Edição 112-Abril/2010
Professores do Estado em greve a mais de um mês
Governo do PSDB não negocia e mente para a população
Os professores da Rede Estadual de Ensino estão em greve a mais de um mês, desde o dia 8 de abril. A greve desses profissionais não é nenhuma novidade uma vez que a Educação no estado é próxima do caos. A novidade foi a participação dos profissionais de Brumadinho. Em outras greves, os professores estaduais de Brumadinho “fingiam” que nada estava acontecendo. Seus colegas de trabalho em greve em Belo Horizonte, em Sarzedo, Ibirité, Betim e em toda Minas Gerais e eles aqui, trabalhando normalmente, apenas esperando os frutos do suor e da luta dos outros trabalhadores. Desta vez foi diferente.
Professores das Escolas Estaduais Paulina Aluotto, Paulo Neto Alkmim e Padre Machado foram à luta. Muitos professores não aceitaram a humilhação a que são submetidos pelo governo de Aécio Neves (PSDB), agora Anastasia e se mobilizaram.
O governo de Aécio Neves (PSDB) e Anastasia (PSDB) descumpre a lei do Piso Nacional, que é de R$ 1.312,85. Um professor estadual, com curso superior, que trabalha no Ensino Médio, tem um salário-base menor do que o salário mínimo. A vergonha é ainda maior para professores do Ensino Fundamental que chegam a apenas R$ 396,00 mensais.
Governo do PSDB mente para a população
Apesar da greve durar tanto tempo, o governo do PSDB insiste em não negociar com os professores. Por outro lado, gasta milhões de reais do contribuinte para fazer propaganda enganosa na grande imprensa. Com um discurso muito bem articulado, o Governo Anastasia insiste em divulgar mentiras para a população na tentativa de colocá-la contra os trabalhadores. Anastásia manipula dados e trata com descaso a situação do educador. Apesar de ser o estado que detém a 3ª economia do Brasil, paga o 8º pior salário do país. Além dos salários baixos, os educadores sofrem por doenças causadas pelo excesso de carga horária e más condições de trabalho.
Direções e o corte do ponto
O governo do PSDB, ao invés de negociar, mandou as direções de escolas cortarem o ponto dos trabalhadores, ou seja, cortar o dia de trabalho. Em Brumadinho, nesse quesito, a postura da Diretora da Escola Paulina Aluotto Ferreira é elogiada. Rute de Oliveira, diferentemente de outras diretoras, não cortou o ponto dos professores. Diferentemente de outras diretoras, Rute entendeu a necessidade de seus colegas estar em luta.
Reposição das aulas
Muitos pais ficaram preocupados com a falta de aulas para seus filhos. Como não é comum acontecer greve em Brumadinho, os pais não entendem e talvez não saibam sobre a reposição. Geralmente, as aulas que não são dadas durante uma greve são repostas pelos professores. Situação diferente é a do dia-a-dia. Há caso em que um professor fica vários dias de licença-médica ou falta por outros motivos e o Estado não contrata profissionais para dar essas aulas. Aí, sim, os filhos ficam sem as aulas, de “horário vago”. Esse é mais um motivo para que os pais apóiem a luta dos professores de seus filhos.
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