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sábado, 6 de dezembro de 2014

Edição 168 – Outubro
Casa de Camilo mostra seu trabalho


Os recursos são parcos, vindos do FIA – Fundo da Infância e da Adolescência – e de doações de pessoas da sociedade civil. Mas a boa vontade é muita! O amor às crianças e adolescentes ainda é maior. É isso, confessa Rita de Cássia Campos Nicácio, que mantém a Casa de Acolhimento da Criança e do Adolescente “Luz da Eternidade”, a Casa de Camilo. Rita é a coordenadora da Casa e continua o trabalho de Camilo Lélis, seu irmão, uma grande alma que nos deixou a alguns anos atrás.
“As dificuldades são muitas”, conta Rita Nicácio. O projeto é mantido em duas casas, o que requer 4 mil reais só para o pagamento dos aluguéis. E ainda vem água, luz, telefone, cozinheira e outros trabalhadores. A Casa funciona de 7 às 17 horas, de segunda a sexta feira. São 85 crianças / adolescentes, de 5 a 16 anos, geralmente em situação de risco social, não necessariamente muito pobres mas cujos peais precisam trabalhar e não têm com quem deixa-las. Elas são atendidos nos dois turnos, onde recebem alimentação e lhes são oferecidas oficinas de informática, teatro, percussão, música, e reforço escolar. Delas, para continuarem nas casa, é exigido o mínimo de 85% de frequência escolar. Segundo Nicácio, é feito um trabalho com os pais, muitas conversas, e uma parceria muito forte com o Conselho Tutelar, fazendo encaminhamentos e tomando juntos outras atitudes.
São 12 monitores, dois deles ex-acolhidos que agora trabalham e recebem salário pela Casa. “É a Casa gerando emprego e renda”, disse, orgulhosa Rita Nicácio, apresentando os dois adolescentes ao público. 
Na noite do último dia 25 de novembro, na Câmara Municipal, a Casa de Camilo apresentou sua VIII Mostra Cultural do Projeto Cultural Admirável Mundo Novo.

Mostra Cultural

Durante o evento, foi mostrado o resultado das oficinas. Os musicistas Júlio e Angela Magela comandaram as crianças, com direito a coral e instrumentos musicais, bateria, pandeiro e triângulo, envolvendo 14 crianças. Mas teve também hip hop com dança de rua, apresentação de espetáculo circense com uma palhacinha muito engraçada, brincadeiras.  Teve, ainda, roda de capoeira coletiva, com várias duplas jogando ao mesmo tempo, enquanto que, do palco, Angela e Júlio comandavam uma batucada.
As apresentações terminaram com uma grande batucada, com direito a samba enredo, comandada por outro monitor.

Ao final, Rita Nicácio, emocionada, chamou todos os monitores, citou o nome de quem não estava presente e agradeceu a cada um pelo trabalho desenvolvido. 
Rita Nicácio, com o microfone, falando de sua equipe
       

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