Edição
215 – Novembro 2018
Nenen da Asa decreta “Estado de Emergência” e dá férias para todos
os servidores
Vereador Max Barrão
questiona o destino do dinheiro público e acusa o prefeito de ser “mentiroso”
Os
servidores públicos municipais estão de férias coletivas desde o dia 1º de
dezembro. A decisão foi tomada pelo prefeito Nenen da ASA (PV), que fez
publicar um Decreto de Emergência. No Decreto, o prefeito alega que a culpa é
do governo de Minas, que está com repasses atrasados ao Município. O Prefeito
esqueceu-se de dizer que seu partido apoiou o Golpe de Estado contra a
Presidenta que obteve quase 55 milhões de votos nas urnas. Esqueceu também de
dizer para a população que seu partido votou pelo congelamento de gastos, por
20 anos, com a Saúde e outros serviços municipais, e que o governo temer (PMDB)
deve milhões e milhões a MG e a outros estados da Federação.
42ª
maior arrecadação de MG
Brumadinho
é uma cidade rica. Dentre os 853 municípios mineiros, apenas 41 deles são mais
ricos do que Brumadinho. Enquanto Nenen da ASA (PV) reclama falta de dinheiro,
o vereador Max Barrão (PP) grava vídeo e o espalha nas redes sociais, mostrando
que a arrecadação do Município é maior do que R$ 13 milhões a cada mês, e
questiona ao Prefeito sobre o destino desses milhões. A média dos 9 últimos meses de arrecadação é
de mais de R$ 13 milhões, informações repassadas pelo próprio Tribunal de
Contas de Minas Gerais. Em novo vídeo, Barrão acusa ao prefeito de não sabe
matemática e sugere a Nenen que peça ajuda ao Secretário de Fazenda. Barão
ainda afirmou que acionaria a Justiça contra o Prefeito por tê-lo chamado de
mentiroso. “Mentiroso é você, ou o Tribunal de Contas”, acusa Barrão.
“Não é
crise, não, é má gestão!”
“Existe,
sim, uma má gestão! Não é crise, não, é má gestão!”, acusa Max Barão ao
Prefeito. E lhe lembra que, em 2017, os cargos comissionados do prefeito teriam
consumidos mais de 6,275 milhões de reais do dinheiro público.
Na
campanha eleitoral de 2016, Nenen da ASA garantiu que não faltava dinheiro na
Prefeitura de Brumadinho, dizendo que em sua gestão nunca tivera arrecadação
maior do que 10 milhões mensais. Nenen disse, naquela oportunidade, que o
problema era “falta é competência”, referindo-se à gestão de Antônio Brandão
(PSDB). Vídeo com essa fala do atual prefeito circulou pela internet nos
últimos dias, mostrando a importância das redes sociais na difusão de
informações e de memória.
Sind-UTE
diz que decreto é ilegal
O Sindicato dos Trabalhadores em
Educação de MG, Sind-UTE, subsede Brumadinho garante que o Decreto Municipal nº
216/2018, que declarou “Estado de Emergência Financeira no Município de
Brumadinho”, é ilegal. Segundo a Coordenadora da entidade, Lílian Paraguai, o
Decreto não teria legalidade, uma vez que não foi devidamente reconhecido pela
Assembleia Legislativa de Minas Gerais – ALMG, e conforme prevê a Lei Complementar
101/2000, em seu artigo 65.
A informação foi dada em reunião da
entidade com alguns vereadores. Na reunião, o representante do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, Diego Severino
Rossi de Oliveira, apresentou dados do Tribunal de Contas do Estado de Minas
Gerais – TCE-MG que indicam que o Município possuía, até 30 de setembro de
2018, um saldo de R$ 21.081.280,36 (vinte e um milhões, oitenta e um mil,
duzentos e oitenta reais e trinta e seis centavos).
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