Edição 154 – Setembro/2013
COPASA: os problemas não param!
Os problemas
envolvendo a COPASA continuam por todo o Município. O esgoto corre a céu aberto
nos bairros Centro, Santa Efigênia, Lourdes, São Judas Tadeu. O interior
continua sem água. E a cidade também.
Moradores sofrem
com o mal cheiro no Centro
Quem passa pela
Av. do Bananal, próximo à rotatória, sente um terrível mau cheiro. O odor vem
do córrego do Bananal, que recebe o esgoto de vários bairros e chega ali a
descoberto. No entanto, é uma área com menos casas residenciais. Os que mais
sofrem são os moradores que moram próximos ao córrego onde ele atravessa por
debaixo da Rua Presidente Vargas, a chamada Estrada de Automóvel, quase com
rua.
Segundo informou
uma moradora, a COPASA e a Prefeitura estiveram recentemente no local mas nunca
tomam as providências. Chegam, olham, concordam que é um absurdo mas não fazem
o que é preciso.
Moradores do
bairro de Lourdes
O Lourdes é
considerado por muita gente como o bairro “chique” da cidade. Ali moram o atual
prefeito, dois vereadores, um ex-prefeito, um ex-vereador. E tem muitas fezes
correndo a céu aberto. Atrás da rua Lízio Pacífico Homem de Andrade, no trecho
em que ela vai da esquina da Rua José Fernandes da Silva (Motocar Oficina) em
direção ao bairro do Carmo, corre o esgoto a céu aberto. Moradores reclamam ano
após ano sem que as providências sejam tomadas. “São necessários apenas uns 150
metros de manilha para resolver o problema”, reclama um dos moradores. O
morador já tentou até vender seu imóvel. “Várias pessoas já vieram ver a casa,
mas quando veem o esgoto e sentem o mau cheiro, desistem”, conta.
A Prefeitura
Municipal, quando é cobrada, “empurra” o problema para a COPASA, alegando que é
função da empresa. Por outro lado, não toma providências e a COPASA continua
fazendo o que quer, ou, no caso, continua sem fazer nada.
Santa Efigênia:
esgoto na rua Aranha
Abaixo da Rua
Aranha, esquina com rua Suzana, mais problema, mais um lugar em que o esgoto
está correndo a céu aberto, há vários anos. Os moradores reclamam do mau cheiro
e do descaso do Poder Público. Dizem que a COPASA já esteve no local, prometeu
resolver mas tudo continua exatamente do mesmo jeito. Nossa reportagem esteve
no local e, pelo visto, algum ou alguns moradores devem ter lançado a água que
deveria estar na rede pluvial na rede de esgoto. O esgoto, farto e fedorento,
corre para a mata ao lado, onde havia uma nascente.
Uma das moradoras
reclama que o esgoto lhe ocasiona também prejuízos econômicos. “Meu filho não
consegue alugar sua casa por causa do mau cheiro”, conta.
Aproveitando a
presença da reportagem do de fato, moradores reclamaram de outro fato: a rua
Aranha, neste trecho, teve parte levada pelas águas da chuva do início do ano,
final do ano passado. Foi feita uma sinalização temporária mas a rua não foi
consertada até o momento.
Taxa de Esgoto:
Justiça ainda não julgou a Ação
Enquanto a COPASA
“deita e rola” em Brumadinho, feito um rei soberano, a Justiça continua com sua
costumeira lentidão. A reportagem do de fato esteve no Fórum, onde verificou a
situação do processo referente à Ação movida pelo Ministério Público a pedido
do Vereador Reinaldo Fernandes (PT).
Conforme já informado na edição de nº 152, jul/2013, do jornal de fato,
a COPASA derrubou na Justiça a Liminar que suspendia a cobrança da Taxa. O
Tribunal de Justiça de MG aceitou como correta a alegação da empresa de que ela
pode cobrar pela Taxa porque presta serviços à cidade. O Ministério Público
recorreu da decisão do Tribunal. Em 15 páginas, a Promotora Maria Alice Alvin
defendeu a manutenção da Liminar concedida anteriormente em Brumadinho pela
juíza Perla S. Brito, mostrando as razões para a manutenção do benefício. Mesmo assim, a
juíza Juliana Beretta, em pouco mais de 5 linhas manteve a decisão do Tribunal
de Justiça de Minas Gerais.
Falta água no
Salgado e Filhos
No bairro Salgado
e Filhos, a COPASA não consegue resolver nem o mais básico: levar água todos os
dias às casas. Moradores continuam reclamando da falta de água. A Caixa d’água
que abastece o bairro é pequena. E como o bairro Pires não tinham água, a
COPPASA resolveu levar água do Salgado e Filhos. Conclusão: “descobriu um santo
para cobrir outro”. Há um ano, a COPASA prometeu resolver o problema. No entanto,
mais uma vez, a promessa não foi cumprida e os moradores continuam sem água.
Em contato com a
redação do de fato, uma moradora reclama que, além da falta de água, sua conta
de setembro veio mais cara. Um morador acha que o problema é que na falta de
água, o ar que chega pelo cano faz o hidrômetro girar, como se estivessem
gastando a água, e acabam pagando por uma água que não consumiram.
Falta água no Parque
da Cachoeira
Outra localidade
que tem sofrido com a falta de água é o Parque da Cachoeira. A denúncia foi
feita pela presidente da Câmara, Renata Parreiras (PSB) na Audiência Pública
com a COPASA, que discutia a tentativa de privatização do Sistema Rio pela
empresa. Segundo Parreiras, moradores tem reclamado a falta de água por até 15
dias. A localidade não é servida pela
COPASA que já deveria estar oferecendo água aos moradores desde 2011, conforme
Contrato de Programa assinado entre a empresa e o Município em 2008.
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