Busque em todo o blog do Jornal de fato

ENTRE EM CONTATO CONOSCO: defatojornal@gmail.com / 99209-9899
ACOMPANHE-NOS NO facebook.com/jornaldefato

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

 

Edição 250 – Janeiro 2022

Auxílio Emergencial de 20 mil reais

O Prefeito de Brumadinho anunciou que a prefeitura dará um Auxílio Emergencial de R$5.000,00 para famílias e comerciantes atingidos pela última enchente. É uma ótima iniciativa! No entanto, o valor é muito baixo! Os desabrigados e desalojados precisam de dinheiro para comprar comida, tinta, material de construção, móveis, roupas, material de cama e mesa, eletrodomésticos etc etc etc. Cinco mil é muito pouco e é nada diante do dinheiro que o Município tem, um orçamento de quase R$ 423.000.000,00 em 2022. O prefeito precisa ser mais amoroso e corajoso e dar uma auxílio de pelo menos 20 mil. Dinheiro tem! E muito!

Leia no Editorial, pág. 2

 

Edição 250 – Janeiro 2022

Brumadinho lembra os três anos de crimes da VALE


No dia 25 de janeiro, atingidos de Brumadinho lembraram os crimes da mineradora VALE. A data marcou três anos de impunidade: os assassinos continuam livres para continuarem matando. A data foi marcada por uma série de atividades c
oletiva de imprensa, missas, caminhadas, carreta, atos em memória das vítimas da mineração.

A lama contaminada aumenta o crime da VALE

A lama percorreu o Paraopeba por cerca de 300 km. Os impactos são grandes e imensuráveis em toda a Bacia do Paraopeba, com 1, 3 milhão de habitantes. As chuvas do início de ano castigaram regiões destruídas pela mineração, rios e córregos assoreados.

 

Indígenas Kamakã Mongoió promovem Feira de Resistência


No dia 15/1, a Retomada Kamakã Mongoió promoveu o uma “Feira da Resistência”. O evento teve venda de artesanato produzido na aldeia, cânticos sagrados, danças e roda de conversa sobre a luta e resistência dos povos indígenas. No dia 29 eles expuseram no centro de Casa Branca.

 

Lula fala em revogar reforma trabalhista

O ex-presidente Lula, disparado em todas as pesquisas, tem falado em revogar a reforma trabalhista, seguindo exemplo do governo espanhol. A reforma não criou empregos e prejudicou os trabalhadores brasileiros.

 

Bairro Bela Vista tem lagoa de bosta


Uma lagoa de esgoto, ali, abaixo da rua Girassol.  A passagem deve ter entupido e a Prefeitura deixou assim, o que provocou a formação da lagoa.

Reinaldo Fernandes fatura mais um prêmio nacional

O Editor do Jornal de fato faturou mais uma premiação literária nacional.  Desta vez foi o Concurso Literário FLIT – Travessia - Festa Literária de Três Marias, MG. Fernandes ainda teve um conto escolhido como “Melhores do Ano da Revista LiteraLivre” 2021


Edição 250 – Janeiro 2022

Editorial:

O “Programa Auxílio Emergencial – Enchente 2.022” precisa ser de 20 mil reais. E com urgência!  

O Prefeito de Brumadinho anunciou que a prefeitura dará um Auxílio Emergencial de R$5.000,00 para famílias e comerciantes atingidos pela última enchente. É uma ótima iniciativa!

No entanto, o valor é muito baixo! Cinco mil é nada diante do que o Município tem de dinheiro. E não dá pra comprar quase nada para quem perdeu tudo ou perdeu muita coisa. Para se ter ideia, um fogão a gás ou uma cama não custa menos de 500 reais; uma geladeira não custa menos do que 2 mil e ninguém pinta uma casa com menos de 2 mil reais.

O dinheiro é do povo. Deve ser gastado com o que o povo precisa! Sem medo!

Os desabrigados e desalojados, aqueles que tiveram suas casas invadidas pela lama da VALE misturada à água do assoreado Paraopeba, precisam de dinheiro para comprar comida, tinta, material de construção, móveis, roupas, material de cama e mesa, eletrodomésticos etc etc etc.

Esse Auxílio precisa ser de, pelo menos, 20 mil reais. E a Prefeitura tem todos as condições de pagar isso, e até mais.   

Até 2018, o orçamento da prefeitura de Brumadinho era em torno de 200 milhões por ano, a 42ª cidade mais rica entre os 852 municípios de MG. Depois dos crimes da VALE, em janeiro de 2019, a administração de Nenen da ASA (PV) está nadando em dinheiro. Para este ano, a previsão é de entrarem nos cofres da prefeitura a fabulosa quantia de quase R$ 423.000.000,00 (quatrocentos e vinte e três MILHÕES de reais), mais do que o dobro dos anos anteriores. É tanto dinheiro que o prefeito gastou mais de 15 milhões de reais para derrubar praças novas e colocar outras piores no lugar; mais de 1 milhão para 13 dias com a Vila do Papai Noel: os brumadinhenses pagaram mais de 80 mil reais, por dia, para manter a invenção de Nenen da ASA.


Agora, é hora de o prefeito gastar com o povo necessitado. Um valor de, pelo menos, R$ 20.000,00 por núcleo familiar (mãe e/ou pai e filhos que moram na mesma casa) e casa comercial. Segundo dados da própria prefeitura, Brumadinho teve menos de 1200 pessoas entre desalojadas e desabrigadas pelas chuvas. Seriam apenas 91 famílias desabrigadas. Supondo que esse número de famílias seja o dobro, 180, mais os comerciantes, temos pouco mais de 200 grupos para serem auxiliados.

Criando um Auxílio Emergencial de R$ 20.000,00 por núcleo familiar, o Município gastará em torno de 4 milhões, o que significa menos de 1% (um por cento) da arrecadação anual. Sabe quanto ainda sobrará para o prefeito “torrar”? Sobrarão ainda 418 MILHÕES! O que mostra que o essa ajuda poderia ser de 30 mil para mais famílias que não faria falta ao nosso milionário orçamento. Se o município gastar, digamos, 30 milhões ao invés de 4 milhões no Auxílio Emergencial, ainda sobrarão quase 400 milhões! É muito dinheiro!

Reinaldo Fernandes
Editor
Para se ter ideia da dinheirama que está entrando nos cofres de Brumadinho, podemos comparar com cidades vizinhas: Ibirité tem população de mais de 182 mil pessoas (quase 5 vezes Brumadinho) e muito mais problemas e arrecadação de menos de 400 milhões; nossa vizinha Mário Campos tem 16 mil habitantes e arrecadação de R$ 54 milhões; Sarzedo, com número de população parecido com Brumadinho, tem previsão de arrecadar R$ 240 milhões.

É, portanto, perfeitamente possível que a Prefeitura cuide melhor das pessoas que tiveram suas vidas devastadas pela enchente, dando um auxílio de 20 mil reais. Só falta o prefeito ter um pouco mais de amor pelos brumadinenses. Será que ele tem esse amor? Porque dinheiro tem. E muito!  



Edição 250 – Janeiro 2022

Poucas & Boas

A mineração traz muito pouco, se comparar com o que ela leva. Itabira é uma das cidades com o maior índice de depressão e suicídios do estado. O impacto na saúde dos moradores de cidades onde há atividade mineradora é arrasador. Doenças respiratórias, problemas de pele, alto índice de câncer”.

Mauro Brandão, bacharel em Ciências Econômicas pela UFMG

Edição 250 – Janeiro 2022

Três anos dos crimes da VALE em Brumadinho

Brumadinho lembra os três anos de crimes da VALE


No dia 25 de janeiro, atingidos de Brumadinho, assim como romeiros de outras cidades, lembraram os crimes da mineradora VALE. A data marcou os três anos de rompimento da barragem da Vale em Córrego do Feijão. A palavra de ordem mais falada foi “Justiça”. Três anos depois, os assassinos continuam livres, sob a tutela da “Justiça” brasileira, historicamente uma “justiça de classe”, a classe dominante.

A data foi marcada por uma série de atividades coletiva de imprensa, missas, caminhadas, carreta, atos em memória das vítimas da mineração.

Desrespeito sistemático aos direitos humanos

Na coletiva de imprensa realizada no Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora do Rosário foram denunciadas as constantes violações decorrentes do crime da Vale e Tüv Sud, os três anos de impunidade e as enchentes na região pioradas pela lama da VALE, chamando a atenção sobre a necessidade de que medidas emergenciais sejam realidade para todas as comunidades atingidas e sobre os desafios para que a reparação integral aconteça de forma justa de Brumadinho até Três Marias.

Participaram da  coletiva o bispo Dom Vicente Ferreira (RENSER), Andresa Rodrigues (presidente da AVABRUM), Marcus Vinicius Polignano (Guaicuy), Wekanã (cacique indígena Pataxó da Aldeia Naô Xohã) e Joelisia Feitosa (membro do MAB representando os movimentos sociais).

Outra questão bastante debatida foram as estratégias da mineradora Vale para seguir negando direitos aos atingidos e novo ataque sofrido pelos atingidos com a enchente: “Milhares de atingidos pela Vale foram novamente impactados quando o rio subiu, deixou casas praticamente submersas e, ao retornar ao leito, abandonou toneladas de lama com rejeito tóxico nas ruas e nas casas”, denunciou o MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens.

Atos aqui e acolá


Não apenas em Brumadinho mas também em outras cidades o dia foi marcado pelas denúncias contra a mineração. Aconteceram atos também em
Congonhas, em Barra Longa (Atingidos de Mariana), Ponte Nova, Nova Lima (em Macacos) e em Betim.

 

Edição 250 – Janeiro 2022

Três anos dos crimes da VALE em Brumadinho

Opinião

Lágrimas de ferro

Mauro Brandão*

Janeiro virou mês de tragédias provocadas pelas chuvas, ou melhor, provocadas pela ação predatória do homem em confronto com as chuvas, que caem com mais intensidade neste período.

Janeiro também virou mês de reflexões históricas. Desde a fundação de Minas Gerais, estado que leva um nome autoexplicativo, a atividade mineradora se fez protagonista desta história, desde o ciclo do ouro e outros metais e pedras preciosas até o ciclo das commodities, produtos primários que têm preços estabelecidos pelo mercado internacional.

A mais poderosa commodity mineira é o minério de ferro, matéria-prima necessária para uma infinidade de produtos fabricados por diversas indústrias espalhadas no planeta. Por esse ângulo, podemos afirmar que a história de Minas Gerais é a mesma de sempre.

Desde que este território passou a ser habitado, o extrativismo mineral deu a tônica e a direção da economia. O que difere hoje dos tempos desde a colônia é a produtividade, a capacidade de extrair cada vez mais minério de ferro em um espaço de tempo cada vez menor.

A cada dia, máquinas sempre mais potentes aumentam a capacidade de cavar e extrair mais e mais toneladas de minério de ferro, sendo grande parte deste minério exportada para países industrializados, como a China.

Não é coincidência, portanto, que o mês de janeiro tenha se transformado em um período de tragédias associadas às chuvas e à mineração.

Mesmo não havendo rompimento de barragens, o transbordamento causa uma série de acidentes e alagamentos, como temos visto nestes dias, onde cidades inteiras ficaram ou estão debaixo d’água.

Carlos Drummond de Andrade já profetizava em seus poemas a melancolia que a mineração daria aos mineiros, que não trazem a si o sinônimo de mineradores, mas de vizinhos que temos que tolerar.

Passamos por tragédias monumentais com o rompimento das barragens em Mariana e Brumadinho, tragédias estas que jamais deverão ser esquecidas e minimizadas, e hoje o risco, o medo e a insegurança: a probabilidade de outros rompimentos é alta, cada vez mais, pois cada vez mais a atividade mineradora aumenta sua carga de extração de minério de ferro.

Socorro, um lugarejo do município de Barão de Cocais, deixou de existir quase que de uma hora para outra. Lugar gostoso, de festas tradicionais, e que foi evacuado pela Vale nas sombras de uma madrugada sinistra.

Não deu tempo nem de olhar para trás e se despedir. Os moradores simplesmente tiveram que deixar a história para trás, como se nunca tivesse existido. Não tiveram tempo nem de pedir socorro para Socorro.

Neste janeiro, a empresa Vallourec Mineração Ltda protagonizou cenas de horror. Sediada em Nova Lima, uma das barragens transbordou e exportou um mar de lamas para a BR 040, provenientes do rejeito da mina Pau Branco, em Brumadinho, indo parar em Nova Lima e cobrindo a estrada.

Dezenas de cidades viveram e continuam vivendo o assombramento dos alagamentos: Raposos, Ouro Preto, Ibirité, Sabará, Barão de Cocais são algumas destas cidades que retiraram o sono dos moradores, uma quantidade enorme de gente, que teve que retirar tudo o que foi possível das casas e se mudar, ou para a casa de parentes e amigos, ou para abrigos improvisados pelas prefeituras.

O músico e pesquisador Makely Ka escreveu algo substancial do retrato do espírito dessa nossa época: “A vida de quem vive em Minas é atravessada pelo minério, do início ao fim.”

Aprendemos a tolerar a atividade mineradora, mas não engolimos esse gosto de ferrugem que ela deixa na boca. A mineração traz muito pouco, se comparar com o que ela leva.

Itabira é uma das cidades com o maior índice de depressão e suicídios do estado. O impacto na saúde dos moradores de cidades onde há atividade mineradora é arrasador. Doenças respiratórias, problemas de pele, alto índice de câncer”.

Certo é que, ao abrirmos mão da indústria de transformação e a de bens e produtos finais, fazemos com que o ferro que sai daqui valha um – este pouco que se compara ao que leva, de acordo com Makely Ka – e volta, dos diversos países que recebem o nosso minério, valendo mil, num estado onde todos perdem entre minas de submersas histórias gerais.

*Mauro Brandão é mineiro de Caeté, escritor, poeta, músico, funcionário público federal, bacharel em Ciências Econômicas pela UFMG. O artigo foi transcrito do Jornal Opinião Caeté.

Edição 250 – Janeiro 2022

A lama contaminada aumenta o crime da VALE

O dia 25 de janeiro de 2022 marca os três anos do crime da VALE em Brumadinho. Foram 272 vidas ceifadas por irresponsabilidade e ganância. A lama percorreu o Paraopeba por cerca de 300 km até a hidrelétrica Retiro Baixo, entrando no São Francisco pouco acima da Usina de Três Marias. Os impactos são grandes e imensuráveis, não somente na Zona de Auto Salvamento (ZAS) considerada pela VALE, mas em toda Bacia, com 48 municípios e 1, 3 milhão de habitantes.

As chuvas do início de ano castigaram regiões destruídas pela mineração, rios e córregos assoreados e dezenas de barragens de rejeito que representam perigo constante para as populações.

Novamente atingidos pela VALE: doenças agora e depois

Na bacia do Paraopeba, milhares de atingidos pela VALE foram novamente castigados quando o rio subiu, cobriu as casas, arrastando tudo e, ao retornar ao leito, deixou toneladas de lama tóxica por onde passou. Diversas análises dessa lama estão sendo realizadas, mas os atingidos que entraram na água para ajudar as famílias ficaram com manchas vermelhas e coceiras, principalmente nas pernas e braços, enquanto os trabalhadores\as da VALE foram orientados a não ter contato com a água. Já os moradores, que conviviam com o problema do acesso à água e já denunciavam problemas de saúde, como dor no estomago, náuseas, diarreia e outros, viram o agravamento dos problemas e não têm condições de remover tanta lama contaminada de suas propriedades.

Os núcleos urbanos cortados pelo Paraopeba, como Brumadinho, Mario Campos, Juatuba, São Joaquim de Bicas, Betim e Esmeraldas ficaram inundados pelo volume inédito da enchente de lama, causada pelo assoreamento do rio.

Nas demais comunidades abaixo, a água não invadiu tantas casas, mas inutilizou poços, pastagens e plantações, aumentando os prejuízos dos que tentavam se refazer depois do Crime. Se antes o Paraopeba já estava contaminado, agora mais lama tóxica desceu o rio, depositando-se nas margens, nas propriedades e matando tudo em seu caminho. Essa lama contaminada, ao secar, se transforma em poeira também contaminada, que causa doenças respiratórios e outras mais graves, com o passar do tempo.

A política nefasta da mineradora VALE

Enquanto os problemas se ampliam, a VALE controla a reparação utilizando-se de todos mecanismos, com o seu poder político e econômico. Além de articular nos governos e no Poder Judiciário diversas formas de negar direitos, interferir nas políticas e nos conceitos e dificultar a participação popular, trabalha cooptando lideranças locais, causando intrigas entre os atingidos para desmobilizar, e promove o assédio moral, inclusive com os próprios funcionários.

Acordão contra os atingidos: dinheiro desviado para o “rodominério”

Para manter o controle e garantir segurança jurídica e lucros, foi feito o Acordo com o governo do estado e as instituições. Debate feito em segredo e sem a participação dos atingidos, o acordo fez a VALE economizar R$17 bilhões. Dos R$54 bilhões pedidos nas ações do MPMG, a VALE vai pagar apenas R$37 bilhões, descontando os “gastos já feitos” e transferindo valores para o governo do estado fazer obras que nada tem a ver com a reparação, como o RODOMINÉRIO, que levou R$4,4 bilhões. Esta obra, de interesse das mineradoras, destrói nascentes e florestas, divide comunidades e gera novos atingidos ou atinge novamente famílias no trecho pretendido.

 

Acordo é insuficiente para reparar os crimes da mineradora VALE

 

Ficou claro depois das enchentes anormais do início do ano que o acordo é INSUFICIENTE para reparar os prejuízos causados pelo Crime. Ao longo dos anos, outros danos vão aparecer, ou vão se agravar, e a empresa se esquiva da responsabilidade dizendo que tudo “está previsto no acordo”.

Nesses 3 anos, as conquistas alcançadas no processo de reparação foram fruto da luta e organização das pessoas atingidas.

Em nível nacional, a legislação brasileira tem sido omissa, e a ausência de leis agrava a situação dos atingidos. Por isso, o MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens - também luta pela aprovação Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas (PNAB) para garantir os direitos dos atingidos, instrumento de luta e parâmetro a ser seguido por qualquer empresa, na construção de qualquer barragem, em qualquer lugar do território nacional e em casos de rompimento e ameaças.

Por MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens

 

Edição 250 – Janeiro 2022

Retomada Kamakã Mongoió promove Feira de Resistência

Indígenas estão no território desde outubro de 2021


Em outubro de 2021, famílias indígenas lideradas por lideranças Kamakã Mongoió realizaram uma “retomada” no vale do córrego Areias, entre Casa Branca e Piedade do Paraopeba.

Sem suas reivindicações atendidas perlo poder público, os indígenas que moram nas cidades e que possuem inúmeros problemas ligados à moradia, risco social, carência alimentar, hídrica e dificuldade de acesso às políticas públicas têm iniciado, desde 2018,  processos de “Retomada” de territórios. 

O que é uma “Retomada”?

Até o ano de 1.500, o Brasil era habitado por indígenas. Segundo descoberta feita em Lagoa Santa, aqui em Minas Gerais haveria habitantes há mais de 12.000 anos. No entanto, os portugueses tomaram as terras dos indígenas, escravizaram muitos, e, desde então, eles lutam para manter sua terra e cultura. Expulsos de aldeias, muitas vezes sofrendo assassinatos de grileiros e mineradores, milhares deles vivem em condições desumanas em grandes cidades.  

Como a terra era deles e lhes foi tomada, eles fazem os processos de “re-tomada”: tomar o que já era seu. Os governos e instituições de Justiça não respeitam a Constituição Federal, que lhes garante a terra. Para não ficarem esperando eternamente (com o fazem há 44 anos, desde 1988), tomam a iniciativa da luta para forçar que a FUNAI – Fundação Nacional do Índio – faça a regularização do território. É o que está acontecendo em Brumadinho.  No início de dezembro passado a FUNAI visitou a aldeia e iniciou o processo. O órgão lhes entregou um documento para comprovar residência, o que possibilitou a matrícula da pequena Kenawara, sobrinha do Cacique Merong, na escola de Casa Branca.

Como vivem os indígenas

Para entender a “retomada”, é preciso entender a realidade na qual os indígenas em contexto urbano estão inseridos. Os motivos que os levaram à migração para as cidades pode ser, às vezes, voluntária ou, quase sempre, forçada e, em muitas situações, envolve violação de seus direitos humanos. Essa violação é motivada pela expulsão de suas terras de origem, fuga de conflitos, ameaças, inseguranças econômica e alimentar, falta de trabalho, ausência ou precariedade de serviços básicos, tratamento de saúde, comercialização de artesanato, estudos, dentre outras tantas razões.

Proteção da mãe-natureza e Feira de Resistência

Os Kamakã Mongoió em Brumadinho já promoveram um mutirão e plantaram mudas de plantas medicinais e frutíferas na localidade. Com a ajuda dos apoiadores da retomada, a água chegou em suas torneiras, as primeiras mandiocas já estão crescendo.

No dia 15 de janeiro, a Retomada Kamakã Mongoió promoveu o que chamaram de “Feira da Resistência”. O evento aconteceu no final do asfalto para o Córrego de Areia.

Além da venda de artesanato produzido na aldeia Kamakã Mongoió, a feira contou com cânticos sagrados tradicionais, danças e roda de conversa sobre a luta e resistência dos povos indígenas. O público foi brindado com um almoço com beiju, comidas típicas acompanhadas de carne ou legumes. A intenção é que a feira se torne periódica e que outros artesões da região também exponham suas produções.

Já no dia 29 de janeiro, eles estiveram na praça São Sebastião, no centro de Casa Branca, expondo e vendendo artesanato produzido por eles.

Um dos alvos preferenciais do governo bolsonaro, os indígenas têm esperança num outro governo central. “Esperamos que entre logo outro governo para que os povos indígenas parem de morrer desse jeito. Nunca foi tão difícil”, desabafou o Cacique Merong. “Espero estar vivo por muito tempo ainda, para continuar contribuindo com essa luta ancestral e centenária”, completou.

 

Edição 250 – Janeiro 2022

Lula cita Espanha como exemplo e fala em revogar reforma trabalhista

No Brasil, a reforma trabalhista tirou direitos básicos dos trabalhadores

Lula em São Bernardo, nos braços do povo

 

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Lula publicaram mensagens nas redes sociais manifestando empolgação com a reforma trabalhista que foi acordada entre governo, empresários e sindicatos de trabalhadores na Espanha e falaram em revogação das reformas no Brasil.

Na Espanha, a nova reforma, chamada também de "contrarreforma", revisa uma que foi feita em 2012 e que precarizou as condições de trabalho no país.

"É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na Reforma Trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sanchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores", escreveu Lula nas redes sociais no dia 4/1.

O ex-presidente compartilhou reportagem do site Brasil de Fato com o título "Espanha revoga reforma trabalhista que precarizou trabalho e não criou empregos".

"Notícias alvissareiras desse período: Argentina revoga privatização de empresas de energia e Espanha reforma trabalhista que retirou direitos. A reforma espanhola serviu de modelo para a brasileira e ambas não criaram empregos, só precarizaram os direitos. Já temos o caminho", publicou Gleisi um dia antes.

Empregos que não vieram

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que, quatro anos depois da entrada em vigor da reforma trabalhista, o número de empregos anunciado pelo governo Temer ficou só na promessa. O golpista tinha prometido 6 milhões de empregos e o que temos é em trono de 20 milhões de desempregados.

A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que a taxa de desocupação trimestral, que chegou a ficar entre 6% e 7% em 2014, subiu para 8,7% em agosto de 2015 -considerando-se trabalhadores formais, informais, por conta própria, entre outros.

Em meados de 2017, antes da Reforma Trabalhista, a desocupação era de 12,6%. Dois anos depois, em 2019, estava em 11,8%. Em 2021, o desemprego tem oscilado acima disso, entre 14,7% e 13,2%.

Movimentos populares

O PT é tradicionalmente apoiado pelos sindicatos filiados especialmente à CUT – Central única dos Trabalhadores -, pelo MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – e movimentos populares, especialmente os capitaneados pela Frente Brasil Popular. A hora é de exigir que o próximo governo do PT volte o País aos eixos.  Além da revogação da Reforma Trabalhista e das privatizações, é preciso revogar a Reforma da Previdência, a doação do pré-sal, as malditas desregulações nas leis ambientais e muito mais.    

 

Edição 250 – Janeiro 2022


Leia! Ler é a coisa mais importante do mundo!

Leia! Ler é a coisa mais importante do mundo! Vivemos em uma sociedade letrada, com escrita por todos os lados. Daí que a leitura se torna uma necessidade, uma forma de sobreviver. Mas não é apenas isso!  

“Quem lê vê mais. Ler é colher; e, mais ainda, é reorganizar cognitivamente o mundo. Ler é verbo. E verbo designa ação. Pensar, por exemplo”, garante o professor Darwin Santiago Amaral.

Paulo Francis radicaliza: “Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo.”

É a leitura que nos deixa espertos, inteligentes, mais críticos e mais abertos ao diálogo, mais capazes de ver a vida com outros olhos, de sermos mais compreensivos. Ou seja, a leitura nos liberta, nos faz melhores e mais felizes porque nos torna sábios, menos prepotentes. Ela serve para nos tocar o coração, como defende André Maurois: “A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde.”

E ainda serve para conservar nossa memória, aliviar tensões, traz alegrias e felicidade. Nos faz rir, chorar e nos torna mais sensíveis.

Incentivar nossos filhos a ler é dar a eles o que podemos dar de melhor. Nas palavras de Luiz Carlos Cagliari: “A leitura é uma herança maior do que qualquer diploma.”

É isso! 


Edição 250 – Janeiro 2022

Reinaldo Fernandes fatura mais um prêmio nacional

E tem conto escolhido como “Melhores do Ano da Revista LiteraLivre” 2021


O Editor do Jornal de fato fechou o ano de 2021 com “chave de ouro”. Fernandes faturou mais uma premiação literária nacional.  Desta vez foi o
Concurso Literário FLIT – Travessia - Festa Literária de Três Marias, MG, organizado por aquela Prefeitura Municipal.

Reinaldo Fernandes foi o único mineiro a ficar entre os 10 primeiros colocados e faturou o 3º lugar. Segundo a organização do FLIT – Travessia, “os trabalhos foram avaliados por uma comissão que considerou os seguintes critérios: a) originalidade; b) qualidade e correção do texto; c) qualidade da estrutura narrativa.”

Reinaldo recebeu um prêmio em dinheiro. “Comecei a ganhar dinheiro com literatura!”, brincou o escritor na rede social facebook.

O trabalho vencedor é o conto “Paixão de uma vida inteira”, a ser publicado no próximo livro de contos e crônicas a ser lançado pelo escritor.  Ainda no primeiro trimestre deste 2022 Fernandes  deve lançar seu terceiro livro, o “Minha vida é reticências”, obra composta de 156 poesias.  

Veja abaixo a relação dos 10 primeiros colocados, nome do autor ou pseudônimo e a pontuação alcançada.  

 

1º Lugar-  A Moça da Rosa Amarela - Suely Ravache - 50 pts

2º Lugar-  Ezequiel e as Formigas - Kristiane - 49 pts

3º Lugar- Paixão de Uma Vida Inteira – Reinaldo Fernandes - 48 pts.

4º Lugar- No Desfiladeiro do Fim - Czar Milch - 47 pts.

5º Lugar- Móveis Velhos - Vitor Hugo - 46 pts.

6º Lugar- Sonhos que se Acabam - Catarina Vitória - 45 pts.

7º Lugar- Em Busca de Ângela - Suzana Zilli - 43 pts.

8º Lugar- À sua Imagem e Semelhança - Verônica - 42 pts.

9º Lugar- Bento Aquino - 41 pts.

10º Lugar - Café - Thiago Maroca - 40 pts.

 Ano bom para o escritor

 Reinaldo Fernandes fechou o ano com saldo bastante positivo no ranking dos concursos literários de que participou. A Revista LiteraLivre, de suas 6 edições anual, publicou 5 trabalhos, sendo 4 contos e 1 poema (“Rua Guaicurus, esquina com São Paulo”, “Aninha – a que eu (não) seguia”, “Caixa de Chocolates”, “Paixão de uma vida inteira” e o poema “Quando chega para todos?”).


Reinaldo ainda teve trabalhos publicados pelas revistas
Ecos da Palavra (“Paixão de uma vida inteira” e “Diário da Quarentena – 381º dia - 1º de abril de 2021”), Traços (poemas “Marquinhos” e “A canção da chuva”), Entreverbo (“Sentidos”) e a Editora Trevo publicou “Tenho poemas”. Reinaldo teve também veiculação nos canais YouTube - Literatura já! e Spotify - Literatura já!, Google Podcast e em outras plataformas de streaming (conto “Promessa”), e ainda teve trabalhos em antologias impressas como do 3º Concurso Literário Beleza e Simplicidade, onde venceu o prêmio de Menção Honrosa com o conto “Promessa”; antologia Chorando Pela Natureza – Poemas geopolítica-ambiental - Toma Aí Um Poema (“A canção da chuva”) e Ao Vento Editorial - Antologia Mala de Bordo (contos ‘Fiquei sem minhas histórias” e “No seu formoso céu, risonho e límpido”. Desta última, com direito a royalties que serão divididos entre os autores.

Reinaldo emplacou publicação também no e-book do 2º Concurso de Poesias do COLEI da FFP/UERJ (Coletivo de Estudos e Pesquisas sobre Infâncias e Educação Infantil da Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio do Rio de Janeiro), poesia “Direito e Esquerdo”.


Fernandes venceu ainda os concursos Mostra Literária Algures (poema “Sentidos”) e 
Poesia Urbana–Edição 2021 UNIFEBE – Centro Universitário de Brusque – SC (“Doce de abóbora”)

A Folhinha Poética publicou dois poemas, “Fartura” e “Você”, para a edição de 2022 e ainda vai publicar “Minha vida é reticências”, na edição de 2023.


Reinaldo ainda teve três poemas declamados pelo aclamado poeta Odilon Esteves no 2º Fest Casa Branca (“Vai passar”, “Cheiro de Chuva” e “A canção da chuva”) e veiculadas no facebook.

Terminou o ano vencendo o 3º lugar no Concurso Literário FLIT – Travessia - Festa Literária de Três Marias, MG, com o emocionante conto “Paixão de uma vida inteira”.   

 Edição Especial da LiteraLivre

No dia 23 de dezembro, Reinaldo recebeu o que ele chamou de “presente de Natal”. O escritor foi informado de que um de seus textos “foi considerado pelos leitores um dos “Melhores do Ano da Revista LiteraLivre” 2021. “Paixão de uma vida inteira”, conto publicado na edição nº 30 da LiteraLivre foi escolhido pelos leitores  para fazer parte da edição especial. Fernandes recebeu também um certificado referente à escolha.

No total foram 27 trabalhos em antologias impressas e eletrônicas, publicações em revistas e vitórias em certames e declamações durante o ano de 2021, saldo bastante positivo.

Brevemente, Reinaldo Fernandes vai lançar “Minha vida é reticências”, seu segundo livro de poesias, que sairá pela editora portuguesa Ases da Literatura.

Início de 2022 “com pé direito”

O escritor já começou 2022 “com o pé direito”. “Seu texto foi selecionado para a 31ª edição da Revista LiteraLivre, nossa edição de 5º aniversário. Tivemos 622 textos inscritos e 94 selecionados”, comunicou no dia 31/1 Ana Rosenrot, editora da Revista, que foi lançada no final de janeiro.

 

Edição 250 – Janeiro 2022

Só Rindo

Tanto faz

O sujeito entra no boteco e pede um copo de vinho.

- Branco ou tinto? – pergunta o balconista.

- Tanto faz, eu sou cego!

Conferência

O sujeito chega quinze minutos atrasado a uma conferência, e ao entrar, o porteiro o alerta:

- Por favor, não faça barulho!

- O quê? Já tem gente dormindo?

Esperteza

Durante a guerra o capitão repara que o soldado está recuando, e o questiona:

- Soldado, por que está recuando?

- Capitão, a terra não é redonda? Pois então vou dar a volta e atacar eles por trás!

Sem preconceitos

No balcão da alfandega:

Seu nome?

Abu Abdalah Safari.

Sexo? Quatro vezes por semana.

Não, não, não! Homem ou mulher?

Homem, mulher. Algumas vezes camelo...

Sabedoria portuguesa

Manoel, Manoel, corre, corre!

Porque Maria?

A enchente tá levando seu carro!

Deixa de ser burra, a chave está aqui.

Primeiro homem

Na cama o marido pergunta à jovem esposa:

- Querida, diz-me que sou o primeiro homem da sua vida...

Ela olha para ele e responde:

- É capaz de ser... Tua cara não me é estranha!

Pipoca

Sabem quantos portugueses precisam para fazer pipoca?

Cinco, um pra segurar a panela e quatro pra mexer o fogão.

Bebida

Por que é que você bebe?

- Para afogar as mágoas!

- E resolve?

- Que nada! Elas aprenderam a nadar!

Edição 250 – Janeiro 2022

A lagoa do Bela Vista

No bairro a bela vista é uma lagoa de bosta


Uma lagoa de esgoto! Isso mesmo! Uma lagoa de esgoto, ali, abaixo da rua Girassol.  E a lagoa é nova? Não é não. Flavia Aparecida Pereira, vizinha da lagoa de esgoto, está cansada de pedir à prefeitura de Nenen da Asa (PV) para resolver o problema. Mas ela continua sem resposta.

Esgoto do bairro Bela  Vista

A lagoa de esgoto fica ao final do bairro Bela Vista, próxima à linha de trem de ferro. Provavelmente, o esgoto caía anteriormente no rio Paraopeba – como todo esgoto da sede de Brumadinho -, passando sob a linha férrea. A passagem deve ter entupido e a Prefeitura deixou assim, o que provocou a formação da lagoa. Ao lado, chegam as águas de uma mina que fica a uns 100 metros dali.  

Jogo de empurra


Segundo Flávia, confortavelmente, a prefeitura diz que é problema da COPASA. Aí a COPASA joga para a Prefeitura. Mas a Prefeitura cobra da COPASA? Afinal, quem manda em Brumadinho, o Prefeito ou a COPASA? Pelo visto, não é o prefeito...

Enquanto isso, Flávia, sua família e os vizinhos são obrigados a conviverem com o fedor 24 horas por dia. Até quando, Nenen da ASA?


 







Edição 250 – Janeiro 2022

Apenas trezentos metros de obra

Quilômetros de falta de vergonha na cara


“São só 300 metros!”, disse à reportagem do Jornal de fato Antônio Morais, morador da Rua Presidente Vargas (Estrada de Automóvel), no bairro do Jota. Morais referia-se ao trecho do Córrego do Bananal que passa atrás de sua casa.

“Mas a falta de vergonha é de mais de quilômetros!”, completou outra pessoa, referindo-se ao descaso da prefeitura.

Morais reclama  de uma solução para o córrego. Em sua opinião, a canalização que foi feita até a rua Pres. Vargas, desde a rua Quintino Bocaiúva, no centro da cidade, deveria prosseguir até a rua Rio Doce, onde está uma creche municipal e o PSF (posto de saúde) Planalto.   


A promessa dessa obra é antiga mas já em seu terceiro mandato o Prefeito Neném da ASA (PV) realizou a obra, apesar do s milhões e milhões  a mais que têm entrado nos cofres municipais. Agora, com quase 423 milhões para gastar em 2022, vamos ver se a obra acontece.  

Edição 250 – Janeiro 2022

Contribua com a “Campanha Contra a Fome”


Às vezes a gente, por ter o que comer em casa, pensa que todo  mundo tem! Às vezes a gente ajuda uma vez e acha que está bom, mas a fome no Brasil continua”. Quem diz é Reinaldo Fernandes, Presidente do PT de Brumadinho, que está à frente de uma campanha contra a fome.

Segundo dados da entidade “A Ponte Social”, “um quarto da população brasileira, 52,7 milhões de pessoas, vive em situação de pobreza ou extrema pobreza.” Já a Pesquisa realizada pela Rede Penssan mostra que mais da metade da população, quase 116,8 milhões de brasileiros, não se alimentam como deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente. A situação piorou muito desde o Governo Temer (MDB), e foi agravada agora no governo bolsonaro.

“Já conseguimos ajudar bastante pessoas. Pedimos às pessoas que continuem sendo solidárias, porque, no atual momento político do Brasil, com tanto desemprego e a pandemia,  a fome permanece”, completa Reinaldo.

Locais de arrecadação para fazer sua doação: Supermercados Luna e Fonseca; ABC da Construção; Ré Modas e Nova Opção.   

 

 

GalERIA:

















Nenhum comentário:

Postar um comentário