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sábado, 14 de março de 2015

Editorial
Passeata pela Paz

Um grupo de pessoas caminhando e pedindo paz. É verdade que não eram milhares de pessoas. Mas também é verdade que não eram poucas. Foi, com certeza, um dos eventos mais importantes da cidade nos últimos tempos. Não pelo tamanho, mas pela significância.
Nosso município passou de lugar pacato para palco de constantes assassinatos nos últimos anos. Em pouco tempo, começamos a presenciar e a ter notícias de assassinatos num lugar onde se passavam anos a fio, cinco, dez, sem nenhuma ocorrência desse tipo. Como regra, a notícia tem sido de que um jovem, menos de vinte anos, foi assassinado. E não é só isso.
Os roubos em nossos lares aumentaram de forma alarmante. No bairro tal, no outro bairro, na casa de fulano de tal. E de gente trabalhadora, que tanto suou para adquirir seus bens. Afora essa violência – considerada de menor importância pelos critérios da Polícia Militar -, ainda temos convivido com assaltos à mão armada nas lojas, nas ruas, em plena luz do dia.
A hora era de reagir. E veio a reação. Saindo da Praça de Eventos do bairro Progresso, o cortejo caminhou rumo ao centro da cidade. Vestidas de branco, balões em punho, apitos, adultos, jovens e crianças mostraram a cara e deram um recado às autoridades: NÃO QUEREMOS VIOLÊNCIA! NÃO QUEREMOS IMPUNIDADE!
Reinaldo Fernandes
Editor
Esse era o lema da Passeata Pela Paz: “Pela segurança pública e contra a impunidade”. 
Liderada pelo Padre Renê, a passeata cobrou de nossas autoridades que tomem providências para fazer cessar a violência. No centro da cidade, quando o grupo deu um abraço simbólico na Praça da Bandeira, Padre Renê lembrou as mães que choram seus filhos, e todos rezaram juntos por dias melhores. Ao ser questionado por um policial militar que dizia que a população não podia parar o trânsito, o líder religioso avisou que a ideia era ficar ali por vinte minutos, mas não podendo, esperava que a Polícia Militar fosse tão rápida para atender os chamados de ocorrência que lhe eram feitos quanto era para tentar dispersar as pessoas, no que foi muito aplaudido.
Foi um primeiro passo. Foi um passo importante. O recado é direito: todos nós, cidadãos e autoridades, devemos colocar, na ordem do dia, a questão da violência em Brumadinho. A saída para o problema não é fácil. No entanto, sendo verdade que dois pensam melhor do um, é hora de juntar forças. NÃO QUEREMOS VIOLÊNCIA! NÃO QUEREMOS IMPUNIDADE!


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