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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Edição 153 – Agosto/2013
Direto dos States
Jovem Marina Oliveira fala sobre intercâmbio cultural
Marina - última à direita - num passeio
do grupo de teatro da escola
Seu nome é Marina Paula Oliveira, completa 18 anos no próximo dia 23, cursa o 3º ano na escola Paulo Neto Alkmim, no 3º 3, filha de José Geraldo de Oliveira e Natalina Maria de Paula, e chegou recentemente dos Estados Unidos da América onde esteve participando de “intercâmbio cultural” por um ano. Em entrevista ao de fato, Marina nos falou de Educação, choque cultural, sua relação com o inglês. E mesmo correndo o risco de termos nossa entrevista espionada pelos norte-americanos, que se preparam para fazer mais uma guerra, pedimos a ela para falar sobre a política externa daquele país.
Com vocês, Marina Paula.

de fato: Você esteve recentemente nos Estados Unidos. Resumidamente, como foi essa experiência?
Marina: O intercâmbio foi uma fase de muito conhecimento para mim, não apenas para aprender a língua inglesa. Quando você chega lá, vê que a língua não é o mais importante, mas a adaptação a uma cultura nova, a pessoas que têm mentalidade diferente da sua. Adaptação, pra mim, é uma das características mais belas do ser humano. Adaptação nos ajuda no trabalho, no meio escolar, acho muito importante. 
de fato: Você falava fluentemente a língua inglesa? Como foi essa questão de estar num país de língua diferente?
Marina: Eu não falava. Comecei estudar inglês apenas 10 meses antes da viagem, em agosto de 2012. Nos primeiros dias foi difícil. Mas sou muito falante, então, para continuar sendo falante, tive que aprender rápido, eu perguntava muito. E a mímica também foi muito importante. Agora eu consigo conversar numa boa em inglês, o que não quer dizer que eu não tenha dificuldades com a língua.  
de fato: Como você avalia a Educação norte-americana, as escolas?
Marina: A estrutura física é muito melhor do que a de nossas escolas, até das escolas particulares. Quanto ao ensino em si, não vejo um nível maior. Acho que brasileiro tem mania de achar que tudo lá é melhor do que aqui. Mas não achei. A grade curricular é muito diversificada, o aluno faz o que gosta, e a gente aqui tem que fazer o que gosta e o que não gosta. Aqui a gente aprende às vezes umas coisas que não vai usar com tanta frequência mas que vai fazer parte de nossa inteligência daqui pra frente como cidadão. Lá, se você não gosta, você não faz e depois pode nem saber opinar sobre certas questões.  
de fato: E o currículo, era muito diferente do nosso, das escolas brasileiras?
Marina: O currículo é mais diversificado. O professor tem mais tempo para aprofundar os conteúdos. Mas às vezes sinto que algumas coisas, que certas partes do conteúdo, como o de química, eu não vi lá. O tempo de apresentação aos alunos de certos conteúdos é diferente.
de fato: E a cultura, como foi conviver em uma cultura diferente?
Marina: Foi muito legal! O que mais me chamou a atenção no início foi a relação das pessoas, por exemplo, eles não se abraçam como a gente. No início fiquei muito “no vácuo”, depois, inverteu, parece que aprenderam o meu jeito, eles passaram a me abraçar, a cumprimentar. A gente venceu essa diferença. Eles são mais taxativos, a coisa com eles é “sim” ou “não”. Nós temos um jeitinho brasileiro, no sentido positivo, de resolver as cosias, usamos um meio termo, a gente sempre tenta chegar num acordo que seja bom pra todo mundo. 
de fato: Os Estados Unidos estão, no momento, querendo atacar mais um país fazer mais uma guerra, agora contra a Síria. O que você acha da política externa norte-americana?
Marina: Eu acho que eles se perdem às vezes nesta tal responsabilidade mundial que eles dizem que têm. Acho que eles podem se preocupar com outros países sem prejudica-los, sem tirar o direito desses países. Acho que a ONU não dá certo porque países como os Estados Unidos têm privilégios na Organização.
de fato: Você sentia muita saudade do Brasil? De que, mais precisamente?
Marina: Sim, principalmente da Sociedade São Vicente de Paula de que eu participo e que me fez muita falta lá. A Sociedade São Vicente de Paula tem muito contato com os pobres, muitos jovens trabalhando pela mesma causa. Senti saudades de participar das reuniões semanais, da Conferência (de São Vicente), dos meus amigos e, especialmente, de minha mãe.
de fato: Uma mensagem para os leitores, especialmente os leitores jovens do de fato.

Marina: Não é preciso ir longe para você experimentar coisas novas. Que os jovens digam sim para as oportunidades, as experiências te enriquecem, te mostram diferentes ângulos. Vamos experimentar coisas diferentes, ir onde nunca fomos, fazer o que nunca fizemos. Aprender que seu jeito de viver não é melhor do que do outro, é só diferente.  
Marina e as crianças da família que a recebeu

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