Edição 247 – Novembro 2021
Nenen da ASA é processado por “rachadinha”
O prefeito Nenen da ASA (PV) foi denunciado mais uma vez e responde processo pelo crime da famosa “rachadinha”. Trata-se de tomar dinheiro de assessores políticos dos salários recebidos dos cofres públicos. No caso de Nenen, segundo a denúncia, ele recebia R$ 2.540,00 mensais de Josiane Soares Damaceno. A rachadinha viria de um acordo entre Nenen da ASA e o então vereador Flávio Miranda, o Flávio Rachadinha. As informações são do desembargador Júlio Cezar Guttierrez, Relator da ação no TJMG. Várias testemunhas comprovariam a rachadinha envolvendo o prefeito Nenen da ASA.
Edição 247 – Novembro 2021
Zema: fazendo graça com dinheiro dos mortos de Brumadinho
O dinheiro da reparação de Brumadinho, banhado
a sangue e lama de 273 mortos pela VALE, será usado pelo governador para outros
fins. Zema (NOVO) está usando o dinheiro para fazer politicagem em MG inteira.
O governador procura, assim, garantir sua reeleição.
Edição 247 – Novembro 2021
Relatos de quem enfrentou o racismo
Projeto Senti na pele:-Relatos é um grupo no Facebook
criado para negros pudessem denunciar ataques racistas na internet. Os relatos viraram
livro e, agora, as dolorosas denúncias, finalmente, chegaram aos ouvidos das pessoas
com o lançamento do audiolivro homônimo.
Edição 247 – Novembro 2021
Mil dias de impunidade
Atingidos pelos crimes da VALE se veem obrigados
a lutar contra a mineradora enquanto a “Justiça” acoberta os crimes. A 6ª Turma
do STJ decidiu anular o recebimento da
denúncia oferecida pelo MPMG pelas 272 mortes praticadas pela VALE, em Brumadinho.
Edição 247 – Novembro 2021
Os 10 crimes de bolsonaro
A CPI da COVID-19 revelou ao Brasil e ao mundo
o conjunto da obra sinistra de um governo que praticou crimes em série contra o
seu povo e a humanidade, como está no relatório, com mais de mil páginas de provas
testemunhais e documentais.
Edição 247 – Novembro 2021
População votará sem sair de casa
Nos próximos dias 5 até o dia 12, a população
poderá votar nos projetos da reparação dos crimes da VALE em Brumadinho. Trata-se
de R$ 1,5 bilhão par serem gastos em obras e serviços públicos. Leia no
Editorial.
Edição 247 – Novembro 2021
O Auxílio Emergencial CONTINUA
O
Auxílio Emergencial continua normalmente neste mês de novembro. O pagamento
será feito pela Fundação Getúlio Vargas – FGV - para todos que já recebem. O
pagamento “cairá” na conta no mesmo dia em que normalmente a pessoa recebe. O
valor é o mesmo. Quem já recebe não precisa fazer nada! Só sacar o dinheiro no
dia.
Edição 247 – Novembro 2021
Nenen da ASA é processado por “rachadinha”
O prefeito Nenen da ASA (PV) foi denunciado
mais uma vez e responde processo pelo crime de “rachadinha”
O Prefeito Nenen da ASA (PV) foi denunciado
mais uma vez. Seria novamente criminoso. Agora responde a mais um processo.
Desta vez, é a famosa “rachadinha”. É o mesmo crime de que é acusado o presidente
bolsonaro e seus filhos, especialmente Flávio bolsonaro, que comprou uma mansão
de 6 milhões. Trata-se de tomar dinheiro de assessores políticos do salários recebidos
dos cofres públicos.
A “rachadinha” é popularmente conhecida também
como propina: a pessoa ganha o emprego mas é obrigada a repassar parte de seu
salário ao político. No caso do prefeito Nenen da ASA (PV), segundo a denúncia,
ele recebia R$ 2.540,00 mensais de Josiane Soares Damaceno.
Ela, que tinha salário de R$ 3.040,00, ficava apenas com 500 reais. O restante
era repassado pelo vereador Flávio Miranda, o Flecha, ao prefeito Nenen
da ASA (PV).
A rachadinha seria
porque havia um acordo entre Nenen da ASA (PV) e Flávio: Nenen o teria ajudado
a se eleger em troca da rachadinha. “Era repassado pelo denunciado Flávio Miranda
Carvalho ao denunciado Avimar de Melo Barcelos, em razão de um acordo prévio
existente entre os denunciados, segundo o qual o denunciado Flávio deveria
repassar tais valores ao denunciado Avimar até o fim de seu mandato, como forma
de "retribuição" pelo fato do denunciado Avimar ter ajudado o denunciado
Flávio em sua campanha para o cargo de Vereador de Brumadinho, nas eleições municipais
de 2016”, diz o desembargador Júlio Cezar Guttierrez, Relator da ação no TJMG.
Flávio foi eleito com muitos votos, mais de 500, mas teve seu mandato de
vereador cassado exatamente sob a acusação de praticar a “rachadinha”.
Mais testemunhas falam da rachadinha que beneficiaria Nenen da ASA
Outras testemunhas comprovam a rachadinha envolvendo o prefeito Nenen da ASA (PV). São outros assessores de Flávio Miranda: Larissa Coelho Trevizano Tomaz, Jacqueline Vieira de Sousa, Adriana Alves Ribeiro e Bruno Johny dos Santos. “Os Investigadores de Polícia Civil informaram que, em conversa informal com o denunciado Flávio Miranda Carvalho, este lhes confirmou que repassava a totalidade da parte que recebia de Josiane para o denunciado Avimar de Melo Barcelos. No mesmo sentido, Larissa Coelho Trevizano Tomaz, Jacqueline Vieira de Sousa, Adriana Alves Ribeiro e Bruno Johny dos Santos - todos ex-funcionários do gabinete do denunciado Flávio Miranda Carvalho - informaram que o denunciado Flávio dizia a todos no gabinete que tinha feito um acordo com o denunciado Avimar de Melo Barcelos e que, por esse motivo, iria realizar repasses de parte da remuneração de Josiane ao denunciado Avimar, até o final do seu mandato (fls. 07/09. 14/15v, 16/19 e 20/2lv)”, diz o Relator.
“Portanto, estão
os denunciados Flávio Miranda Carvalho e Avimar de Melo Barcelos incursos na
prática do crime previsto no art. 316 do Código Penal, na forma dos arts. 29 e
71 do CP [...]" (fls. 02-A/02-C)”, continua Guttierrez.
Tanto o prefeito Nenen
da ASA (PV) quanto o Flávio tinham pedido arquivamento da denúncia, o que foi negado
pela Justiça. Diz o Tribunal de Justiça de MG: “Diante de todo o exposto,
RECEBO A DENÚNCIA oferecida em desfavor de AVIMAR DE MELO BARCELOS, Prefeito
Municipal de Brumadinho/MG, e FLÁVIO MIRANDA CARVALHO, pela suposta prática do
crime previsto no artigo 316 c/c artigos 29 e 71, todos do Código Penal.”
Mais uma vez nossa
cidade é envergonhada por mais uma denúncia de roubo de dinheiro público pelo
nosso prefeito. Brumadinho, que tem sofrido tanto com os crimes da VALE, ainda
tem que sofrer com esse tipo de coisa. É lamentável!
Edição 247 – Novembro 2021
Editorial
Tem eleição até 12 de novembro
Nos próximos dias 5 até o dia 12, a população poderá votar nos projetos da reparação dos crimes da VALE em Brumadinho. “Reparação” entre aspas. O que a VALE continua fazendo em Brumadinho é o ataque sistemático organizado, aos direitos humanos de nossa população. Com isso conta com o apoio de políticos, imprensa, e instituições que juram que são contra mas gostam de “mamar” no dinheiro da mineração com seus “projetos”.
De um lado, o prefeito Nenen da ASA (PV) que,
segundo o MPMG, queria meter a mão em R$
1,5 bilhão, não deixando a população opinar em que gastar o dinheiro; doutro
lado, o governador Zema (NOVO), que quer usar o dinheiro da reparação para
pagar obrigações que já são suas, como
manter escolas estaduais e fazer asfaltamento de uma cidade a outra e garantir
sua reeleição.
E nós, a população? O que faremos?
Reinaldo Fernandes Editor |
Há projetos de Saúde, de Cultura, para
atender aos quilombolas, para geração de trabalho e renda. Podemos ler e
escolher aqueles que considerarmos mais importantes. Só não podemos nos omitir!
'Bora votar!
Edição 247 – Novembro 2021
A
mineração e o jogo de cena: como a minério-dependência é usada (e distorcida)
no sequestro das economias regionais
Por David Ferreira Duarte
Estudante de Economia, extensionista do Programa
PUC Minas e Brumadinho - Unindo Forças
A história da mineração na América Latina é muito antiga, sendo que no Brasil se iniciou no século XVII, quando ainda era explorado apenas o ouro de aluvião. O estado de Minas Gerais, que tem a marca da mineração no nome, foi e continua sendo um verdadeiro “El Dorado”, da lenda indígena que atraía aventureiros europeus para a exploração de metais preciosos nas Américas.
Brumadinho
se insere na história da mineração na década de 30, quando se instalaram na região
as primeiras mineradoras, instigando o processo de urbanização desordenada e de
mudança no modo de vida da população. O tempo passou, a mineração mudou, mas
persiste; e até hoje a população mineira e brumadinense convivem com os impactos
da atividade econômica em seus territórios.
Para
permanecer tanto tempo presente, se evidencia uma importância não só econômica,
mas histórica, política e social, do extrativismo mineral. Nesse extrativismo, a
minério-dependência é a base que sustenta este cenário, tornando os territórios
reféns da atividade que tantas violências e crimes comete contra as populações
locais.
O que é minério-dependência?
Mas, afinal, o que é minério-dependência? Por definição, a minério-dependência é a situação na qual uma determinada economia se encontra refém de um modelo de crescimento dos resultados do setor mineral em seu território. Ou seja, um município, estado ou até país, se vê dependente da atividade extrativista para sua sobrevivência. A interlocução entre os resultados da mineração e a sobrevivência de estados e municípios se dá através da CFEM - Contribuição Financeira Pela Exploração Mineral. A CFEM é o imposto que as mineradoras devem pagar aos governos pela exploração mineral em qualquer território.
No caso
de Brumadinho, paga-se uma alíquota de 3,5% (teto) sobre a receita bruta com a
venda de minério de ferro. Os valores arrecadados, apesar de nominalmente
expressivos, não constituem fator preponderante para a sobrevivência econômica
do município.
Diferente
do que a narrativa capitalista industrial defende, a minério-dependência, em
Brumadinho, se apresenta muito mais como uma relação político-institucional do
que meramente econômico-financeira. A arrecadação pública com o minério não é
insubstituível, tampouco se justifica a manutenção de tal atividade no território
dado o volume e a força de seus impactos negativos para o desenvolvimento socioeconômico
local. No caso da VALE, isso vem representado pelo extremo das 272 mortes.
Segundo
levantamento do Portal Diálogos,
específico para o município de Brumadinho, a arrecadação da CFEM correspondeu,
em 2019, a 14,33% da arrecadação total do município, seguindo em 2020 com 13,8%
de representação no orçamento. Outras fontes de arrecadação apresentam valores
nominais similares e/ou superiores aos arrecadados com o minério, como é o caso,
por exemplo, do i) Impostos Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços; ii)
Participação em Impostos da União e Estado; e iii) Outras Transferências.
Receita Arrecadada
- Brumadinho - Espécie |
2019 |
Percentual |
Impostos sobre a Renda |
R$ 2.363.851,29 |
0,75% |
Impostos sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços |
R$ 44.381.784,55 |
14,08% |
Impostos sobre o Patrimônio |
R$ 10.355.885,00 |
3,28% |
Taxas e Emolumentos |
R$ 3.242.083,35 |
1,03% |
Contribuição para o Custeio da Iluminação
Pública |
R$ 2.228.955,65 |
0,71% |
Receita sobre Valores Imobiliários |
R$ 1.732.985,46 |
0,55% |
Cota-parte
da Contribuição Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM |
R$ 45.175.969,26 |
14,33% |
Cota-parte do Fundo Especial do Petróleo -
FEP |
R$ 8.321.311,78 |
2,64% |
Outras Transferências |
R$ 85.022.368,52 |
26,97% |
Participação em Impostos da União e Estado |
R$ 71.692.478,21 |
22,74% |
Receita para Financiamento da Educação |
R$ 25.259.207,01 |
8,01% |
Receita para Financiamento das Ações de
Assistência |
R$ 325.857,76 |
0,10% |
Receita para Financiamento das Ações em
Saúde |
R$ 14.446.516,51 |
4,58% |
Total Geral |
R$ 315.259.048,64 |
100% |
Fonte: Observatório Social de Brumadinho; Disponível em:
https://portaldialogos.org.br/2020/11/24/receitas-e-despesas-de-brumadinho-em-2019/
Município recebe da mineração mas gasta para a
mineração
É
importante notar que a extração do minério de ferro, sozinha, representa ao
longo dos anos mais de 10% da arrecadação municipal, o que é expressivo se
tratando apenas de um setor. Entretanto, essa representatividade não evidencia
uma dependência econômica absoluta e insubstituível, mas diz muito sobre sua
força política e institucional.
Dessa
forma, as promessas de geração de emprego e renda, de desenvolvimento local, dentre
outros benefícios a Brumadinho, feitas pela mineração, agem de forma a exigir do
poder público uma série de obras para a manutenção da mineração. Isso caracteriza
consequência da relação de dependência e a instauração de um modelo de
desenvolvimento econômico e social que pensa apenas no dinheiro a ser
arrecadado, no crescimento desordenado da malha urbana, no descaso com os recursos
naturais e com os modos de ser e fazer locais.
Infraestrutura pesada, pavimentação asfáltica, construção de pontes para a mineração
Ainda segundo o levantamento do Portal Diálogos, quando analisamos as despesas executadas pelo município de Brumadinho, é possível perceber a preferência do poder público local na execução de despesas que estejam de acordo com o modelo de desenvolvimento econômico e social citado acima. Esse modelo não reflete as verdadeiras necessidades da população local. Assim, investe-se prioritariamente em infraestrutura pesada, pavimentação asfáltica, construção de pontes e passarelas; enquanto o município de Brumadinho apresenta-se como essencialmente rural. Brumadinho possui 639.434 km², o que equivale a duas Belo Horizonte. Mas a população é aproximadamente 62 vezes menor, de 39.520 habitantes (IBGE, 2018).
Em
2019, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos apresentou um valor
liquidado (R$ 55.404.420,44) superior ao de outras secretarias estratégicas
para o desenvolvimento econômico e social do território, como por exemplo, a Secretaria
Municipal de Educação (R$ 45.719.227,72), a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (R$ 3.964.397,37) e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social
(R$ 6.435.944,64).
Classificação da Despesa |
Liquidada |
Unid.: 02023001 - SECRETARIA MUNICIPAL DE
OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS |
R$ 55.404.420,44 |
Unid.: 02005001 - SECRETARIA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO |
R$ 45.719.227,72 |
Unid.: 02009001 - SECRETARIA MUNICIPAL DE
MEIO AMBIENTE |
R$ 3.515.256,15 |
Unid.: 02009003 - FUNDO MUNICIPAL DE MEIO
AMBIENTE |
R$ 449.141,22 |
Unid.: 02010001 - SECRETARIA MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO SOCIAL |
R$ 4.487.418,02 |
Unid.: 02010002 - FUNDO MUNICIPAL DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL |
R$ 502.950,76 |
Unid.: 02010003 - FUNDO MUNICIPAL DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE |
R$ 1.445.575,86 |
Fonte: Observatório Social de Brumadinho;
Disponível em: https://portaldialogos.org.br/2020/11/24/planilhas-do-orcamento-2019/
Fonte: Observatório Social de Brumadinho; Disponível em: https://portaldialogos.org.br/2020/11/24/planilhas-do-orcamento-2019/
Salário de quem trabalha na mineração em Brumadinho é menor dos que trabalham na mineração na cidades vizinhas
Além dos altos gastos com obras que beneficiam a mineração, dados disponibilizados em texto para discussão do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, demonstram que os salários pagos pela mineração em Brumadinho, apesar de comparativamente, na média geral, serem altos, se encontram abaixo da média dos salários pagos pelo mesmo setor em outras cidades. Além disso, 70% desses salários se encontram na faixa abaixo de 4 salários mínimos, em que o pagamento de pouquíssimos salários muito altos puxam a média geral pra cima e passam a falsa sensação de que a mineração paga melhores salários do que outros setores da economia local.
O que se
constata, então, é que a lógica de mercado em que funciona a mineração possui
uma série de implicações negativas ao desenvolvimento socioeconômico de
Brumadinho. Além de concentradora de renda, a mineração é altamente prejudicial
para o meio ambiente, produz poluição atmosférica usados na explosão das minas,
poluição sonora pela quantidade de veículos de transporte de carga, poluição da
rede hídrica pelos rejeitos de minério, degradação do solo pela escavação, além
de utilizar quantidades expressivas de água, para não falar de baixar ou secar
o lençol freático, ouse já, acabar com a água da comunidade onde atua.
Há uma
visão de desenvolvimento econômico e regional que sustenta a manutenção da mineração,
uma vez que pensa o desenvolvimento de maneira centralizadora. Essa visão não
se atenta para o fato de que a melhora nos indicadores econômicos e sociais de
Brumadinho apenas se darão com um desenvolvimento que atinja todas as camadas
da sociedade. Ou, pelo menos, a maioria da população.
Edição 247 – Novembro 2021
A pergunta que não quer calar
“Como foi possível tudo isso acontecer no
nosso país, durante quase 20 meses, sem que as instituições e a sociedade civil
fossem capazes de conter a tempo esse morticínio planejado no Palácio do
Planalto? Como é que temos ainda 2 em cada 10 brasileiros apoiando este governo
demente e desumano, e indo às ruas para defendê-lo
Ricardo kotscho, em 20/10/21
Edição 247 – Novembro 2021
Contribua com a “Campanha Contra a Fome”
Às
vezes a gente, por ter o que comer em casa, pensa que todo mundo tem! Às vezes a gente ajuda uma vez e
acha que está bom, mas a fome no Brasil continua”. Quem diz é Reinaldo Fernandes,
Presidente do PT de Brumadinho, que está à frente de uma campanha contra a
fome.
Segundo
dados da entidade “A Ponte Social”, “um quarto da população brasileira, 52,7
milhões de pessoas, vive em situação de pobreza ou extrema pobreza.” Já a
Pesquisa realizada pela Rede Penssan mostra que mais da metade da
população, quase 116,8 milhões de brasileiros, não se alimentam como deveriam,
com qualidade e em quantidade suficiente. A situação piorou muito desde o
Governo Temer (MDB), e foi agravada agora no governo bolsonaro.
“Já conseguimos ajudar bastante pessoas.
Pedimos às pessoas que continuem sendo solidárias, porque, no atual momento
político do Brasil, com tanto desemprego e a pandemia, a fome permanece”, completa Reinaldo.
Locais de arrecadação
para fazer sua doação: Supermercados Luna e Fonseca; ABC da Construção; Ré
Modas e Nova Opção.
CPI da COVID aponta 10 crimes de bolsonaro
A CPI revelou ao Brasil e ao mundo o conjunto da obra sinistra de um governo que praticou crimes em série contra o seu povo e a humanidade, como está no relatório, com mais de mil páginas de provas testemunhais e documentais.
Primeiro, o presidente negou a gravidade da
pandemia; depois, gargalhando ao imitar pessoas que morriam asfixiadas com
falta de ar em Manaus, por falta de oxigênio; debochando dos
"maricas" que usavam máscaras e mantinham o isolamento social;
espalhando fake news contra as vacinas, com a ajuda dos filhos; e desfilando em
motociatas, palanques, churrascos e jet skis, enquanto o povo morria nos hospitais
superlotados, deixando um rastro de mais de 606 mil mortos pelo caminho.
bolsonaro cometeu 10 crimes, segundo a CPI,
entre os quais, crimes contra a humanidade, infração de medida sanitária
preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular
e emprego irregular de verbas públicas.
O presidente poderá pegar até 40 anos de
cadeia se for condenado por todos esses crimes.
Chefe de quadrilha
A CPI revelou uma série de omissões e crimes deliberados do governo e seus aliados: defesa da tese da imunidade de rebanho, atraso na vacinação e esquemas de corrupção na compra de vacinas, disseminação de tratamentos ineficazes e divulgação massiva de fake news.
Mais do que isso, o relatório final revelou o
grau de articulação de todos os 88 acusados pela Comissão, apontando
que Bolsonaro coordenava uma "organização oculta e secreta” que,
através de um gabinete paralelo ao Ministério da Saúde, envolveu membros do
governo, políticos, médicos, empresários, militares e blogueiros.
Eles agiam em cinco frentes: o núcleo de
comando, formado pelo capitão e seus filhos; o Gabinete do Ódio, coordenado por
Carlos Bolsonaro e assessorado por Filipe Martins e Tercio Arnaud; subordinado
a este encontrava-se o núcleo de fake news, uma rede de influenciadores
digitais e canais de internet, como Terça Livre e Brasil Paralelo, que já eram
alvos do inquérito do STF; o núcleo político, responsável por construir as
bases no Congresso, formado por políticos, autoridades públicas e religiosas,
dentre eles os deputados Ricardo Barros e Carla Zambelli, e o ministro Onyx
Lorenzoni; e o núcleo de financiamento, que sustentava economicamente a rede,
ligado a empresários como Otávio Fakhoury e Luciano Hang e aparatos como o
Instituto Força Brasil.
Para quem imaginava que os militares seriam
poupados, pelo menos dois generais foram implicados: Eduardo Pazuello, que foi
acusado de diversos crimes enquanto esteve à frente do Ministério da Saúde, e
Walter Braga Netto, que é acusado de epidemia culposa devido à produção e distribuição
de cloroquina.
Edição 247 – Novembro 2021
Zema quer usar dinheiro da reparação para cumprir obrigações que são
do Estado
O dinheiro, banhado a sangue e lama de
273 mortos pela VALE, será usado pelo governador para outros fins
Pode-se dizer que a chamada “reparação” que a
mineradora VALE e o governo Zema (NOVO)
alardeiam com as caríssimas propagandas na TV e rádio não passa de uma enganação.
Aproveitando o dinheiro de 273 assassinados pela VALE, Zema (NOVO) está usando
o dinheiro de Brumadinho para fazer politicagem em Minas Gerais inteira. O
governador procura, assim, garantir sua reeleição no ano que vem.
Desrespeito à população o tempo todo
O governo Zema (NOVO) desrespeito a população o tempo todo. Agora é a escolha dos projetos para Brumadinho, onde serão gastos mais de 1,2 bilhão de reais. A parcela da população que participa das discussões coordenadoras pela assessoria técnica independente AEDAS apresentou uma série de projetos que “desapareceram” na listagem do governo que será votada pelos brumadinenses. Além disso, há uma correria proposital com todo o processo, porque, para Zema, tem que acontecer antes das eleições do ano que vem.
Fazendo obras com dinheiro dos mortos e beneficiando a mineração
A quantia de R$ 1.500.000.000 (um bilhão e meio de reais) deveria ser gasta com projetos e serviços para o município de Brumadinho, nas obrigações do Município. No entanto, Zema quer usar o dinheiro para fazer coisas que já são obrigação do seu governo. Veja alguns exemplos: “Pavimentação da estrada Brumadinho-Bonfim”, “Pavimentação da estrada Brumadinho-Rio Manso-Bonfim”, “Construção de Delegacia de Polícia Civil em Brumadinho”, “Reestruturação de escolas estaduais”, “Continuar a obra da "Ponte do Estado" sobre o Rio Paraopeba”.
Edição 247 – Novembro 2021
Relatos de quem enfrentou o racismo chegam aos ouvidos dos brasileiros
"Senti na pele", obra organizada pelo jornalista
Ernesto Xavier, ganha narração em áudio das histórias reais de negros que vivenciaram
o preconceito
Projeto desenvolvido por Ernesto Xavier, jornalista, mestre em antropologia e ator, Senti na pele: relatos é um grupo no Facebook (https://www.facebook.com/sentinapele ) criado para que vozes negras pudessem denunciar ataques racistas na internet.
Os relatos foram parar nas páginas do livro
e, agora, as dolorosas denúncias, finalmente, chegaram aos ouvidos das pessoas
com o lançamento do audiolivro homônimo. Produzido pela Tocalivros e
narrado pelo ator e jornalista Leo Raoni e pela atriz Thais Cabral, Senti na pele: relatos apresenta histórias reais
de quem enfrentou o racismo no Brasil e sobreviveu para denunciar.
Xavier releva que a proposta da obra vai muito
além do que um local de denúncia. “É
um microfone aberto para espalhar nossa voz. É a oportunidade de termos o protagonismo
de nossos próprios relatos. É saber que existirão milhares de outras pessoas dispostas
a ouvir e acolher. É ajudar alguém que ainda não teve coragem de se abrir.” Dessa forma,
além de documentar fatos reais, a obra encoraja e dá forças a quem vive e luta
diariamente contra o preconceito.
Atriz Thaís Cabral |
O livro pode ser adquirido pelo site https://www.editoramale.com/product.../senti-na-pele-relatos
Edição 247 – Novembro 2021
Crimes
da VALE em Brumadinho
Mil dias de impunidade
Atingidos
se veem obrigados a lutar contra a VALE enquanto a “Justiça” acoberta os crimes
Às vésperas de completar o trágico marco dos 1.000 (mil) dias de impunidade do crime da Vale em Brumadinho, atingidas e atingidos da Bacia do Paraopeba, familiares das vítimas fatais e a população em geral recebem um presente macabro: a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em 19/10, anular o recebimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais pelas mortes provocadas com rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Ao todo, o crime provocou a morte de 273 pessoas, com 8 ainda não encontradas.
O procedimento contra 18 réus, sendo 16
pessoas físicas e as empresas VALE e TUV SUD, tramitava em Brumadinho. Agora o
caso deverá ser reiniciado na justiça federal.
Nota da AVABRUM
Em nota de repúdio à decisão, a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem na Mina do Córrego do Feijão – AVABRUM – questionou: “A lama está aqui! A dor está aqui! Os corpos estão aqui! MAS A JUSTIÇA NÃO ESTÁ?”
Protesto em frente à Justiça Federal
Atingidos e atingidas pelo crime da VALE na bacia do rio Paraopeba protestaram em frente ao prédio da Justiça Federal de MG. A manifestação aconteceu no dia 21 de outubro. “A decisão contribui para a impunidade das empresas envolvidas, especialmente da VALE S/A”, a declarou em nota o Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB. “Estamos em luta para que o STJ revogue imediatamente essa decisão absurda que atende os interesses dos criminosos. Não aceitaremos impunidade!”, dizia a nota do MAB.
Edição 247 – Novembro 2021
Poucas e Boas
“Aprendi que
coragem não é a ausência de medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não
é aquele que não sente medo, mas o que conquista esse medo”.
Nelson Mandela, na autobiografia
“O longo caminho para a liberdade”, 1994
“A grandeza da vida não consiste em não cair
nunca, mas em nos levantarmos cada vez que caímos”.
Do mesmo Mandela no
mesmo livro
“Lutar contra a pobreza não é um assunto de
caridade, mas de justiça”.
Do mesmo Madiba, em
discurso em Johanesburgo, em 2005, num ato contra a pobreza
Edição 247 – Novembro 2021
Não guarde rancor
Dizem que guardar rancor provoca câncer e infarto. Bom, fiz uma pesquisa
e não encontrei isso dito cientificamente. Mas ouvi Pe. Fábio de Melo cantar
que ouviu sua mãe dizer “que o ódio que se guarda vai matando só quem sente”.
E, se sua mãe falou, com certeza é verdade!
Não guarde rancor! Não vale a pena. Se não causa infarto, causa outras mazelas,
peso no coração, mal-estar. Não misture as coisas: mantenha seu senso crítico,
sua capacidade de questionar; lute contra todo mal, ou não faça nada disso. Mas
faça tudo sem ódio no coração, com leveza. Aproveite toda hora para perdoar.
Melhor ouvir Che Guevara: Hay que endurecerse pero sin perder la ternura,
jamás!
É isso!
Edição 247 – Novembro 2021
Opinião
Racismo
João Lourenço*
Em se tratando de Brasil, fica no ar sempre a
pressão psicológica e visual no cenário social. Pretos no Brasil tem sobre si nuvens
invisíveis que os fazem se sentirem pressionados em todo segmento social!. E
todo aquele preto(a) que toque na questão do privilégio branco, sempre terá
diante de si um branco a hostilizar suas argumentações. Pois os cidadãos pretos
em tudo tem de estar provando seu potencial em todos os segmentos.
Na realidade o branco brasileiro tem muita consciência
do poder, força que os cidadãos pretos(a) têm. Se você observar bem, vai
perceber que o tema racismo ganha a mídia quando alguém preto é vitimado por esta
violência física ou verbal secular. Os brancos detentores do controle da mídia
rapidamente se posicionam para deixarem suas opiniões de repúdio às então
naturalizadas violências corriqueiras contra os(as) pretos(as) brasileiros.
Finalizo dizendo que a palavra democracia no Brasil
nunca acolheu os cidadãos pretos neste país, onde o apartheid é agressivamente
alimentado por esta mídia que dita as regras deste jogo social. Já não bastasse
a hipocrisia, além dela, todos nós pretos vivemos as agressões visuais que, como
uma metralhadora, atinge a todos nós com estas programações. Nelas, os cidadãos
pretos neste país, pasmem!, nunca tivemos programações onde âncoras pretos pudessem
massagear "nosso ego" diante desta pressão absurda.
Mais um 20/11 vem aí! E, como sempre, para a maioria
dos brancos, "em time que está ganhando não se mexe".
*João Lourenço é um cidadão esperançoso de uma igualdade social concreta
Edição 247 – Novembro 2021
Reinaldo emplaca mais uma publicação na LiteraLivre,
outra na Cultural Traços, outra na Ecos da Palavra e ainda participará de
Mostra
E terá mais
outro conto veiculado pelo youtube e Spotify;
O Editor do Jornal de fato, Reinaldo Fernandes, emplacou mais uma publicação em revista nacional de literatura. A revista eletrônica LiteraLivre, ed. de nº 29, publicou o conto “Caixa de Chocolates”. O texto é parte do livro Sob Suspeita, lançado por Fernandes em 2015 (Editora Poesias Escolhidas).
“Foram 689 textos inscritos e 116 selecionados”, informou Ana Rosenrot, Editora da LiteraLivre. “Parabéns aos selecionados!!”, completou Rosenrot.
É a 11ª vez que a
revista LiteraLivre publica texto de Reinaldo Fernandes. Na edição anterior tinha
publicado o
poema “Quando chega pra todos?”, escrito no dia 2 de junho, data em que o autor,
Professor da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, recebera e comemorara
sua primeira dose de vacina.
A LiteraLivre é uma revista editada desde Jacareí – SP – cidade em que Reinaldo já
venceu concurso nacional.
Nova publicação na
Revista Traços
Reinaldo Fernandes emplacou também nova publicação na Revista Traços. “Parabéns! Seu trabalho foi selecionado para a 4ª edição da Revista Cultural Traços. No dia 1º de outubro a edição estará no ar”, informou Paulo Ras, editor da Revista.
“Estamos
divulgando os selecionados para a 4ª edição da Cultural Traços. 68 artistas, de
vários estados do país, além de Portugal e Moçambique, em um leque heterogêneo
e repleto de talento e beleza. Parabéns aos selecionados”, registrou o site da
Cultural Traços.
O poema de Reinaldo
que foi escolhido é “A Canção da Chuva”, que fala sobre queimadas. O poema foi
interpretado pelo poeta Odilon Esteves no II Fest Casa Branca, em julho. Consta
da página do poeta e também no perfil do facebook de Fernandes:
facebook.com/reinaldo.13.fernandes
Veiculação pelo youtube, Spotify, Google Podcast e outras
“Bom dia, Reinaldo. Informamos que seu texto será postado no dia: 17/09/2021, às 19h no YouTube e às 9h no Spotify. Obrigada pelo envio do seu material, muito sucesso para você no mundo das letras”. Assim. Nosso Editor foi saudado por Joyce Nascimento, do projeto “Literatura já.”
Trata-se de “Promessa”, conto com o
qual Fernandes concorreu na seleção do “Literatura já”, do Rio de Janeiro.
O “Literatura já” é um espaço que
compartilha literatura em formato de áudio no YouTube - Literatura já! e
Spotify - Literatura já!, Google Podcast e em outras plataformas de streaming.
Outra publicação na Ecos da Palavra
Também a revista Ecos da Palavra publicou obra de Reinaldo Fernandes pela segunda vez. O conto inédito “Diário da Quarentena – 381º dia – 1º de abril” foi publicado às páginas 109 a 113. “É uma excelência em cada trabalho publicado”, disse a Editora da Ecos, Catarina Dinis.
“Diários da Quarentena”
é uma série de crônicas que Fernandes está escrevendo durante a quarentena do
novo coronavírus. “Estamos finalizando meu próximo livro, o “Minha vida é reticências”,
de poesias. O próximo deve ser esse de contos e crônicas, que estou escrevendo,
especialmente, sobre esses dois anos de quarentena”, declarou Fernandes.
A crônica de Reinaldo
Fernandes, assim como os outros trabalhos, pode ser lida no link https://pt.calameo.com/read/00658225258936481f75d?fbclid=IwAR1yoomn4KltvgcU8Jfa_xd2smTyriDe7l_yFDhvzmuUOQXEuKtDZlVKuTM.
Escritor está também na Mostra Literária Algures
“Com muita alegria encaminho a vocês a programação da Mostra Literária Algures! Serão 128 poemas postados diariamente do dia 20 de outubro ao dia 20 de novembro de 2021, em 4 horários distintos: 8h, 12h, 18h e 21h” informou Grazi Calazans, Coordenadora da Mostra. A mostra ocorreria no Memorial de Curitiba, PR, mas, por causa da pandemia do Covid-19, será virtual.
Foram quase 800 poetas inscritos. O trabalho de Reinaldo Fernandes
que fará parte da Mostra é a poesia “Sentidos”, que será exposta no dia 6 de novembro, às 18 horas
“Vamos invadir a internet com poesia! Os poemas serão
postados simultaneamente no nosso instagram (@cultura.algures) e no facebook (culturaalgures)”,
completou Calazans.
Reinaldo é selecionado também para antologia Chorando Pela Natureza - Poemas geopolítica-ambiental
O poema “A Canção da
Chuva” foi vencedor também no certame do projeto “Toma Aí Um Poema”, a partir de Curitiba, Paraná. A responsável é a escritora
Jéssica Iancoski. A antologia está em fase
de acabamento e deve ficar pronta ainda no mês de novembro.
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