Edição 157 – Dezembro/2013
Homenagem
Abaixo, o poeta Cássio Vilela Prado, com uma poesia
participante do VI Concurso, presta homenagem a seu “irmão e pai”, Geraldo
Vilela Prado.
“Ao irmão e pai, Geraldo Vilela Prado, que sempre
escreveu com sangue em todos os seus atos. Poesia em si mesmo. Doado a tudo e a
todos. Da doce nascente campestre onde nasceu às águas salgadas ode escolheu o
seu ponto final.
Falecido. Cremado em 13/05/2012.
Cinzas e Pó lançados. Pura poesia inscrita. Doce sal.”
O Último Poema
Pseudônimo:
Aturdido
A
sua tinta acabou
Ele
não escreve mais
O
poeta tornou-se poema
Pura
poesia inscrita
Sem
a sua tinta
Insiste
em versar com o seu sangue
Vermelhos
versos doídos
A
obra tem que terminar
O
seu sangue acabou
Lança-se
com a sua pele
Retalhos
sem cores
A
obra não quer acabar
Ele
persiste com os seus ossos
Imprime-se
com as suas vísceras
Soçobros
A
obra agoniza
Ele
tornou-se pó
Desapareceu-se
na nascente do rio
Perdeu-se
no meio do mar
A
obra terminou
Pura
poesia inscrita
No
rio São João
No
mar de Itacaré
A
obra ficou
Em
memória do poeta
Agora
ele é poema
Pura
poesia inscrita
Doce
sal
Linda poesia, meu velho amigo! Lamento pela dor; agradeço pela obra. Mônica M. Diniz Gagliardi
ResponderExcluirObrigado, prezada Mônica! Abraços
ResponderExcluirObrigado, prezada Mônica! Abraços
ResponderExcluirLinda Tio...
ResponderExcluirO outro poeta...
Abraço
Tobias