Edição 185 – Abril 2016
Editorial
Gastar
bem o dinheiro do Município. Não é “roubar mas fazer”! É fazer sem roubar!
Brumadinho é uma
cidade rica. Dos 853 municípios de Minas Gerais, ocupa a 42ª posição em termos
de riqueza, segundo dados do IBGE (censo de 2010). Ora, se é rica, para onde
está indo nosso dinheiro? De duas, duas: 1) ele está sendo consumido na
corrupção; 2) ele está sendo colocado no lugar errado.
Com o dinheiro
que temos – e os problemas que temos -, deveríamos ter uma cidade bem melhor,
mais organizada, mais bonita, com mais serviços, que cuidasse mais e melhor de
seus moradores. Quando viajamos e vemos cidades menores, com rendas menores
mais bem cuidadas, limpas, organizadas, sempre nos perguntamos: o que é feito
do dinheiro de Brumadinho?
Essa é uma situação
que tem que mudar. É preciso planejar, organizar a administração, estabelecer
prioridades, se guiar pelas demandas da população, e não pela vontade do
gestor. Economizar onde é preciso economizar e gastar onde é preciso gastar.
Subterfúgios de
corrupção como servidores fantasmas (que apenas vão ao banco receber ao final
do mês); horas extras pagas sem serem feitas; oito, dez, quinze trabalhadores
onde um faria o serviço; gratificações de função para quem não exerce nenhuma
função extraordinária; emprego para atender a pedido de amigos sem que esses
amigos efetivamente exerçam um trabalho, ficando no local de trabalho à toa o
dia todo, o ano todo, dentre outras mazelas, precisam chegar ao fim. Da mesma
forma, o desperdício, o roubo de materiais e de gasolina; serviços feitos e
refeitos porque mal feitos; os gastos desnecessários precisam acabar.
Por outro lado, é
urgente que a Prefeitura organize-se para aumentar sua renda, buscando recursos
onde quer que eles estejam. O governo estadual, o governo federal, organismos
internacionais sempre possuem e colocam à disposição dos governos dinheiro para
projetos. Mas para isso é preciso querer buscá-los, é preciso querer gastá-los
de forma honesta, sem desvios, sem corrupção, prestando contas de seu uso. E é
preciso ter na prefeitura uma equipe preparada para buscá-los.
Reinaldo Fernandes
Editor
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