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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


Edição 130-Novembro/2011
Só Rindo

O jornal de fato entra no seu 14º ano de circulação. Neste momento chegamos a uma conclusão inexorável: o jornal impresso, como sempre o conhecemos, realmente não poderá ser substituído pela internet. Veja a seguir alguns dos importantes usos do jornal:

USO DOMÉSTICO:
Amadurecer banana, abacate...
Recolher lixo.
Limpar vidros.
Dobradinho, serve para alinhar os pés da mesa.
Embrulhar louças na mudança.
Recolher a sujeira do cachorro.
Forrar a gaiola do passarinho.
Cobrir os móveis e o piso antes de pintar a casa.
Evitar que entre água por baixo da porta.
Proteger o piso da garagem quando o carro está vazando óleo.
Matar moscas, baratas e demais insetos.
Na época da crise econômica, usá-lo como papel higiênico, mesmo que seja um pouco duro.

USO EDUCATIVO:
Bater no focinho do cachorro quando faz xixi dentro de casa.
Fazer barquinhos de papel.
Arrancar um pedacinho em branco para anotar número de telefone.

USOS COMERCIAIS:
Alargar o sapato.
Rechear bolsas para conservar a forma.
Embrulhar peixes.
Embrulhar pregos na loja de produtos para construção.
Fazer um chapeuzinho para o pintor ou para o pedreiro.
Cortar moldes para o alfaiate ou para a costureira.
Embrulhar quadros.
Embrulhar flores.

USO FESTIVO:
Acender a churrasqueira.
Rechear a caixa de presente-surpresa.

OUTROS USOS:
Para os sequestradores usarem suas letras nas cartas.
Fazer bolinhas para jogar nos companheiros de classe.
Fazer uma capinha para o machado ou foice.
Fazer proteção na cabeça para não estragar a chapinha quando estiver garoando.
Nos filmes, para os bandidos esconderem o revolver.
Para esconder-se atrás dele quando não quiser que te vejam.
Pobre cobrir do frio, é só colocar no meio das cobertas que não tem frio que passe. 

Ah! E para ler as notícias sobre Brumadinho. Duvido que alguém consiga fazer tudo isso com o computador! 

Joãozinho e Carlos Drummond de Andrade

Na sala de aula, o professor estava analisando com seus alunos aquele famoso poema de Carlos Drummond de Andrade:
"No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho.
E eu nunca me esquecerei
Que no meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho."
Depois de ter explicado exaustivamente que, ao analisarmos um poema, podemos detectar as características da personalidade do autor implícitas no texto, o professor pergunta:
- Joaozinho, qual a característica de Carlos Drummond de Andrade que você pode perceber neste poema?
- Uai, professor, ou ele era traficante ou usuário.

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