas quatro meses depois, a obra está cheia de
problemas.
Edição 240 – Março
2021
Vereador é perseguido
na Câmara
Edição 240 – Março
2021
Nenen da
ASA quer fechar Unidades de Saúde
Dois meses
depois da posse, Nenen da ASA quer fechar unidades de Saúde: a conta aos 12 mil
eleitores, muitos que se venderam, chegou rápido! Entre os prejudicados estão moradores
de São José do Paraopeba e Retiro do Brumado. Apesar da dinheirama que a VALE
tem derramado nos cofres da Prefeitura, o prefeito alega falta de re3curos.
Associações se organizam contra o fechamento.
Edição 240 – Março
2021
Editorial:
Em defesa da democracia, Gabriel Parreiras fica
Brumadinho está vivendo uma situação digamos, no mínimo, ridícula. Trata-se da tentativa de cassação do vereador mais bem avaliado pela população, Gabriel Parreiras. O ridículo não é o processo de cassação em si, mas os motivos alegados pelo Presidente da Casa, Daniel Hilário. Hilário acusa Parreiras de ter “quebrado o decoro parlamentar”. Tudo isso depois de uma live feita pelo vereador em que ele reclamava do tratamento que recebe de seus pares, que rejeitam sistematicamente seus requerimentos de fiscalização do Executivo e seus projetos, como aquele que autorizava a prefeitura a comprar vacinas.
É claro que as alegações de Daniel Hilário
são só uma desculpa. A verdadeira razão para tentar calar o vereador é o fato
de ele estar tentando fazer duas coisas que fazem parte da essência do trabalho
de um vereador: fiscalizar o Executivo e ser transparente. O que,
verdadeiramente, incomoda aos vereadores não é o fato de Gabriel ser o único vereador
de oposição e nem de apresentar projetos importantes para o município. O que incomoda, mesmo, é o fato
de Gabriel Parreiras fazer lives, postar vídeos e informações nas redes sociais
e informar à população sobre os desmandos que acontecem dentro das quatro
paredes do Legislativo de Brumadinho. A turma do prefeito não suporta o
diferente, o contraditório. Não suportam serem denunciados em suas práticas. Não
fosse isso, bastava que eles rejeitassem todas as propostas de Gabriel. Eles
são 12 contra 1.
A democracia é um bem universal. O direito à
livre expressão é lei! Não interessa aqui se a gente gosta mais ou gosta menos
do vereador Gabriel Parreiras, se a gente votou ou não votou nele. Eu não
votei. E nem votaria. A questão agora não é essa.
O que importa aqui é a defesa da democracia.
Gabriel não roubou, não é acusado de ser laranja de ninguém, não cometeu crime ou
irregularidade, não fez rachadinha, não ganhou horas extras como motorista na
prefeitura sem tê-las feito. Se não há crime, não pode haver condenação.
Reinaldo Fernandes Editor |
O Brasil inteiro, incluído aí Brumadinho,
passa por um momento delicado. A hora é de se preocupar com o acordo da VALE,
um rodominério que nos fará novamente atingidos pelos crime da mineradora, preocupar-se
com vacinas para todos e com o impeachment de bolsonaro. Outra questão muitíssimo
preocupante: o fascismo avança a passos largos em nossa sociedade, inclusive em
Brumadinho. A hora é de defender a democracia: Gabriel Parreiras fica!
Edição 240 – Março
2021
Desvio de dinheiro na obra da Rodoviária
A cobertura deveria ter sido feita aí, onde param
os ônibus. Mas não foi feita e ninguém sabe
onde está o dinheiro.
(fotos: reinaldo fernandes / jornal de fato)
No ano passado,
antes das eleições, o prefeito Nenen da ASA (PV), com os milhões de recursos
depositados pela mineradora VALE, decidiu derrubar várias praças novas e
colocar outras no lugar pelo custo de aproximadamente R$ 15.000.000,00 (quinze
milhões de reais). A decisão do prefeito
causou muita revolta em grande parcela da população.
Das
obras, a que mais incomodou à população foi a da Praça da Rodoviária. Ali, o
prefeito do Partido Verde cometeu a estupidez de derrubar um ipê roxo, árvore
não muito comum, além de outras grandes árvores. No lugar foram plantadas
palmeiras. Hoje, uma das grandes reclamações das pessoas é a falta de sombra.
São obrigadas a ficarem, como dizem, “esturricando” no sol.
Porém
houve coisa pior: Nenen da ASA derrubou o coreto, um dos símbolos e beleza de Brumadinho.
O coreto, como em inúmeras cidades brasileiras, dá aquele ar de cidade interiorana,
de calma, paz, de amizade entre as pessoas, de simplicidade. O prefeito, sem
sensibilidade alguma, numa atitude de estupidez, agiu como quem dava uma facada
em cada coração brumadinense. Mas isso não é tudo! Há possibilidade de desvio
de dinheiro público na obra.
Denúncia ao Jornal de fato
Comerciantes da Praça da Rodoviária procuraram o Jornal de fato para apresentar a denúncia de provável desvio de dinheiro do cidadãos nas obras da Praça da Rodoviária. A reportagem esteve no local e viu quão lastimável está a praça que consumiu, pelo menos, meio milhão de reais. Trata-se de , no mínimo, malversação do dinheiro público.
Segundo os
denunciantes, a Prefeitura fizera uma reunião com os comerciantes da Praça
antes de iniciar as obras. Eles dizem que, conforme as palavras da própria prefeitura, seria feito uma
cobertura onde os ônibus param (exceto os vermelhos, que param um pouco antes) em
frente do local que dá para a banca de jornais. Essa cobertura não foi feita. As perguntas que
os comerciantes fazem é: se a cobertura não foi feita, para onde foi esse dinheiro?
Qual o valor dessa cobertura que não foi feita?
Inúmeros problemas numa obra que custou meio milhão de reais
Mas os problemas na obra da Praça da Rodoviária não param aí, numa cobertura inexistente. Veja abaixo a série de fotos e os problemas da obra, que tem pouco mais de quatro meses.
Faixa de pedestres
O passeio foi rebaixado, a placa da faixa foi colocada mas a faixa, quatro meses depois, ainda não foi feita, num total desrespeito às pessoas que andam a pé, as mais frágeis numa relação de trânsito. O que foi feito com o dinheiro da faixa de pedestres?
Teto sem
rufos
Teto sem cobertura, vazamentos, pintura descascando
Parte do texto ficou sem cobertura, causando vazamentos. Abaixo, o texto em a pintura descascando, lembrando que a obra tem apenas uns 4 meses. Está tudo manchado. Há buracos sem acabamento.
Pia no banheiro sem torneira
No banheiro
masculino, há uma pia. No entanto, um dos bojos não tem a torneira. Onde foi
parar o dinheiro da torneira? Quanto custou?
A fonte seca
No centro da Praça há uma fonte. No entanto, a fonte está seca. Ao invés de água, o local fica cheio de lixo e folhas secas. Ali também não foi feito o devido acabamento. Mas onde está o dinheiro da fonte?
Bancos descascando
O pintura dos bancos é um caso à parte. TODOS os bancos estão descascando, numa obra terminada há apenas quatro meses. Ali fica claro o mal uso do dinheiro público. Ou o construtor mudou a tinta contratada e a Prefeitura fez vistas grossas, ou tratava-se apenas mesmo de uma obra eleitoreira, para ser acabada antes do dia da eleição para conquistar votos da população ingênua. O dinheiro do contribuinte foi jogado fora nesta obra.
Ao final desta edição, na nossa "Galeria", o leitor poderá ver uma galeria de outras fotos
que dão uma ideia mais precisa de como lastimável está a Praça.
Outro lado
No dia 11 de março, o Jornal de fato entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, enviando um ofício. Fazendo uso da Constituição Federal e da Lei Federal de Acesso à Informação “e demais leis infra”, o Jornal solicitou cópia do projeto de reforma da Praça da Rodoviária. A ideia era analisar o projeto e verificar se havia a cobertura, como disseram aos comerciantes, e demais itens da reforma. Até o fechamento desta edição o jornal não recebeu nenhuma resposta.
Edição 240 – Março 2021
Lula Livre para ser candidato em 2022
Entenda a decisão de Fachin e seus
impactos sobre condenações e candidatura de Lula
O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou, no último dia 8 de março, a anulação de todas as condenações proferidas contra o ex-presidente Lula pela 13ª Vara Federal da Justiça Federal de Curitiba, responsável pela Lava Jato.
Lula foi condenado em duas ações penais, acusado de
corrupção e lavagem, do tríplex de Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia. Na
decisão, o ministro afirmou que as decisões não poderiam ter sido tomadas pela
vara responsável pela operação e determinou que os casos sejam reiniciados pela
Justiça Federal do Distrito Federal.
Com isso, as condenações que retiravam os direitos
políticos de Lula não têm mais efeito.
Leia abaixo perguntas e respostas sobre a decisão
de Fachin e seus impactos sobre condenações e candidatura de Lula.
O que Edson Fachin determinou sobre as condenações?
O ministro determinou a anulação de todas as
condenações proferidas contra o ex-presidente Lula pela 13ª Vara Federal da
Justiça Federal de Curitiba, responsável pela Lava Jato.
Lula tinha sido condenado em duas ações penais, acusado
de corrupção e lavagem, nos casos do tríplex de Guarujá (SP) e do sítio de
Atibaia. O ministro entendeu que as decisões não poderiam ter sido tomadas pela
vara responsável pela operação e determinou que os casos sejam reiniciados pela
Justiça Federal do Distrito Federal.
Qual a argumentação do ministro para anular as condenações?
Na decisão, Fachin afirma que os delitos imputados ao
ex-presidente não correspondem a atos que envolveram diretamente a Petrobras e,
por isso, a Justiça Federal de Curitiba não deveria ser a responsável pelo
caso.
Ele disse que a questão da competência da 13ª Vara
Federal do Paraná já havia sido levantada indiretamente pela defesa, mas que
esta foi a primeira vez que a defesa apresentou um pedido que "reúne condições
processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria
pelo STF".
"Como corolário de tal conclusão, nos termos do
art. 567 do Código de Processo Penal, devem ser declarados nulos todos os atos decisórios,
inclusive o recebimento da denúncia, determinando-se a remessa dos autos à Seção
Judiciária do Distrito Federal, considerada a narrativa da prática delitiva no
exercício do mandato de Presidente da República", afirmou.
O ministro disse que a acusação do MPF (leia-se
Deltan Dalagnol e sua turma) porque a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência
para julgar o caso.
O que isso muda para a candidatura de Lula?
As condenações que retiravam os direitos políticos
de Lula não têm mais efeito e ele e pode se candidatar a Presidente nas
próximas eleições, em 2022.
Por causa da sentença do tríplex, o ex-presidente
ficou preso por um ano e sete meses, entre 2018 e 2019, e foi retirado ilegalmente
da última eleição presidencial, barrado pela Lei da Ficha Limpa. Todas as
pesquisas indicavam que Lula venceria as eleições. O Juiz que o condenou,
Sérgio Moro, aliado de Bolsonaro, virou Ministro depois que o fascista tomou
posse.
O ex-presidente já vinha tentando anular as condenações desde 2015, antes das eleições. Por meio de um pedido de habeas corpus, e defesa de Lula questionava a imparcialidade do ex-juiz sergio moro, que expediu a sentença no caso do apartamento no litoral paulista. O mundo inteiro sabia que Lula estava sendo perseguido e que foi preso apenas para não disputar e vender as eleições, o que ia totalmente contrário a todo movimento feito pela elite brasileira desde o Golpe de Estado dado na Presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016.
Já a segunda sentença, sobre a propriedade rural no
interior de São Paulo, foi expedida pela juíza Gabriela Hardt, amiga de sérgio moro.
Suspeição de sérgio moro: Fachin dá com os burros n’água
Edson Fachin é conhecido como ministro que sempre teve posições contra Lula fazendo claramente parte de um conjunto de ações de perseguições a Lula nos moldes do juiz de primeira instância, sérgio moro. Seu julgamento do dia 8 de março foi visto não como um reconhecimento cinco anos tardio dos direitos de Lula, mas como uma tentativa de proteger o juiz seu amigo, Sérgio moro. Ao anular os processos de Lula, Fachin tentava impedir que outro recurso de Lula fosse julgado: a suspeição de moro. No entanto, os planos de Fachin foram destruídos por ouro Ministro, Gilmar Mendes.
Gilmar Mendes pautou o julgamento da suspeição de
moro. Ela foi feita, Fachin nem mesmo disfarçou sua posição, votou a favor de
moro. Porém, mais uma vez, sua tentativa de proteger o ex-juiz de 1ª instância
foi frustrada: no dia 23 de março a 2ª turma do Supremo, por 3 votos contra 2 votou pela suspeição daquele
que, sob comando dos Estados Unidos da América, quebrou o Brasil com as farsas
do Operação Lava Jato. O
outro voto contra Lula foi dado pelo Ministro colocado no Supremo por
bolsonaro, Kassio Nunes Marques.
Imprensa estrangeira reconhece irregularidades de Moro no julgamento de Lula
Dois dos mais importantes veículos de imprensa do mundo, a revista inglesa The Economist e o jornal norte-americano The New York Times, reconheceram que houve irregularidades no julgamento de Lula pelo ex-juiz Sérgio Moro
Mensagens revelam que Lava Jato inventou depoimentos
Os procuradores teriam conhecimento que a delegada da PF Erika Marena inventou um depoimento, e que isso também teria acontecido em outros casos. “Como expõe a Erika: ela entendeu que era pedido nosso e lavrou termo de depoimento como se tivesse ouvido o cara, com escrivão e tudo, quando não ouviu nada…” – escreveu Dallagnol.
Edição 240 – Março 2021
Câmara tenta cassar mandato de Gabriel Parreiras
Mas quem acusa é
acusado de ser “laranja”, passou
70 dias no presídio e pode voltar pra lá
O presidente da Câmara Municipal de Brumadinho, Daniel do Brumado (Cida), apresentou, no dia 24 de março, um pedido de cassação do mandato do vereador Gabriel Parreiras (PTB). Na denúncia oferecida por Daniel do Brumado, ele acusa o Vereador Gabriel Parreiras por suposta "quebra de decoro parlamentar e atuação incompatível com a dignidade da Câmara Municipal de Brumadinho".
No documento protocolado, Daniel utiliza
como “prova” uma “live” realizada pelo vereador Gabriel Parreiras em 9/3, em
que a única
coisa que Parreiras fez
foi relatar fatos acontecidos no Legislativo, como a rejeição sistemática de
seus projetos, como o que autorizava a Prefeitura a comprar vacinas. O Vereador
apresentou as provas do que falava. E
cobrou a participação da população.
Clara perseguição política
Fica clara a perseguição política ao vereador do PTB. O que incomoda aos demais colegas é o fato de Gabriel contar para a população parte do que acontece dentro do Legislativo. Além disso, a perseguição política fica clara quando se vê a quantidade de projetos recusados pelos colegas e os “pedidos de vistas” sem sentido feitos pelos colegas como os vereadores Ninho e Valcir “Rambinho”. E os sistemáticos votos contrários aos seus projetos de vereadores, como de Alessandra do Brumado e Geada.
Gabriel Parreiras é o único vereador, entre
os 13, que não é alinhado automaticamente ao prefeito Nenen da ASA (PV). Os
partidos do prefeito elegeram 11 candidatos. O 12º é Max Barrão (MDB) que, embota
tenha começado questionado o Executivo, nos últimos anos do mandato anterior
deu provas do alinhamento com o atual prefeito.
Outro dado que mostra claramente a perseguição
política é o fato de Gabriel ter sido excluído de todas as Comissões
Permanentes da Casa. São 4 comissões com três vagas em cada, o que daria 1 vaga
para cada vereador, se todos quisessem participar. No entanto, o presidente da
Câmara o excluiu de todas as comissões e colocou outros vereadores em mais de
uma comissão.
A história se repete
Não é a primeira vez que a Câmara de Brumadinho tenta calar a “voz discordante”. Em 2015, o então vereador Reinado Fernandes (PT) também sofreu uma tentativa de cassação de seu mandato. Naquela época, o “pomo da discórdia” foi a cobrança de Fernandes para que a reunião do Plenário acontecesse à noite, como ocorrera em 2013 e 2014, para a população poder participar. Agora também Gabriel Parreiras chama a população a participar e recebe a tentativa de cassação.
No entanto, a razão real em 2015 foi porque Reinaldo
Fernandes contava para a população o que acontecia na Câmara, inclusive como
votavam os vereadores, exatamente como está acontecendo agora. A maioria dos vereadores
não suportam quem é transparente.
Entre os vereadores de agora estão alguns que
também tentaram cassar o mandato de Reinaldo Fernandes e agora tentam cassar de
Gabriel Parreiras: Xodó, Daniel Crentinho, Alessandra do Brumado e Ninho.
Quem acusa é acusado de ter comprado votos, de ser “laranja”, passou 70 dias no presídio e pode voltar pra lá
Enquanto acusa Gabriel Parreiras de “falta de decoro”, quem pode ir para o presídio em qualquer momento é o ex-presidiário presidente da Câmara, Daniel Hilário. Daniel é acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais de participar de um esquema de roubo de dinheiro público envolvendo transporte escolar. Por isso, ficou preso no presídio por 70 dias e continua respondendo ao processo da Operação Ptolomeu (https://pt.calameo.com/read/005237035d5b2b6fcb118 - pág. 3 - https://globoplay.globo.com/v/6013949/https://globoplay.globo.com/v/6013949/
Se a Justiça concluir pela sua culpa, pode voltar para a cadeia e perder seu mandato de vereador.
Cassação por compra de votos
Daniel Hilário ainda é acusado por um aliado – ou ex-aliado -, Sirleno Gonçalves, de ter chegado à Câmara comprando voto. E sem pagar. Em áudio que circulou no whatsapp, Gonçalves entrevista uma pessoa que diz que trabalhou para Daniel, votou nele porque ele prometera dar a ela gás e emprego. Segundo a eleitora, o voto foi vendido mas não foi pago. O fato caracteriza compra de voto, e pode levar à cassação do mandato do vereador.
População reage de forma ampla
A
tentativa dos vereadores do Prefeito de cassar Gabriel Parreiras gerou grande reação da sociedade.
Notas, vídeos, manifestações nas redes sociais vieram de todos os lugares e de
vários partidos e seguimentos sociais.
O Partido dos Trabalhadores – PT - de Brumadinho
soltou uma nota “Por democracia na câmara de Brumadinho: Contra toda perseguição
política: Gabriel Parreiras fica!” e um vídeo gravado por seu Presidente, o ex-vereador
Reinaldo Fernandes. A vereadora de BH, Duda Salabert (PDT), o deputado estadual
de MG, Cleitinho Azevedo; Arthur Moledo, deputado estadual de SP também se manifestaram.
A recém criada AMBEJOTA - Associação dos
Moradores dos Bairros Bela Vista, Jota e Planalto - também soltou nota referindo-se
ao que chamou de “atentado à democracia e à liberdade de expressão, alicerce de
uma comunidade pluralista e democrática” e reivindicando o arquivamento. A AMBEJOTA
terminou sua nota lembrando que os moradores “não compactuam com a quebra
democrática”.
No dia da aceitação da denúncia houve manifestação
e bate-boca na porta da Câmara. O vereador Geada (Dida) teve que se esconder e o
Xodó (PV) teve que ser escoltado pela PM
para não apanhar ali mesmo.
O Presidente da Casa proibiu não apenas a
participação popular mas também a participação, inclusive dos assessores do
Gabriel Parreiras e de seu advogado, num verdadeiro cerceamento à defesa do
acusado. Em compensação, um botijão de gás foi colocado na entrada do Plenário,
lembrando a acusação que é feita a Daniel Hilário de ter comprado voto com botijão
de gás.
Partido dos Trabalhadores divulga nota em defesa da democracia
O PT – Partido dos Trabalhadores – de Brumadinho divulgou nota, no dia 25de março, defendendo a democracia na Câmara Municipal e “contra toda perseguição política” ao Vereador Gabriel Parreiras. Veja a nota abaixo.
POR DEMOCRACIA NA CÂMARA DE BRUMADINHO
Contra toda perseguição política: Gabriel Parreiras fica!
Acontece, na Câmara Municipal de Brumadinho, uma tentativa inglória de cassar o mandato do vereador Gabriel Parreiras. Não concordamos com todas as práticas políticas deste vereador. Muito menos concordamos com as práticas de seu Partido, o PTB, um dos responsáveis pelo Golpe de Estado contra Dilma Rousseff (PT). O PTB contribuiu com o Golpe de Estado, desrespeitando o voto de 55 milhões de brasileiros que escolheram Dilma nas urnas. Além disso, o voto do PTB contra a democracia abriu as portas para a chegada ao governo do fascista e genocida Jair Bolsonaro.
Mas nós, do PT, respeitamos a DEMOCRACIA
e o desejo popular. Foi esse desejo que elegeu Gabriel Parreiras, e, como ele
não cometeu crime algum, deve ter seu mandato respeitado.
O processo de cassação de
Gabriel foi apresentado pelo presidente da Câmara, Daniel Hilário, do Partido
Cidadania. Daniel, sim, é acusado pelo MP de participar de um esquema de roubo
de dinheiro público envolvendo transporte escolar. Por isso, ficou no presídio
por 70 dias e continua respondendo ao processo da Operação Ptolomeu. Ainda é
acusado por um aliado – ou ex-aliado -, Sirleno Gonçalves, de ter chegado à Câmara
comprando voto. E sem pagar.
Já Gabriel é acusado de ter “quebrado
o decoro parlamentar” por ter criticado a posturas de vereadores em uma live. A postura do presidente da Câmara beira o
ridículo e, com certeza, não prosperará!
A única coisa que Gabriel fez
foi relatar fatos acontecidos no Legislativo, apresentando as provas do que
falava. E cobrou a participação da população.
Na verdade, fica clara a PERSEGUIÇÃO
POLÍTICA ao vereador. O que incomoda aos demais colegas é o fato de Gabriel
contar para a população parte do que acontece naquele prédio. Além, disso, a PERSEGUIÇÃO
POLÍTICA fica clara quando se vê a quantidade de projetos recusados pelos colegas
e os “pedidos de vistas” sem sentido feitos pelos colegas como os vereadores
Ninho e Valcir “Rambinho”. E os sistemáticos votos contrários aos seus projetos
de vereadores, como de Alessandra do Brumado e Geada.
Cabem as perguntas: se os
pedidos de vista eram bem intencionados, qual o problema de contar isso para a
população? Qual a verdadeira razão para PERSEGUIR o vereador? Daniel Hilário já
foi preso sob a acusação de ser “laranja” de empresário: estaria ele novamente
agindo como “laranja”? Quem está por trás desse pedido de cassação? Por que os
vereadores recusam a transparência, garantida por leis aos cidadãos?
Por essas razões, o PT – Brumadinho
exige o imediato arquivamento do processo contra Gabriel Parreiras e que os vereadores
aprendam a conviver com o contraditório e a DEMOCRACIA!
#PorDEMOCRACIAemBrumadinho
#ContraTodaPerseguiçãoPolítica!
PT – Brumadinho
25.3.2021
Edição 240 – Março
2021
Editor tem mais seis trabalhos aceitos
e premiados em concursos literários em 2021
Obras serão veiculadas novamente em revistas nacionais de literatura
O Editor do Jornal de fato, Reinaldo Fernandes, foi, novamente, selecionado para publicação em revistas literárias nacionais. Mais uma vez, Fernandes teve trabalhos selecionados pelas Revistas LiteraLivre e Cultural Traços. Reinaldo Fernandes ainda foi selecionado para participar do livro, “Prêmio Poesia Agora – Verão 2021", da Editora Trevo. Além disso, Fernandes foi selecionado para participar da “Folhinha Poética” de 2022 (com dois poemas) e 2223.
Revista LiteraLivre publicará “Rua Guaicurus, esquina com São Paulo”
A edição da Revista LiteraLivre, veiculada no final de março, publicou o conto “Rua Guaicurus, esquina com São Paulo”. É a 8ª vez que a LiteraLivre publica trabalhos de Reinaldo Fernandes. O trabalho faz parte do livro Sob Suspeita, do mesmo autor (Editora Poesias Escolhidas, BH, 2015, 200 pp). A Revista LiteraLivre, é editada em Jacareí – SP – cidade em que Reinaldo já venceu concurso nacional. A Revista em distribuição eletrônica em PDF. “Seu texto foi selecionado para a 26ª edição da Revista LiteraLivre. Foram 732 textos inscritos e 128 selecionados”, informou a Reinaldo Fernandes a Editora da revista, Ana Rosenrot.
Reinaldo já teve outras publicações na mesma revista. A LiteraLivre (17ª edição, Setembro/Outubro 2019) publicou a crônica “Sílvia e Paulo”, um caso de amor. Fernandes foi selecionado entre 912 inscritos. Anteriormente, a revista publicou os contos “Foi um anjo que passou em sua vida. E seu coração se deixou levar.” (ed. Nº 2); “Promessa” (ed. Nº 5); “Era muito para o coração de um pobre pai” (ed. Nº 6); “Talvez fosse apenas um menino feliz” (ed. Nº 7); “Comunicamos o falecimento de Bruno” (publicado na ed. Nº 13) e o conto “O Encontro Desmarcado”, publicado na Ed. Nº 16.
Revista Cultural Traços publica “Marquinhos”
“Parabéns, Reinaldo. Seu trabalho foi classificado para a primeira edição da Revista Cultural Traços”, dizia a mensagem enviada a Fernandes. A edição tem data prevista de circulação em 1º de abril. A revista traz o poema “Marquinhos”, do nosso Editor. O poema, inédito, participará do próximo livro do Editor, que está em negociação com editoras. “Não foi uma tarefa fácil fazer a seleção entre os 612 trabalhos enviados. Mas conseguimos chegar a 65 selecionados”, explicou a Revista Cultural Traços na mensagem enviada.
Prêmio Poesia Agora -
Verão 2021, da Editora Trevo: Reinaldo é escolhido entre
mais de 3.000 trabalhos
“O Prêmio Poesia Agora - Verão 2021 recebeu,
no período de 14 de dezembro de 2021 a 21 de fevereiro de 2021, mais
de 3.000 inscrições de todo o Brasil. Parabéns. A sua poesia foi classificada e
fará parte do livro, “Prêmio Poesia Agora – Verão 2021"!, informou a Editora
a Reinaldo Fernandes.
Trabalhos
também na Folhinha Poética de 2022 e 2023
O Editor do Jornal de fato ainda teve trabalhos selecionados para publicação na “Folhinha Poética”. Os trabalhos enviados e selecionados foram os poemas “Fartura”, “Você” e “Minha Vida É Reticências”, que dá nome ao próximo livro de Fernandes.
“Fartura” será publicada na página da Folhinha
do dia 16 de julho de 2022 e “Você” na página do mesmo mês, no dia 27. Já o
poema “Minha Vida É Reticências” será publicado na página do dia 18 de fevereiro
de 2023.
Outras publicações
foram feitas na Folhinha Poética, produzida em São Paulo, nos anos de 2017 e
2018. Foram publicados os poemas “O Último Poema”, “Tenho Poemas” e
“Desencontro”.
Outras publicações em revistas e livros
O Editor do Jornal de fato já foi publicado várias vezes por outros veículos. Exemplos são as Revistas Avessa e Philos. Na Revista Avessa (edição nº 13), o conto “O Dia Em Que O País Foi Golpeado Na Democracia”; e na Revista Philos, de 11 de junho de 2018, o conto “Maldito Passarinho”.
Ainda em 2017,
Reinaldo Fernandes foi selecionado no 1º Concurso de Poesia Poeta Adauto Borges
(BA). O poema “Tenho Sede” emplacou o 41º lugar dentre 405 poemas escritos por
230 poetas. Já o conto “Último Ponto” ganhou um livro artesanal. O livro foi o prêmio
para o autor, que participou do "Prêmio Miau de Literatura", uma
cortesia da Editora Costelas Felinas (São Vicente - SP). O livro, além do conto
”Último Ponto", que o intitula, traz mais 14 contos/crônicas, todos inéditos.
Editor venceu vários concursos nacionais
O escritor já venceu vários concursos e teve também publicações em outras coletâneas, como a Antologia 4º Prêmio SFX de Literatura 2016, do 4° Concurso de Literatura São Francisco Xavier, de São José dos Campos, SP e na coletânea “Vencedores 2016” do Concurso de Poesias Cidade de Maringá – PR.
Venceu ainda o 1º
Concurso de Poesia Poeta Adauto Borges - Feira de Santana – BA, o 1º Concurso
de Poesias Meriti Fazendo Arte - RJ; o XI Concurso de Contos de Jacarezinho –
PR; os I e II Concursos de Poesias e I e III Festivais de Música da E. M. Antônio
S. Barbosa - BH; e Concurso Grupo Poetas do Espaço Cultural – Santos – SP. Em
2017, Reinaldo Fernandes venceu o 1º lugar do V Concurso Literário Icoense, de Icó,
CE, com a crônica “Talvez fosse apenas um menino feliz”.
Ainda em
2017, Fernandes venceu o 2º lugar do concurso nacional promovido pela Academia
Leopoldinense de Letras e Artes, ALLA (Leopoldina, MG) da categoria crônica,
com o trabalho “Interrogatório” e, ainda, o 2º lugar da categoria conto, com o
trabalho “O Último Ponto”, além de ter ido à final com a crônica “Maldito
Passarinho”. No mesmo ano, Fernandes foi
homenageado pela Câmara Municipal da cidade de Leopoldina.
Seleção para coletânea literária nacional
Reinaldo foi selecionado ainda para coletânea literária nacional. Dois trabalhos de Fernandes foram selecionados para uma coletânea de poesias, a XXI Antologia Poética de Diversos Autores. A seleção aconteceu no XIX Concurso Nacional PoeArt de literatura – 2019, para a edição do livro Vozes de Aço. O concurso foi promovido pela PoeArt Editora, de Volta Redonda, RJ.
Foram 78 poetas
de todas as regiões do Brasil, e 160 poemas. Um dos poemas de Reinaldo
Fernandes é intitulado de “Fartura”. O outro poema, “Genocídio da VALE” (já publicado
aqui no Jornal de fato, Ed. 218, jan/2019) trata dos crimes cometidos pela VALE
em Brumadinho no dia 25 de janeiro desse ano.
Escritor prepara novo livro
Enquanto disputa concursos, “vencendo aqui e ali”, como diria Fernando Sabino, Reinaldo Fernandes prepara nova obra. Desta vez o Editor do Jornal de fato vem com um livro de poesias. Segundo Fernandes, o trabalho já foi finalizado e ele conversa com editoras. “Nossa ideia é fazer o lançamento ainda neste ano, mas vai depender da editora”, diz o escritor.
Em 2015, Reinaldo Fernandes lançou o livro Sob Suspeita (Editora Poesias Escolhidas, BH, 2015,
200 pp) – veja reportagem
da TV Sete em https://tr-tr.facebook.com/tevesete/videos/sob-suspeita-um-livro-de-crônicas-do-escritor-reinaldo-fernandes/1495387124100551/.
Já em 2019, novo
lançamento aconteceu, agora promovido pela Secretaria de Educação da Prefeitura de Belo
Horizonte, onde Reinaldo é Professor há quase 30 anos. O lançamento aconteceu
no Centro Cultural da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais.
Sob Suspeita pode adquirido com o próprio autor. Seu telefone/Whatsapp
de contato é o (31) 99209-9899.
Edição 240 – Março
2021
Situação da COVID em Brumadinho se
complica cada vez mais
Seis
pessoas morrem em apenas 60 horas
A situação da pandemia em Brumadinho está se complicando cada vez mais. No último dia 29 de março, foram confirmados 9 novos casos. Nesse dia, confirmava-se a tendência nacional de infecção de pessoas mais jovens: dos 9, 7 pessoas tinham idade até 50 anos. A faixa que mais estava sendo atingidas era de 40 a 50 anos, 5 pessoas. No dia 29, Brumadinho contava 42 mortos e ainda havia 5 óbitos em verificação. Nessa data, Brumadinho tinha pelo menos 334 casos confirmados e mais + 740 estão sendo investigados, passando de 1.000 casos.) No dia seguinte, veio a óbito a jovem Professora Talita Soares Freitas, mãe de três crianças.
Quatro mortos num único dia
Na noite de 24 para 25 de março, 4 pessoas morreram no Hospital de Campanha de Brumadinho, segundo informações dadas ao Jornal de fato por uma enfermeira. Na mesma data, a Secretaria de Saúde informou apenas 1 morto.
Quatro é um número
recorde, já que, até aquela data, segundo os dados da Secretaria de Saúde, o
máximo de mortos num único dia eram 2 pessoas.
Já no dia 26 de
março, a Prefeitura fez circular um vídeo em que dizia da situação perigosa em
que o Município estava entrando. Segundo a Prefeitura, em apenas 60 horas,
aconteceram 6 mortos, uma a cada 10 horas.
Por outro lado,
100% dos leitos de UTI em Brumadinho estavam sendo usados: ou seja, se mais
alguém precisasse, não havia mais leito
de UTI em Brumadinho. Uma paciente, segundo a rede Globo, não conseguiu vaga e
seu pai morreu dias depois. Em BH a ocupação era de 107%, incluindo a rede
particular.
Prefeitura não faz a fiscalização correta e população não ajuda
O prefeito faz um decreto mas, ao que tudo indica, só pra inglês ver: não há fiscalização sistemática! O prefeito promete vacinas que não chegam, e o MG TV, que noticiou sobre compra de vacinas, não incluiu Brumadinho entre os municípios que estão tentando fazer a compra.
Milhares de brumadinenses
insistem em sair de casa, mesmo sem extrema necessidade. Muitos insistem em não
usar máscaras.
Edição 240 – Março 2021
MAB faz 30 anos de luta e organização
Na bacia do Paraopeba, atingidos fazem parte de uma
história marcada por lutas, conquistas, união e força enquanto passam por situações
dramáticas com abastecimento de água
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) completa 30 anos em 2021, e na bacia do rio Paraopeba, que faz parte desta luta. O movimento está organizado desde o rompimento da barragem da mineradora VALE, em 25 de janeiro de 2019. Desde então, o MAB soma-se à força dos atingidos e atingidas na região para fazer a luta por direitos, sonhando por uma sociedade justa.
O dia 14 de março é o dia Internacional
contra as Barragens, em Defesa das Águas, dos Rios e da Vida. Nesse mês o MAB
faz sua jornada de lutas nacional, na bacia do rio Paraopeba, pedindo “Água
limpa, comida na mesa, trabalho e participação. Este é o acordo que queremos”.
Na pauta dos atingidos estão o direito ao Programa de Renda, direito à água,
direito à saúde e agricultura.
Com a exclusão dos atingidos ao direito à
participação do Acordo Global, realizado entre VALE, Governo de Minas Gerais e Instituições
de Justiça, além de um valor injusto para com a necessidade dos atingidos\as
até que efetive a reparação integral, a continuidade da luta se faz necessária.
O MAB entende que este é o momento de fazer a luta pelos valores do acordo
destinados aos atingidos, como os programas e projetos do Fundo Paraopeba,
Programa de Transferência de Renda e as verbas municipais.
A aplicação do recurso do Fundo Social da
Bacia do Paraopeba será para investimentos em programas socioeconômicos e de
demandas imediatas/emergenciais, que serão definidos pelos os atingidos\as. “Queremos
a participação informada na elaboração, execução, acompanhamento e avaliação
dos planos, programas, projetos e ações, com apoio das Assessorias Técnicas Independentes.
Estes valores precisam ser revertidos para as comunidades, reais necessidades
dos atingidos”, reivindica Miquéias Ribeiro, da coordenação do MAB.
Por uma política que garantam direitos
Desde os anos 70, atingidos e atingidas por barragens fazem a luta para defender e garantir seus direitos, muito em decorrência do fato de que o estado brasileiro não desenvolveu um marco regulatório\leis fortes para garantir os empreendimentos das empresas, em todas as suas etapas, desde planejamento, concessão e liberação da obra, até a liberação de recursos financeiros necessários.
Não existe nenhuma política específica que
garanta os direitos das populações atingidas e responsabilize as grandes empresas
pelos impactos desses empreendimentos, que têm como padrão a violação de
direitos humanos. Quando acontecem crimes, como os cometidos pela VALE em
Mariana e Brumadinho, não há punição justa pelos danos causados. Os atingidos
precisam de uma lei que sirva de instrumento para a luta e que todas as empresas
tenham que seguir.
Foi aprovado em 18 de dezembro de 2020 na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o projeto de lei 1200\15 que trata
da Política Estadual dos Atingidos por Barragens e outros empreendimentos - PEAB.
Foi por meio de muitas lutas que os atingidos\as tiveram esta conquista, porém
o governo vetou pontos importantes e ainda não homologou. A luta continua para
efetivação dos direitos.
Dia Mundial da Água e atingidos sem água de qualidade
Desde o rompimento da barragem B1 do complexo Mina do Córrego do Feijão, os atingidos vêm passando por situações dramáticas em relação ao abastecimento de água na bacia do rio Paraopeba. A comunidade o Tejuco, em Brumadinho, por exemplo, está com abastecimento feito por caminhões pipas e água mineral fornecida pela VALE.
Ao entorno, a comunidade convive diariamente
com três mineradoras, que exploram de forma voraz o minério e seca as nascentes.
Com cerca de 700 moradores, a água que chega às torneiras da população está
causando diarreia, vômito e coceira. De acordo com representantes da
comunidade, a VALE está comprando água da Copasa, mas recomenda não utilizar
para consumo humano, fazer alimentação, ou dar aos animais. Em contrapartida, são
fornecidos toda semana para cada família 10 fardos de água mineral.
Em dezembro de 2020, a Associação de
Moradores e a Comissão da Água do Tejuco contrataram um estudo sobre a água que
supre a comunidade. O resultado identificou quantidades significativas de
substâncias nocivas de alumínio, manganês e ferro.
No dia 22 de março, dia mundial da água, a
Comissão da Água do Tejuco, em parceria com movimentos sociais e outras
comunidades, redigiram um Manifesto em defesa das águas. “A comunidade do
Tejuco sofre com a contaminação das suas nascentes pela atividade predatória da
mineração. Há dois anos denunciamos cotidianamente nosso estado de grave
insegurança hídrica com constantes problemas relacionados à quantidade e à
potabilidade da água. Nossas fontes naturais, benção divina da mãe terra,
utilizada tradicionalmente pelo nosso povo, sempre preservadas, em outros
tempos limpas e abundantes, agora, estão contaminadas e irrisórias”, diz parte
do Manifesto.
No texto, é provocado a população
brumadinense a refletir sobre o direito a água: “Reflitamos: É a água um bem
infinito? A quem pertence? Podemos confiar na qualidade da água que chega à
torneira? Como ficará a saúde sem acesso à água potável? É justo poucos
lucrarem com a destruição das fontes de água? Como garantir um mundo melhor
para as gerações futuras? Como ter futuro sem água?
Gritamos: As Minas são de água! O Vale é verde, é vida! Sonhamos com um mundo melhor! Outra realidade é possível, e necessária! ”.
Confira o texto completo: https://mab.org.br/2021/03/23/22-de-marco-manifesto-da-comissao-da-agua-em-tejuco-mg/
Pelo MAB
Edição 240 – Março 2021
Passadas as eleições, reeleito, Nenen
da ASA quer fechar Unidades de Saúde
As eleições
em Brumadinho foram o momento das promessas de vida feliz, o Hospital funcionaria
a mil maravilhas, a saúde só melhoraria e teríamos até 2 bilhões vindo da VALE.
Quem falasse o contrário era psicopata! Passadas as eleições, reeleito, o
prefeito Nenen da ASA quer fechar unidades de Saúde: a conta aos 12 mil eleitores,
muitos que se venderam, chegou rápido!
Dois meses
depois da posse, no dia 5 de março, a Prefeitura anunciou, através de um vídeo
institucional, que fecharia unidades de saúde no Município, segundo informou a
Associação de Moradores da localidade de São José do Paraopeba.
O prefeito
quer fechar também a unidade de Saúde do Retiro do Brumado, onde foi o
candidato mais votado.
Diante das
ameaças da Administração Nenen da ASA (PV), várias associações de moradores do
distrito de São José decidiram acionar a Prefeitura e diversos outros órgãos como
o MPMG – Ministério Público do Estado de Minas Gerais -, Câmara, Conselho de Saúde
em defesa da Saúde e do atendimento, como aconteceu durante o período eleitoral.
As entidades produziram um documento que foi assinado pelas associações de Marinhos,
Casinhas, Massangano, Grota, Gomes e Taquaraçu; Ribeirão e Martins; Rodrigues; Coronel
Eurico, Sapé e, ainda, a Associação Comunitária dos Moradores do Distrito de
São José do Paraopeba. Assinou o documento também Comissões de Atingidos e
Atingidas pelos crimes da VALE.
Por ironia
do destino, muitos dos que assinam o documento foram apoiadores da reeleição de
Nenen da Asa (PV), acreditando em suas promessas.
Nenen da ASA (PV) alega falta de dinheiro
As alegações feitas pelo prefeito causam muita estranheza. Até 2018, com uma renda anual de mais de R$ 200 milhões, Brumadinho era a 42ª cidade mais rica ente os 853 municípios de Minas Gerais. No ano passado, com a quantidade enorme de recursos da VALE, Brumadinho chegou a quase meio bilhão de reais e deve ter ficado entre as 10 mais ricas de Minas! Era tanto dinheiro que o prefeito gastou R$ 15 milhões pra derrubar praças novas e colocar outras no lugar instalando até mármore. Além disso, gastou milhões e milhões de reais para derramar asfalto em cima de calçamento e quase meio milhão só em máscaras de papel para a COVID. Passadas as eleições, o prefeito alega que não tem dinheiro.
Segundo a
prefeitura, houve “redução de repasses do CEFEM [imposto a mineração] da empresa
Vale”, o que, segundo ela alega, a obriga a realizar “algumas mudanças na Saúde com a otimização de alguns serviços”.
Ou seja, retirar atendimento à população, especialmente a população rural.
Reivindicações das localidades
As associações reivindicam a “permanência da ambulância UTI Móvel em São José Paraopeba, uma vez que sua transferência pode aprofundar os problemas de atendimento básico de saúde dos moradores do Distrito” e “continuidade dos trabalhos da Unidade Básica de Saúde de São José do Paraopeba, pois retornar a ser ponto de apoio vai prejudicar muito os atendimentos”.
Além disso,
as entidades reivindicam “reunião com a presença do Prefeito Municipal, Secretária
de Saúde e os representantes das comunidades na sede desta Associação com comunicação
previa para prestar esclarecimentos e alternativas favoráveis às comunidades no
melhoramento ao atendimento básico de saúde.”
Enquanto fecha
unidades de saúde, o prefeito emprega na prefeitura em torno de 1.400 eleitores
ilegalmente, nos termos do art. 37 da
Constituição Federal. Sem eles e seus familiares, provavelmente não ganharia as
eleições.
Edição 240 – Março 2021
Vacinação de profissional de Educação Física
causa revolta
Prefeitura poderia ter
vacinado antes os idosos de 75 a 79 anos
Circulou na sexta-feira, 19/3, no instagram e facebook, a foto de uma servidora pública de Brumadinho, profissional de Educação Física, comemorando sua vacinação. A foto causou revolta e questionamentos quanto à lista de prioridades da vacinação.
Nossa reportagem
tentou verificar se a servidora ocupava o cargo legalmente. No entanto, o “Portal
da Transparência” da Prefeitura de Brumadinho, mais uma vez, não trazia nenhuma
informação dos servidores de 2021. Ao que parece, trata-se de servidora que
ocupa cargo ilegalmente, ou seja, sem Concurso Público. De acordo com o art. 37
da Constituição Federal, a forma legal de ingressar no serviço público é o concurso
público. A não ser que a pessoa exerça cargo público de livre exoneração, como
secretários municipais e um número limitado de cargos de confiança. O que não
parece ser o caso da moça .
A culpa é da prefeitura
Quanto à vacinação, não foi a servidora que cometeu irregularidade. Já a Prefeitura poderia fazer diferente.
Segundo a orientação
do Governo Federal, é “facultado a Estados e Municípios a possibilidade de
adequar a priorização conforme a realidade local”. Isso quer dizer que a Prefeitura
de Brumadinho poderia, por exemplo, ter deixado esse tipo de profissional para
ser vacinada depois dos idosos de 75 a 79 anos, com certeza, muito mais vulneráveis
do que uma moça cheia de vitalidade.
Além disso, pode-se
questionar se essa atividade de Educação Física atende aos “critérios de exposição à infecção e de maiores riscos para agravamento e
óbito pela doença”. Na atual conjuntura da COVID-19, a prefeitura mantem aulas
de Educação Física na Praça de Esportes? Essa profissional está tão exposta quanto
os outros profissionais de saúde?
Prefeitura descumpre orientação do Ministério da Saúde
Outro problema da Prefeitura é que ela não cumpre o que ela mesma estabeleceu no seu “Plano Municipal de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19”. Ele deveria apresentar o Plano à “população-alvo e grupos prioritários para vacinação”. Mas apenas no dia 16/3 ela colocou o Plano no seu site, depois que o Jornal de fato cobrou à Assessoria de Comunicação.
Por outro lado, o que
a Prefeitura precisa, urgentemente, é agilizar a compra de vacina para toda a
população. O coronavírus adoece, deixa sequelas e mata todos os dias! É preciso
urgência! A corrida para salvar vidas não permite a perda de tempo.
Edição 240 – Março
2021
O desafio do controle sobre o espaço
público no território
Leice Maria Garcia
A quem pertence o mandato de um vereador eleito? Vivemos um momento delicado no Brasil, e também no território de Brumadinho, em termos de defesa do interesse público e do acesso à justiça. Tempos duros de pandemia que convivem com afrontas à democracia, inclusive com ameaças à liberdade de expressão. Em Brumadinho, a ameaça de cassação do mandato de um vereador, nos impõe compreender quando seria legítimo um vereador perder seu mandato.
Sabemos que quatro ideias fundamentais legitimam
o Estado Democrático de Direito: 1) que todo poder emana do povo; 2) que existe
separação entre o patrimônio público e privado; 3) que há impessoalidade nas
relações na esfera pública; e 4) que o bem comum é a finalidade do setor
público. Aprendemos a acreditar que as leis e todas as normas que submetem
governados e governantes vão garantir tornar essas ideias uma realidade. Porém
os acontecimentos do mundo real nos alerta que as coisas não são exatamente
assim.
Para fazer o Estado funcionar, primeiro existem
as eleições, respondendo à primeira ideia fundamental. As outras três ideias
obrigam o setor público a criar instrumentos de fiscalização para que todos os
que agem em nome do Estado, seja um prefeito ou um vereador, sejam coagidos
pela lei a se aproximar desses fundamentos. Então existe a vigilância de um
poder sobre o outro, por exemplo a fiscalização e o controle que a câmara dos
vereadores deve exercer sobre os atos praticados pelos prefeitos e seus
secretários. Também foram criados tribunais de contas, auxiliares dos poderes
legislativo e controladorias internas, auxiliares do poder executivo, para
permitir uma certa fiscalização dos atos dos agentes públicos, com relativa
prestação de contas à sociedade dos atos praticados. Por último, aprendemos a
ter esperança na autoridade suprema do Poder Judiciário para nos proteger de
lesão ou ameaça a direitos.
Porém, a realidade nos diz que toda essa
estrutura de controle não consegue resolver todo nosso problema. Convivemos, e não
é de hoje, com notícias de escândalos em jornais sobre desvios de recursos,
leis aprovadas que favorecem pequenos grupos, servidores públicos, efetivos ou
eleitos, especialmente vereadores, perseguidos, quando não mortos. Se olharmos
o Judiciário, vamos encontrar também grandes desafios. Como pensar sobre tudo
isso?
A única coisa que não devemos pensar é que o
Brasil é o pior país do mundo ou que o problema é a democracia, achando que, em
tempos de ditadura, as coisas eram melhores. Não, definitivamente não é por aí.
Dentre os quase 200 países que existem, é possível dizer que cerca de 100 estão
em pior situação. E, também, é bom lembrar que dentre os mais de 100 que estão
em melhor contexto, praticamente a totalidade é de democracias. Assim, a saída
para esse triste momento, tanto no Brasil, quanto aqui em Brumadinho é avançar.
Vamos para o problema do mandato. O voto é o grande símbolo da legitimidade da
democracia; ele fala que a pessoa eleita representa não apenas seus eleitores,
mas todos os eleitores.
Assim, se a cassação estiver ligada a
processo de fraude ou de qualquer subterfúgio que leve as pessoas a votarem de
forma equivocada, falseada, podemos considerar que a cassação é completamente
legítima. No entanto, se a cassação estiver relacionada com as normas internas de
funcionamento da Câmara, o problema passa a ser muito sério. Isso, porque em geral
as regras são interpretadas e, nessa interpretação, há riscos muito grandes de
prevalecer interesses pessoais e de grupos que exercem poder.
Como fazer frente a isso? Não é fácil. Mas a
primeira coisa é realmente enxergarmos que é a sociedade civil ou os governados
que sustentam a legitimidade e a ordem em que o Estado funciona. Então, que tal
olharmos detidamente para o caso concreto e pensarmos onde está o interesse público?
A acusação que pesa sobre o vereador não se refere à forma com que ele foi eleito.
Assim, a legitimidade do seu mandato é incontestável. A razão decorre de normas
funcionamento da Câmara?
As razões alegadas dizem respeito às relações
internas da Câmara que podem e devem ser resolvidas com outras soluções que não
passem pela afronta ao voto popular. Para resguardar a democracia, é preciso
que saibamos não existem agentes públicos prontos para promover o bem comum.
Existem agentes públicos que tenderão ao bem comum, se a sociedade civil ou os
governados forem capazes de se informar e de aprender a agir juntos para garantir
a prevalência do interesse de todos e não do arbítrio ou da vontade de poucos.
Assim, o que está acontecendo exige a atenção e o envolvimento de todos nós,
eleitores ou não do vereador, para que o posicionamento da Câmara, ao final,
reverencie o voto popular.
Leice Maria Garcia é Presidente do Observatório Social de Brumadinho
Edição 240 – Março
2021
Opinião
VALE continua deixando o Tejuco sem água
Evandro França
de Paula, Vandeco
A VALE destrói mais famílias em Brumadinho. Mais uma vez, a localidade de Tejuco está passando por grandes dificuldades por falta de água. A responsável, mais uma vez, é da mineradora VALE.
No ano de
2000, a empresa construiu uma estrada para transportar minério que comprava de
outra mineradora, a Mineral do Brasil. Depois dos crimes que a VALE cometeu, em
2019, ela voltou a utilizar a estrada. Para isso, precisou de fazer reparos na estrada. Ao fazê-los,
passou por cima de várias nascentes de água que abasteciam a comunidade do
Tejuco. Os reservatórios de água da comunidade ficaram assoreados por lama e minério.
Atualmente
a empresa fornece caminhões pipas para minimizar o estrago das nascentes e dos
reservatórios. O entanto, a população não está satisfeita porque a água
entregue que não está sendo suficiente para suas necessidades. Os caminhões não
conseguem atender o consumo diário. Um dos motivos é a demora para encher a caixa
d'água, trabalho que leva pelo menos cinco a seis horas. Assim, a água só chega
nas casas entre 10:30 e 13H45 da tarde. Quando chegam oito, oito e meia da
noite, a água já acabou.
A Comissão
da Água do Tejuco já comunicou, por várias vezes, o fato à mineradora e à Defensoria
Pública. Mesmo assim, a VALE continua negando às pessoas o direito a um bem básico,
a água. As pessoas continuam sem água para fazer suas atividades diárias.
Hoje, com
a pandemia, a população não pode sequer se proteger contra esse vírus devido à
falta de água. A população está muito preocupada pois está vendo que o coronavírus
está matando e mesmo ciente de tudo o que está acontecendo, a empresa não se sensibiliza
com mais de setecentas famílias. Até quando a VALE continuará matando? A
comunidade está em pânico, assustada e com muito medo.
Agora, por
que para uma mineradora, Mineral do Brasil, que ela impactou, ela realizou um
poço artesiano para que a mesma possa lavar seu minério e para uma população
ela vira as costas? Onde está a justiça que não estão pressionando a VALE para
que respeite o direito de ir e vir daquela população humilde? Até hoje ainda sai
água barrenta nas torneiras daquela população. É muito humilhante! A comunidade
está com várias pessoas idosas, crianças, adolescente, cadeirantes acamados que
necessitam de água para se higienizar e estão passando por muitas dificuldades.
Acorda, VALE! Acordem, promotores de justiça! A comunidade está pedindo
socorro.
Evandro França de Paula é Presidente da Comissão de Água do Tejuco
Edição 240 – Março 2021
Poucas & Boas
“Seu comércio está fechado porque o Bolsonaro
não comprou as vacinas na hora certa.”
Vitória Delazari, diante das
reclamações de comerciantes que instem em colocar seus negócios acima da vida
“Eu acredito que Jesus pode salvar as pessoas, mas as pessoas precisam se ajudar. Se a pessoa for ignorante, não usar máscara, não fazer o isolamento, não fizer a lavagem das mãos necessária, Deus vai dizer: ‘Peraí, eu tenho muita gente pra cuidar, meu filho. Se cuide’.”
Presidente Lula, em 10.3.21, discurso
no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo, após o Supremo ter anulados
todos os processos do juiz de 1ª instância, sérgio moro, contra ele.
“Eu aprendi com a minha mãe: lute sempre, acredite sempre, tente sempre, porque se a gente não acreditar na gente, ninguém vai acreditar. Se você não se respeitar, ninguém vai ter respeitar.”
Do mesmo Lula
“O Brasil não é dele [Bolsonaro] e dos milicianos. O Brasil é de 230 milhões de pessoas. E essas pessoas querem trabalhar, querem comer, querem morar, querem ter lazer.”
Do mesmo Lula
“Você não sabe como eu ficava feliz quando eu via um trabalhador mostrar uma picanha e falar: ‘Eu vou comer picanha e vou tomar uma cerveja’. É uma coisa fantástica.”
Do mesmo Lula
“Estamos falando da vida de 1.500 pessoas por dia, são 5 boeings caindo. Vacinação, vacinação, vacinação, testagem e isolamento social. Não tem jeitinho numa guerra. Estamos diante de um prejuízo épico, incalculável, bíblico.
Há grande chance de um colapso nacional. A população
precisa acordar para a dimensão da nossa tragédia.
Médico, e um dos maiores cientistas brasileiro, Miguel
Nicolelis, entrevista ao jornal O Globo, em 26.2.
Obs: Hoje, um mês depois, estão morrendo mais do
que 3.500 por dia, e vai chegar a 5 mil rapidamente se não mudarmos a relação
com a pandemia
Eu tenho me perguntado muito: qual é o valor da vida no Brasil?
Do mesmo Miguel Nicolelis
Edição 240 – Março
2021
AVABRUM inaugura Centro de Convivência
(foto: reinaldo fernandes / jornal de fato)
Segundo a
entidade, o Centro de Convivência foi pensado há pouco mais de um ano. “Este é
um momento que ficará marcado na história da AVABRUM por ser um espaço de respeito
e honra às 272 vítimas da barragem da mina do Córrego de Feijão”, registra a
entidade em seu site na internet (https://avabrum.org.br).
O espaço
foi pensado para fortalecer a convivência , restaurar a autoestima e melhorar a
qualidade de vida dos familiares por meio de atividades artísticas, educativas,
culturais, de lazer, promoção da saúde e terapia conjunta.
A Associação
acredita que “a possibilidade de conhecer novas pessoas, construir novas amizades,
fazer exercícios físicos e estabelecer relações interpessoais trará uma ressignificação
na vida” de todos os familiares. É uma “tentativa de resgatar um pouco de
felicidade porque não tem sido fácil nossas vidas desde 25/1/2019”, completa a AVABRUM.
Ainda segundo
a entidade, “cada detalhe foi pensado e criado com muito carinho para atender
com mais conforto e comodidade os familiares”.
Funcionamento
“Desde a inauguração o centro estava em funcionamento com todos os cuidados devido a pandemia. A Terapia da Ponte iniciou online antes da inauguração do Centro e o familiar que quiser usar o espaço no horário da atividade, pode ir para lá”, informa Alexandra Andrade Gonçalves Costa, responsável pelo Centro. Além dela, fazem parte da comissão do Centro Josiana Resende, a Jojô, da AVABRUM, e ainda Bernadete Almeida e Daniele Mendes, representantes da mineradora VALE, que decidem sobre as demandas do Centro. “Sou a responsável por acompanhar todo o projeto do Centro porque a ideia foi minha”, disse Alexandra à reportagem do Jornal de fato.
“O Centro
conta com espaço Kids em que o familiar pode deixar a criança ou adolescente
com as monitoras enquanto faz Yoga ou massoterapia. A acupuntura irá começar
após a reforma de adaptação que exige para a atividade no espaço. Tem uma
cadeira de massagem, horta, espaço de lazer que pode ser usado de forma livre”,
diz .
Após a
edição do decreto da “onda roxa”, pelo governo de Minas, com o acirramento da
pandemia, o Centro foi fechado, a massoterapia foi paralisada e a yoga está
sendo online.
O
familiar interessado em participar das atividades deverá ligar para os números
de duas pessoas que trabalham no setor administrativo da instituição e fazer a
inscrição. Os telefones são: a Flávia ou
Luana.
Edição 240 – Março 2021
Só Rindo
De papagaio
Depois de tomar seu lugar no avião, um rapaz
sossegado espantou-se ao ver um papagaio a seu lado, preso pelo cinto de segurança.
Resolvendo não fazer caso do pássaro, pediu um café à comissária de bordo.
- E me traga um uísque, já! – disse o papagaio,
com grosseria.
Minutos depois a comissária voltou com uísque,
mas nada de café.
- Ó, sua preguiçosa - disse o papagaio, depois de esvaziar o copo
-, outro uísque!
Novamente a comissária se apresentou para
levar a bebida para o papagaio, mas esqueceu-se do café. Aborrecido por não ser
atendido, o homem resolveu tentar o método do papagaio.
- Ó, você aí! – gritou para a comissária. – Um
café já, ou nunca mais tornará a trabalhar para esta companhia!
Um momento depois, um copiloto troncudo
aproximou-se, agarrou o homem e o papagaio e atirou-os pela porta do avião.
Enquanto mergulhavam pelo espaço, o papagaio virou-se para o homem e disse:
- Você teve fibra mesmo, rapaz. Especialmente
para quem não sabe voar.
Tá foda! Ou não.
Os dois, no boteco:
___ E aí, tem transado muito com sua esposa
nesta pandemia?
___ Que nada, cara! Ela vive cansada.
___ Como assim?
___ Sexta-feira
ela faz faxina.
___ E no sábado?
___ Dia de lavar roupa.
___ Domingo?
___ Lavar roupa.
___ E na segunda?
___ Dia de passar roupa.
___ Terça?
___ Acabar de passar roupa.
___ Mas... na quarta...
___ Dia de lavar o terreiro.
___ Pelo menos sobrou a quinta-feira. Na quinta
tem?
___ Que nada! Dia da dor de cabeça...
GAleRIa
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ResponderExcluirVocê pode fazer comentários também enviando mensagem para nosso e-mail defatojornal@gmail.com
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