Edição 136-Abril/2012
Deputados eleitos com votos de
brumadinenses são a favor da corrupção
Dois assuntos dominam o noticio nacional nos últimos dias.
Um é o acidente sofrido pelo cantor sertanejo Pedro. O outro, o esquema de
corrupção comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira que veio à tona quando
foram divulgadas investigações da Polícia Federal que mostravam o envolvimento
do criminoso com o senador do DEM, Demóstenes Torres. Todo dia tem notícia
nova, ou da melhora de Pedro, ou de mais gente envolvida no esquema de
Cachoeira. Diante de tamanha corrupção, o Congresso Nacional (Câmara dos
Deputados e Senado) decidiram por instalar uma CPI – Comissão Parlamentar de
Inquérito – mista. Para instalá-la, líderes partidários começaram a colher
assinaturas dos colegas que concordavam com a instalação da Comissão para
apuração dos fatos. Infelizmente, vários deputados federais que receberam votos
de 5246 brumadinenses na última eleição, se negaram a assinar o requerimento de
instalação da CPI, o que é lamentável. Além de trair os 5246 brumadinenses que
votaram neles, esses deputados traíram também as lideranças que fizeram sua
campanha em Brumadinho, pediram votos para eles, defendendo seu nome junto ao
leitor.
Toninho Pinheiro e Eros Biondini: 4342 eleitores traídos
Um dos deputados que se recusou a colaborar para apurar as
denúncias de corrupção foi Antônio Pinheiro Júnior, o Toninho Pinheiro (PP).
Toninho Pinheiro é irmão de Dinis Pinheiro, o mais votado em brumadinho para
deputado estadual e atual presidente da ALMG. Toninho candidatou-se pela
primeira vez a um cargo de parlamentar, depois de ser prefeito por 8 anos em
Ibirité, cidade que dominam há muitos anos. Depois de gastarem – ele e o irmão
– em torno de 4 milhões na campanha, Toninho Pinheiro foi o mais votado em
Brumadinho, recebendo 3.811 votos, 22,9%
do total. ”Essa
zebrinha de Ibirité... tava
demorando o Brasil saber, porque Minas Gerais, principalmente Ibirité, conhece
de trás para frente”,
desabafou Maria Ivete no site de relacionamentos facebook.
Outro deputado que se recusou a colaborar para apurar as
denúncias de corrupção foi Eros Ferreira Biondini (PTB). Eros Biondini, cantor
e carinha de bom moço, auto intitula-se católico e faz parte da Renovação
Carismática dessa Igreja, seguimento que se caracteriza pelo intenso louvor a
Deus. Eros Biondini recebeu voto de 531 pessoas de Brumadinho, em sua maioria
cidadãos católicos. “Eros Biondini, um homem que já vi e ouvi cantar e pregar a
palavra de Deus deveria dar um bom exemplo aos seus admiradores entrar numa
dessas?”,
questionou a mesma Maria Ivete. “Pensava que fosse mais inteligente”, completou
a internauta.
Saraiva Felipe e
Mário de Oliveira
Outro político que
sempre recebeu votos em Brumadinho foi o peemedebista Saraiva Felipe. No último
pleito 250 brumadinenses acreditaram em suas “boas intenções”. Também votou
contra a apuração das denúncias de corrupção.
Já Mario de
Oliveira, Pastor da Igreja do
Evangelho Quadrangular, acusado de mandar matar desafetos (revista VEJA edição 2.260 de março/2012), também não quis assinar. A revista VEJA relatou o que chamou de “lado obscuro de Mário de Oliveira. A reportagem traz acusações feitas
por outro pastor da Universal, Osvaldeci Nunes, que privou da intimidade do
deputado Mário de Oliveira durante cerca de quatro anos. Num depoimento que
durou sete horas, Osvaldeci Nunes contou que, em 2009, o presidente da Igreja
do Evangelho Quadrangular lhe pediu para contratar um pistoleiro para matar
Maria Mônica Lopes, ex-cunhada do parlamentar, por questões de dinheiro. Em
2007, a polícia de São Paulo prendeu um pistoleiro supostamente contratado por
Mário de Oliveira para matar o então deputado federal Carlos Willian,
ex-integrante da igreja. O deputado também é investigado no Supremo Tribunal
Federal por formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica.
“Trata-se de uma apuração iniciada no
Ministério Público de Minas Gerais sobre irregularidades na execução de
convênios públicos destinados à recuperação de dependentes químicos - um
inusitado e instigante caso de milagre remunerado. Os pastores prometiam curar
viciados em drogas apenas com orações. Não curaram ninguém, evidentemente, mas
embolsaram uma fortuna destinada ao programa. O dinheiro foi parar na conta de
alguns pastores, em propriedades da igreja e em bancos no exterior. O relatório
do processo aponta indícios de que Mário de Oliveira tinha plena ciência do
esquema fraudulento que envolvia os milagrosos convênios da Quadrangular”,
diz a revista.
Mário de Oliveira (Partido Social Cristão) recebeu voto de
227 brumadinenses.
Outro, que não é pastor, mas tornou-se famoso pelas suas
belas palavras de autoajuda é Antônio Roberto Soares. O deputado Antônio
Roberto (PV) também não assinou e deixou a ver navios os 222 brumadinenses que
confiaram neles.
Walter Tosta (que foi do PTN, depois PMN e agora está no PSD)
foi outro deputado que não assinou o requerimento para apurar o esquema de
corrupção de Cachoeira. Tosta, que recebeu votos de 103 brumadinenses, disse
que não estava no Congresso no dia da coleta de assinaturas.
Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador, acusado de ter criado
o Mensalão de Marcos Valério, também não assinou. Recebeu 102 votos em
Brumadinho.
Walter Tosta que é batista praticante da Comunidade Batista Shalon deveria ter apresentado lá no dia para votar e não se esquivar.
ResponderExcluirObrigado por participar.
ResponderExcluirAgora, o filho do toninho é candidato a prefeito em Ibirité, será que as pessoas refletirão sobre a atitude citada acima? Claro que não! Ele vai ganhar com milhares de votos. Sinto vergonha de ser ibiritense e ter como representante tais pessoas. Mas o grande culpado não é só o politico, mas sim as pessoas que nele votam. É por isso que continuarei votando, mesmo assim por que sou obrigado "democraticamente" (kkkk)a votar. Se assim não fosse, sequer iria a zona (eleitoral).
ResponderExcluirQuero corrigir um detalhe no meu comentário acima. Eu quis dizer que continuarei votando EM BRANCO, como sempre fiz. Obrigado
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