Edição 139-julho/2012
Juiz
obriga prefeito a repintar prédios públicos pintados de verde, cor de seu
partido
O prefeito de Palestina de Goiás vai ter de pagar
com o próprio dinheiro a pintura de bens públicos da cidade. A decisão foi do
juiz Thiago Casteliano Lucena de Castro. Ele aceitou o pedido do Ministério
Público (MP), que moveu uma ação depois que o prefeito Eduardo Talvani de Lima
Couto (PSC) pintou de verde, cor de seu partido político, alguns prédios do
município e também colocou lâmpadas verdes nas ruas da cidade. O prefeito nega
a acusação e afirma: “Gosto da cor verde. Sou ambientalista”.
Em entrevista ao G1, o prefeito
Eduardo Talvani, disse que a acusação não procede. “Pintei de verde, mas não
escolhi por causa do partido, até porque o tom [da cor] não é o mesmo. Não
existe isso de cor do partido”, alega.
Em relação às
lâmpadas verdes, o prefeito Eduardo explica: “Não vinculei uma coisa a outra.
As lâmpadas, coloquei em apenas uma praça, eu fiz dez praças e coloquei as
lâmpadas verdes só em uma. E foi para padronizar com a prefeitura”.
Para o juiz Thiago
Casteliano, houve violação dos princípios da administração pública. “Não se
desconhece que o administrador público, no exercício de cargo eletivo
majoritário, procura ocupar espaço, inclusive plasmando na mente da população
sua marca, seu estilo, muitas das vezes mediante alteração estética dos bens
públicos. Mas daí pintar de verde, indistintamente, todos os bens públicos
móveis e imóveis, que estão ao seu alcance, com as cores do partido e da sua campanha,
ultrapassa o limite do razoável violando, em tese, o princípio da
impessoalidade, na medida em que institui como política pública a publicidade
pessoal”, destaca o magistrado.
O prefeito ganhou
prazo de 15 dias para fazer as mudanças. E, caso não faça, pode ser multado em
R$ 4 mil por dia. Eduardo Talvani informou que vai recorrer da decisão.
As informações são
do portal GI de GO.
Enquanto isso, em
Brumadinho, o prefeito pintou inúmeros prédios públicos, muros etc com as cores
do seu partido, e o Ministério Público não tomou nenhuma atitude. Pelo menos,
por enquanto.
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