Edição 140-Agosto/2012
Deu na imprensa
Depois
de liderar uma manifestação na localidade de Marques (ver de fato 139,
julho/12), em que a comunidade reivindicava que o Perefeito cumprisse sua
promessa de campanha e levasse água potável às casas dos moradores, o
jornalista Marcos Amorim foi ameaçado. É a segunda vez que brumadinenes ligados
à imprensa são ameaçados nos últimos 3 meses. O outro foi Reinaldo Fernandes,
do jornal de fato. Veja abaixo matería publicada no jornal O Tempo, edição de
31 de agosto.
“31/08/2012
Jornalista
é ameaçado após série que denunciava problemas em Brumadinho
Brumadinho, na
Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi palco pela segunda vez nos últimos
três meses de ameaças contra jornalistas. A denúncia é do Sindicato dos
Jornalistas de Minas Gerais, divulgada nessa quinta-feira (30). Um homem
não-identificado chegou ao sítio da família de Marcos Amorim,
jornalista e líder comunitário na região, e deixou um recado: “Fale com ele
para calar a boca, senão vamos calar”. O caso está registrado na Delegacia de
Polícia Civil de Brumadinho, onde seguem as investigações.
A razão das ameaças seria uma série de matérias que o jornalista estaria publicando denunciando problemas na cidade e nos distritos da região.
A razão das ameaças seria uma série de matérias que o jornalista estaria publicando denunciando problemas na cidade e nos distritos da região.
Em maio, o
editor-chefe do Jornal De Fato, que circula na região, sofreu um atentado. A
casa do profissional foi atingida com um tiro e pedradas. O caso
segue em fase de investigação pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
Para o Sindicato
dos Jornalistas, deve ser feita uma apuração rigorosa dos casos por parte das
autoridades policiais e a punição dos responsáveis.
(*) Com informações do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais
Que
cessem as agressões e ameaças
O
jornal de fato se solidariza com Marcos Amorim e condena, veementemente, essas
ameaças, independentemente de quem as tenha praticado. A Constituição
Brasileira garante, em seu art. 5º, a plena liberdade de manifestação e
expressão do pensamento seja ele qual for. Agir contra isso, tentar coibir as
manifestações populações é agir ilegalmente, de forma criminosa. A tolerância
às diferenças e a convivência com a crítica são exigências de uma sociedade
moderna, e, muito mais, da sociedade brasileira que, depois de duas décadas de
obscura Ditadura Militar, procura reconstruir suas relações democráticas. Como
bem disse o Editor do Jornal Tribuna da ASMAP, Valdir de Castro Oliveira, quem
faz isso são pessoas despreparadas
“para exercer o princípio do contraditório requerido pela sociedade democrática”.
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