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terça-feira, 11 de dezembro de 2018


Edição 215 – Novembro 2018
Ex-governador poderá devolver mais de R$ 11,5 milhões aos cofres públicos; ação ajuda a entender porque o estado de MG não tem dinheiro para repassar aos municípios; 11.601 brumadinenses votaram em Aécio para Presidente em 2014; para governador de Minas, sempre foi o mais votado em Brumadinho

Aécio Neves (PSDB), o “Mineirinho” na lista de propinas da Odebrecht, enfrenta mais uma denúncia. Agora o MP quer que Aécio devolva R$ 11,5 milhões por gastos em aeronaves do Estado. Na ação, o MP pede o ressarcimento do valor e quer a indisponibilidade de bens do tucano. Aviões a jato, e até helicóptero, teriam sido usados nos passeios.

Ministério Público de Minas Gerais entrou na Justiça com ação civil pública em que acusa o ex-governador, hoje senador Aécio Neves (PSDB), de realizar 1.337 voos em aeronaves do Estado sem comprovação de interesse público no período em que foi governador.
Segundo a Promotoria, o prejuízo causado aos cofres públicos por Aécio foi de R$ 11.521.983,26 (onze milhões, quinhentos e vinte e um mil, novecentos e oitenta e três reais e vinte e seis centavos). Na ação, o MP pede o ressarcimento do valor e quer a indisponibilidade de bens do tucano.
Em despacho publicado na sexta-feira, a juíza Claudia Costa Cruz Teixeira Fontes, afirma que o pedido de indisponibilidade de bens será analisado “após manifestação do político e do Estado” na ação.
Eleito deputado federal nas eleições de outubro, Aécio foi governador de Minas Gerais por dois mandatos. De 2003 a 2006 e de 2007 a março de 2010. Nas duas vezes, foi o mais votado em Brumadinho. Em 2014, quando foi candidato a presidente contra Dilma Rousseff (PT), 11.601 brumadinenses votaram nele contra pouco mais de 8 mil na petista.  

Direto para o Rio de Janeiro e a cidade natal

A Promotoria contabilizou neste período voos particulares para cidades como Rio de Janeiro, onde o ex-governador mantinha apartamento, e Cláudio, cidade do centro-oeste de Minas onde a família do tucano possui fazenda, com aeroporto feito com dinheiro do Estado.
Segundo o MP foram 138 voos para o Rio e 116 para Cláudio. “Grande parte desses deslocamentos aéreos foram realizados para transporte de passageiros não identificados no momento dos voos.” Quando o MP conseguiu localizar passageiros que acompanharam o político do PSDB, entre eles estavam Luciano Hulk (Rede Globo) e da dupla Sandy e Junior, além de Ciro Gomes (PDT), do ministro do Supremo, Gilmar Mendes - acusado de ser um dos protetores de Aécio no STF -; o corrupto da CBF, Ricardo Teixeira; Henrique Meireles (“Chama o Meireles!”) e José Serra (PSDB).

Decreto

Para justificar os voos, a assessoria do senador citou decreto assinado pelo próprio tucano, quando governador, em 19 de maio de 2005, que prevê “para o chefe Executivo estadual as mesmas normas previstas para o chefe do Executivo federal!”.
“O senador Aécio Neves considera incompreensível a relação de voos questionados pelo Ministério Público, que contém praticamente todos os voos realizados ao longo de oito anos”, diz a nota da assessoria. Já a população considera incompreensível como ele ainda não está preso, depois de ser acusado de envolvimento em tantas denúncias, inclusive me tráfico de drogas.

Estado de MG falido

As prefeituras continuam reclamando do governo de Minas por falta de repasses de dinheiro aos municípios. Notícias como essas, envolvendo o ex-governador do PSDB ajudam a explicar o caos de MG. Aécio Neves e Anastasia (PSDB) sempre trataram o dinheiro do Estado como se fosse dinheiro particular. Entre as inúmeras denúncias de roubos envolvendo Aécio Neves (PSDB) estão os voos particulares, a lista de Furnas, o beneficiamento de empresas da família Neves e a construção superfaturada da Cidade Administrativa (Aécio é acusado de receber 10% de propina dos R$ 2 bilhões gastos na obra).    

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