Edição 136-Abril/2012
COPASA: taxa de
esgoto, enrolação e muitos buracos nas ruas de Brumadinho
A
Companhia de Saneamento de Minas Gerais, COPASA, opera em praticamente 100% das
cidades mineiras e é, sem dúvida, um patrimônio dos mineiros. Fornece água
tratada de qualidade, agora trata nosso esgoto. Mas não deixa de dar suas
“pisadas na bola”.
Há
quatro anos a população de Brumadinho paga, mensal e religiosamente, uma taxa
de esgoto equivalente a 40% do consumo em água. Apesar desse pagamento, a nosso
esgoto continua sendo lançado nos cursos do rio e, o pior, ninguém diz quando
serão colocadas em operação as ETE’s - Estações de Tratamento de Esgoto. O
atual prefeito, Nenen da ASA (ironicamente, do PV) prometeu em sua campanha que
ia acabar com a taxa de esgoto, mas essa foi mais uma das inúmeras promessas
que ele não cumpriu. E nem informa à população sobre a situação do contrato do
Município com a COPASA, que deveria tratar o esgoto.
Buracos
e buracos
Uma grande
reclamação dos moradores é quanto aos buracos feitos pela empresa. Moradores
reclamam que a empresa vai a uma rua realizar algum serviço, sempre deixa o
acabamento malfeito. É o que conta um morador da rua Presidente Costa e Silva, no bairro Presidente. “A COPASA abre os buracos mas nunca consegue fechar e deixar a rua como era
antes”, reclama o morador. “Um exemplo bem claro disto é em frente minha casa.
Quando vieram fazer a ligação de água aqui eles nem sabiam onde estava a
rede, onde ela passava. Eles abriram a rua toda e não acharam. Aí foi que eles
trouxeram a máquina e rasgaram a rua toda e acharam a rede no canto, perto da
minha casa”, continua o morador. Segundo ele, a COPASA abriu a rua sem saber
onde estava a rede. “Engraçado a COPASA não saber onde fica a rede”, diz,
admirado.
O morador continua explicando para a reportagem do de fato
que se não bastasse isso, tamparam de um jeito que virou um quebra-molas ao
contrário.
Rua Gaivota
Uma moradora da rua Gaivota, no bairro Regina Coeli, também
entrou em contato telefônico com a redação do jornal de fato para reclamar da
COPASA. Segundo ela, a empresa esburacou a rua Gaivota e a deixou toda
irregular. A reportagem do de fato esteve ao local e confirmou o que dizia a
moradora. Segundo a oradora, a COPASA “vive fazendo isso”. Na rua transversal, a Rua Araras, problema
parecido.
Bairro Salgado e Filhos
Já os moradores do bairro Salgado e Filhos enfrenta o
problema da falta de água. A reportagem do de fato esteve no local e conversou
com vários moradores. Na rua “5”, um casal disse que antes faltava muita água e
agora acontece nos finais de semana, de vezem quando. Na mesma rua, na parte
mais alta, outros moradores disseram que falta água par quem mora mais ao alto,
e avaliam que o problema é da caixa d’água que serve ao bairro, que serve
também à localidade de Pires, e não comporta muita água. Disseram que às vezes
a caixa d’água fica derramando água à toa, o que foi confirmado por outra
moradora. “Parece que a boia está com algum problema”, arriscou um morador,
falando que vê a água sendo desperdiçada quando sai para o trabalho.
Bairro do Jota
No Bairro do Jota, a reclamação é outra. Um córrego desce
desde o bairro Planalto, passando paralelo à rua Presidente Vargas,
atravessando-a e passando sem seguida ao lado do CEMMA para desaguar na galeria
da Av. do Bananal . Moradores reclamam da altura do mato às margens do córrego.
Na altura do nº 700, esquina com rua Aníbal Coelho, o mato passava de metro.
Foi roçado no dia 29 de março pela Prefeitura, perto deste local. No entanto,
no resto do córrego, até a rua Rio Doce, no final do bairro do Jota, ficou do
mesmo jeito.
Empresa não resolve
O morador do Presidente conta que fez a abertura de um
pedido para que a empresa fosse ao local consertar pois, quando passava carro
na rua, sua casa tremia toda. Segundo ele, a COPASA foi, “mexeram mais ou menos
e ficou igual ou pior do que estava”. O morador relata que abriu novo chamado,
disseram que consertaram e ficou do mesmo jeito. Então foi pessoalmente até a
sede da empresa em Brumadinho, disseram que iam voltar, e não voltaram. O
morador voltou e a COPASA fez nova promessa. Demoraram, foram, viram a casa
tremer e disseram que não podiam fazer.
A moradora da rua Gaivota também diz que já foram feitos
vários pedidos à COPASA mas nada foi resolvido.
O jogo do empurra-empurra
Não é a primeira vez. Há um jogo de empurra-empurra entre
COPASA e Prefeitura. Quando um consumidor procura uma, ela diz que é a outra;
quando procura a outra, diz que é a uma.
Mais uma vez, a COPASA disse que o problema é da Prefeitura. E o morador
questiona: “Por que da prefeitura se foram eles que recebem para isto? E porque
não fazem o serviço certo de primeira para não ter que voltar ao local?” “Onde
a COPASA põe a mão, nunca mais volta a ficar certo”, completa. Ele conta que
“tem gente que até apela e põe cimento por sua conta, cansado de esperar”.
Outro lado
A reportagem do jornal de fato procurou a COPASA para ouvir
suas explicações. Protocolou na sede da empresa documento solicitando sua
posição sobre os fatos. Como a empresa não deu retorno, não publicamos a
matéria em nossa última edição. No entanto, passado mais de um mês, a empresa
preferiu manter o total silêncio e não se pronunciar sobre os fatos. O que é
lamentável uma vez que uma empresa pública, deveria ter mais atenção com o
público e com a imprensa.
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