Edição 130-Novembro/2011
Hospital
das Clínicas da UFMG: destaca entre os centros transplantadores de coração
Credenciado em junho de 2006 para a realização de
transplante de coração, o Hospital das Clínicas da UFMG é, atualmente, o
segundo maior centro transplantador do país. O número de transplantes chega a
25 por ano, com ótimos resultados. “Não somos maiores apenas no volume, mas no
resultado. Apesar de lidar com 70% dos pacientes em estado gravíssimo, nos
últimos 12 meses registramos 0% de mortalidade cirúrgica”, afirma a coordenadora
da Cardiologia, Maria da Consolação Vieira Moreira.
O HC/UFMG está entre os 20 centros transplantadores do
mundo e, nos cinco anos que vem realizando transplantes de coração, está quase
atingindo a marca de 100 procedimentos. “Só não realizamos mais transplantes
devido à escassez de doadores”, ressalta Cláudio Gelape, coordenador cirúrgico
da equipe de transplante de coração.
O serviço de transplante de coração do HC/UFMG recebe
pacientes de todo o Estado, realizando uma média de 40 consultas por semana no
ambulatório (pacientes de pré e pós-operatório). Existem cerca de 20 pessoas na
fila de espera por um coração no Estado.
Coração artificial
Os bons resultados do serviço de transplante de coração do HC/UFMG se devem a equipe altamente diferenciada e experiente que atua há cerca de 25 anos com transplantes. A equipe é multiprofissional, composta por cirurgiões cardíacos, cardiologistas especializados em transplantes, psicólogos, enfermeiros e assistente social.
A busca por novos conhecimentos e a atualização
constantes são marcas destes profissionais. A equipe já se prepara para
realizar o procedimento de implante do coração ou ventrículo artificial -
dispositivo que trabalha em paralelo ao coração doente fazendo a função do
ventrículo, melhorando as condições do paciente e permitindo que ele tenha uma
vida próxima do normal - tão logo seja adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Cláudio Gelape recentemente fez pós-doutoramento na Universidade de Miami nessa
área. “Este é um processo e um equipamento caro, e que ainda não é coberto pelo
SUS. A minha expectativa é que o SUS incorpore essa nova tecnologia dentro de
dois ou três anos, devido ao bom resultado apresentado nos principais centros
do mundo. Dessa forma, enquanto o paciente aguarda o transplante, fica com o
coração artificial fora do ambiente hospitalar e com boa qualidade de vida”,
conta.
Na Europa e Estados Unidos o coração artificial vem
sendo implantado com frequência e já existem quase 10 mil casos no mundo.
Porém, há poucos centros com profissionais capacitados para o procedimento, com
isso, mais uma vez o HC/UFMG sai à frente.
As informações são da Assessoria de Imprensa Hospital
das Clínicas da UFMG, Geisa Brito
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