Edição 141-Setembro/2012
População continua reclamando da UPA
Em sua última
edição, o jornal de fato trouxe matéria sobre a Unidade de Pronto-atendimento -
UPA - de Brumadinho. No dia 4 de julho, a Administração Nenen da Asa
inaugurou a unidade fora da cidade. O que parecia ser solução para problemas de
saúde da população está revelando mais problemas, como deslocamento demorado, só
de hora em hora; volta complicada depois do atendimento; cidadão sendo feito de
“ioiô”; exames laboratoriais e de raio X mais demorados; perigo de acidentes e
mortes na entrada na MG 40 para a UPA; falta de pediatras; atendimento ruim; e
os questionamentos a respeito de como a população vai fazer quando acontecerem
as enchentes e não for possível atravessar a ponte sobre o rio Paraopeba. Mas
os problemas não param aí.
UPA até para tomar injeção
No dia 20 de setembro, a reportagem do de fato foi procurada com a
seguinte reclamação: para simplesmente tomar uma injeção, o paciente Fernando
M. Araújo foi encaminhado para a UPA. No entanto, como o paciente tinha
condições de andar, teria de ir a pé até a unidade. Ou então, arranjar um
veículo, ou pagar um táxi. Como o paciente não possui veículo, e nem tinha
condições de pagar um táxi, acabou optando por tomar a injeção numa farmácia
mesmo. Sua decisão lhe custou R$ 20,00.
Já uma moradora do bairro São Conrado reclama de que teve que levar uma
criança de madrugada até a unidade. Diante
das dificuldades de deslocamento, chamou um táxi e teve que desembolsar R$
25,00.
Hospital Municipal
Continuam também as reclamações sobre o Hospital Municipal. Embora a
campanha de Nenen da ASA alardeie aos quatro cantos que o que foi feito do
outro lado do rio é um “complexo hospitalar”, complexa continua a situação do
Hospital Municipal João Fernandes do Carmo. Uma mãe conta que ficou três dias
com sua filha internada na unidade, e o que viu foi descaso e despreparo de
“profissionais” para trabalharem no setor de saúde. Entre os problemas
presenciados por ela, a cidadã relata de uma poça de sangue no chão, durante
várias horas, sem que alguém tomasse alguma providência. “Uma enfermeira deu o
remédio na hora errada para minha filha”, acrescenta a mãe, indignada com a
falta de qualidade dos serviços.
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