Minas denunciará
Aécio e Anastasia ao Ministério Público Federal
O deputado
estadual Durval Ângelo, líder da bancada do PT no Legislativo mineiro, declarou
recentemente que houve “total corrupção” nas gestões do PSDB iniciadas no
Estado em 2003, com a eleição de Aécio Neves para o governo do Estado. Segundo
Ângelo, conclusões da uma auditoria sobre os governos anteriores são
“estarrecedoras”.
Ângelo afirmou ao
jornal O Estado de São Paulo que as irregularidades envolvem os governos
anteriores exatamente com as mesmas empreiteiras investigadas pela Operação
Lava Jato, da Polícia Federal.
Segundo o
petista, há uma investigação em curso com foco na construção do estádio
Mineirão – que será alvo de CPI que a bancada estadual do PT pretende abrir –,
a construção da Cidade Administrativa pelo governo Aécio Neves, a construção de
estradas dadas em concessão à iniciativa privada (empreiteiras citadas na
Operação Lava Jato), pagamento de vantagens irregulares a servidores vinculados
aos governos tucanos e irregularidades na companhia de saneamento básico de MG,
a COPASA. Segundo Ângelo, esses são os focos principais das auditorias dos
governos Aécio Neves e Antônio Anastasia (ambos do PSDB) que o governo Fernando
Pimentel (PT) está levando a cabo, mas não são todos, haveria muitas outras
linhas de investigação.
O deputado petista afirma que já existem “elementos evidentes” sobre
corrupção nas gestões tucanas e esses elementos serão tornados públicos no fim
de março ou começo de abril.
Ângelo informa que os suspeitos sem foro privilegiado serão denunciados
ao Ministério Público Estadual, apesar de ser controlado por um
procurador-geral indicado pelo ex-governador Anastasia. Com foro privilegiado
só figuram nas investigações os ex-governadores tucanos, que, por conta disso,
serão denunciados ao Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.
Operação Lava Jato
O deputado também disse que, durante os governos tucanos, Secretários de
Estado, por exemplo, eram denunciados ao MP mineiro pela oposição, mas, como
tinham foro privilegiado – só podiam ser investigados pelo chefe do MP Estadual
–, as investigações não andavam, pois o procurador-geral “sentava em cima”.
Como agora esses servidores não têm mais foro privilegiado por não fazerem mais
parte do governo qualquer procurador poderá investigá-los.
Já Aécio e Anastasia, por serem senadores poderão ser investigados pelo
MPF, apesar de que a competência para investigá-los seria do procurador-geral
do Estado. Mas como algumas supostas irregularidades os vinculam a empreiteiras
envolvidas na Operação Lava Jato, que tem escopo federal, a denúncia pode ser
feita à Procuradoria Geral da República. Na última semana, o Senador Antônio
Anastasia foi citado na lista de políticos envolvidos na operação Lava Jato.
Anastasia foi incluído na lista pelo Procurador Geral da República, que é
também o representante do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot.
O deputado Durval Ângelo diz que, como se trata do PSDB, ele desconfia
de que um elemento fundamental em investigações, a pressão da imprensa, não
existirá, facilitando a vida dos acusados. Mas afirma que o que cabe ao governo
Pimentel fazer, está sendo feito.
Fonte: Brasil 247
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