Edição 151 –
Junho/2013
Concurso Público da Câmara ainda sem data
Dinheiro do último concurso também não foi
devolvido ainda
O Concurso
Público da Câmara Municipal, diferentemente da Prefeitura, ainda não tem data
para acontecer. No último dia 1º de julho, a Presidente da Câmara, Renata
Marilian Parreiras e Soares (PSB) e assessores; e o vereador Reinaldo Fernandes
(PT) estiveram reunidos com a Promotora do Patrimônio Público, Maria Alice
Alvin, do Ministério Público Estadual, para discutir a questão.
Na reunião, a
Presidente do Legislativo, Renata Marilian Parreiras e Soares, apresentou ao MP
a proposta no
quadro administrativo da Casa (incluindo organograma e Plano de Cargos e Salários), como ficou combinado na reunião do dia 16
de maio, da qual o vereador Reinaldo Fernandes também participou. Na proposta
apresentada pela Presidente da Câmara, Renata Parreiras, os cargos
comissionados (preenchidos pela Presidência da Casa, sem concurso público)
seriam reduzidos apenas em 4 (quatro), de 16 para 12. A Promotora Maria Alice
Alvin não gostou da proposta e insistiu em que a Câmara tenha menos cargos
comissionados e mais cargos efetivos, ainda que gratificados. Atualmente, esses
16 cargos, que têm os maiores salários somam mais de R$ 40 mil mensais da Folha
da Pagamento da Câmara.
Ministério
Público não gosta da proposta
Apesar da
insistência da Presidente da Câmara em manter tantos cargos comissionados, a
Promotora não gostou da proposta. Alvin adiantou ser contra uma série de itens
da proposta que acusou ser muito parecida com outra, apresentada pelo
Presidente anterior, Leônidas Maciel. A representante do MP insistiu em dizer
que cargos como Gerente Administrativo, Contábil e Financeiro; Gerente
Legislativo; Gerente de RH e Departamento Pessoal e outros devem ser de pessoal
técnico, concursado, ainda que recebam gratificações. Outra proposta que
incomodou à Representante do MP foi a de ter Chefe sem ter nenhum chefiado,
como é o caso da proposta apresentada por Renata Parreiras de “Chefe de
Departamento de Tesouraria”. A Promotora achou que não faz sentido, conforme já
decidiu o Supremo Tribunal Federal, um chefe abaixo do outro sem ter a quem
chefiar. A Representante do MP chegou a externar a opinião de que apenas o
Diretor Geral da Câmara deveria ter cargo comissionado e que até mesmo a Assessoria
Jurídica deveria ser de cargo permanente.
Depois de quase
duas horas de reunião, a Promotora ficou de analisar a proposta junto ao corpo
técnico do MP e fiscal do patrimônio público e dar uma reposta em 10 dias.
Devolução do dinheiro
Sobre a
devolução do dinheiro aos que se inscreveram no último concurso mas que não
aconteceu, a Presidente da Câmara, Renata Parreiras, disse ao MP que foi criada
uma “Comissão Sindicante” para encaminhar a questão. A Comissão é Presidida
pela Vereadora Alessandra do Brumado (PPS) e, de acordo com o art. 1º da
Portaria que a instituiu foi criada “para averiguação de possível
irregularidade havida na contratação da empresa CAP – Consultoria em
Administração Pública de Ville S/C.”
“Não faço disso
uma bandeira, uma
causa em prol do “meu” mandato (...)”, escreveu no facebook a Presidente do
Legislativo. “Diferente da Presidente da Câmara, eu faço da devolução do
dinheiro desses cidadãos uma “bandeira””, diz por sua o vereador do PT. “Esse
dinheiro não é da Presidente, nem da Câmara. Ela pode não gostar dda min há
opinião, e atér espito isso, é um direito dela não gostar da minha opinião,
discordar dela. Mas sinto uma má vontade por parte da Presidente da
Câmara. Parece que a Presidente não concorda com a ideia de que os cidadãos
sejam imediatamente ressarcidos e que a Câmara tenha responsabilidades, já que
o Concurso era promovido por ela”, lamentou Fernandes. ““Mesmo depois da
reunião acontecida em 18 de fevereiro, quando o Promotor Luiz Cheib disse a
Presidente que ela deveria devolver o dinheiro dos cidadãos; mesmo depois da
reunião do dia 16 de maio, em que o MP voltou a dizer que a devolução era
possível, em 1º de julho, o que temos é uma Comissão Sindicante para averiguar
o que todo mundo já sabe, a empresa CAP foi condenada em todas as instâncias da
Justiça, não pode nem mesmo recorrer”, conclui o vereador Reinaldo Fernandes
(PT).
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