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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Edição 197 – Abril 2017
Greve Geral para o País
A maior Greve da história do Brasil levou 40 milhões às ruas


Várias escolas municipais paradas em Brumadinho e até uma escola particular no turno da manhã, Semear, além da escola estadual Paulina Aluotto Ferreira. Parados também a Polícia Civil, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os Correios. Sem nenhuma tradição nesse tipo de greve, até nossa pequena Brumadinho deu o exemplo. Isso por si só dava mostras de que vivíamos um momento histórico: convocada por nove centrais sindicais, diversos movimentos e entidades populares, além de partidos de esquerda, a Greve Geral deste ano já é considerada como a maior mobilização da história do Brasil, segundo afirmou a Frente Brasil Popular.
Professoras de Brumadinho em luta na GREVE GERAL
Não adiantou a grande imprensa, nos dias que antecederam o 28 de abril, tentar esconder que iria ocorrer uma greve geral em todo o País. Estima-se que cerca de 40 milhões de brasileiros deixaram de trabalhar. 
Desde as primeiras horas da manhã desta sexta (28) já era possível sentir o clima em diversas cidades pelo país com as ruas vazias, metrôs e trens parados, além de fábricas fechadas, ônibus na garagem e rodovias trancadas. 
A greve geral teve grande adesão nas mais variadas categorias de trabalhadores, afetando significativamente a mobilidade em São Paulo (SP), no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Curitiba (PR) e em, praticamente, todas as grandes cidades do país.
O dia amanheceu com garagens de ônibus paralisadas, piquetes nas fábricas, vias bloqueadas, ruas vazias e centenas de categorias de trabalhadores com os braços cruzados por todo o Brasil. Igrejas evangélicas tradicionais aderiram ao movimento O movimento contou ainda com a participação direta da Igreja Católica. Quase 100 bispos católicos fizeram convocação para o ato; católicos foram fotografados Brasil afora empunhando bandeiras. Até o Papa, de forma sutil, apoiou, recusando convite do golpista michel temer (PMDB/PSDB) para visitar o Brasil.
 
A Igreja Católica também entrou de alma e
corpo na Greve
Ruas vazias

O movimento nas capitais e em várias cidades foi até menor do que em feriados. O País parou. Principais ruas, avenidas, empresas, comércios e serviços em geral permaneceram fechados por todo o dia. O sistema de transporte das cidades também cruzou os braços e aderiu à greve. Onde funcionou, foi só em parte. Populares fecharam as vias no início da manhã em inúmeras capitais. No Rio, a ponte Rio-Niterói foi fechada durante as primeiras horas.
Também em Brasília, ônibus e metrô não circularam. Os acessos do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitscheck foram interditados. Diversos estabelecimentos comerciais foram fechados. Na maior parte do dia, nenhum carro conseguiu trafegar a partir da rodoviária no sentido Congresso Nacional, por meio da Esplanada dos Ministérios.
Em todo o Brasil, a adesão foi enorme. Na maioria das capitais e grandes cidades, além da paralisação, vimos atos de milhares. Isso ocorreu mesmo em cidades onde o transporte público parou. Em São Paulo, o ato reuniu 70 mil pessoas.
Durante a madrugada e início da manhã, movimentos sociais, sindical e estudantil fizeram bloqueios em avenidas de grande circulação e rodovias que dão acesso às maiores cidades. 

150 mil pessoas em Belo Horizonte
 
Em BH, 150 pessoas foram às ruas (fotos: reinaldo fernandes)
De acordo com a Frente Brasil Popular, cerca de 150 mil pessoas participaram do ato em Belo Horizonte, contra as medidas do presidente golpista, michel temer. A mobilização contou com diversos setores da sociedade, como sindicalistas, sem-terra, moradores de ocupações urbanas, indígenas das etnias Xakriabá e Pataxó; e estudantes. Lá estavam dezenas de brumadinenses, professores estaduais e municipais, trabalhadores dos Correios e da COPASA, dentre outros.  

Cerca de 15 mil pessoas, ainda de acordo com a FBP, foram às ruas em Uberlândia. Em Juiz de Fora, a Greve Geral reuniu cerca de 30 mil manifestantes. Também houve fechamento da BR 116, em Itaobim. Em Ribeirão das Neves, manifestantes bloquearam a rodovia BR 040.
A GREVE GERAL em Salvador - BA

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