Edição 170 –
Janeiro
Artistas locais
terão 1 milhão e 600 mil reais de incentivo
Janeiro começou com trabalho para 43
artistas locais contemplados pela Lei Noemi Gontijo de Incentivo à Cultura,
edital 2014. Os selecionados, juntos, receberão R$1,6 milhão em recursos
municipais para produzir projetos idealizados por eles, uma média de R$
37.200,00 (trinta e sete mil e duzentos reais) para cada artista. Os
certificados foram entregues aos artistas no dia 16 de janeiro, em cerimônia
promovida pela Fundação Artístico-Cultural de Betim (FUNARBE) na Casa da
Cultura Josephina Bento.
Promovido pela FUNARBE, com recursos
repassados pela Prefeitura de Betim, a lei estabelece que, em posse do
certificado, os artistas podem abrir uma conta bancária, vinculada ao
incentivo, na qual a fundação realizará os depósitos – o primeiro repasse
ocorrerá em até 90 dias. Depois disso, os projetos poderão entrar em execução,
com prazo máximo de um ano para a conclusão.
O ator e cineasta Amauri Cecílio pela
segunda vez é um dos artistas contemplados pela lei.
No edital 2013, ele garantiu recursos para
promover o “Cinema no Caixote”, projeto que apresentou filmes em praças. Dessa
vez o projeto dele quer produzir um documentário em vídeo e um livro com os
principais acontecimentos e apresentações de teatros realizados em Betim desde
o inicio do século passado. Para ele, a lei de incentivo é a única fonte atual
de produção cultural na cidade.
Por dentro da lei
A Lei Noemi
Gontijo regulamenta o uso dos recursos orçamentários do Fundo Municipal de
Cultura, que é vinculado à FUNARBE, e tem a finalidade de incentivar a
realização de projetos culturais para o município.
Todos os projetos
inscritos passam pela avaliação de uma Comissão de Avaliação e Seleção. O
incentivo financiara ate 100% dos custos de projetos selecionados.
“A lei Noemi
Gontijo permite que a administração municipal democratize os recursos e a
pluralidade das ações por meio de um procedimento mais ágil e alinhado à
produção de arte-cultura na cidade a lei permite disseminar as varias
manifestações culturais existentes em nossa terra”, afirma a presidente
interina da FUNARBE, Marcia Dutra.
O Edital 2014
contemplou 13 modalidades: Artes circenses; Artes integradas; Artes Visuais;
Artesanatos; Cinema, vídeo ou congêneres; Construção, Conservação, Manutenção
de espaços e de atividades artístico-culturais de acesso coletivo; Dança;
Estudos, pesquisas ou cursos; Folclore ou culturas populares; Música, tangível
e intangível, preservação, resgate do patrimônio cultural ou artístico
coletivo; Produto Multimídia; Publicações, literatura ou congêneres; e
Teatro.
Em Brumadinho
Em Brumadinho, o
apoio aos artistas locais ainda está praticamente na mesma situação em que se
encontrava no governo municipal anterior. O atual Governo de Antônio Brandão
(PSDB) não tem conseguido avançar no apoio aos artistas locais. Em dezembro, o
Governo armou uma verdadeira barricada de guerra, colocando na trincheira a
Secretaria de Turismo e Cultura e os vereadores controlados pelo Prefeito, para
impedir que uma emenda proposta pelo vereador Reinaldo Fernandes (PT) ao
Orçamento de 2015 prosperasse. A emenda alocava mais R$ 270.000,00 para o
recém-criado Fundo Municipal de Cultura, para totalizar apenas 400 mil reais.
Por outro lado, nem mesmo o Conselho Gestor do Fundo foi providenciado pelo
Executivo, e o Fundo só foi criado depois que o Conselho de Cultura ameaçou
procurar o Ministério Público para denunciar a “enrolação” da Administração.
A boa notícia é
que há pelo menos R$ 127.000,00 (cento e vinte e sete mil reais) previstos no
Orçamento, e a Lei 2.109/14, que criou o Fundo, obriga a Prefeitura a abrir
pelo menos um Edital Público em 2015. Nesse caso, só vai depender da boa
vontade da Secretária de Turismo e Cultura, Marta da Maroto (PSD) e do Prefeito
Antônio Brandão (PSDB).
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