Edição 168 – Outubro
Casa de Camilo mostra seu trabalho
Os recursos são
parcos, vindos do FIA – Fundo da Infância e da Adolescência – e de doações de
pessoas da sociedade civil. Mas a boa vontade é muita! O amor às crianças e
adolescentes ainda é maior. É isso, confessa Rita de Cássia Campos Nicácio, que
mantém a Casa de Acolhimento da Criança e do Adolescente “Luz da Eternidade”, a
Casa de Camilo. Rita é a coordenadora da Casa e continua o trabalho de Camilo
Lélis, seu irmão, uma grande alma que nos deixou a alguns anos atrás.
“As dificuldades
são muitas”, conta Rita Nicácio. O projeto é mantido em duas casas, o que
requer 4 mil reais só para o pagamento dos aluguéis. E ainda vem água, luz,
telefone, cozinheira e outros trabalhadores. A Casa funciona de 7 às 17 horas,
de segunda a sexta feira. São 85 crianças / adolescentes, de 5 a 16 anos,
geralmente em situação de risco social, não necessariamente muito pobres mas
cujos peais precisam trabalhar e não têm com quem deixa-las. Elas são atendidos
nos dois turnos, onde recebem alimentação e lhes são oferecidas oficinas de
informática, teatro, percussão, música, e reforço escolar. Delas, para
continuarem nas casa, é exigido o mínimo de 85% de frequência escolar. Segundo
Nicácio, é feito um trabalho com os pais, muitas conversas, e uma parceria
muito forte com o Conselho Tutelar, fazendo encaminhamentos e tomando juntos
outras atitudes.
São 12 monitores,
dois deles ex-acolhidos que agora trabalham e recebem salário pela Casa. “É a
Casa gerando emprego e renda”, disse, orgulhosa Rita Nicácio, apresentando os dois
adolescentes ao público.
Na noite do
último dia 25 de novembro, na Câmara Municipal, a Casa de Camilo apresentou sua
VIII Mostra Cultural do Projeto Cultural Admirável Mundo Novo.
Mostra Cultural
Durante o evento,
foi mostrado o resultado das oficinas. Os musicistas Júlio e Angela Magela
comandaram as crianças, com direito a coral e instrumentos musicais, bateria,
pandeiro e triângulo, envolvendo 14 crianças. Mas teve também hip hop com dança
de rua, apresentação de espetáculo circense com uma palhacinha muito engraçada,
brincadeiras. Teve, ainda, roda de
capoeira coletiva, com várias duplas jogando ao mesmo tempo, enquanto que, do
palco, Angela e Júlio comandavam uma batucada.
As apresentações
terminaram com uma grande batucada, com direito a samba enredo, comandada por
outro monitor.
Ao final, Rita
Nicácio, emocionada, chamou todos os monitores, citou o nome de quem não estava
presente e agradeceu a cada um pelo trabalho desenvolvido.
Rita Nicácio, com o microfone, falando de sua equipe |
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