Edição 200 – Julho 2017
Operação contra fraude na Câmara de
Vereadores de Santa Bárbara termina com nove presos
Segundo
informou o jornal Hoje Em Dia (portal@hojeemdia.com.br - 27/07/2017 - 18h50), nove pessoas foram presas e 19
conduzidas coercitivamente no dia 27 de julho, em Santa Bárbara, na Região
Central de Minas Gerais, durante operação "Apollo 13" da Polícia
Civil, que investiga fraude na Câmara Municipal da cidade. Vinte e dois
mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Segundo
a PC, nove dos 11 vereadores que compõe o legislativo municipal estão
envolvidos no esquema, entre eles o presidente da Câmara, Juarez
Camilo Carlos (PSDB), 53 anos, e o ex-presidente José Ladislau
Ramos (DEM), 63 anos. Dentre as fraudes, estão pagamentos de mais de R$100
mil sem licitações para prestação de serviços de cinema em prédio que pertence
ao Legislativo.
"Chamou
a atenção que a Câmara Municipal, até então, nunca havia necessitado contratar
aluguéis de veículos, já que o automóvel de propriedade do órgão era
suficiente. Repentinamente, foram realizados esses contratos, que, segundo
laudo pericial, abrangeriam uma distância de mais de 522 mil quilômetros",
afirmou o delegado Domiciano Monteiro, titular da Delegacia de Santa Bárbara.
O
delegado informou ainda que vários vereadores são investigados
por apropriação de valores indevidos por meio de verbas diárias, que
deveriam ser recebidas em virtude de viagens oficiais. "Foi possível
constatar que vereadores combinaram receber diárias sem a realização de
viagens, sendo tais fatos confirmados posteriormente", disse.
Foram
presos também os vereadores Luiz Fernando Hosken Fonseca (PSL), 37
anos; Ermelindo Francisco Ferreira (PSL), 46 anos; Geraldo Magela
Ferreira, conhecido por "Carrapicho" (DEM), 48 anos; o
ex-procurador do órgão e ex-presidente da Câmara, Frederico Magalhães Ferreira
(PTC), 42 anos.
Servidores
da Câmara envolvidos
A
corrupção era praticada com ajuda importante de servidores da Câmara, que
muitas vezes fazem parte do esquema. Foram presos também os ex-chefes de
Gabinete Maria Aparecida Ferreira da Silva e Silva, "Cida", e Willian
da Silva Mota, 30 anos.
Foram
alvos de mandados de condução coercitiva o assessor de comunicação, Guilherme
Antônio de Assis, 31 anos; a servidora de RECURSOS HUMANOS, Rosilene Aparecida
Duarte Fernandes, 37 anos; a presidente da Comissão de Licitações, Ângela Maria
Pereira, 33 anos, e o Chefe do Controle Interno Phillipe Souza e Silva,
"Quick", 30 anos, entre outros.
A
Polícia Civil de MG também pediu o afastamento do cargo de outros quatro
servidores administrativos. Todos se servidores, por terem entrado no jogo da
corrupção também responderão pelos crimes e podem ser presos. Segundo o
delegado, "nos últimos anos, verdadeiras organizações criminosas estavam
instaladas no poder legislativo municipal com a finalidade de cometer crimes
com divisões de tarefas bem definidas."
Mais
prisões, afastamentos e conduções coercitivas
Foi
preso também o empresário Madson Geraldo Arcanjo, 45 anos. Uma pessoa está
foragida.
Quanto
aos mandados de condução coercitiva, foram alvo da ação também os vereadores Geraldo
Magela Silva, "Gegê da Ambulância" (PP), 40 anos; Timóteo de Lourdes
Ferreira (PPS), 53 anos; Wellington Flávio Resende do Carmo (PP), 42 anos;
Carlos Augusto Bicalho (PDT), 37 anos e Luciano Pires da Silva Luiz (PHS),
41 anos.
A
Polícia Civil de MG também pediu o afastamento do cargo dos vereadores
Juarez Camilo Carlos, Ermelindo Francisco Pereira, Geraldo Magela Ferreira,
Luiz Fernando Hosken Fonseca e Timóteo de Lourdes Ferreira, além de outros
quatro servidores administrativos. Os presos foram encaminhados para o sistema
prisional, onde permanecerão durante as investigações.
A PCMG
ainda investiga outros crimes envolvendo licitações, peculato e gastos de
publicidade de cerca de meio milhão de reais.
Ninguém
da presidência e nem da assessoria de comunicação quis falar sobre a ação da
Polícia Civil.
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