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sexta-feira, 16 de novembro de 2018


Edição 214 – Outubro 2018
Editorial
A eleição das Fake News

Quem for estudar História do Brasil daqui pra frente descobrirá que a última eleição presidencial foi a mais violenta desde a redemocratização do Brasil. Ameaças, mentiras, agressões, invasões de universidades com censura por parte de TRE’s, e pelo menos dois assassinatos cometidos por eleitores do capitão reformado.
Aqui em Brumadinho, houve ameaças feitas a homossexuais, além de agressões a rodo nas redes sociais. Já no dia da eleição, à noite, após o resultado, o Presidente do PT foi “homenageado” por um grupo de eleitores do capitão: por inúmeras vezes, passaram em frente à sua casa em seus carros, pararam, soltaram foguetes em seu terreiro, buzinaram e gritaram “chupa PT”. A “homenagem” durou até de madrugada.
Foi a eleição das fake news (notícias mentirosas da internet), criando, nos incautos e ingênuos, um ódio cego contra o PT, pura repetição da grande mídia ou da campanha do capitão, como o famoso “kit gay”, que, todos sabem, nunca existiu. Eleições fraudulentas desde que Lula foi impedido de candidatar-se, mesmo com uma determinação da ONU – Organização das Nações Unidas. E como o Golpe de Estado teve – e continua tendo – um papel central do Supremo (“Com o Supremo e com tudo”, como diria o “filósofo” Romero Jucá – pMDB), de nada adiantaram as denúncias feitas pelo Jornal Folha de São Paulo sobre os crimes de Caixa Dois praticados pelo militar: o TSE fingiu que, no caso do capitão, não era crime.
O homem que defende abertamente a tortura; que se orgulha de ter votado – duas vezes, como ele diz – contra as empregadas domésticas; que defende metralhar um aglomerado urbano; que insinua que negros são animais ao dizer que quilombolas são muito gordos e deveriam ser pesados no arroba; que defende a perseguição aos adversários e o ataque aberto a trabalhadores rurais sem terra; que disse publicamente a uma deputada que só não a estuprava porque ela era feia; que disse ter usado o dinheiro do “auxílio-moradia” para “comer gente” – dentre outras coisitas mais! – foi eleito por 39% dos eleitores.
Reinaldo Fernandes
Editor
O anúncio de suas primeiras medidas, como a Reforma da Previdência; o fim dos Ministérios do Meio Ambiente, do Esporte e da Cultura; o convite ao juiz de 1ª instância que dizia que nunca entraria para a política para Ministro; a volta da CPMF; o aumento de imposto para a classe média; e a taxação das igrejas já causaram grande impacto negativo, e o número dos arrependidos aumenta a cada dia.
Preocupando o mundo inteiro por causa de suas posições consideradas fascistas, o capitão toma posse em janeiro, para um mandato de quatro anos. Enquanto isso, os movimentos sociais recordam a “Bella Ciao”. E preparam a resistência.    


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