Edição 196 – Março 2017
Editorial
A
Reforma da Previdência não passa!
Os recuos do governo ilegítimo de Michel
Temer (PMDB/PSDB) no que diz respeito à Reforma da Previdência têm muito a nos
ensinar. O Governo, que já tinha aprovado a PEC da Morte, a Reforma do Ensino
Médio, visto o relator da Lava Jato, Teori Zavascki, “morrer” e ter eleito seus
aliados para as presidências do Senado e Câmara, achava que ia ser fácil. Já
tinha até marcado data: 28 de março. Não deu!
Mas não foi porque o Governo mudou de
ideia: não, sua ideia é destruir todos os direitos conquistados pela luta dos
trabalhadores desde 1943, com a CLT, e os direitos advindos dos governos de
Lula e Dilma.
O que fez o governo recuar foi a luta. A
luta de milhões de brasileiros: nas ruas, nas escolas, nos locais de trabalho,
nas redes sociais. Foi a Greve Nacional da Educação, foram as manifestações
gigantescas dos dias 8, 15 e 31 de março. Milhares e milhares de pessoas nas
ruas deste país, dizendo não às reformas de Temer e do Congresso mais
reacionário das últimas décadas. Aqui, destaque para o Sind-UTE de Brumadinho:
enquanto o Sindicato dos Servidores, curiosamente se cala diante dos ataques
aos servidores públicos municipais, profissionais de outras escolas estaduais
vergonhosamente se acovardam, as professoras da Paulina Aluotto vão à luta,
acompanhadas de perto da juventude do grêmio.
É
verdade que a Câmara aprovou a terceirização, mas essa luta também ainda não
terminou. A Reforma da Previdência patina, o Governo não tem os votos, a
população pressiona os deputados que querem reeleição em 2018. A hora é de
intensificar a pressão: apoiar os trabalhadores em greve; participar das
manifestações e da Greve Geral de 28 de abril; sair com um adesivo no peito,
contra a Reforma; conversar com os amigos, os vizinhos e parentes, com os
alunos também; visitar o gabinete do deputado em Belo Horizonte; enviar uma
mensagem pelo e-mail, direto do PC ou do celular.
A única coisa que não podemos é não fazer nada. Ou
convencemos os deputados a reprovarem essa reforma em seu conjunto ou teremos,
nós e nossos filhos, netos etc, que trabalhar 49 anos sem deixar de contribuir
um dia sequer e se aposentar a partir de 66 anos, dentre outros prejuízos. Como
isso não é possível no Brasil, é o fim das aposentadorias no País.
Todos à luta! Todos à greve geral de 28 de abril!
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