Problemas na iluminação pública
Os ativos da
iluminação pública, antes de responsabilidade da Cemig, foram repassados aos
municípios. A Resolução Normativa n° 587/2013, da Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL), fixou o prazo de adequação por parte das prefeituras até 31
de dezembro de 2014. Desde o início de 2014, os municípios sabiam que a partir
de 1º de janeiro de 2015 eram eles que deveriam cuidar da iluminação
pública. No entanto, eles não tomaram as
providências a tempo. O resultado está em toda a cidade: postes sem lâmpadas,
escuridão por todo lado. Alguns exemplos podem ser vistos na rua Rio Paraopeba,
no bairro do Jota; nas ruas Gabriel José da Costa, Suzana e José Maria Bibiano,
no Santa Efigênia. Outra rua que está às escuras é a João Gomes Teixeira, no
bairro do Carmo. Exemplos também podem ser vistos no interior do Município,
como em Marques.
“Na rua da minha
casa, estamos sem luz a um mês ou mais... Tivemos que improvisar uma iluminação
na frente de casa para não ficar tão escuro... Vergonha...”, comentou uma
moradora da Rua Suzana, também no Santa Efigênia.
Inúmeras pessoas tem
procurado a Câmara, gabinetes de vereadores e o PROCON, para reclamar da
escuridão em suas ruas. De acordo com as informações da Secretaria Municipal de
Obras e Serviços Urbanos, a Prefeitura não tem condições técnicas e nem
material para fazer a troca das lâmpadas queimadas, e a população continuará no
escuro por mais um tempo. A Secretaria informou que o Município fará parte de
um consórcio de 27 cidades que será atendido pela empresa Remo Engenharia, que
será a encarregada de receber as reclamações e realizar a manutenção da rede.
Ainda segundo a Secretaria de Obras, assim que o serviço do 0800 for implantado,
a partir do momento em que for acionada, a empresa terá o prazo de 24 horas para fazer o atendimento na cidade,
e de 72 horas no interior do Município.
Aumento da
violência
Uma boa
iluminação garante não só uma cidade bonita, mas também inibe a ação de
vândalos e criminosos, aumentando a segurança em diversos locais do município.
Em Brumadinho, a violência tem aumentado a cada dia. Com iluminação pública
deficiente, essa situação tende a piorar. A população deve ficar mais atenta
nos próximos dias.
Já a Procuradoria
Geral do Município informou que a Prefeitura estava estudando o documento que
lhe permitiria se consorciar à Agência Metropolitana e usufruir do serviço mas
não quis garantir quando que o serviço começaria a ser oferecido à população,
mas trabalha para resolver logo a questão.
No início deste mês de março, a
Administração publicou um “Despacho de Anulação” do “Procedimento
Administrativo Licitatório 0206/2014 – Concorrência 007/2014 – Contratação de
Empresa para Execução de Obras de Expansão, Revitalização e Melhorias no
Sistema de Iluminação Pública.”
Segundo Despacho, havia “fatos
procedimentais que maculam o processo administrativo em comento.” “Ao analisar
os documentos e fatos relatados no Parecer Jurídico da Procuradoria, ratificado
na totalidade pelo Controle Interno, verifico que houve nulidade insanável
relativa ao Julgamento da Documentação apresentada pela empresa Ecológica
Serviços e Empreendimentos Ltda., que não cumpriu integralmente às disposições
do edital da Concorrência Pública 007/2014, afrontando-se ao disposto no art.
3º, art. 29, inciso II e art. 41 da Lei 8.666/93 no que diz respeito à
vinculação do edital”, disse o Prefeito.
Enquanto essa
situação não se resolve, a população que está com os postes em frente à sua
casa sem lâmpada deve reivindicar o não pagamento da Taxa de Iluminação
Pública, uma vez que não está usufruindo do serviço. A Lei 1.324/2002, que
criou a Taxa de Iluminação Pública, em seu art. 3º dispõe que terá que pagar
tal taxa o “proprietário (...) de imóvel edificado, situado em vias ou
logradouro servidos por iluminação pública”.
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