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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


Edição 130-Novembro/2011
Hospital das Clínicas da UFMG: destaca entre os centros transplantadores de coração

Credenciado em junho de 2006 para a realização de transplante de coração, o Hospital das Clínicas da UFMG é, atualmente, o segundo maior centro transplantador do país. O número de transplantes chega a 25 por ano, com ótimos resultados. “Não somos maiores apenas no volume, mas no resultado. Apesar de lidar com 70% dos pacientes em estado gravíssimo, nos últimos 12 meses registramos 0% de mortalidade cirúrgica”, afirma a coordenadora da Cardiologia, Maria da Consolação Vieira Moreira.
O HC/UFMG está entre os 20 centros transplantadores do mundo e, nos cinco anos que vem realizando transplantes de coração, está quase atingindo a marca de 100 procedimentos. “Só não realizamos mais transplantes devido à escassez de doadores”, ressalta Cláudio Gelape, coordenador cirúrgico da equipe de transplante de coração. 
O serviço de transplante de coração do HC/UFMG recebe pacientes de todo o Estado, realizando uma média de 40 consultas por semana no ambulatório (pacientes de pré e pós-operatório). Existem cerca de 20 pessoas na fila de espera por um coração no Estado.

Coração artificial

Os bons resultados do serviço de transplante de coração do HC/UFMG se devem a equipe altamente diferenciada e experiente que atua há cerca de 25 anos com transplantes. A equipe é multiprofissional, composta por cirurgiões cardíacos, cardiologistas especializados em transplantes, psicólogos, enfermeiros e assistente social. 
A busca por novos conhecimentos e a atualização constantes são marcas destes profissionais. A equipe já se prepara para realizar o procedimento de implante do coração ou ventrículo artificial - dispositivo que trabalha em paralelo ao coração doente fazendo a função do ventrículo, melhorando as condições do paciente e permitindo que ele tenha uma vida próxima do normal - tão logo seja adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cláudio Gelape recentemente fez pós-doutoramento na Universidade de Miami nessa área. “Este é um processo e um equipamento caro, e que ainda não é coberto pelo SUS. A minha expectativa é que o SUS incorpore essa nova tecnologia dentro de dois ou três anos, devido ao bom resultado apresentado nos principais centros do mundo. Dessa forma, enquanto o paciente aguarda o transplante, fica com o coração artificial fora do ambiente hospitalar e com boa qualidade de vida”, conta.
Na Europa e Estados Unidos o coração artificial vem sendo implantado com frequência e já existem quase 10 mil casos no mundo. Porém, há poucos centros com profissionais capacitados para o procedimento, com isso, mais uma vez o HC/UFMG sai à frente.
As informações são da Assessoria de Imprensa Hospital das Clínicas da UFMG, Geisa Brito

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